Neoplasias de Próstata, Testículos e Pênis Flashcards

1
Q

Epidemiologia do Câncer de Próstata

A

• Principal rastreio de tumores em homens.
• Principal tipo de câncer urológico.
• Tumor maligno, não cutâneo, mais comum em homens acima de 50 anos.
• Incidência crescente: rastreamento com PSA e envelhecimento da população.
• Mortalidade crescente em países em desenvolvimentos.
• Risco de dx de 17% e óbito de 4% durante a vida.
• Papel da testosterona – não é causa mas aumenta a progressão.

• Adenocarcinoma é estimulado por testosterona.
• Volume normal da próstata: até 30g

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2
Q

Fatores de risco do Câncer de Próstata

A

• Idade
• Afro-descendentes
• HF
• Outros: modelo de vida acidental, obesidade, sedentarismo, entre outros com menor associação (pouca evidencia para fatores modificáveis).

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3
Q

Rastreio do Câncer de Próstata
- Exames
- Indicações

A

PSA e toque retal
• Principal é o PSA.
• Controvérsias.
• Queda da mortalidade câncer-específicas em alguns países com rastreamento, porem sem estudos conclusivos.
• Tumores de comportamento indolente (pessoa tem o CA, mas ele não cresce), e nesses casos há exposição a terapias radicais desnecessárias.
• Recomendações do SBU: Rastreio informado para pacientes com > 45 anos, se fator de risco e > 50 anos sem fator de risco, e não rastreamento se expectativa de vida < 10 anos.
• Papel da RNM multiparamétrica de próstata – PI-RADS.
• Papel dos novos marcadores (PHI / 4K Score / PCA3).
• Dx por biópsia guiada por USTR ou RNM.
• Toque retal é dx do UROLOGISTA.

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4
Q

Interpretação do PSA

A

< 1:
• Sem necessidade de progredir na investigação.

1-4:
• Normal, mas tem necessidade de outras avaliações se fatores de risco (PSA Livre, densidade de PSA e velocidade de crescimento do PSA e toque retal).
• aumento de > 0,75/ ano
• < 60 anos tem que ser abaixo de 4.

4-10:
• Elevação
• HPB, Neoplasia de próstata
• Toque retal e avaliar com urologista.

> 10:
• Repetir exame e se confirmado encaminhar para biópsia.
• Sempre refazer o exame alterado para interpretar.

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5
Q

Escore de Gleason (pós-biópsia)

A

• Classifica o tumor conforme a desorganização tecidual.
• Associação direta com a agressividade tumoral.
• Escore é a soma dos dois padrões mais frequentes.
• Graduação de 2 a 10.
• Baixo escore até 6.
• Intermediário = 7.
• Alto > 7.

CA de próstata ≥ 6

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6
Q

Estadiamento do CA de próstata

A

Metástases: ossos e linfonodos regionais (obturatórios e pélvicos)

• Cintilografia óssea + RNM/TC.
• TNM.

Classificação de risco:
• Baixo risco: baixo volume; Gleason baixo e PSA baixo
• Intermediário: PSA baixo (<10); Gleason 6 ou 7; biópsia em mais de um fragmento
• Alto: PSA de 10 20 ou Gleason ≥ 7 ou ≥ 50% da biópsia
• Muito alto

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7
Q

Tratamento do CA de Próstata

A
  • Vigilância ativa: tumores de baixo risco
  • PSA 3 em 3 meses e faz projeção do PSA pra 1 ano, se dobrar o valor já vai pra cirurgia → acompanhamento por 1 ano e repetir biópsia
  • Observação vigilante: pacientes com < 10 anos de expectativas (tratar se sintomas ou se PSA estiver muito rápido)

Tratamentos curativos:
1. Prostatectomia radical (aberta, robótica, VLP)
2. Radioterapia com hormonioterapia

  • Hormonioterapia isolada: medicação pra inibir a produção da testosterona (geralmente análogo do GnRH)
    -> Indicação: pacientes com baixa expectativa de vida
    -> Não é útil para Gleason 9-10, que se tornam hormônio resistentes (crescem mesmo sem estimulo da testosterona).
  • Imunoterapia (enzolizumab):
    -> Normalmente para pacientes mais velhos e sem comorbidades
  • Quimioterapia: tumor muito agressivo independente de hormônio e como terapia paliativa
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8
Q

Objetivos do tratamento curativo do CA de próstata

A

• PSA < 0,2 pós cx
• PSA < 1 pós radioterapia
• Manter esses valores em acompanhamento de até 5 anos (considera o paciente curado)

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9
Q

Epidemiologia do CA de testículo

A
  • Raro: 2,2 / 100.000 por ano.
  • Risco pequeno.
  • Homens entre 15-50 anos (pico 25-35 anos) - TUMOR DE HOMENS JOVENS (células germinativas)
  • Risco: criptorquidia, Klinefelter, HF, tumor contralateral e infertilidade.
  • Orquidopexia não diminui o risco – facilita dx.
  • Prognóstico favorável em até 80% com dx precoce.
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10
Q

Fatores de risco para CA de testículo

A
  • Branco
  • HF
  • Tumor contralateral prévio
  • Criptorquidia
  • Infertilidade
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11
Q

Tipos histológicos do CA de testículo

A

Células germinativas (95%):
* Seminomas (45%): clássica, anaplásica e espermatocítica
* Não seminomas (55%): células embrionários, teratoma, teratocarcinoma, cariocarcinoma (HCG)

Não germinativos (estromais): células de Leydig, células de Sertoli, células Granulosas, células da teca, indiferenciados e mistos.

Outros: sarcomas, mesotelioma maligno, linfáticos e metástases.

