DISPLASIA DO DESENVOLVIMENTO DO QUADRIL (DDQ) Flashcards

1
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a origem embriológica do quadril (cabeça femoral e acetábulo)?
A
  • Células primitivas mesenquimais
    • Por volta de 7 semanas → dá origem a cabeça femoral e acetábulo
    • Por volta de 11 semanas → quadril formado
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2
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Definição:
A
  • Cabeça femoral não contida no acetábulo
  • Conjunto de anormalidades do quadril que podem ser de origem congênita ou desenvolver-se após o nascimento
  • Implica na progressiva deformidade do quadril, no qual o fêmur proximal, o acetábulo e a cápsula articular são defeituosos
  • A luxação da cabeça do fêmur poderá ocorrer no útero, ao nascimento ou após o nascimento
  • Reversível se tratamento precoce
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3
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quando surge o núcleo de ossificação secundário da cabeça femoral?
A
  • 4 meses
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4
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quando se dá o fechamento do núcleo de ossificação secundário da cabeça femoral?
A
  • Por volta de 17 anos (para meninos e meninas)
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5
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Epidemiologia:
A
  • Incidência: 1 a 1,5 : 1.000 nascidos
  • Lado esquerdo → mais comum (forçado contra o sacro da mãe ao nascimento)
  • Bilateral em 20% dos casos → pior prognóstico
  • Mais comum em índios americanos (Navajos)
  • Sexo feminino mais acometido (4:1) → hormônio relaxina
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6
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais as principais associações?
A
  • Torcicolo congênito (5 a 20%) → decorrente de restrição intra útero
  • Metatarso aduto (1 a 10%) → decorrente de restrição intra útero
  • Oligrodrâmnio
  • Luxação congênita dos joelhos
  • PTC sem relação significativa!
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7
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a etiologia e os principais fatores de risco?
A
  • Multifatorial
    • Frouxidão (laxidão) ligamentar
    • Má posição intra-uterina → apresentação pélvica
    • Posição pós natal (quadris em extensão)
    • Restrições intra útero
    • História familiar
    • Hipertiroidismo
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8
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Na avaliação do quadro clínico até 6 meses de idade, quais as manobras e sinal podem ser realizados (3)?
A
  • Manobra Barlow
  • Manobra de Ortolani
  • Sinal de Klisic
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9
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que as manobras de Barlow e Ortolani avaliam e como são realizadas?
A
  • Instabilidade do quadril
  • Barlow → luxa o quadril
    • Flexão + adução do quadril + força posterior no sentido de luxar o quadril → se houver estalido palpável ou audível o teste o positivo
  • Ortolani (inverso de Barlow) → reduz o quadril
    • Parte do quadril fletido → abdução do quadril + força de posterior para anterior no sentido de reduzir o quadril → se houver estalido palpável ou audível, o teste é positivo

Bizu:
BarLow → Luxa
ORTOlani → REDUZ (ortopedista reduz fraturas/luxações)

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10
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que a manobra de Klisic avalia e como é realizada?
A
  • Dedo indicador na ponta da EIAS e dedo médio na ponta do TM
  • Linha entre esses dois pontos deve apontar para umbigo
  • Caso aponte entre a púbis e umbigo → sugere DDQ
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11
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Na avaliação do quadro clínico após 6 meses de idade, quais os sinais sugerem DDQ?
A
  • Sinal de Hart → mais confiável
  • Sinal de Galeazzi
  • Sinal de Peter-Bade
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12
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que consiste o sinal de Hart?
A
  • Limitação da abdução do quadril do paciente
  • Na DDQ (luxação do quadril) → adutores contraídos e abdutores insuficientes
  • Sinal mais confiável
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13
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que consiste o sinal de Galeazzi?
A
  • O examinador faz uma hiperflexão do quadril e joelho e compara as alturas dos joelhos
  • O joelho mais baixo sugere DDQ (não é patognomômico!)
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14
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que consiste o sinal de Peter-Bade?
A
  • Presença de mais pregas glúteas → sugere DDQ

