Infecção no Paciente Crítico Flashcards
O que é bacteremia?
Infecção da corrente sanguínea (BSI)
Infecção da corrente sanguínea (BSI) pode ser: (2)
- Primária;
* Secundária
Como se caracteriza a Infecção da corrente sanguínea (BSI) Primária?
Foco infeccioso desconhecido
Como se caracteriza a Infecção da corrente sanguínea (BSI) Secundária?
Foco infeccioso localizado
Paciente com BSI Primária, que possui cateter venoso é classificado como:
Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)
90% das infecções da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) são associadas à cateterização:
Central
Os fatores de risco para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) podem ser subdivididos em: (2)
- Relacionados a técnica;
* Relacionados ao paciente
Quais são os fatores de risco para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) relacionados a técnica? (7)
- Punção femoral (próximo à região pélvica);
- Jugular (risco intermediário);
- Duração do cateter (diretamente proporcional);
- Habilidade do médico (pior em múltiplas tentativas);
- Condições de inserção (assepsia);
- Cuidados com o sítio de punção;
- Não adm concomitante de ATB
Quais são os fatores de risco para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) relacionados ao paciente? (7)
- Imunossupressão;
- Queimadura (lesão da barreira física);
- Desnutrição;
- Extremos de idade;
- BSI prévia;
- Nutrição parenteral total (meio lipídico propenso à proliferação microbiana);
- Hemodiálise (cateter de calibre e óstio grossos)
Quais são os fatores de risco para infecção fúngica relacionada a cateter? (7)
- Nutrição Parenteral Total (NPT);
- Uso de ATB de amplo espectro;
- Neoplasias hematológicas;
- Transplantes;
- Punção de veia femoral;
- Cândida isolada em outros sítios;
- Cirurgia abdominal complicada
Quais são as fontes de infecção do cateter? (3)
- Material infundido;
- Hub;
- Óstio da pele
Quais são os principais agente etiológicos da Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (8)
- Estafilococos coagulase negativa (31%);
- Estafilococos áureos (20%);
- Enterococo (9%);
- Cândida (9%);
- Klebisiela (8%);
- Enterobacter (8%);
- Gram negativos (15%);
- Pseudomonas (3%)
Quando suspeitar de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (5)
- Febre;
- Sinais de sepse (hipotensão, taquipneia, redução da consciência);
- Hemoculturas positivas com germes típicos;
- Aspecto do sítio de punçaõ (hiperemia e pus);
- Ausência de outro foco infeccioso
Quais são as contraindicações para antibiótico terapia na suspeita de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (3)
- Ponta de cateter positiva sem sinal de infecção (apenas colonização);
- Cultura positiva de cateter e negativa de sangue periférico;
- Flebite sem sinais clínicos de infecção
Qual o processo diagnóstico para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)?
Hemocultura periférica positiva + Cultura de cateter/ponta de cateter positiva
Quando o diagnóstico de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) é confirmado? (2)
•Mesmo organismo na hemocultura periférica e no cateter/ponta do cateter;
ou
•Mesmo organismo na hemocultura periférica e no cateter/ponta do cateter, respeitando os critérios quantitativos e de tempo de positividade (cutura de cateter deve crescer 3x+ e 2h antes do que a hemocultura periférica)
Qual o processo diagnóstico para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) pelo CDC? (3)
- Não valorização da cultura de cateter/ponta de cateter;
- ≥1 hemocultura periférica positiva para germes típicos sem infeção em outros locais;
- Presença de ≥1 sinal/sintoma significativo
Quais são os sinais/sintomas significativos para o diagnóstico de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) pelo CDC? (4)
- Febre > 38º;
- Calafrio;
- Hipotensão;
- Patoógeno não relacionado a infecções de outros sítios (se comensal, deve estar presente em +2 culturas colhidas em ocasiões diferentes)
Como se faz o manejo da Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (3)
- Remoção do cateter;
- Troca por guia em situações extremas;
- ATB sistêmico (quando indicado)
Em que consiste a “Antibiotic lock therapy”, método para esterilizar o lúmen do cateter?
Qual o seu objetivo?
- Instilação de altas concentrações de antibióticos no lúmen do cateter durante longos períodos de tempo;
- Prevenir CR-BSI
Para quem se indica “Antibiotic lock therapy”?
Pacientes com CR-BSI que envolvam cateteres de longo prazo, sem sinais de saída ou infecção de túnel, que devem ser mantidos
Em infecções por quais organismos a “Antibiotic lock therapy” é proibitiva? (2)
- Estafilococos aureos;
* Fungos
Para a CR-BSI, a terapia com antibiótico deve ser utilizada em conjunto com:
Terapia antimicrobiana sistêmica
O que significa Bacteremia persistente?
Hemocultura positiva após 72h da remoção do cateter e de antibioticoterapia adequada
O que se deve excluir para o diagnóstico de Bacteremia persistente? (3)
- Tromboflebite séptica;
- Endocardite infecciosa;
- Foco metastático
Como manejar a Bacteremia persistente?
