ITU - PEDIATRIA Flashcards

1
Q

Qual a prevalência de ITU entre 1 mês e 11 anos?

A

Até 8%

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2
Q

Qual a taxa de recorrência de ITU entre 6 e 12 meses após o primeiro episódio?

A

Até 30%

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3
Q

Qual a chance de recorrência de ITU em meninas após o primeiro episódio?

A

30% até 12 meses; 50% até 5 anos

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4
Q

Qual a chance de recorrência de ITU em meninos após o primeiro episódio?

A

15–20%; raras após 1 ano de vida

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5
Q

Em qual sexo a ITU é mais comum no 1º ano de vida?

A

Masculino

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6
Q

Em qual sexo a ITU é mais comum após 1 ano de vida?

A

Feminino

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7
Q

Quais fatores aumentam o risco de ITU no sexo masculino no 1º ano de vida?

A

Ausência de circuncisão

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8
Q

Quais fases são picos de incidência de ITU em meninas?

A

Lactância e fase de treinamento esfincteriano

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9
Q

Qual parte do trato urinário não é estéril?

A

Porção distal da uretra

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10
Q

Qual bactéria predomina na flora periuretral de meninas?

A

Escherichia coli

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11
Q

Qual bactéria predomina na flora periuretral de meninos após 6 meses?

A

Proteus mirabilis

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12
Q

Como o uso de antibióticos de amplo espectro influencia o risco de ITU?

A

Altera a flora e facilita colonização por uropatógenos

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13
Q

Quais os principais fatores de virulência bacteriana da E. coli?

A

Fímbrias, flagelos, LPS, cápsula, hemolisina

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14
Q

O que é o LPS e qual seu papel?

A

Endotoxina de bactérias Gram-negativas; ativa TLR4, induz resposta inflamatória

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15
Q

Quais são as duas principais vias de infecção urinária em crianças e em que contextos elas predominam?

A

Via hematogênica em recém-nascidos; via ascendente após o período neonatal

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16
Q

Quais mecanismos permitem a ascensão de uropatógenos pelo trato urinário?

A

Adesão às células uroteliais (fímbrias), motilidade (flagelos), resistência a defesas antibacterianas, estratégias de adaptação

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17
Q

Qual o papel das fímbrias tipo P, do LPS e do IRF3 nos sinais e sintomas iniciais da ITU?

A

As fímbrias tipo P aderem aos receptores glicolipídicos uroteliais; o LPS ativa TLR4, que induz transcrição do IRF3; esse eixo leva à produção de citocinas que determinam os sinais e sintomas iniciais da ITU

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18
Q

Qual o papel da IL-8 na fisiopatologia da piúria e qual célula a produz?

A

A IL-8 é produzida pelas células uroteliais e promove a quimiotaxia de neutrófilos para o trato urinário, resultando em piúria

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19
Q

Qual a função da IL-6 na ITU?

A

Estimula a produção hepática de PCR e a produção de IgA secretora pela mucosa

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20
Q

Quais achados laboratoriais são explicados pela IL-8 e IL-6?

A

Piúria, elevação da PCR e aumento de IgA secretora

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21
Q

Quais proteínas antimicrobianas atuam como defesa inata no trato urinário?

A

Defensinas, catelicidina, lactoferrina, lipocalina, ribonuclease 7, Tamm-Horsfall

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22
Q

Quando se inicia a resposta imune específica na pielonefrite aguda?

A

Entre 3 e 7 dias

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23
Q

Como o uso prévio de antibióticos interfere na flora periuretral?

A

Reduz a flora comensal e favorece crescimento de uropatógenos resistentes

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24
Q

Qual estrutura anatômica facilita a migração bacteriana ascendente?

