Oftalmo - Conjuntivites e Uveites Flashcards
Qual o diagnóstico e tratamento para um paciente de 25 anos com hiperemia ocular bilateral, lacrimejamento e sensação de corpo estranho?
Conjuntivite viral | Higiene ocular, compressas frias, lágrimas artificiais. Em casos graves, avaliar uso de corticoide tópico.
A conjuntivite viral, especialmente por adenovírus, é altamente contagiosa e pode causar infiltrados subepiteliais tardios.
Qual o diagnóstico e tratamento para um lactente de 7 dias com hiperemia ocular intensa e secreção purulenta?
Conjuntivite gonocócica neonatal | Internação, lavagem ocular com soro fisiológico e ceftriaxona IV.
A conjuntivite gonocócica pode evoluir rapidamente para perfuração corneana se não tratada precocemente.
Qual o diagnóstico e tratamento para um homem de 30 anos com hiperemia ocular unilateral, prurido e secreção mucopurulenta?
Conjuntivite de inclusão (clamídia) | Doxiciclina 100 mg 2x/dia por 3 semanas ou Azitromicina 1g dose única.
A conjuntivite de inclusão é uma DST e pode estar associada à uretrite não gonocócica.
Qual o diagnóstico e tratamento para uma criança de 4 anos com prurido ocular intenso e hiperemia, piorando na primavera?
Conjuntivite alérgica | Anti-histamínico tópico, estabilizador de mastócitos e compressas frias.
Dx História clínica, eosinófilos em citologia
A conjuntivite alérgica sazonal é mediada por IgE e frequentemente associada à rinite alérgica.
Qual o diagnóstico e tratamento para um paciente de 40 anos, usuário de lentes de contato, com hiperemia ocular e secreção mucosa?
Conjuntivite papilar gigante | Suspensão do uso de lentes de contato, anti-histamínicos tópicos.
O uso prolongado de lentes de contato gelatinosas pode desencadear reação inflamatória crônica.
Qual o diagnóstico e tratamento para um homem de 50 anos, trabalhador da construção civil, com hiperemia ocular difusa e sensação de queimadura?
Conjuntivite tóxica | Lavagem abundante com soro fisiológico, lubrificação ocular e tratamento sintomático.
A conjuntivite tóxica pode evoluir para ceratite química se a exposição for prolongada.
Qual o diagnóstico e tratamento para um paciente de 20 anos com hiperemia ocular, dor moderada e secreção mucopurulenta?
Conjuntivite bacteriana | Colírio antibiótico de amplo espectro (tobramicina, ciprofloxacina, ofloxacina).
A conjuntivite bacteriana apresenta resposta rápida ao antibiótico, com melhora em 48-72h.
Qual o diagnóstico e tratamento para um recém-nascido de 2 dias com hiperemia ocular e secreção leve?
Conjuntivite química | Lubrificação ocular e observação.
A conjuntivite química ocorre por reação ao nitrato de prata (método de Credé) e melhora espontaneamente.
Qual o diagnóstico e tratamento para um homem de 28 anos com olho vermelho unilateral e lesões vesiculares na pálpebra?
Conjuntivite herpética | Antiviral tópico (aciclovir) e, se grave, antiviral sistêmico.
A conjuntivite herpética pode evoluir para ceratite dendrítica, comprometendo a visão.
Qual o diagnóstico e tratamento para um paciente de 35 anos com hiperemia ocular intensa e secreção purulenta espessa?
Conjuntivite gonocócica | Internação e antibiótico IV (ceftriaxona).
Cefalosporinas de 3.ª Geração (logo, é um antibiótico beta lactâmico )
A conjuntivite gonocócica tem rápida evolução e pode levar a perfuração corneana em poucas horas.
O que diferencia a conjuntivite viral da conjuntivite bacteriana em relação à secreção ocular?
Conjuntivite viral: secreção serosa | Conjuntivite bacteriana: secreção mucopurulenta
A secreção serosa é clara e aquosa, enquanto a mucopurulenta é espessa e esverdeada/amarelada.
Qual a principal característica clínica que diferencia a conjuntivite alérgica das demais conjuntivites?