Prolongar ATB
Paciente 68 anos internado há 30 dias no CTI com choque cardiogênico evolui com sepse pelo cateter.
Conduta:
Cefepime/Meropenem + Vancomicina
Paciente clinicamente estável, afebril após retirada de CVP, obtém hemocultura positiva para Cândida krusei.
Conduta:
Caspofungina
Por que tratar fungemia em pacientes críticos?
Fator independente de mortalidade
Paciente evolui afebril e estável após retirada de CVP e cultura positiva para estafilococos coagulase negativa.
Conduta:
Observação clínica
+ Repetir hemocultura (se piorar, Vancomicina)
Paciente internado há 15 dias no CTI para implante de CDI evolui com febre, sem sepse e hemocultura + cultura de ponta de cateter positivas para estafilococos aureos.
Conduta:
Daptomicina + ECOTE após 5~7 dias (para excluir endocardite)
Paciente jovem, previamente hígido, internado no CTI por politrauma evolui com CR-BSI devido a Enterococos faecium.
Conduta:
Vancomicina
(ECOTE caso sinais e sintomas de endocardite;
Enterococos dificilmente levam a endocardite - faecium < faecalis)
Endocardite sem associação com CR-BSI.
Conduta:
Gentamicina + Ceftriaxone
O que é pneumonia?
Infecção do parênquima pulmonar
As pneumonias são divididas em: (2)
- Comunitária (PAC);
* Nosocomial/Hospitalar
Quando a pneumonia é considerada comunitária? (2)
•Adquirida na comunidade;
ou
•Tempo de internação < 48h
Quando a pneumonia é considerada nosocomial/hospitalar?
Tempo de internação ≥ 48h
Casos especiais de nosocomial/hospitalar: (4)
- DRC em hemodiálise;
- Residência em asilo;
- Tratamento de escara;
- Internação nos últimos 90 dias
Quais são os agentes etiológicos mais frequentes da PAC? (4)
- Pneumococo (1/3 dos casos);
- Micoplasma (> prevalência am pacientes ambulatoriais e internados não-UTI);
- Haemophilus (pacientes ambulatoriais);
- Stafilococcus aureus (> prevalência am pacientes internados UTI)
Assim como Cândida, Estafilococos Coagulase negativa:
Não causam pneumonia
A PAC pode ser classificada em: (3)
- Típica;
- Atípica;
- Especial
Como se caracteriza a PAC típica? (5)
- Início agudo;
- Febre alta;
- Tosse produtiva;
- Consolidação alveolar (RX);
- Maior facilidade de definir o agente etiológico
Quais são os principais agentes etiológicos da PAC típica? (7)
- Pneumococo;
- Haemófilo;
- Estafilococo aureus;
- Estreptococo do grupo A;
- Moraxela;
- Anaeróbicos;
- Gram negativos
Como se caracteriza a PAC atípica? (7)
- Início subagudo;
- Febre moderada;
- Tosse seca;
- Quadros sintomáticos extrapulmonares;
- Infiltrado intersticial;
- Dissociação clínico-radiológica;
- Rara definição do agente etiológico
Quais são os principais agentes etiológicos da PAC atípica? (3)
- Legionela;
- Micoplasma;
- Clamídia
A PAC especial acomete as populações especiais. São elas: (2)
- Idosos;
* Imunossuprimidos
Quais são os principais agentes etiológicos da PAC especial? (5)
- Influenza;
- VSR;
- TB;
- Fungos;
- CA-MRSA (ferimento como possível porta de entrada)
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Haemofilos influenza?
Diabetes
Diabetes está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Haemofilos influenza
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Klebisiella pneumoniae?
Etilismo
Etilismo está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Klebisiella pneumoniae
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Moraxela catarrhalis?
DPOC
DPOC está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Moraxela catarrhalis
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Pseudomonas aeruginosa?
Lesão estrutural grave (Fibrose Cística)
Lesão estrutural grave (Fibrose Cística) está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Pseudomonas aeruginosa
Quais exames complementares são utilizados para avaliação de PAC? (8)
- SaO2 (papel prognóstico);
- Ureia (sinal de gravidade);
- Hemograma (evolução e prognóstico);
- Bioquímica;
- PCR (dignóstico e evolução);
- Procalcitonina (gravidade e etiologia bacteriana, queda expressiva sugere possível suspensão de antibióticos);
- Exame de escarro (< 10 células epiteviais e > 25 PMN por campo);
- Hemocultura
Quando investigar antígenos urinários (Pneumococo e Legionela) no diagnóstico da PAC? (2)
- Quando moderada/grave;
* Pacientes já em uso de antibióticos
Quais são os diagnósticos diferenciais de PAC? (9)
- Edema pulmonar;
- TEP (infarto pulmonar);
- Neoplasia;
- Inflamação secundária (BOOP);
- Hemorragia pulmonar;
- Atelectasia;
- Reação medicamentosa;
- Vasculite pulmonar;
- Pneumonite actínica
Qual o escore de avaliação de gravidade da PAC/
CURB-65
O escore de CURB-65 para avaliar a probabilidade de morte e o local de tratamento utiliza 5 critérios, cada um valendo 1 ponto.
