Isoimunização Do RN Flashcards

1
Q

Definição

A

passagem de anticorpos maternos (anticorpos anti-D pela placenta que destroem as hemácias fetais
- causa anemia fetal grave: anti-D, anti-Kell, anti-c - doença hemolítica do feto e do neonato: eles acabam produzindo mais glóbulos vermelhos imaturos
- se a mulher já teve um feto acometido por isoimunização → tende a acontecer mais cedo na próx gravidez

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2
Q

Quais são as duas possibilidades de quadro clínico

A

Primeira gestação ou gestações anteriores que fizeram o uso da imunoglobulina anti D : mãe RH- filho RH+ (o filho será RH + por conta do pai) não acontece nada pois não há isoimunizacao, logo não há doença fetal (IGG) o CI será negativo e portanto se realiza a profilaxia do feto, não trata

Segunda gestação ou próximas que malfizeram uso da imunoglobulina anti D : já houve a sensibilização ( durante o trabalho de parto anterior; houve o contato do sistêmica imunológico da mãe com as hemácias fetais portadoras do antígeno D, esse antígeno não é reconhecido pela sistema imunitário da mãe e logo o corpo produz anticorpos contra ele)
logo trata pois há doença fetal (GG) CI positivo

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3
Q

Etiologia da isoimunizacao rh

A

perda gestacional: ● ectópica
● aborto espontâneo
● aborto eletivo
● óbito fetal - procedimentos:
● biópsia de vilo coriônico
● amniocentese
● cordocentese - parto
- traumatismo
- DPP
- sangramento vaginal
- versão cefálica externa

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4
Q

Sistema RHESUS

A
  • Rh negativo: base molecular = ausência do antígeno D
  • Rh positivo: base molecular = presença do antígeno D
  • Rh positivo com D fraco: tem o antígeno D, porém ele é fraco ⇒ D fraco: na tipagem sanguínea, às vezes dá positivo e as vezes negativo → essa mulher apesar de ter antígeno D, não é suficiente para que reconheça o antígeno fetal → tratar como negativo pq tem chance de produzir anticorpos contra o feto
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5
Q

Coombs Indireto definição e resultados

A

É um exame que busca anticorpos anti D

Negativo : não há sensibilização, doença fetal (IGG)
é presente na primeira gestação ou nas gestações anteriores que fizeram uso de imunoglobulina anti D
DEVEMOS REALIZAR PROFILAXIA

Positivo : há sensibilização, doença fetal (IGG)
é presente nas gestações seguintes que não fizeram uso da imunoglobulina anti D
DEVEMOS TRATAR O FETO
-OBS: pacientes que engravidam próximo de uma gestação anterior e que receberam a imunoglobulina anti D CI ficará positivo pelos próximo 3 meses

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6
Q

Fisiopatologia

A

FISIOPATOLOGIA: (passagem dos anticorpos anti d pela circulação TRANSPLACENTARIA > destruição das hemácias fetais> anemia fetal)

Feto é hidrópico : edemaciado, ascite, derrame pleural e pericárdico
Risco de óbito fetal e neonatal : padrão sinusoidal no NST é indicativo de anemia fetal

32 dias de gestação o feto já começa manifestar o antígeno D na superfície, passagem dos eritrócitos do feto em direção a circulação materna ( mãe é portadora dos anticorpos anti D) anticorpos cruzam a placenta ( IGG) se ligam as hemácias e as opsizionizam para serem fagocitadas pelos macrófago do baço ( hiperesplenismo) > anemia grave por hemólise >
Libera billirubina que se acumula nos glanglio da base do cérebro fetal e levam ao quadro de Kernictus ( retardo mental)

Há medida que ocorre anemia pela hemólise, a medula óssea passa a liberar formas jovens das hemácias ( eritroblastos) , esses eitroblastos são formas jovens que carregam menos oxigênio, como consequência se verifica a hipóxia que levam quadro de ICC ( edema subcutâneo TRANSPLACENTARIo, com ascite e derrame pericárdico e pleural)