A

Proximidade da uretra ao ânus, especialmente em meninas

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25
O que significa a sigla CAKUT e o que ela representa?
Congenital Anomalies of the Kidney and Urinary Tract; conjunto de malformações congênitas que afetam os rins e/ou o trato urinário
26
Quais são exemplos de anomalias incluídas em CAKUT?
Refluxo vesicoureteral, duplicação do sistema coletor, válvulas uretrais posteriores, obstrução da junção ureteropélvica, hipodisplasia renal
27
Qual a importância clínica das CAKUT nas ITUs pediátricas?
São a principal causa estrutural associada a ITU de repetição e doença renal crônica na infância
28
O que é refluxo vesicoureteral (RVU)?
Refluxo retrógrado da urina da bexiga para os ureteres e rins
29
Como o RVU contribui para a patogênese da ITU?
Favorece ascensão bacteriana ao trato urinário superior e está associado a pielonefrite e cicatrizes renais
30
Quais as formas clínicas de RVU?
Primária (congênita, por falha na válvula da junção ureterovesical) e secundária (disfunção miccional ou obstrução)
31
Qual a importância da ITU como marcador clínico em crianças com CAKUT?
Pode ser o evento sentinela para investigação de anomalias congênitas do trato urinário
32
Qual o risco em não identificar precocemente uma CAKUT em pacientes com ITU?
Dano renal progressivo por infecções de repetição com risco de lesão do parênquima
33
Em que faixa etária as CAKUT costumam se manifestar com ITU?
Recém-nascidos e lactentes jovens
34
Qual a importância da hidronefrose detectada no pré-natal para a investigação de ITU?
Sinal indireto de uropatia obstrutiva ou refluxo que predispõe à infecção
35
Como a bexiga neurogênica contribui para a patogênese da ITU?
Causa esvaziamento vesical inadequado e estase urinária, favorecendo crescimento bacteriano
36
Qual o papel da disfunção miccional na recorrência de ITUs em crianças?
Favorece esvaziamento incompleto da bexiga, aumento da pressão intravesical e refluxo vesicoureteral funcional
37
Como a constipação intestinal influencia na ocorrência de ITU?
A impactação fecal pode comprimir a bexiga ou uretra, levando a disfunção miccional e estase urinária
38
Por que imunocomprometidos têm maior risco de ITU complicada?
Resposta imune ineficaz favorece colonização, disseminação e infecção renal
39
Qual fator comportamental deve ser considerado em adolescentes com ITU?
Início da atividade sexual, que facilita migração de bactérias para o trato urinário
40
Qual a porcentagem dos casos de ITU em crianças atribuída à E. coli?
75–80%
41
Quais características definem cepas uropatogênicas da E. coli?
Expressão de antígenos de superfície (sorotipos OKH) e fímbrias P
42
Qual bactéria pode ser responsável por até 30% das ITUs em meninos?
Proteus sp
43
Quais são os patógenos urinários menos comuns em crianças?
Proteus mirabilis, Klebsiella sp., Staphylococcus saprophyticus
44
Como a ITU pode ser classificada clinicamente quanto à localização?
Cistite (trato urinário inferior), pielonefrite (trato urinário superior) e bacteriúria assintomática
45
Quais os sintomas característicos da pielonefrite aguda?
Febre elevada, prostração/adinamia, calafrio, pior estado geral e dor abdominal ou em flancos
46
Quais os sintomas típicos da cistite?
Disúria, polaciúria, urgência miccional, enurese, incontinência/retenção, urina fétida ou turva
47
Como é definida a bacteriúria assintomática?
Cultura de urina com crescimento bacteriano significativo na ausência de sintomas clínicos
48
Quais são os sinais de ITU em neonatos e menores de 3 meses?
Sepse, vômitos/regurgitação, hipoatividade, irritabilidade, palidez/icterícia, pouco ganho ponderal, dificuldade de sucção, convulsões, hipotermia ou febre