Peter-Bade → Prega glútea

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15
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual o sinal clínico sugestivo DDQ bilateral?
A
  • Hiperlordose lombar
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16
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Como é realizado o diagnóstico em recém-nascidos?
A
  • Barlow e Ortolani positivo → tem indicação de USG e tratamento com suspensório de Pavlik
    • Exame físico normal + fatores de risco → USG (parâmetro para segmento)
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17
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Como é realizado o diagnóstico em crianças mais velhas (> 4 a 6 meses)?
A
  • Usar como parâmetros os sinais de Hart, Galeazzi, Peter-Bate e tredelemburgsolicitar radiografia (avalia o núcleo de ossificação secundário da cabeça femoral)
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18
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que consiste o método de Graf?
A
  • Método ultrassonográfico → utilizado em recém-nascidos (< 4 meses)
  • Imagem coronal do quadril, com 45° de flexão e 15° de RI
  • Consiste na avaliação de 2 ângulos (alfa e beta)
  • Linha de base: linha tangente ao ílio e passando pelo centro da cabeça femoral
  • Linha de inclinação: linha tangente a porção cartilaginosa / muscular do quadril
  • Linha do teto acetabular: linha tangente ao ísquio
  • Ângulo Beta → ângulo entre a linha de base e a linha de inclinação → avalia o teto cartilaginosoaumenta na DDQ
  • Ângulo Alfa → ângulo entre a linha de base e a linha do teto acetabular → avalia o teto ósseodiminui na DDQ
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19
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • No método ultrassonográfico de Graf, o que o ângulo Beta avalia?
A
  • Avalia o teto Cartilaginoso
  • Normal: Beta < 55°
  • Na DDQ o ângulo beta aumenta

B e C são consoantes

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20
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • No método ultrassonográfico de Graf, o que ângulo Alfa avalia?
A
  • Avalia o teto Ósseo
  • Normal: Alfa > 60°
  • Na DDQ o ângulo alfa diminuiacetábulo raso

A e O são vogais

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21
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Classificação de Graf:
A
  • A classe 2 pode ser subdivida e tende a ser tratada com suspensório de Pavlik
22
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Em crianças mais velhas, acima de 4 a 6 meses, como avaliar a radiografia de pelve?
A
  • Através de parâmetros → linhas e índices:
    • Linha de Hilgenreiner → passa entre as duas cartilagens trirradiadas → Horizontal
    • Linha de Perkins → perpendicular a linha de Hilgenreiner, no ponto mais lateral do acetábulo
    • Quadrantes de Ombrédanne → delimitado pelas linhas de Hilgenreiner e Perkins → no quadril normal, a porção medial metafisária do fêmur está no quadrante ínfero medial (na DDQ está no quadrante ínfero lateral)
    • Índice acetabular (IA) → ângulo formado entre a linha de Hilgenreiner e as duas bordas do acetábulo → o normal é < 30°
    • Arco de Ménarde ou Shenton → segue a curvatura superior do forame obturado e continua em curva junto ao colo do fêmur → é interrompida nas luxações precoces
23
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Linha de Hilgenreiner:
A
  • Passa entre as duas cartilagens trirradiadas → Horizontal
24
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Linha de Perkins:
A
  • Perpendicular a linha de Hilgenreiner, no ponto mais lateral do acetábulo
25
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quadrantes de Ombrédanne:
A
  • Delimitado pelas linhas de Hilgenreiner e Perkins → no quadril normal, a porção medial metafisária do fêmur está no quadrante ínfero medial (na DDQ está no quadrante ínfero lateral)
26
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Índice acetabular (IA):
A
  • Ângulo formado entre a linha de Hilgenreiner e as duas bordas do acetábulo → o normal é < 30°
  • Avalia a displasia acetabular
  • Na DDQ o IA está aumentado! → o acetábulo fica verticalizado!
27
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Arco de Ménarde ou Shenton:
A
  • Segue a curvatura superior do forame obturado e continua em curva junto ao colo do fêmur → é interrompida nas luxações precoces
28
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Tríade de Puti:
A
  • Luxação da cabeça femoral
  • Hipoplasia da cabeça femoral
  • Displasia acetabular (avaliado com o IA)
29
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Em pacientes mais velhos (> 5 anos) é utilizado o ângulo de Wiberg (centro-borda acetabular). Como traça-lo e quais os valores de referência?
A
  • 1 linha perpendicular a linha de Hilgenreiner, no ponto mais lateral do acetábulo (linha de Perkins)
  • 1 linha passando pelo centro da cabeça femoral e ápice lateral da margem superior do acetábulo
  • Valores normais:
    • 6 a 13 anos → > 19°
    • ≥ 14 anos → > 25°
30
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Na DDQ, o índice acetabular (IA) _______ (aumenta x diminui) e o ângulo de Wiberg (centro-borda acetabular) _______ (aumenta x diminui).
A
  • IA aumenta
  • Ângulo de Wiberg (centro-borda acetabular) diminui
31
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual o tratamento para:
    • Neonatos?
    • Até 6 meses?
A
  • Neonatos → Pavlik
  • Até 6 meses → Pavlik
32
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a sequência para colocar o suspensório de Pavlik?
A
  • → colocar a tira do tórax (na altura da linha inter-mamilar)
  • → colocar as tiras dos ombros
  • → colocar as tiras anteriores (pernas) → evita a extensão do quadril → mantém flexão de 90° a 120°
  • → colocar as tiras posteriores (pernas) → evita a adução do quadril → mantém em abdução pela gravidade de 30° a 40°