Na medida que ocorre a hipóxia, o fígado altera sua função em produzir proteínas para ajudar na oxigenação para compensar essa hipóxia produzindo hemácias , alterando sua estrutura hepática, influenciando assim numa hipertensão portal ( que também culmina na ascite)
há hipotroteinimia e a redução das proteínas sintetizadas pelo fígado responsável em circular no sangue e manter a pressão coloidosmotica , há maior extravasamento de líquido dentro dos vasos para os tecidos gerando edema
A hipóxia também culmina nos poros dos vasos dilatados que facilita travem a saída de líquido para os tecidos ocasionando edema

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7
Q

Diagnóstico

A
  1. Pedir tipagem sanguínea
  2. Pedir coombs indireto para ver se ela está sensibilizada
    - atenção: se a mulher engravidar logo após o parto, lembrar que se a mulher recebeu imunoglobulina, esse exame fica positivo por 3 meses → não se desesperar
    - se não recebeu imunoglobulina e ela tiver sido sensibilizada, o exame virá positivo → PREOCUPANTE
  3. Pedir tipagem de anticorpo: IgM ou IgG
    - IgM não nos preocupamos porque não atravessa a placenta (geralmente na primeira gestação → doença aguda) - IgG nos preocupamos
  4. Pedir o título do anticorpo
    - se ≥ 1/16 → feto terá anemia hemolítica grave
  5. Checar se feto começou a ter hemólise ou não através da dopplerfluxometria semanal! → quando o bebe começa a fazer hemólise, aumenta muito o fluxo da artéria cerebral média para proteção cerebral
    - pode ser que nada aconteça porque o feto pode ser Rh-, porém não temos como saber a tipagem sanguínea do feto - se normal, bebe não está anêmico seguir com gestação normal
    - se alterado → agir porque bebê está em anemia hemolítica grave
  6. Cordocentese se doppler de ACM alterado: para confirmar se há anemia mesmo
    - puncionar a veia umbilical na saída da placenta (porque ali ela é mais fixa) e retirar um pouco de sangue para fazer um microhematócrito e hemoglobina e através disso, sabemos se ele realmente está anêmico ou não → deixa a agulha lá enquanto avaliamos Ht e Hb para colocar os valores em uma fórmula e saber quanto teremos que transfundir com O irradiado para acabar com todos os antígenos de superfície dessa hemácia (aproveitamos a mesma agulha porque cada vez que puncionamos a veia umbilical corremos o risco de quando tirar a agulha, ele não parar de sangrar e termos que realizar o sangue)
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8
Q

Conduta

A
  • TRANSFUSÃO FETAL com eritrócitos O irradiados se: ↑ da velocidade sistólica da ACM = hidropsia fetal
    ● depois que transfundir, o Ht cai 1% ao dia → usamos isso para calcular quando teremos que transfundir novamente
    porque após a transfusão, perdemos a confiabilidade da dopplerfluxometria da ACM
    ● devido aos riscos, só vamos transfundir, se não pudermos fazer o parto → até que o feto atinja uma IG que o
    berçário suporte (aprox 30 sem)
    ● complicações: óbito fetal e neonatal, cesárea de emergência, infecção
  • PARTO entre 34 36 semanas (no MAX 36 semanas, mesmo que eles esteja lindo e maravilhoso, não anêmico)
    ● Coleta de sangue de cordão: Hb e Coombs direto
    ● Transfusão com O se anemia grave
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9
Q

Prevenção

A
  • IMUNOGLOBULINA ANTI D para mães Rh- não sensibilizadas (coombs indireto -) → se liga as hemácias fetais, camuflando as hemácias pro sist imune da mãe → assim ele não reconhece e ela não é sensibilizada
    ● com 28 semanas de gestação: no SUS não é oferecido devido ao alto custo e à baixa probabilidade de a isoimunização acontecer durante a gravidez
    ● até 72 horas após o parto, aborto, gestação molar, ectópica: oferecido pelo SUS
  • PARA MULHERES SENSIBILIZADAS, alternativas:
    ● inseminação artificial com sêmens de doador Rh-
    ● FIV com PGD (diagnóstico pré-implantação): seleciona-se e transfere-se embriões Rh-
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