Quais são eles?
- Confusão mental;
- Ureia > 50mg/dl;
- FR ≥ 30irpm;
- PAS < 90mmHg ou PAD ≤ 60mmHg;
- ≥ 65 anos
Como se caracteriza a PAC leve, de acordo com o escore de CURB-65? (3)
- 0~1 pontos;
- Mortalidade baixa (1,5%);
- Tratamento ambulatorial
Como se caracteriza a PAC moderada, de acordo com o escore de CURB-65? (3)
- 2 pontos;
- Mortalidade intermediária (9,2%);
- Considerar tratamento hospitalar
Como se caracteriza a PAC grave, de acordo com o escore de CURB-65? (3)
- ≥3 pontos;
- Mortalidade alta (22%);
- Tratamento hospitalar (escore 4~5, avaliar internação em UTI)
Além do escore de CURB-65, quais outros parâmetros devem ser avaliados para definir o local de tratamento do paciente com PAC? (4)
- Presença de doenças associadas;
- Grau de oxigenação e comprometimento radiológico;
- Fatores sociais e cognitivos;
- Fatores econômicos
Como o grau de oxigenação e o comprometimento radiológico influenciam na definição o local de tratamento do paciente com PAC? (2)
- SpO2 < 90% indica internação;
* Extensão radiológica do derrame pleural sugere Empiema
O que é Empiema?
Acúmulo de pus na cavidade pleural
Quais fatores de risco sociais e cognitivos influenciam na determinação do local de tratamento do paciente com PAC? (2)
- Ausência de familiar/cuidador no domicílio sugere necessidade de observação da resposta ao tratamento;
- Capacidade de entendimento da prescrição
Exepmlo de fator econômico que influencia na definição o local de tratamento do paciente com PAC:
Acesso aos medicamentos
Quais são os preditores de resistência antimicrobiana na PAC? (3)
- Internação recente;
- Doença pulmonar estrutural (Bronquiectasia);
- Imunossupressão
Vale ressaltar que a escolha inicial incorreta dos antimicrobianos _______ (aumenta/diminui) significativamente a morbimortalidade dos pacientes, em comparação àqueles que fizeram o esquema terapêutico correto
Aumenta
O esquema antimicrobiano ideal para o tratamento da PAC é definido por 2 fatores relacionados ao paciente.
Quais são eles?
- Local de admissão;
* Estado do paciente
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de paciente ambulatorial com PAC, previamente hígido? (2)
- Macrolídeo;
- Betalactâmico (considerar possibilidade de falha: 1 em 14 para tratados com Amoxacilina, Azitromicina e Claritromicina de liberação rápida)
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de paciente ambulatorial com PAC, na presença de doenças associadas? (2)
- Quinolona (Levofloxacina 750mg/Ciprofloxacina);
* Betalactâmico + Macrolídeo
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de paciente ambulatorial com PAC, que já utilizou antibióticos nos últimos 3 meses? (2)
- Quinolona;
* Betalactâmico + Macrolídeo
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de PAC em paciente internado não grave sem risco de Pseudomonas sp.?
Betalactâmico + Quinolona/Macrolídeo
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de PAC em paciente admitido em UTI com risco de Pseudomonas sp.?
Betalactâmico (Antipneumococo/pseudomonas: Piperaciclina+Tazobactan, Cefepime, Imipenem e Meropenem) + Quinolona (Levofloxacina 750mg/Ciprofloxacina)
Falência terapêutica para PAC pode ser dividida em: (2)
- Precoce (< 72h);
* Tardia (≥ 72h)
O que a falência terapêutica precoce (< 72h) para PAC sugere? (9)
- Gravidade da apresentação da doença;
- Microorganismo não tratado;
- Patógenos incomuns (Micobactérias, Virus, Nocardia sp., Fungos);
- Resistência antimicrobiana;
- Complicação infecciosa;
- Outra causa pulmonar (Empiema, Derrame parapneumônico);
- Metástases de outras infecções (Endocardite, Meningite, Artrite);
- Causa não infecciosa;
- Diagnóstico incorreto (TEP, SDRA, Vasculite)
O que a falência terapêutica tardia (≥ 72h) para PAC sugere? (4)
- Complicação infecciosa;
- Superinfecção hospitalar;
- Exacerbação de doença subjacente;
- Causa não infecciosa (TEP, IAM)
Quais as complicações locais da PAC? (2)
- Derrame pleural;
* Abcesso
Como se faz o manejo do derrame pleural não complicado na PAC?
Toracocentese + Antibioticoterapia
Como se faz o manejo do derrame pleural complicado (acomete pelo menos hemitórax inteiro e/ou glicose < 60, pH < 7,2 e LDH > 1000 ) na PAC?