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12
Q

Manifestações do CA de testículo

A
  • Locais: nodulação, peso escrotal, dor local.
  • Hormonais:
    -> Hipertireoidismo (coriocarcinoma – hCG e efeito TSH like)
    -> Puberdade precoce (células de Leydig em crianças),
    -> Ginecomastia, impotência e diminuição de libido (células de Leydig em adultos).
  • Por metástases: massas (retroperitoneais) obstrução, tosse, dor óssea.
  • Encefalite límbica: por reação imunológica cruzada – anti-Ma2
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13
Q

Diagnóstico do CA de testículo

A
  • Exame físico: nodulação escrotal, palpação inguinal e abdominal
  • Imagem:
    -> US: define lesão primária e seus dx diferenciais,
    -> TC de abdome: para estadiamento pelve e retroperitônio
    -> RX tórax: estadiamento; para descartar metástases pulmonares
    -> Pet CT: avaliação de massas residuais pós QTx.
  • Marcadores: DHL (prognóstico), AFP (se positivo – não seminomatosos), beta-hCG (sempre positivo nos coriocarcinomas)
    -> Entram no cálculo do estadiamento
    -> AFP ou hCG positivos em 80% dos não semiomatosos.
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14
Q

Tratamento do CA de testículo

A

Cirugia o mais rápido possível (abordagem inguinal)!

Após orquiectomia radical:
* Até T2: acompanhar com imagem e marcadores
* > T2: encaminhar para oncologista para considerar

QT/RT adjuvante:
* Casos metastáticos:
-> Seminomas: radiossensíveis
-> Não seminomas: respondem bem à QR
* Linfadectomia retroperitonial nas não seminomas:
-> pré-QT: LN retroperitonias pequenos
-> pós-QT: massas irressecáveis inicialmente

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15
Q

Tratamento do CA de testículo:
Seminoma X Não seminoma

A

Baixo risco:
* Seminoma: não alto risco
* Não seminoma: T1

Alto risco:
* Seminoma: alto risco > 4cm ou invasão rede testis
* Não seminoma: T2 - invasão angiovascular

Metástases subclínica:
* Seminoma: 12-20%
* Não seminoma: 50%

Pacientes IS (maracdores positivos) devem ser acompanhados até a queda ao valor normal. Em caso de persistência devem ser reestadiados e USG contralateral.

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16
Q

Tratamento de CA de testículo
Metástases

A

SANARFLIX

QT:
* Exceto teratoma
* Toxicidade/esterilidade

Linfadenectomia retroperitoneal:
* Progressão de doença pós QT

Radioterapia:
* Retroperitônio
* Não permite avaliação do AP

17
Q

Estadiamento do CA de testículo

A

TNM
* T1: albuginea
* T2: vaginalis
* T3: cordão
* T4: Escroto
* N1: < 2cm e <5
* N2: 2-5cm ou > 5 ou extra nodal
* S1
* N3: > 5 cm
* S2
* M+

Leva em conta os marcadores tumorais

18
Q

Epidemiologia do CA de pênis

A
  • Incomum
  • Doença primariamente de ppulação pobre, sem acessp à educação e recursos básicos de higiene
  • Mais frequente em países subdesenvolvidos e raro em Israel
  • Pico de ocorrência na 6ª década de vida
  • Comum em regiões com alta prevalência de HPV
19
Q

Principal fator de risco do CA de pênis

A

Má higiene em homens não postectomizados

20
Q

Fatores de risco do CA de pênis

A
  • Fimose
  • Balanite crônica/líquen
  • Tabagismo
  • Não tem relação com HIV
  • HPV (30-40%+)
  • Múltiplas parcerias sexuais
  • Habitantes de área rural, solteiros, baixo status, socioeconômico
  • Parceiras não tem mairo risco de CA de colo uterino
21
Q

Lesões pré-malignas do CA de pênis

A

• Eritroplasia de Queyray e doença de Bowen
• Pouca associação com HPV: somente nas lesões verrucosas grandes (condiloma gigante)

22
Q

Principal tipo histológico do CA de pênis

A
  • Carcinoma epidermoide (carcinoma escamo celular)
  • Patologia: Carcinoma de células escamosas comum, carcinoma basaloide, carcinoma condilomatoso, carcinoma verrucoso
23
Q

Diagnóstico do CA de pênis

A

Toda lesão suspeita deve ser biopsiada:
* úlceras
* crescimeto acelerado
* condilomas
* áreas de hiperemia

Avaliação:
* avaliar invasão local
* palpação inguinal bilateral
* USG pode ser útil
* TC para estadiamento

24
Q

Manejo do CA de pênis

A

Geralmente acomete a glande, lesão plana, pode se estender e formar nódulos exofíticos

  • Sempre avaliar LN das cadeias inguinais
  • Biópsia excisional da lesão primária, se possível
  • Objetivo cirúrgico: retirar lesão com margem segura com o máximo de preservação do órgão - margem de 10 mm
  • Após excisão, avaliar patologia:
    -> se > T2 avaliar metástases, LN inguinais e pélvicos

SANARFLIX:
1) Tratamento do tumor primário:
* Objetivo do tratamento é preservar o máximo possível do órgão sem comprometer controle oncológico
* Laser
* RT
* Ressecção excisional da lesão
* Cirurgia de Moh’s
* Ressurfacing
* Glandectomia
* Penectomia parcial
* Penectomia radical

2) Tratamento da doença metastática:
* Padrão de evolução da doença metastática: linfonodos inguinais ->pélvicos -> retroperitoneais
* Linfadenectomia é padrão ouro
* QT é geralmente indicada em contexto de tratamento multimodal