INSULINOTERAPIA E CIRURGIA METABÓLICA Flashcards
Secreção insulina fisiológica:
- Pâncreas
1) Secreta insulina de forma basal e contínua
2) Após 3 principais refeições: picos de insulina - Secreção basal, tem por objetivo:
1) Bloquear gliconeogênese, glicogenólise e cetogênese
2) Manter euglicemia nos períodos de jejum - Picos pós-prandiais, tem por objeitvo:
1) Metabolizar o carboidrato que o paciente ingere
Farmacocinética das insulinas
- Insulinas basais
1) NPH - semelhante a insulina endógena
2) Determir - análogo de insulina
3) Glargina - análogo de insulina
4) Degludeca - análogo de insulina - Insulinas prandiais:
1) Regular - insulina de ação rápida
2) Lispro - análogo de insulina ultrarrapida
3) Glulisina - análogo de insulina ultrarrapida
4) Aspart - análogo de insulina ultrarrapida
5) Faster-aspart - age de forma mais precoce que aspart
6) Inalável tecnosfera - insulina bem recente
Insulinas basais:
- Ação intermediária: NPH
- Ação longa: glargina U-100 e determir
- Ação ultralonga: glargina U-300 e degludeca
Perfil farmacocinético das insulinas:
Insulinas prandiais
- Inalável tecnosfera - pico e término mais precoce
- Faster-aspart - 0 a 10 minutos p/ iniciar ação
- Lispro, asparte e glulisina
1) Começam a agir praticamente ao mesmo tempo
2) 5 a 15 minutos p/ iniciar ação
- Regular - alcança picos mais tardios
1) Dura até cerca de 8h (menor perfil fisiológico)
Insulinas basais:
- NPH e determinar
1) Únicas basais que possuem picos
2) Precisam ser aplicadas pelo menos 2x/dia (determinar é o único análago basal que não dura 24h)
- Glargina U-100; glargina U-300 e degludeca
1) Não apresentam pico
2) Aplicação apenas 1x/dia - por mais que durem > 24h
Indicações de insulina no DM2:
Iniciar tratamento com insulina
- Sinais de catabolismo
1) Perda de peso, cetose, hipertrigliceridemia
- Sintomas de hiperglicemia
1) Poliúria, polidipsia, noctúria, perda involuntária de peso - Glicemias muito elevadas
1) ADA: GJ ≥ 300 ou HbA1c ≥ 10%
2) SBD: HbA1c ≥ 9% - A insulina pode/deve ser desmamada nesses casos, introduzir concomitante os antidiabéticos não insulínicos
Principal indicação:
- FALÊNCIA tarapêutica dos antidiabéticos não insulínicos
Passo 1 na DM2 - esquema basal:
Objetivo: manter normalidade das glicemias pré-prandiais
Bed time
- Dose basal em doses baixas ao deitar p/ dormir
- Objetivo: contrarregular o cortisol e GH do sono
- Dose: 10 UI ou 0,1 a 0,2 UI/kg
Esquema basal c/ análogo da insulina
- Pode aplicar em qualquer momento do dia
- Opções:
1) Glargina U-100 ou U-300 1x/d
2) Degludeca 1x/dia
3) Determir - 1 a 2x/dia
Esquema basal c/ NPH:
- Labilidade farmacológica:
1) Pode durar 10 a 18h (depende do paciente)
- NPH em jejum (antes do café); após almoço e ao deitar-se
O que fazer c/ os diabéticos não insulínicos?