Antibioticoterapia prolongada + Toracotomia
também indicado no Empiema, com aspecto macroscópico de pus e presença de bactéria no fluido
Como se faz o manejo do abcesso pleural na PAC? (3)
- Antibioticoterapia prolongada (> 3 semanas), com cobertura para anaeróbios;
- Cirurgia
Quando considerar cirurgia para o manejo do abcesso pleural na PAC? (3)
- Não melhora com tratamento clínico;
- Cavitação > 6cm;
- Possibilidade de tumor
A pneumonia nosocomial/hospitalar pode ser: (2)
•Precoce: até o 4º dia de internação; •Tardia: a partir do 5º dia de internação
Um caso de pneumonia nosocomial/hospitalar é a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM), que também pode ser: (2)
- Precoce: até 48h após extubação;
* Tardia: após 96h da extubação
Quem acomete 10~20% dos pacientes submetidos à VM por mais de 48h e aumenta de 2~4x a mortalidade e o tempo de internação no CTI, além do custo?
PAVM
Por que PAVM é considerada de
difícil diagnóstico? (2)
Associada com maior comorbidade e doença de base do paciente;
•Pior qualidade técnica dos exames de imagem
Quais são os principais germes envolvidos na PAVM? (3)
- Pseudomonas;
- Klebisiela;
- Estafilococos aureos
Para diagnóstico da PAVM, deve-se ter Infiltrado persistente/novo no RX tórax sem outra causa somado a pelo menos 2: (4)
- Secreção endotraqueal purulenta;
- Aumento da necessidade de O2 (FiO2);
- Febre > 38º;
- Leucocitose/Leucopenia••••••••
Antes da antibiotico terapia, a suspeita de PAVM requer:
Colheta de secreção
Qual escala diagnóstica é utilizada para avaliação da PAVM?
Escore de CPIS
O que o escore de CPIS leva em consideração? (6)
- Temperatura;
- Leucometria;
- Secreção traqueal;
- Índice de oxigenação (PaO2/FiO2);
- Radiografia do tórax;
- Cultura semiquantitativa do aspirado traqueal
Como a temperatura influencia no Escore de CPIS? (3)
- 36,5~38,4 + 0 pontos;
- 38,5~38,9 + 1 ponto;
- ≤36/≥39 + 2 pontos
Como a leucometria influencia no Escore de CPIS? (2)
- 4000~11000 + 0 pontos;
* <4000/>11000 + 1 ponto (se bastões ≥ 500 + 1 ponto)
Como a secreção traqueal influencia no Escore de CPIS? (2)
- < 14 + 0 pontos;
* ≥ 14 + 1 ponto (se purulenta + 1 ponto)
Como o índice de oxigenação (PaO2/FiO2) influencia no Escore de CPIS? (2)
- > 240/SARA + 0 pontos;
* ≤ 240 sem SARA + 2 pontos
Como a radiografia de tórax influencia no Escore de CPIS? (3)
- Sem infiltrado + 0 pontos;
- Infiltrado difuso + 1 ponto;
- Infiltratdo localizado + 2 pontos
Como a cultura semiquantitativa do aspirado traqueal influencia no Escore de CPIS? (2)
- Cultura de bactérias patogênicas ≤ 1 + 0 pontos;
* Cultura de bactérias patogênicas > 1 + 1 ponto (se mesma bactéria no Gram + 1 ponto)
O Escore de CPIS é positivo para PAVM quando pontua:
≥ 6
O esquema antimicrobiano utilizado para o manejo de PAH e PAVM leva em consideração:
Presença de fatores de risco para patógenos resistentes
Quem são os pacientes considerados baixo risco para patógenos resistentes? (3)
- Tempo de internação < 5 dias;
- Sem uso de ATB nos últimos 15 dias;
- Sem outros fatores de risco (Neurocirurgia, Corticoide, VM prolongada, SARA)
Quais são os agententes etiológicos da PAH/PAVM mais comuns em pacientes considerados baixo risco para patógenos resistentes? (8)
- S. pneumoniae;
- H. influenzae;
- S. aureus;
- Oxa-S;
- E. coli;
- K. pneumoniae;
- Enterobacter sp.;
- S. marcescens
Como se faz o manejo da PAH/PAVM em pacientes considerados baixo risco para patógenos resistentes? (3)
- Betalactâmico não antipseudomonas + inibidor de betalactamase;
- Fluoroquinolonas;
- Cefalosporina de 3ª geração não antipseudomonas
Quem são os pacientes considerados alto risco para patógenos resistentes? (3)
- Tempo de internação ≥ 5 dias;
- ATB nos últimos 15 dias;
- Fatores de risco adicionais (Neurocirurgia, Corticoide, VM prolongada, SARA)
Quais são os agententes etiológicos da PAH/PAVM mais comuns em pacientes considerados alto risco para patógenos resistentes? (6)
- Pseudomonas aeruginosa;
- Acinetobacter sp.;
- Strenotrophomonas maltophillia;
- Enterobactérias multirresistentes;