A abdução é mantida pela gravidade

33
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • V ou F:
    • A hiperflexão (> 120°) do quadril no suspensório de Pavlik aumenta a possibilidade de paralisia do nervo femoral.
A
  • Verdadeiro

Bizu: Flexão → Femoral

34
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • V ou F:
    • A hiperabdução (> 45°) do quadril no suspensório de Pavlik aumenta a possibilidade de necrose avascular.
A
  • Verdadeiro

Bizu: Abdução → necrose Avascular

35
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual o tratamento para crianças de 6 meses a 2 anos?
A
  • Imobilização gessada
  • Redução aberta ou fechada
    • Pode haver interposição de partes moles, principalmente da cápsula medial
  • Pode haver necessidade de realizar tração → diminui a ocorrência de NAV
36
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais estruturas podem interpor e dificultar a redução no tratamento de crianças de 6 meses a 2 anos de idade?
A
  • Cápsula medial → principal
  • Gordura do pulvinar
  • Lig. redondo
  • M. ileopsoas
  • Labrum invertido
  • Lig. transverso do acetábulo
37
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a sequência e angulações do quadril no tratamento de crianças de 6 meses a 2 anos com imobilização gessada na “posição humana”?
A
  • Flexão do quadril → 95°
  • Abdução do quadril → 45°
38
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual o tratamento para crianças acima de 2 anos?
A
  • Redução aberta
  • Encurtamento femoral → diminui a pressão da cabeça femoral no acetábulo → diminui NAV
  • Osteotomia acetabular
39
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais os tipos de osteotomias acetabulares podem ser realizadas no tratamento de pacientes mais velhos (2)?
A
  • Osteotomias de reconstrução
    • De redirecionamento
    • Que diminuem o volume acetabular
  • Osteotomia de salvamento
40
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Como podem ser subdivididas as osteotomias acetabulares de reconstrução no tratamento de crianças (2)?
A
  • Osteotomia de redirecionamento
    • Salter (< 8 anos)
    • Ganz (> de 15 anos)
    • Tripla de Tonnis (de 8 a 15 anos)
    • Tripla de Stell (de 8 a 15 anos)
  • Osteotomia que diminuem o volume acetabularDiminuem Pelve
    • Dega (de 8 a 15 anos)
    • Pemberton (< 8 anos)
41
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais osteotomias acetabulares de reconstrução estão indicadas para crianças abaixo de 8 anos?
A
  • Salter (de redirecionamento)
  • Pemberton (diminui o volume acetabular)
42
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais as características da osteotomia acetabular de reconstrução de Salter (< 8 anos)?

Utilizada em crianças < 8 anos

A
  • Fulcro na sínfise púbica
  • Perde cobertura posterior (ganha anterolateral)
43
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a característica da osteotomia acetabular de reconstrução de Pemberton (< 8 anos)?

Semelhante a de Salter

A
  • Diminui o volume da pelve
44
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais osteotomias acetabulares de reconstrução estão indicadas para crianças de 8 a 15 anos com cartilagem trirradiada aberta?
A
  • Tripla de Tonnis (de redirecionamento)
  • Tripla de Steel (de redirecionamento)
  • Dega (diminui o volume acetabular)
45
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a característica da osteotomia acetabular de reconstrução Tripla de Tonnis (> 8 a 15 anos com cartilagem trirradiada aberta)?
A
  • Corte no ilíaco, ísquio e pubis

Pega todos os ossos

46
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Qual a característica da osteotomia acetabular de reconstrução Tripla de Stell (> 8 - 15 anos com cartilagem trirradiada aberta)?
A
  • Corte do ilíaco e de dois ramos púbicos
47
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais as indicações de osteotomias acetabulares de salvamento?
A
  • Pacientes > 8 anos
  • Incapacidade de obter redução concêntrica do quadril
48
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • Quais as principais osteotomias acetabulares de salvamento?
A
  • Osteotomia de Chiari
  • Osteotomia de Shelf
49
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que consiste a osteotomia acetabular de salvamento de Chiari?
A
  • Corte acima do acetábulo com translação medial da pelve
50
Q

Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ)

  • O que consiste a osteotomia acetabular de salvamento de Shelf?
A
  • É realizada a retirada de uma “prateleira” da tábua do ilíaco e rebatida para fazer um suporte para a cabeça femoral