HPV E Lesões Precursoras Flashcards

1
Q

Qual o epitélio que reveste a ectocérvice?

A

Epitélio estratificado escamoso não queratinizado

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Q

Qual o epitélio que reveste a endocérvice?

A

Epitélio colunar simples mucosecretor

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3
Q

O que é a junção escamocolunar (JEC)?

A

Linha de transição entre o epitélio colunar da endocérvice e o epitélio escamoso da ectocérvice

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4
Q

O que é zona de transformação?

A

Área entre a JEC original e a JEC atual, onde ocorre metaplasia escamosa e é o sítio mais comum de lesões precursoras

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5
Q

O que é ectopia cervical?

A

Presença de epitélio colunar da endocérvice ectopicamente na ectocérvice

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6
Q

Qual o principal fator determinante do deslocamento da JEC ao longo da vida?

A

Variações hormonais (ex: puberdade, gestação, menopausa)

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7
Q

Em que local do colo uterino ocorre a maioria das lesões intraepiteliais e cânceres cervicais?

A

Na zona de transformação

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8
Q

Qual a estrutura genômica do HPV?

A

Vírus DNA circular, fita dupla, não envelopado, com cerca de 8.000 pares de bases

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9
Q

Quais são as principais proteínas virais oncogênicas do HPV?

A

E6 (degrada p53) e E7 (inativa pRb)

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10
Q

O que caracteriza os tipos de HPV de alto risco oncogênico?

A

Capacidade de integrar o DNA viral ao genoma celular, levando à imortalização celular

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11
Q

Quais os principais tipos de HPV de alto risco?

A

HPV 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58

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12
Q

Quais os principais tipos de HPV de baixo risco?

A

HPV 6 e 11

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13
Q

Como o HPV infecta o epitélio cervical?

A

Penetra por microlesões no epitélio e infecta células basais da zona de transformação

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14
Q

Qual a função da proteína viral L1?

A

Principal componente do capsídeo, responsável pela formação de partículas virais e imunogenicidade da vacina

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15
Q

Qual o tropismo tecidual preferencial do HPV?

A

Epitélio escamoso da região anogenital, especialmente zona de transformação do colo uterino

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16
Q

Qual o principal fator de risco para persistência do HPV e progressão para câncer cervical?

A

Infecção por HPV de alto risco oncogênico (ex: tipos 16 e 18)

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17
Q

Quais são os fatores imunológicos que favorecem a persistência do HPV?

A

Imunossupressão (HIV, transplante, uso de imunossupressores)

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18
Q

Qual o impacto do tabagismo na infecção pelo HPV?

A

Favorece a persistência viral e aumenta risco de progressão para lesão de alto grau e câncer cervical

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19
Q

Qual a relação entre paridade elevada e risco de câncer cervical?

A

Alta paridade está associada à maior exposição do colo uterino ao trauma e inflamação crônica, favorecendo a carcinogênese

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20
Q

Como a idade precoce da coitarca influencia o risco de lesões cervicais?

A

Aumenta o risco por exposição precoce à infecção pelo HPV e presença de zona de transformação imatura

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21
Q

Qual a influência do número de parceiros sexuais no risco de infecção persistente por HPV?

A

Maior número de parceiros aumenta a chance de exposição a diferentes tipos de HPV e reinfecção

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22
Q

Como o uso prolongado de contraceptivo oral está relacionado ao câncer cervical?

A

Pode estar associado à persistência do HPV, possivelmente por fatores hormonais e confusão com comportamento sexual

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23
Q

Qual o papel da coinfecção por outras ISTs na progressão da infecção por HPV?

A

Inflamações crônicas e alterações da microbiota vaginal favorecem a persistência e a progressão para lesões de alto grau

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24
Q

A baixa escolaridade e o nível socioeconômico têm impacto no risco de câncer cervical?