- S. auereus;
- Oxa-R
Como se faz o manejo da PAH/PAVM em pacientes considerados alto risco para patógenos resistentes? (3)
- Betalactâmico antipseudomonas (Piperaciclina/Ceftozolane+Tazobactam, Ceftazidime, Cefepime, Imipenem e Meropenem) + inibidor de betalactamase;
- Cefalosporina de 4ª geração;
- Carbapenêmicos;
- Quinolonas antipseudomonas (Ciprofloxacina);
- Aminoglicosídeos (evitados em idosos e disfunção renal)/Monobactâmicos + Glicopeptídeos (Teicoplanina - antiestafilocócica)/Oxazolidinonas/Estreptograminas
Combinação de antibioticoterapia em PAVM: (3)
•Cefalosporina antipseudomonas (Cefepime, Ceftazidime)/Carbapenêmicos antipseudomonas (Imipinem, Meropenem)/Betalactâmicos+inibidor de betalactamase (Piperadilim+Tazobactam);
+
•Fluoroquinolona antipseudomonas (Ciprofloxacina, Levofloxacina)/Aminoglicosídeo (Amilacina, Gentamicina, Tobramicina);
+
•Linezolida/Vancomicina
(terapia com aressol para PAVM por Gram negativos)
Quais são os métodos profiláticos para PAVM? (9)
- Lavagem das mãos com Clorexidina (mais importante);
- Cabeceira elevada (30~45º);
- Higiene oral;
- TOT (aspiração supraglótica, cuff pressure);
- Evitar troca de circuito de ventilador (apenas por mudança de paciente ou presença de sólido aspirado);
- Preferência por circuito fechado;
- Umidificação da via aérea (troca de filtro a cada 5~7 dias);
- Protocolos de sedação e desmame;
- Política de transfusão
Paciente internado por pancreatite evolui com SARA associada à PAVM.
Conduta:
Piperaciclina+Tazobactam + Teicoplanina
terapia antipseudomonas/estafilocócica
Paciente em tratamento com Cefepime e Linezulida para PAVM há 6 dias, sem melhora clínica significativa, isolado Serratia ESBL na secreção traqueal.
Conduta: (2)
- Suspender Linezulida;
* Trocar Cefepime por Meropenem
Paciente em tratamento com Cefepime e Linezulida para PAVM há 4 dias, sem melhora clínica significativa, isolado Klebisiela KPC na secreção traqueal.
Conduta: (4)
- Associação de 2 Meropenem (para MIC baixa);
- Polimixina B;
- Amicacina + Tigeciclina;
- Ceftazidime + Azibactam
Paciente internado no CTI por politrauma evolui com PAV, iniciado Cefepime. Nenhum germe isolado em culturas, evolui bem com o tratamento proposto.
Conduta:
Tempo total de ATB 8 dias
importante curta duração, mesmo em pacientes graves, para diminuir a chance de resistência antimicrobiana
A urina, inicialmente estéril, contamina-se ao passar pela uretra distal.
Desta forma, deve-se diferenciar os termos: (2)
- Bacteriúria assintomática;
* Infecção do Trato Urinário (ITU)
Qual o limite determinado para o diagnóstico de Bacteriúria Assintomática à coleta de urina por cateter vesical?
100 UFC
O uso de antimicrobianos para Bacteriúria Assintomática apenas é feito para: (2)
- Gestantes;
* Pacientes que serão submetidos a procedimentos urológicos
Bacteriúria apenas apresenta-se significativa quando: (M/F)
- Homens: > 100000 UFC de um uropatógeno em cultura da urina coletada do jato médio
- Mulheres: > 100000 UFC de um uropatógeno em 2 culturas distintas da urina coletada do jato médio
O tratamento da Bacteriúria Assintomática (quando necessário) e da ITU será baseado no resultado de qual exame?
Urinocultura de rastreio
Febre, leucocitose, alteração do nível de consciência e outros sinais inespecíficos de doença sistêmica associados à urinocultura positiva não necessariamente indicam ITU. (V/F)
Verdadeiro
diagnóstico de ITU somente é feito após confirmação de história clínica e exclusão de diagnósticos diferenciais
O termo Infecção do Trato Urinário (ITU) abrange quais quadros clínicos? (3)
- Cistite;
- Prostatite;
- Pielonefrite
ITU não complicada se refere, na maioria das vezes, a: (2)
- Cistite em mulheres;
- Pielonefrite em mulheres jovens, não grávidas, sem alterações anatômicas e/ou manipulação do trato urinário, que pode ser tratada ambulatorialmente
Como se define ITU de repetição? (2)
- ≥ 2x em 6 meses;
* ≥ 3x em 1 ano
ITU de repetição não necessariamente é complicada.
V/F
Verdadeiro
Por que o agrupamento de episódios de ITU é comum?
