Obstetrícia 03 - Sofrimento Fetal Agudo Flashcards
Defina Sofrimento Fetal Agudo
Diminuição acentuada da oxigenação fetal, levando à acidose.
Defina Sofrimento Fetal Crônico
Resultado de alterações crônicas do fluxo placentário
Quais os fatores de risco para Sofrimento Fetal Crônico?
- Pós-Maturidade
- Colagenoses
- Doença Hemolítica Perinatal
- Pré-Eclampsia
- HAS
- Diabetes
- Placenta Prévia
- Gemelaridade
- Pneumopatias
- Hipertireoidismo
O que é CIUR? Qual a definição?
1) Crescimento Intrauterino Restrito
2) Peso < p10 para IG
Quais as causas de CIUR?
- Doenças Maternas: DM com Vasculopatia, HAS, Colagenoses..
- Doenças Primárias da Placenta: Infarto Placentário, Placenta Prévia, DPP Crônico..
- Anormalidades Primárias do Desenvolvimento Fetal: Infecções congênitas, gemelaridade, malformações cardíacas e outras..
Como diagnosticar CIUR?
- IG Correta
- Altura Uterina
- USG Obstétrico
Quais os tipos de CIUR e suas características?
Tipo 1. Simétrico. Relacionado com alterações do 1o trimestre de gestação. Relação CC/CA mantida.
- Hiperplasia Celular
Tipo 2. Assimétrico. Relacionado com alterações do 2o trimestre de gestação. Relação CC/CA aumentada.
- Hipertrofia Celular
Tipo 3. Misto. “Assimétrico Precoce”. Associado com alterações cromossomiais e infecções congênitas.
- Hipertrofia e Hiperplasia Celular
Defina Oligodramnia.
Como diagnosticar?
Diminuição do Líquido Amniótico.
Para confirmação diagnóstica: USG -> ILA < 5 cm ou maior bolsão de LA < 2 cm
Quais as causas de Oligodramnia?
Insuficiência Placentária
Malformações Geniturinárias Fetais
Outras Malformações Fetais
Anomalias Cromossomiais
Pós-Maturidade
Amniorrexe Prematura
Âmnio Nodoso
Medicações (Indometacina, IECA)
Idiopática
Transfusão Gemelo-Gemelar
Doppler de Artéria Uterina: quais as características relevantes?
Avalia a Circulação Materna
Relevância em risco de CIUR e Pré-Eclampsia
Doppler de Artéria Umbilical: quais as características relevantes?
Avalia a Circulação Placentária
Normal: baixa resistência e alto fluxo
Alterada: (1) Alta resistência; (2) Diastole 0; (3) Diastole reversa
Doppler de Artéria Cerebral Média: quais as características relevantes?
Avalia a Circulação Fetal
Normal: alta resistência e baixo fluxo
Avalia a Centralização Fetal
O que significa a Centralização Fetal?
Quando ao Doppler apresenta diminuição do fluxo da artéria umbilical (refletindo a insuficiência placentária) e um aumento do fluxo da artéria cerebral média (refletindo a priorização do fluxo para o cérebro).
S/D UMBILICAL > 1
S/D CEREBRAL
Doppler Venoso: quais as características relevantes?
Avalia a Função Cardíaca Fetal
Indicado para fetos < 32 semanas já com centralização fetal
Patológico: Onda A Negativa
Conduta: Parto Imediato!
-> Risco Iminente de Morte
Quais os parametros utilizados para avaliar o Sofrimento Fetal Agudo?
- Movimentação Fetal
- Microanálise Sangue
- Ausculta Cardíaca
- Perfil Biofísico Fetal
Quando indicado avaliar a Ausculta Cardíaca?
Intermitente: Baixo Risco
- 30/30 min na dilatação
- 15/15 min no expulsivo
Contínua: Cardiotocografia
Quando realizar a Cardiotocografia? O que avalia?
A partir da 26 ou 28 semana
Avalia o BCF x Contração Uterina x Movimentação Fetal
Não é rotina em baixo risco
Como avaliar a Variabilidade?
Diferença entre aumento ou diminuição do BCF
- Aumentado > 25
- Moderado: 6-25
- Mínimo < 5
- Ausente: 0
- Sinusoidal: ANEMIA FETAL
Qual o primeiro sinal que pode ser percebido em caso de Hipóxia?
Desaparecimento das Acelerações
O que são as Acelerações?
Aumentos transitórios na frequência cardíaca fetal de, no mínimo, 15 bpm e duração de 15 segundos.
Qual o padrão tranquilizador da Cardiotocografia?
O padrão que reflete a normalidade: a presença de acelerações transitórias associadas à movimentação fetal
O que são DIP ou Desacelerações? Qual sua classificação?
Quedas transitórias na frequência cardíaca fetal
- Periódicas: consequentes à contração uterina. Podem possuir três padrões;
- Não Periódicas: podem ter curta duração ou serem prolongadas. Não tem grande importância clínica.
Classifique as DIPs.
DIP I ou Cefálica ou Precoce
DIP II ou Tardia
DIP III ou Variável ou Umbilical
Comente sobre DIP I
DIP I ou Cefálica
Coincide com contração
Ocorre por compressão cefálica
NÃO É SOFRIMENTO FETAL
Comente sobre DIP II
DIP II ou Tardia
DIP ocorre após contração
Ocorre Asfixia: Sofrimento Fetal Agudo
Comente sobre DIP III
DIP III ou Variável ou Umbilical
DIP variável em relação à contração
Ocorre compressão do cordão
Pode apresentar 3 padrões: recuperação lenta, sem retorno à linha de base, bifásica (em “W”)
DIP III Desfavorável: Hipóxia
Qual a Classificação e Conduta da Cardiotocografia?
Categoria 1: 110 e 160 bpm. Variabilidade normal, sem DIP II ou III. Aceleração presente ou ausente
- Conduta: Acompanhar
Categoria 2: fica entre I e II
Categoria 3: Sem variabilidade + DIP II recorrente ou DIP III recorrente ou bradicardia mantida
- Conduta: O2, decubito lateral esquerdo, suspender ocitocina, corrigir hipotensão e parto pela via mais rápida
Quais os principais tipos de Fórcipes e suas indicações?
Simpson: qualquer variedade, exceto transversa
Kieliand: variedade transversa, corração de assinclitismos
Piper: cabeça derradeira
Barton: apresentação alta em variedade transversa
Qual a pegada ideral do fórcipe?
Biparietomalomentoniana
Quais as condições para APLICAR o Fórcipe?
A. Ausência de Colo
P. Pelve Proporcional
L. Livre Canal de Parto
I. Insinuação
C. Conhecer a Variedade
A. Amniotomia
R. Reto/Bexigas Vazias
Quais as indicações profiláticas de Fórcipe?
Indicações Maternas: pneumopatias, cardiopatias, neuropatias
Indicações Fetais: período expulsivo prolongado
Classifique o Puerpério.
Imediato: 1 ao 10 dia
Tardio: 11 ao 45 dia