49
Qual é a manifestação clínica mais comum da ITU em lactentes?
Febre
50
Quais sintomas podem acompanhar a febre em lactentes com ITU?
Anorexia, vômitos, dor abdominal e ganho ponderal insatisfatório
51
Quais sintomas de ITU são comuns na faixa pré-escolar?
Febre, dor abdominal, disúria e polaciúria
52
Quais são os principais sintomas em escolares e adolescentes com ITU?
Febre, disúria, polaciúria, dor abdominal e urgência miccional. Pode também haver hematúria, urina turva
53
Quais sintomas sugerem pielonefrite em pré-escolares ou escolares?
Febre com comprometimento do estado geral, dor abdominal e dor em flancos
54
Qual síndrome pode ocorrer em adolescentes do sexo feminino com início da vida sexual?
Síndrome disúria-frequência: disúria, urgência, desconforto suprapúbico e aumento da frequência urinária
55
Qual a importância do diagnóstico precoce da ITU?
Evita complicações, reduz morbimortalidade e previne lesão renal
56
Como se estabelece a suspeita clínica de ITU?
História clínica e exame físico compatíveis
57
Quando se deve investigar ITU em crianças?
Sintomas urinários, febre inexplicada, bacteremia, icterícia neonatal, atraso de crescimento
58
Quais achados no exame físico sugerem anomalias urológicas?
Hidronefrose palpável, bexiga palpável após micção, jato urinário fino ou interrompido
59
O que sugere dor à punhopercussão lombar em crianças com febre?
Pielonefrite aguda (Giordano positivo)
60
Quais achados na genitália externa devem ser avaliados no exame físico?
Meato uretral, sinéquia de pequenos lábios, fimose, balanopostite, vulvovaginite
61
Quais sinais na região sacral indicam possível bexiga neurogênica?
Fossetas, desvios da fenda glútea, lipomas, manchas ou pelos
62
Qual a importância da medida da pressão arterial no diagnóstico de ITU?
Avalia repercussões sistêmicas e lesão renal associada
63
Qual sinal clínico pode indicar obstrução vesical ou ureteral baixa?
Gotejamento urinário persistente ou jato fraco e curto
64
Qual é o método de coleta de urina ideal para crianças com controle esfincteriano?
Coleta por jato médio
65
Qual é o principal problema do uso do saco coletor? Em que situação ele é confiável?
Alta taxa de contaminação com culturas falso-positivas. Confiável para cultura negativa
66
Qual método de coleta é recomendado por diretrizes internacionais?
Sondagem vesical (Sensibilidade de 95% e especificidade de 99%)
67
Qual o método mais sensível para obtenção de urina não contaminada? Qual contagem de colônias é considerada significativa nesse método?
Punção suprapúbica (PSP). Qualquer contagem
68
Quais condições clínicas são indicações para coleta por punção suprapúbica?
Fimose grave, aderências labiais acentuadas, infecção genital externa, anormalidades do complexo genital
69
Qual é o exame padrão-ouro para diagnóstico de ITU?
Urocultura
70
Qual o critério diagnóstico de ITU em urina recém-excretada?
Presença de ≥100.000 UFC/mL de uma única bactéria
71
Como interpretar urocultura com <10.000 UFC/mL?
Negativa
72
Como interpretar urocultura com 10.000 a 100.000 UFC/mL?
Resultado duvidoso
73
O que indica presença de duas ou mais cepas diferentes na urocultura?
Contaminação da amostra
74
Qual achado define piúria no EAS?
≥5 leucócitos/campo ou >10.000 leucócitos/mL
75
Quais testes no EAS são fortemente sugestivos de ITU?
Nitrito positivo e esterase leucocitária positiva (Sensibilidade 93%, especificidade 72%)
76
O que indicam cilindros piocitários no EAS?
Pielonefrite ou acometimento infeccioso do parênquima renal
77
Qual alteração do pH urinário pode indicar infecção por Proteus?
pH alcalino
78
Qual o significado da albuminúria transitória no EAS?
