OSTEOPOROSE Flashcards

1
Q

Definição:

A
  • Doença osteometabólica crônica que se caracteriza:
    1) Redução da densidade mineral óssea
    2) Deterioração da microestrutura óssea
  • Resultado: fragilidade óssea e propenso a fraturas
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2
Q

Fatores de risco de risco p/ fragilidade óssea e osteoporose:

A
  • Identificação do paciente:
    1) Idade avançada, sexo feminino e raça branca
  • História reprodutivo:
    1) Menarca tardia, menopausa precoce
    2) Puberdade tardia nos meninos
    3) Hipogonadismo não tratado
  • História patalógica pregressa:
    1) Artrite reumatoide
    2) Hist. de fratura por fragilidade
    3) Sarcopenia; deficiência de vitamina D e Imob. prolongada
    4) Quedas
    5) Outras causas: DM, DII, hipertireoidismo não tratado, DPOC, infeçcão pelo HIV, transplante de órgãos
  • Uso de medicações:
    1) Corticoides (≥ 5mg/d ou equivalente por ≥ 3 meses)
  • História familiar: Pai ou mãe c/ fratura por fragilidade
  • HV: sedentarismo, baixa ingesta de cálcio, tabagismo ativo, ingesta excessiva de bebidas alcoólicas
  • Ex. físico: baixo IMC
  • Ex. complementares: baixa DMO
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3
Q

Fatores de risco de risco p/ queda:

A
  • Desordens neurológicas
  • Redução da acuidade visual
  • Perda auditiva
  • Fragilidade e descondicionamento físico
  • Sarcopenia
  • Fatores ambientais
  • Algumas medicações: sedativos e hipnóticos; anti-hipertensivos e analgésicos narcóticos
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4
Q

Fisiopatologia:

A
  • RANK - arranka o osso
  • Osteoprotegerina (OPG) - protege o ósseo
  • Esclerostina - esclerosa o osso
  • DESBALANÇO: REABSORÇÃO > FORMAÇÃO!
    1) Ou pico de massa óssea defeituosa
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5
Q

Estrogênio x Metabolismo ósseo

A
  • Inibe:
    1) Osteoclasto e RANKL
  • Estimula:
    1) Osteoblastos e osteoprotegerina
    2) Absorção de cálcio e fixação do cálcio nos ossos
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6
Q

Classificação:

A
  • Primária: relacionada à redução dos níveis de estrogênio
    1) Forma mais prevalente
  • Secundária: doença, condição ou medicação
    1) Mais comum no sexo masculino (60% x 32% na mulher)
    2) Causa mais comum: uso de corticoide
  • Senil: envelhecimento fisológico
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7
Q

Drogas complicadas:

A

Principais:
- Glicorticoides
- Anticonvulsivantes
- Diuréticos de alça
- Anticoagulantes
- IBP
- Tiazolidinedionas
- Levotiroxina (doses suprafisiológicas)

  • Outras: lítio, antidepressivos, agonistas do GnRH, inibidores da aromatase, inibidores da lipase, hidróxido de alumínio, progesterona, metotrexato, imunossupressores, inibidores da tirosinoquinase
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8
Q

Corticoide x Metabolismo ósseo

A
  • Inibe:
    1) Osteoblasto e osteoprotegerina
    2) Absorção de cálcio pelo TGI e reabsorção renal de cálcio
    3) IGF-1 (ação trófica sobre o osso)
  • Estimula
    1) RANK e RANKL (estimula osteoclastogênese)
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9
Q

Apresentação clínica:

A
  • Fraturas por fragilidade:
    1) Fx por mecanismos que não causaria fx em osso saudável
    2) Traumas de baixo impacto
  • Os sítios que ocorre (não é qualquer lugar):
    1) Quadril: fêmur proximal + pelve
    2) Úmero proximal
    3) Punho
    4) Coluna (exceto a coluna cervical)
    5) Costelas
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10
Q