A

Sim, estão associados a menor acesso ao rastreio e à vacinação, aumentando risco de progressão de lesões

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25
A deficiência de micronutrientes pode interferir na imunidade contra HPV?
Sim, deficiências de vitamina A, C, E e folato estão associadas à maior persistência do HPV e risco de NICs
26
Qual a relação entre idade e risco de progressão da infecção por HPV?
Infecções persistentes em mulheres acima dos 30 anos têm maior risco de progressão para lesão de alto grau
27
Em mulheres com HIV, qual o comportamento típico da infecção por HPV?
Maior prevalência, persistência, recorrência e risco de progressão para NIC2+, mesmo com carga viral indetectável
28
Onde o HPV inicia a infecção no trato genital feminino?
Células basais da zona de transformação, através de microabrasões no epitélio
29
Qual a forma inicial do DNA viral nas células infectadas?
Forma epissomal (não integrada ao genoma celular)
30
O que ocorre quando o DNA do HPV integra-se ao genoma da célula hospedeira?
Desregulação do ciclo celular com superexpressão das oncoproteínas E6 e E7
31
Qual a função da proteína viral E6 na carcinogênese?
Promove degradação da proteína supressora de tumor p53
32
Qual a função da proteína viral E7 na carcinogênese?
Inativa a proteína do retinoblastoma (pRb), promovendo progressão do ciclo celular
33
O que resulta da ação combinada de E6 e E7?
Imortalização celular, instabilidade genômica e escape da apoptose
34
Por que a zona de transformação é mais vulnerável à infecção por HPV?
Por conter epitélio em metaplasia escamosa ativa, com células basais acessíveis e em proliferação
35
Qual o papel da proteína E2 no ciclo viral do HPV?
Regula negativamente a transcrição de E6 e E7; sua perda favorece carcinogênese
36
O que caracteriza a progressão da infecção por HPV para lesão intraepitelial de alto grau?
Persistência viral com integração do DNA ao genoma celular e superexpressão de E6/E7
37
Quais alterações histológicas caracterizam as lesões escamosas causadas por HPV?
Pleomorfismo nuclear, mitoses atípicas, coilócitos, perda da polaridade e maturação celular
38
O que são coilócitos?
Células escamosas com citoplasma claro e núcleo hipercromático irregular, sugestivas de infecção por HPV - “Olho de coruja”
39
Como se caracteriza a progressão das lesões NIC para câncer invasivo?
Acúmulo de mutações e alterações epigenéticas, com invasão da membrana basal e estroma adjacente
40
A infecção por HPV é suficiente para desenvolvimento do câncer cervical?
Não, são necessários cofatores como imunossupressão, tabagismo e persistência viral para progressão maligna
41
Qual a principal função da proteína viral E5 na infecção pelo HPV?
Estimula a proliferação celular por ativação de receptores de fatores de crescimento e inibe a apoptose em estágios iniciais da infecção
42
Como ocorre a transmissão do HPV?
Contato direto pele a pele, principalmente sexual, mesmo sem penetração vaginal; também pode ocorrer por fômites e via vertical, se contato do feto com lesões.
43
Como se dá a resposta imune à infecção pelo HPV?
Predominantemente celular, mediada por linfócitos T citotóxicos; a imunidade humoral é limitada, com produção tardia e baixa de anticorpos, o que contribui para a persistência viral.
44
O que é clareamento viral na infecção por HPV?
É a eliminação espontânea do HPV pelo sistema imune, com desaparecimento do DNA viral detectável; ocorre em até 90% dos casos em até 2 anos.
45
Qual a forma clínica mais comum da infecção por HPV?
Infecção subclínica, assintomática, detectada apenas por exames de rastreio citológico ou molecular
46
O que caracteriza a infecção clínica por HPV?
Presença de lesões visíveis, como verrugas anogenitais (condilomas acuminados), geralmente causadas pelos tipos 6 e 11