Prurido intenso
O prurido ocular é a principal queixa dos pacientes com conjuntivite alérgica, diferindo das infecciosas.
Como diferenciar clinicamente folículos de papilas conjuntivais?
- Folículos: pequenos nódulos sem vasos centrais
- Papilas: forma poligonal com tufo vascular central
Os folículos são comuns em conjuntivites virais e clamídia, enquanto as papilas ocorrem na conjuntivite alérgica.
Qual conjuntivite tem maior risco de perfuração corneana e deve ser tratada com urgência?
Conjuntivite gonocócica
O gonococo pode invadir a córnea rapidamente, levando à perfuração em poucas horas.
Por que a conjuntivite viral é altamente contagiosa e como prevenir sua disseminação?
Basta contato direto com secreção ocular para contaminar
Lavar as mãos, evitar compartilhamento de objetos pessoais. O adenovírus sobrevive em superfícies e pode ser transmitido por fômites.
Qual é o exame padrão-ouro para diagnóstico da conjuntivite gonocócica?
Cultura e coloração de Gram
iniciar tto c/ ceftriaxona - Cefalosporinas de 3.ª Geração
Neisseria gonorrhoeae aparece como diplococo Gram-negativo. A cultura confirma o diagnóstico e orienta o tratamento com antibióticos adequados.
Qual a principal medida terapêutica inicial na conjuntivite química?
Lavagem abundante com soro fisiológico
Remoção do agente agressor. A irrigação ocular imediata reduz o dano químico e previne complicações.
Como diferenciar a conjuntivite de uma uveíte anterior?
Conjuntivite (3); Uveíte (3)
- Conjuntivite: secreção presente, hiperemia difusa
- Uveíte: fotofobia intensa, hiperemia pericerática, ausência de secreção
A uveíte pode estar associada a doenças autoimunes e requer avaliação oftalmológica urgente.
O que são uveítes infecciosas?
- Inflamações intraoculares causadas por agentes infecciosos (bactérias, vírus, fungos ou protozoários).
- Podem ser anteriores:, intermediárias, posteriores ou panuveítes, dependendo da localização da inflamação.
Representam 25% das uveítes em países em desenvolvimento. Diferenciar infecciosa de autoimune é essencial para o tratamento correto.
Quando suspeitar de uma uveíte infecciosa? (5)
- Início agudo,
- unilateral e
- curso agressivo.
- Presença de sinais sistêmicos de infecção.
- agravamento ou Resposta pobre com corticosteroides.
outras: intensa e necrose retiniana. Hipertensão ocular associada (ex: Herpes, CMV).
O uso de corticoides sem cobertura antimicrobiana pode piorar infecções como sífilis, tuberculose e toxoplasmose.
Quais exames são indicados para investigar uma uveíte infecciosa? (4)
- VDRL/FTA-ABS (Sífilis).
- PPD/IGRA e RX de tórax (Tuberculose).
- Sorologia para HIV (HIV/AIDS).
- PCR no humor aquoso ou vítreo (CMV, Herpes, Toxoplasmose).
O diagnóstico é clínico e exames laboratoriais auxiliam na confirmação. O PCR no humor vítreo aumenta a sensibilidade diagnóstica para CMV e Toxoplasma em imunossuprimidos.
Qual a apresentação ocular mais comum da sífilis?
Panuveíte difusa com coriorretinite em “sal e pimenta”, podendo evoluir para vasculite retiniana.
Na sífilis congênita, temos como principais achados: ceratite bilateral, coriorretinite, glaucoma, uveíte anterior e fundo em “sal e pimenta”.
Todo acometimento ocular na sífilis indica neurossífilis?
Não.
O envolvimento ocular pode estar associado à neurossífilis e deve sempre ser investigado, mas não é um critério diagnóstico isolado.
A punção lombar para VDRL no líquor é indicada caso haja suspeita de neurossífilis.
Qual o tratamento da uveíte sifilítica?
Penicilina cristalina IV por 10 a 14 dias. Alternativa: Ceftriaxona 2g/dia IM ou EV.
A reação de Jarisch-Herxheimer pode ocorrer após início do tratamento e pode ser manejada com corticosteroides.