Recomendação de densitrometria óssea:

A

NOF 2014:
- Mulheres > 65 anos
- Homens > 70 anos
- Adultos > 50 anos c/ história de fratura
- Adultos c/ alguma comorbidade ou uso de alguma medicação associação a baixa massa óssea
- Mulheres na transição menopausal ou na pós menopausa c/ < 65 anos e homens entre 50 e 70 anos, na presença de pelo menos UM fator de risco p/ osteoporose

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11
Q

Entendendo a DXA (absorciometria radiológica de dupla energia):

A
  • Mede conteúdo mineral na área atravessada pelo Raio-X
  • Locais avaliados são que aumentam mortalidade:
    1) Coluna (L1-L4)
    2) Fêmur total
    3) Colo do fêmur
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12
Q

DXA - valores do laudo:

A
  • Densidade MO: conteúdo mineral óssea (g)/área óssea (cm²)
  • T-score (bizu: Teen-score):
    1) Variação da DMO do indivíduo em relação à média da DMO dos adultos JOVENS!
    2) Comparação com o pico de massa óssea
  • Z-score:
    1) Variação da DMO do indivíduo em relação à média da DMO da sua FAIXA ETÁRIA e SEXO
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13
Q

Interpretando T-score:

A
  • Normal: ≥ - 1,0
  • Baixa massa óssea (osteopenia): -1,0 a -2,5
  • Osteoporose: ≤ -2,5
  • Osteoporose grave: ≤ -2,5 + fratura por fragilidade

DIAGNÓSTICO APENAS NA POPULAÇÃO: mulheres na pós-menopausa e homens > 50 anos

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14
Q

Interpretando Z-score:

A
  • DMO dentro da faixa esperada p/ idade: > -2,0
  • DMO abaixo da faixa esperada p/ idade: ≤ -2,0
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15
Q

Critérios diagnóstico de osteoporose:

A
  • Mulheres na pós menopausa ou homens > 50a
    1) Fratura por fragilidade OU
    2) T-score ≤ 2,5 em qualquer sítio
  • Ao diagnosticar: pesquisar sempre SECUNDARISMO

Avaliar pesquisa de fratura oculta de coluna (fx de fragilidade):
- T-score < -1,0 + 1 fator:

1) M ≥ 70 anos OU H ≥ 80 anos
2) Perda histórica de altura > 4cm
3) Fratura vertebral AUTORRELATADA (investigação)
4) GC ≥ 5 mg de prednisona ou equivalente por ≥ 3m

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16
Q

Em que faixa de T-score há mais fraturas?

A
  • Números absolutos:
    1) Maiora na faixa de osteopenia
    2) T-score isolado não é prediz o RISCO DE FRATURA
  • Taxa de fratura:
    1) Aumenta quanto pior o T-score
    2) Maior na faixa de osteoporose
17
Q

Avaliação do risco de fratura - FRAX:

A

Avalia
- Risco de fratura osteoporótica maior em 10 anos
1) Fratura osteoporótica maior: quadril, coluna (fratura clínica), úmero proximal e antebraço
2) Alto risco de fratura se ≥ 20%

  • Risco de fratura de quadril em 10 anos
    1) Alto risco de fratura se ≥ 3%
  • Utiliza:
    1) Idade (40 a 90 anos), sexo, altura e peso
    2) Fatores de risco
    3) PODE OU NÃO TER DXA
18
Q

FRAX - fatores de risco:

A
  • Fratura prévia
  • Pais c/ fratura de quadril
  • Tabagismo atual
  • Glicorticoides (≥ 5 mg de prednisona/equivalente por ≥ 3m)
  • Artrite reumatoide CONFIRMADA
  • Osteoporose secundária pelas seguintes causas:
    1) DM1; osteogênese imperfeita; hiperT não tratado
    2) Hipogonadismo ou menopausa precoce (< 45a)
    3) Desnutrição crônica ou má absorção intestinal
    4) Doença hepática crônica
  • Álcool ≥ 3 unidades/dia
19
Q