- Se evolui c/ necessidade de esquema basal
1) Denota baixa reserva funcional pancreática
2) Prudente suspender os secretagogos
3) Outras medicações - podem ser mantidas
Passo 2 na DM2 - esquema basal-plus:
Objetivo: normalidade da glicemia pós-prandial
- Associar insulina prandial ao esquema basal
1) Indicado em apenas 1 refeição
Passo 3 na DM2 - esquema basal-bolus:
Objetivo: normalidade da glicemias pós-prandiais
- Insulina basal que cobre as 24h + insulina prandial antes das 3 principais refeições
Regra de ouro p/ ajuste insulínico:
- Insulina basal:
1) OLHE A GLICEMIA PRÉ-PRANDIAL - Insulina prandial:
1) OLHE A GLICEMIA PÓS-PRANDIAL
Efeito (ou fenômeno) Somogyi:
- Suspeita: paciente dorme c/ glicemia normal e acorda hiperglicêmico
- Hipoglicemia da madrugada - despertares c/ sintomas
1) Promove uma resposta contrarreguladora
2) Resultado paciente acorda hiperglicêmico - Conduta: realizar HGT às 3h da manhã - confirmado:
1) Transferir NPH do jantar p/ ao deitar-se
2) Em alguns casos: reduzir a dose da NPH noturna
DM1 - esquema basal-bolus:
- Tentativa de imitar a insulina fisiológica
- Dose total: 0,5 a 1 UI/kg
1) 50% em NPH: antes do café, almoço e jantar/deitar-se
° 2/3 pode ser aplicado pela manhã
° 1/3 aplicar ao dormir
2) 50% em regular: antes do café almoço e jantar
DM1 - período de lua de mel:
- Período de remissão parcial (duração depoucos meses)
- Ocorre após período de glicotoxicidade
1) Melhora da glicotoxicidade –> melhora da função pancreática
2) Resultado: paciente pode ter hipoglicemias
3) Após lua de mel - evolui c/ falência total do pâncreas - Paciente DM1 c/ diagnóstico recente pode não tomar todas as doses de insulina
Contagem de carboidratos:
Depende de 3 fatores:
- Metas glicêmicas
- Bolus alimentação
1) Quantidade de insulina aplicada p/ metabolizar o prato de comida que será ingerido
- Bolus correção
1) Paciente hiperglicêmicos antes de se alimentar
2) Para metabolziar essa glicemia a mais - necessário o bolus correção
Calcular o bolus alimentação:
- Buscar relação insulina/carboidrato (RIC):
1) Regular - RIC = 450/dose total diária de insulina (DTDI)
2) Análogos ultrarrapidcos - RIC = 500/DTDI
3) Indica quantos gramas de carboidrato 1 UI de regular metaboliza
Calcular o bolus correção:
- Calcular o fator de sensibilidade (FS)
1) Regular - FS = 1500/DTDI
2) Análogos ultrarrápidos - FS = 1800/DTDI
3) Indica o quanto de glicemia será reduzida em 1 UI de regular aplicada
Conservação e validade da insulina:
- Insulina lacrada (não está em uso)
1) Temperatura de conservação: 2 a 8 °C (geladeira)
2) Validade: 2 a 3 anos a partir da data de fabricação - Insulina em uso
1) Temperatura de conservação: < 30 °C
2) Validade: 4 semanas após a data de abertura
Orientações de preparo:
- Retirada da geladeira 15 a 30 minutos antes da aplicação
- Insulina NPH é a ÚNICA basal que pode ser MISTURADA c/ insulinas prandiais
- NPH tem aspecto LEITOSO (possui cristais em suspensão)
1) Deve ser homogeneizada - movimento de rolamento ou pendular - Insulina regular tem aspecto TRANSLÚCIDO
INSULINA REGULAR DEVE SER ASPIRADA ANTES DA NPH
1) Não levar cristais de NPH p/ regular e fuder a sua eficácia
Orientações de preparo - analogia do leite em pó:
- Primeiro você coloca a água (insulina regular - transparente)
- Depois adiciona o leite (insulina NPH - leitoso)
Orientação de aplicação da insulina:
- Agulhas curtas (4 a 6 mm)
- Higienizar local de aplicação - álcool 70%
1) Esperar o álcool evaporar - Rodízio de sítios de aplicação
1) Glúteos; 1/3 inferior do abd; face lateral das coxas; face posterior dos braços - Realizar prega cutânea
1) Inserir agulha na pele c/ movimento único e suave
2) Aguardar alguns segundos (6 a 10s) p/ retirar agulha
3) Após isso - desfazer prega cutânea - Espaçamento mínimo entre aplicações: 1 cm
Indicação de cirurgia metabólica:
- Cirurgia metabólica x bariátrica:
1) Bariátrica: intuito é tratar obesidade
2) Metabólica: intuito é tratar DM2 - Resolução 2.172/2017 do CFM - todos os critérios necessários:
1) IMC entre 30 e 34,9
2) Idade mínima de 30 anos e máxima de 70 anos
3) DM2 c/ menos de 10 anos de diagnóstico
4) Refratariedade ao tratamento clínico
5) Ausência de contraindicações ao procedimento - O que é refratariedade:
1) Ausência de controle metabólico após acompanhamento regular c/ endocrinologista por no mínimo 2 anos
2) Utilizado: dieta e ex. físicos; tto farmacológico
Contraindicação de cirurgia metabólica
- Basta a presença de 1 p/ ser contraindicado:
1) Abuso de álcool
2) Dependência química
3) Depressão grave c/ ou s/ ideação suicida
4) Psicose grave
5) Outra doenças psiquiátricas mal controladas ou que, mesmo compensadas, a critério do psiquiatra, contraindique em definitivo a cirurgia
6) Outras doenças ou condições que contraindiquem a cirurgia