47
Como se apresenta clinicamente o condiloma acuminado?
Lesão exofítica, de superfície verrucosa ou papilomatosa, geralmente múltipla (pode ser única), úmida e indolor, em região anogenital
48
O que são lesões subclínicas associadas ao HPV de alto risco?
Alterações celulares sem manifestação macroscópica, identificadas por citologia ou teste de DNA para HPV
49
Qual o principal achado colposcópico de lesões subclínicas por HPV?
Epitélio aceto-branco, mosaico, pontilhado ou vascularização atípica após aplicação de ácido acético ou lugol
50
Em que regiões podem surgir verrugas genitais pelo HPV?
Vulva, vagina, colo uterino, períneo, região perianal, pênis, escroto, uretra, ânus, orofaringe, mucosa nasal e conjuntiva
51
A ausência de lesões visíveis descarta infecção por HPV?
Não; a maioria das infecções é subclínica e só detectável por exames laboratoriais ou histopatológicos
52
Quais exames são utilizados para o diagnóstico de infecção por HPV?
Citologia oncótica (Papanicolau), colposcopia e testes de DNA para HPV de alto risco
53
O que a citologia de rastreio pode identificar na infecção por HPV?
Alterações celulares como coilócitos, ASC-US, LSIL, HSIL ou carcinoma
54
Qual a principal vantagem do teste de DNA para HPV?
Alta sensibilidade para detecção de HPV de alto risco, mesmo antes de alterações citológicas
55
Qual a função da colposcopia no diagnóstico do HPV?
Avaliar alterações epiteliais do colo uterino e guiar biópsias direcionadas
56
Quando está indicada a biópsia em casos de infecção por HPV?
Quando há achados colposcópicos suspeitos (mosaico, pontilhado, epitélio aceto-branco denso, vasos atípicos) ou citologia compatível com HSIL com achados menores na colposcopia e achados sugestivos de invasão (superfície irregular, necrose ou ulceração, neoplasia tumoral/grosseira)
57
Qual o papel da histopatologia na infecção por HPV?
Confirmar o grau da lesão intraepitelial e excluir invasão tumoral
58
O que significam ASC-US, LSIL e HSIL na citologia cervical?
ASC-US: células escamosas atípicas de significado indeterminado LSIL: lesão intraepitelial escamosa de baixo grau (geralmente NIC1) HSIL: lesão intraepitelial escamosa de alto grau (NIC2 ou NIC3)
59
Quais são os tipos de zona de transformação (ZT) no colo uterino?
ZT tipo 1: completamente ectocervical e totalmente visível ZT tipo 2: parcialmente endocervical, mas totalmente visível ZT tipo 3: parcialmente ou totalmente endocervical e não completamente visível (colposcopia insatisfatória)
60
Quais os critérios que orientam a escolha do método de tratamento das lesões precursoras do HPV?
Grau e extensão da lesão, tipo de zona de transformação, idade, desejo reprodutivo, possibilidade de seguimento e presença de ISTs
61
Quais os métodos destrutivos utilizados no tratamento de LIEBG persistente?
Crioterapia, eletrocauterização e vaporização com laser de CO2
62
Quando a conduta expectante é aceitável nas lesões NIC2?
Em mulheres ≤24 anos ou com desejo reprodutivo, com seguimento semestral por até 2 anos; se persistir ou progredir, indica-se tratamento
63
Quais medicamentos são utilizados no tratamento das verrugas anogenitais?
Imiquimode 5%, podofilina 10-25%; ácido tricloroacético, além de eletrocauterização, crioterapia e exérese cirúrgica (shaving)
64
Quais tratamentos são contraindicados na gestação?
Podofilina e imiquimode devido à teratogenicidade
65
Qual a conduta de tratamento no adenocarcinoma in situ (AIS)?
Conização diagnóstica (devido ao risco de lesão multifocal e recorrência) e histerectomia simples como tratamento definitivo
66
O que é o manejo “ver e tratar”?
Excisão imediata da zona de transformação em LIEAG, em mulheres >25 anos, na presença de com JEC visível, critérios colposcópicos maiores e sem suspeita de invasão ou lesão glandular