Tomando decisões c/ base FRAX:

A

Utilizar os dados do FRAX na ABRASSO
- Refinar a calculadora pra população brasileira
- Não realizou DXA
1) Alto risco - iniciar tratamento farmacológico
2) Médio risco - solicitar DXA
3) Baixo risco - não solicitar DXA e acompanhar/orientar

  • Realizou DXA:
    1) Alto risco- iniciar tratamento farmacológico
    2) Baixo risco - promoção em saúde
20
Q

O que é considerado ALTO RISCO de FRATURA:

A

Endrocrine Society
- Fratura por fragilidade
- T-escore ≤ -2,5
- FRAX:
1) Fratura de quadril ≥ 3%
2) Fratura osteopórtica maior ≥ 20%

21
Q

Abordagem da osteoporose:

A
  • Não medicamentosa:
    1) Prevenção de quedas
    2) Abandonar tabagismo e abuso do álcool
    3) Consumo dietético adequado de Ca e Vit. D
  • Medicamentosa:
    1) Antirreabsortivos
    2) Anabólicos
22
Q

Prevenção de quedas:

A
  • Controle de doenças de base e alt. fisiológicas do envelhecimento
  • Exercícios físico: melhorar força muscular, postura, equilíbrio e marcha
  • Racionalizar prescrição (polimarfácia e inapropriadas)
  • Utilizar bolsas ou sacolas que deixam mãos livres
    1) Caso caia utilize os punhos de apoio
  • Almofadas protetoras em quadris em pacientes com pouco tecido gorduroso nessa região
  • Correção de fatores e risco ambientais domiciliares
23
Q

Consumo adequado:

A

Cálcio:
- Homens 50 a 70 anos: 1000mg/dia
- Mulheres pós-menopausa ou homens ≥ 71a: 1200 mg/dia
- Ideal é consumir pela dieta
1) Se não for possível: suplementar

Vitamina D:
- Avaliar 25(OH)D antes de iniciar o tratamento
- Manter acima 30 ng/dL
- Deficiência: 50.000 UI/sem por 8 semanas - reavaliar
- Mater: 1000 a 2000 UI/dia

24
Q

Tratamento medicamentoso:

A

Antirreabsortivos:
- Bisfofonatos: 1ª escolha, se ausência de contraindicações
- Denosumabe
- SERMs
- Terapia hormonal da menopausa

Anabólicos:
- Teriparatida
- Romosozumabe

25
Q

Tratamento medicamentoso - bifosfonatos

A

Ação:
- Impregna no osso sendo reabsorvido pelo osteoclasto
- Bifosfonato no interior do osteclasto impede a formação da borda em escova - necessária p/ aderir ao osso

  • Opções orais - duração de 5 anos
    1) Alendronato 70 mg - 01 cp/semanal
    2) Risedronato 35 mg/semanal ou 150mg/mensal
    3) Ibandronato 150 mg/mensal - não reduz fx de quadril, só de coluna (preferência por alendronato ou risedronato)
    OBS: tomar 30 min antes de qualquer coisa (exceto água) e ficar 30 minutos sentado ou em pé, sem deitar-se
  • Opções venosas
    1) Ácido zoledrônico - 5 mg/anual (por 3 anos)
    2) Ibandronato - 3 mg/trimestral (por 5 anos)
26
Q

Bifosfonatos - efeitos adversos e complicações:

A

Ambas as apresentações (EV e VO):
- Hipocalcemia
- Dores musculoesqueléticas
- Lesão renal aguda
- Fibrilação atrial
- Osteo necrose de mandíbula
- Fratura atípica do fêmur

Bifosfonatos venosos: reação flu-like
Bifosfonados orais:
- DRGE
- Esofagite erosiva
- Úlceras esofágicas
- CA esofágico