Surgimento de um novo fator de risco
ITU é mais frequente em homens do que mulheres apenas no período:
Neonatal
Após os 50 anos, o número de casos de ITU em homens aumenta, aproximando-se à casuística feminina devido a:
Hiperplasia prostática
Fatores de risco para ITU recorrente em mulheres pré menopausa: (5)
- Relações sexuais frequentes;
- Uso de espermicida;
- Novo parceiro sexual;
- Primeira ITU antes dos 15 anos;
- História materna de ITU
Fatores de risco para ITU recorrente em mulheres pós menopausa: (3)
- Cistocele;
- Incontinência urinária;
- Urina residual
Fatores de risco para ITU recorrente em homens: (2)
- Alterações anatômicas ou funcionais do Trato Urinário;
* Falta de circuncisão
Os principais agentes relacionados à ITU são ___, notavelmente:
- Gram negativos entéricos;
* Escherichia coli
Proteus spp., causa comum de ITU, produz urease capaz de alcalinizar a urina e formar precipitados de estruvita (fosfato de magnésio e amônio), responsáveis por: (2)
- Litíase renal;
* Obstrução de cateter
O que é cistite?
Infecção da bexiga
Cistites são, majoritariamente:
Não complicadas
As complicações da cistite estão relacionadas a: (2)
- Mal formações do trato urinário;
* Obstrução e alteração funcionais urinária
Fatores de risco para cistite em mulheres pré menopausa: (3)
- Uso recente de diafrágma com espermicida;
- Relações sexuais frequentes;
- ITU prévia
Fatores de risco para cistite em mulheres pós menopausa: (3)
- Atividade sexual;
- Diabetes;
- Incontinência urinária
A maioria dos casos de cistite ocorre em:
Mulheres jovens com vida sexual ativa
Qual a fisiopatologia da cistite?
Proliferação de bactérias uropatogênicas da flora fecal no introito uretral com posterior ascensão através da uretra
Os principais agentes relacionados à cistite são: (4)
- E. coli (principal agente);
- Staphylococcus saprophyticus;
- Klebisiella spp.;
- Proteus spp;
Como é a apresentação clínica da cistite? (5)
- Disúria;
- Frequência;
- Urgência;
- Dor suprapúbica;
- Hematúria (pode ter)
Cistite possui diagnóstico:
Clínico
sem necessidade de exames complementares ou cultura, quando não complicada
Exames complementares devem ser realizados nos casos duvidosos de cistite.
Qual o principal achado?
Leucocitúria
Nitrito positivo (não detectado se o paciente estiver em alta ingesta de água) na cistite ocorre apenas quando há infecção por:
Enterobacteriaceae
Urinocultura é o padrão ouro para o diagnóstico da cistite, porém, é indicada apenas: (5)
- Suspeita de resistência microbiana;
- Persistência dos sintomas;
- Recorrencia em até 3 meses do tratamento;
- Sintomas não característicos;
- Suspeita de infecção complicada
O tratamento empírico da cistite pode ser iniciado após o diagnóstico clínico com os agentes de primeira linha: (2)
- Sulmametoxazol+Trimetoprim 800+160mg VO 12/12h 3 dias;
* Nitrofurantoína 400mg VO 12/12h 5~7 dias
Devido à grande disseminação da resistência dos Gram negativos ao Sulmametoxazol+Trimetoprim (utilizado apenas quando a taxa de resistência < 20%), o tratamento de segunda escolha para cistite engloba: (3)
- Fosfomicina 3g VO dose única;
- Fluoroquinolonas (crescente taxa de resistência) - Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h, Ofloxacino, Levofloxacino, Norfloxacino 400mg VO 12/12h - 3 dias;
- Betalactâmicos (5~7 dias)
O que é pielonefrite?
Infecção do trato urinário superior e/ou dos rins
Pielonefrites são, majoritariamente:
Não complicadas
As complicações da pielonefrite estão relacionadas a: (2)
- Mal formações do trato urinário;
* Obstrução e alteração funcionais urinária
Fatores de risco para pielonefrite: (7)
- Mulheres jovens;
- Relações sexuais frequentes;
- Novo parceiro sexual;
- ITU nos 12 meses anteriores;
- História materna de ITU;
- Diabetes;
- Incontinência
Qual a fisiopatologia da pielonefrite?