67
Qual o papel do teste de HPV no seguimento pós-tratamento de NIC2/3 e AIS?
É indicado para vigilância de recidiva, dada a persistência de risco por muitos anos após o tratamento
68
Qual o método recomendado para rastreamento do câncer de colo uterino no Brasil?
Citologia oncótica (Papanicolau), com citologia convencional como método padrão
69
A partir de que idade se inicia o rastreamento na população geral?
A partir dos 25 anos para mulheres com vida sexual ativa
70
Quando se pode encerrar o rastreamento do câncer de colo do útero?
Após os 64 anos, se houver dois exames negativos consecutivos nos últimos 5 anos
71
Qual a frequência do rastreio citológico recomendado pelo INCA?
Anual nos dois primeiros exames; se ambos negativos, a cada 3 anos
72
Qual o método preferencial para rastreio em mulheres ≥30 anos?
Teste de HPV de alto risco ou cotestagem (citologia + HPV), com repetição a cada 5 anos se negativo
73
Como é o fluxograma para mulheres 30–64 anos com teste de HPV positivo para tipos 16/18?
Encaminhar diretamente para colposcopia
74
Como é a conduta se teste de HPV de alto risco for positivo, mas não for 16/18?
Realizar citologia; se negativa, repetir HPV em 1 ano; se positiva, encaminhar para colposcopia
75
Qual o rastreamento indicado para gestantes?
Segue os mesmos critérios da população geral; a coleta é segura com técnica adequada mesmo com JEC exteriorizada
76
Como é o rastreio em imunossuprimidas?
Iniciar após início da vida sexual; citologia semestral no 1º ano e, se normal, anual enquanto durar a imunossupressão
77
Como é o rastreio em pacientes HIV+ com CD4 < 200 células/mm³?
Priorizar correção da imunossupressão e realizar citologia a cada 6 meses
78
Qual a conduta em mulheres histerectomizadas por causas benignas sem lesões prévias?
Podem ser excluídas do rastreamento
79
Mulheres sem atividade sexual devem ser submetidas ao rastreio?
Não; rastreio não é indicado nessa população
80
Como deve ser feita a coleta em pacientes menopausadas com atrofia?
Estrogenizar por 4–6 semanas, suspender 5–7 dias antes da coleta
81
Mulheres com história de LIEAG devem ser acompanhadas por quanto tempo?
Por no mínimo 20 anos após o tratamento
82
Qual a conduta inicial para LIEBG (lesão intraepitelial escamosa de baixo grau)?
Repetir citologia em 6 se >=25a e em 12m se <25a, ou encaminhar para colposcopia; ambas condutas são aceitáveis.
83
Quando encaminhar paciente com LIEBG para colposcopia?
Se houver persistência da lesão em mais de uma citólogia.
84
Qual a conduta após 2 citologias consecutivas negativas em paciente com LIEBG?
Retornar ao rastreamento citológico trienal.
85
Quando está indicado tratar LIEBG (NIC I)?
Se persistente por mais de 24 meses, ou a critério clínico. O tratamento pode ser ablativo ou excisional.
86
Qual o tratamento indicado para ZT tipo 1 ou 2 com LIEAG confirmada?
Excisão da zona de transformação (EZT) com cirurgia de alta frequência (CAF)
87
Qual o tratamento indicado para ZT tipo 3 com LIEAG ou lesão glandular?
Conização, preferencialmente por CAF, laser ou bisturi frio
88
Quando utilizar o método de excisão tipo 1?
Em lesão ectocervical, sem extensão endocervical significativa (<1 cm)
89
Quando utilizar o método de excisão tipo 2?
Quando há envolvimento endocervical de 1,5 a 2 cm, ainda com acesso colposcópico satisfatório
90
Quando utilizar o método de excisão tipo 3?
Em ZT tipo 3, com necessidade de remoção de 2 a 2,5 cm do canal endocervical (colposcopia insatisfatória)
91
Qual a principal diferença entre excisão tipo 2 e tipo 3?
A profundidade e a visibilidade: tipo 2 é totalmente visível, tipo 3 é parcialmente ou totalmente não visível.
92
Procedimento obrigatório na suspeita de invasão?
Biópsia, até mesmo em gestantes