27
Q

Bifosfonatos - contraindicações:

A
  • Independente da via de administração:
    1) Hipocalcemia
    2) TFG < 30-35 mL/min/1,73m²
  • Bifosfonatos orais:
    1) Distúrbios que atrasem o esvaziamento gástrico
    2) Incapacidade de ingerir corretamente a medicação

-

28
Q

Tratamento medicamentoso - denosumabe:

A
  • Anticorpo monoclonal c/ afinidade pelo RANK
    1) Imita a osteoprotegerina - impede ligação RANK e RANKL
  • Dose: 60 mg SC a cada 6 meses
    1) Tratamento contínuo
  • Indicação:
    1) Intolerância ou contraindicação aos bifosfonatos
    2) Excelente opção c/ TFG < 35 mL/min/1,73m²
  • Evitar se: hipocalcemia e gravidez
29
Q

Denosumabe - efeitos adveros

A
  • Comum a terapia antirreabsortiva:
    1) hipoCa; HipoP
    2) Sintomas musculoesqueléticos
    3) Osteonecrose de mandíbula e fx atípica de fêmur
  • Mais específicos do denosumabe:
    1) Tosse e dispneia
    2) Diarreia e náusea
    3) Cistite
    4) Edema periférico, dermatite e eczema
    5) Hipercolesterolemia
    6) Anemia e trombocitopenia
30
Q

Tratamento - SERMs:

A
  • Moduladores seletivos dos receptores de estrógeno
    1) Efeito positivo no tecido ósseo
  • Indicação:
    1) Intolerância ou contraindicação as outras drogas
  • Perfil ideal:
    1) Mulheres pós-menopausa
    2) SEM SINTOMAS CLIMATÉRICOS
    3) Osteoporose VERTEBRAL ou PREVENÇÃO de osteoporose
    4) Alto risco de CA de mama invasivo
  • Dose: raloxifeno 60 mg VO, contínuo
  • Complicações associadas: TEV e AVE
  • Contraindicações:
    1) História de TEV
    2) Gravidez
    3) Pré-menopausa
31
Q

Tratamento - TH da menopausa:

A
  • Reduz fx vertebrais clínicas e fx de quadril
  • Pode ser considerada em mulheres menopausas que:
    1) < 60 anos
    2) < 10 anos na pós-menopausa
  • Boa escolha na vigência de sinais/sintomas climatéricos
  • Histerectomia prévia: estrogenioterapia isolada
  • Contraindicações:
    1) CA de mama; CA de endométrio
    2) Eventos tromboembólicos
    3) Hepatopatia aguda e/ou grave; cardiopatia grave
    4) Sangramento uterino de etiologia desconhecida
32
Q

Tratamento - teriparatida:

A
  • Espécie de PTH recombinante
    1) Aplicado de forma intermitente: formação > reabsorção
  • Contraindicações:
    1) Hiperparatireoidismo
    2) Hipercalcemia
    3) Maior risco de osteossarcoma: doença de Paget ou elevação inexplicada de FA; metástase óssea ou malignidades esqueléticas; história de radioterapia óssea e crianças ou adolesc. c/ epífises abertas
  • Opção terapêutica:
    1) Osteoporose GRAVE c/ elevado RISCO de fratura
    2) Intolerância ou contraindicação aos BISFOSFONATOS
    3) Falha terapêutica de outras classes medicamentosas
  • Dose: 01 aplicação SC, 1x/d, por 2 anos
33
Q

Tratamento - romosozumabe:

A
  • Anticorpo monoclonal anticlerostina
    1) Mais formação de osteoblastos
  • Aprovação pela ANVISA em 12/2020
  • UpToDate - considerada nas seguintes situações:
    1) Múltiplas faturas por fragilidade
    2) Elevado risco de fx, que não toleram NENHUMA outra terapia para osteoporose
    3) Falha terapêutica de outras terapias