Proliferação de bactérias na bexiga com posterior ascensão através do ureter
Os principais agentes relacionados à pielonefrite não complicada são: (4)
- E. coli (principal agente);
- Staphylococcus saprophyticus;
- Klebisiella spp.;
- Proteus spp;
Os principais agentes relacionados à pielonefrite complicada são: (10)
- E. coli;
- Pseudomonas aeruginosa;
- Klebisiella spp.;
- Proteus;
- Citrobacter;
- Acinetobacter;
- Morganella;
- Enterococcus spp.;
- Staphylococcus aureus;
- Algumas leveduras
Como é a apresentação clínica da pielonefrite? (6)
- Febre (principal sintoma que diferencia da cistite);
- Calafrios;
- Dor em flancos;
- Náusea;
- Vômito;
- Hipotensão
(pode cursar com os sintomas da cistite: Disúria; Frequência; Urgência; Dor suprapúbica; Hematúria)
Os sintomas da pielonefrite podem progredir evoluindo para: (4)
- Sepse;
- Choque;
- IRA;
- Óbito
A pielonefrite pode causar bacteremia em até 30% dos casos, com hemocultura positiva. Quando não há melhora da febre após antibioticoterapia adequada, suspeitar de:
Abcessos renais
Para o diagnóstico da pielonefrite, clínico e laboratorial, é necessária a realização de ____________ para a determinação do patógeno e posterior ajuste da:
- Urinocultura;
* Terapia antimicrobiana
O tratamento da pielonefrite possui como agente de primeira escolha:
Fluoroquinolonas: •Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h 7 dias;
•Levofloxacino 750mg/dia VO 7 dias
O tratamento da pielonefrite não complicada sensível à Ciprofloxacina pode ser feito com uso de:
Sulmametoxazol+Trimetoprim 800+160mg VO 12/12h 14 dias
Como se faz o manejo da pielonefrite complicada (tratamento parenteral)? (3)
- Fluoroquinolonas;
- Aminoglicosídeos: Amicaína 15mg/kg/dia IV + Ampicilina 200mg/kg/dia IV 10~14 dias;
- Betalactâmicos: Ampicilina+Sulbactam, Amoxicilina+Clavulanato, Piperaciclina+Sulbactam, Imipinem, Ceftriaxone (2g/dia IV 10~14 dias)
Após início da terapia antimicrobiana para pielonefrite, deve-se sempre checar ____________ para:
- Urinocultura;
* Avaliar sensibilidade
Para quais pacientes o tratamento ambulatorial de pielonefrite é recomendado? (2)
- Doença leve/moderada;
* Garantir adequadas hidratação, adesão do tratamento e fácil assistência médica
Quais são as drogas de escolha para o tratamento ambulatorial da pielonefrite? (2)
Quinolonas:
- Ciprofloxacino 500mg VO 2x/dias;
- Levofloxacino 750mg 1x/dia
(em caso de resistência < 10%)
Prostatite se refere tanto a anormalidades infecciosas quanto não infecciosas da próstata, sendo muito mais comum as:
Anormalidades não infecciosas da próstata
Prostatites infecciosas podem ser: (2)
- Agudas;
* Crônicas
Prostatite aguda se relaciona com: (3)
- Cistite;
- Uretrite;
- ITU (outras)
O risco de prostatite aguda aumenta quando: (2)
- Alterações anatômicas e/ou funcionais do trato urinário;
* Instrumentação das vias urinárias (Cateterização, Biópsia, USG prostático)
Prostatite crônica bacteriana se relaciona com: (2)
- Episódios frequentes de cistite;
* Curso insidioso
Os principais agentes relacionados à prostatite são: (6)
Relacionados a cistite e uretrite:
- E. coli;
- Proteus;
- Klebisiella;
- Enterobacter;
- Serratia;
- Pseudomonas aeruginosa
No contexto de prostatite por IST (associada a uretrite), pensar nos agentes: (2)
- Neisseria gonorrhoeae;
* Chlamydia trachomatis
A instrumentação de vias urinárias está relacionada com prostatite causada por agentes:
Multirresistentes
Qual a apresentação clínica da prostatite? (9)
- Início abrupto;
- Febre alta;
- Calafrio;
- Mialgia;
- Disúria;
- Frequência;
- Urgência;
- Urina de aspecto turvo;
- Dor perineal/pélvica/na ponta do pênis (pode ter)
Quais os achados do exame físico prostático na prostatite? (4)
- Quente;
- Endurecida;
- Edemaciada;
- Dolorosa (muito)
Por que o exame físico da próstata deve ser feito de forma suave na suspeita de prostatite? (2)
- Dor (intensa);
* Risco de bacteremia
Quais os achados laboratoriais da prostatite? (4)
- Leucocitose;
- Piúria;
- Bacteriúria;
- PSA (pode estar aumentado)
O marcador PSA não pode ser utilizado para rastreio de câncer dde próstata até passado 1 mês do fim do tratamento de prostatite.
Por que?
O marcador PSA pode aumentar na prostatite
Como se faz diagnóstico de prostatite? (2)
- Clínico;
* Urinocultura para determinação do germe e terapia adequada
O tratamento da prostatite é comumente realizado em ambulatório, a não ser que o paciente apresente sinais de: (2)
- Sepse;
* Descompensação de comorbidades
O tratamento empírico da prostatite pode ser iniciado após o diagnóstico clínico com os agentes de escolha: (2)
- Fluoroquinolonas;
* Sulmametoxazol+Trimetoprim
O tratamento da prostatite aguda deve ser realizado de: (tempo)
2~4 semanas
O tratamento da prostatite crônica deve ser realizado de: (tempo)
4~6 semanas
Qual a melhor opção de tratamento para os casos graves de prostatite?