Fase febril ou pielonefrite
79
Qual achado urinário microscópico pode estar presente na ITU?
Hematúria microscópica
80
Qual densidade urinária pode ser observada em casos de ITU?
Densidade urinária baixa
81
O que caracteriza a bacteriúria assintomática?
Presença de bacteriúria significativa em crianças sem sintomas urinários
82
Qual o critério laboratorial para bacteriúria assintomática?
Três uroculturas consecutivas positivas no intervalo de 3 dias a 2 semanas
83
Em qual sexo é mais prevalente a bacteriúria assintomática?
Feminino
84
Qual o desfecho da bacteriúria assintomática transitória em meninas?
95% normalizam os exames em até 12 meses sem tratamento
85
Em quais grupos a bacteriúria assintomática persistente é mais comum?
Crianças com meningomielocele, bexiga neurogênica ou em cateterismo vesical de repetição
86
Qual a conduta frente à bacteriúria assintomática em crianças? Explique.
Não tratar. TTO pode induzir ITU sintomática com germes de maior virulência
87
Quais são os principais objetivos do tratamento da ITU em crianças?
Alívio dos sintomas, prevenção de cicatrizes renais e infecções recorrentes, identificação de anormalidades e tratamento precoce da bacteremia
88
Quando o início do tratamento reduz significativamente o risco de cicatrizes renais?
Quando iniciado em até 3 dias após o início dos sintomas
89
Quais fatores devem ser considerados na escolha do tratamento?
Idade, gravidade do quadro, localização da infecção (cistite x pielonefrite)
90
Quais critérios indicam uso da via oral no tratamento da ITU?
Criança >3 meses, sem toxemia, boa aceitação oral e adesão ao tratamento
91
Quais critérios indicam tratamento por via endovenosa?
<3 meses, doença aguda, intolerância oral, falha terapêutica, imunodeficiência, dispositivos permanentes, abscesso renal
92
Qual a abordagem terapêutica inicial em menores de 3 meses com ITU?
Antibioticoterapia intravenosa com cobertura para estreptococos do grupo B e enterobactérias
93
Quando é possível passar para antibiótico oral em menores de 3 meses?
Hemocultura negativa, bebê afebril e melhora clínica
94
Qual a duração da antibioticoterapia oral após melhora clínica em <3 meses?
7 a 14 dias
95
Qual a duração do tratamento oral na primeira ITU febril em >3 meses?
7 a 10 dias
96
Qual a abordagem inicial para abscesso renal ou perinéfrico?
Tratamento endovenoso e considerar drenagem cirúrgica
97
O que é oticoterapia intravenosa com cobertura para estreptococos do grupo B e enterobactérias?
Oticoterapia intravenosa com cobertura para estreptococos do grupo B e enterobactérias.
98
Quando é possível passar para antibiótico oral em menores de 3 meses?
Hemocultura negativa, bebê afebril e melhora clínica.
99
Qual a duração da antibioticoterapia oral após melhora clínica em <3 meses?
7 a 14 dias.
100
Qual a duração do tratamento oral na primeira ITU febril em >3 meses?
7 a 10 dias.
101
Qual a abordagem inicial para abscesso renal ou perinéfrico?
Tratamento endovenoso e considerar drenagem cirúrgica.
102
Quais antibióticos orais são usados no tratamento da ITU pediátrica?
Amoxicilina + clavulanato, cefalexina, cefadroxila, sulfametoxazol + trimetoprim.
103
Quais antibióticos endovenosos são indicados para ITU pediátrica?
Ampicilina, gentamicina, ceftriaxona, cefepime, cefotaxima.
104
Qual a orientação quanto ao uso de nitrofurantoína?
Não indicada em casos com suspeita de envolvimento renal.
105
Fluoroquinolonas devem ser utilizadas na ITU pediátrica?
Não, exceto em casos sem alternativas, devido a efeitos adversos graves.
106
Qual a eficácia do tratamento de curta duração (3-4 dias) na cistite não febril?
Tão eficaz quanto tratamento padrão de 7-10 dias.