Quinolonas + Aminoglicosídeos + Betalactâmicos
O tratamento antimicrobiano para prostatite deve se adequar ao resultado da:
Bacterioscopia
O tratamento ideal da prostatite por Gram negativos à bacterioscopia é: (4)
- Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h;
- Levofloxacino 750mg VO 1x/dia;
- Sulmametoxazol+Trimetoprim 800+160mg VO 12/12h;
- Ceftriaxone 2g/dia IV ± Gentamicina 5mg/kg/dia
O tratamento ideal da prostatite por Enterococos à bacterioscopia é: (2)
- Amoxicilina 500mg VO 8/8h;
* Ampicilina 2g 6/6h IV
O tratamento ideal da prostatite por Estafilococos à bacterioscopia é: (3)
- Cefalexina 500mg VO 6/6h;
- Cefazolina 1g IV 8/8h;
- Vancomicina 15~20mg/kg/dose 8/8h ou 12/12h
Como se caracteriza a ITU associada à cateter vesical?
•Bacteriúria + Sintomas urinários/sistêmicos
Quando a ITU associada à cateter vesical é confirmada pela urinocultura?
≥ 1000 UFC
O que indica maior dificuldade de tratamento da ITU associada à cateter vesical?
Formação de biofilme
Qual a única medida preventiva eficaz para ITU associada à cateter vesical?
Evitar o uso desnecessário de cateter vesical
Os principais agentes relacionados à ITU relacionada à cateter vesical são: (7)
- E coli;
- Klebisiella spp.;
- Proteus;
- Citrobacter;
- Acinetobacter;
- Morganella;
- Pseudomonas aeruginosa
Como se faz o manejo da ITU relacionada à cateter vesical? (2)
- Retirada do cateter vesical;
* Tratamento adequado ao resultado da urinocultura por 7~14 dias
A candidúria pode ser: (2)
- Assintomática;
* Sintomática
Como se faz o diagnóstico da Candiúria Assintomática?
Urinocultura
Como se faz o manejo da Candidúria Assintomática?
Retirada do cateter vesical
O uso de antimicrobianos para Candiúria Assintomática apenas é feito para pacientes com fatores de risco para doenças disseminadas.
Quais são eles? (3)
- Neutropenia;
- Manipulação urológica;
- Lactentes com baixo peso ao nascer
Como se faz o diagnóstico da Candiúria Sintomática? (2)
- Urinocultura;
- Sintomas (Febre, Calafrios, Dor em flancos, Náusea, Vômito, Hipotensão, Disúria, Frequência, Urgência, Dor suprapúbica, Hematúria)
Como se faz o manejo da Candidúria Sintomática/Assintomática+fatores de risco para doença disseminada? (3)
- Retirada do cateter vesical;
- Fluconazol 200~400mg/dia 14 dias;
- Anfotericina B
Meningite pode ser de etiologia: (2)
- Bacteriana;
* Viral
Como se comporta a Meningite Bacteriana?
Infecção purulenta aguda no espaço subaracnóide associada à reação inflamatória no SNC
As alterações inflamatórias do SNC causadas pela Meningite Bacteriana podem ocasionar: (4)
- Queda do nível da consciência;
- Convulsões;
- Aumento da PIC;
- Isquemia (pode ocorrer)
Quando, além das meninges, o espaço subaracnóideo e o parênquima cerebral são envolvidos no processo inflamatório, a enfermidade passa a se chamar:
Meningoencefalite
Qual é a Tríade Clássica de manifestação clínica da Meningite Bacteriana (95% dos pacientes tem, pelo menos, 2)? (3)
- Febre;
- Cefaléia;
- Rigidez de nuca
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana Cominutária? (2)
- Pneumococo;
* Meningococo
Meningite Bacteriana, sendo uma Emergência médica, necessita como principal objetivo:
Iniciar ATB nos primeiros 60 min da admissão do paciente
A terapia empírica para Meningite Bacteriana deve sempre conter:
Por que?
- Aciclovir;
* Principal diagnóstico diferencial: Encefalite viral (principal agente: Herpes Simplex Virus)
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes Neonatos (< 30 dias)? (4)
- Estreptococos do grupo B;
- E. coli;
- Klebisiella;
- Listeria monocytogenes
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes Neonatos (< 30 dias)?
Ampicilina + Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone, Cefotaxime)
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes de 1~23 meses? (5)
- Streptococcus pneumoniae;
- Neisseria meningitidis;
- Estreptococos do grupo B;
- Haemophilus influenzae;
- E. coli
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes de 1~23 meses?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes de 2~50 anos? (2)
- Streptococcus pneumoniae;
* Neisseria meningitidis
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes de 2~50 anos?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes de 50+ anos? (3)
- Streptococcus pneumoniae;
- Neisseria meningitidis;
- Listeria monocytogenes
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes de 50+ anos?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina + Ampicilina
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes imunocomprometidos? (4)
- Streptococcus pneumoniae;
- E. coli;
- Klebisiella;
- Listeria monocytogenes
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes imunocomprometidos?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina + Ampicilina
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes submetidos à Neurocirurgia/Trauma penetrante? (3)
- Staphylococcus aureus;
- Staphylococcus coagulase negativa;
- Pseudomonas
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes submetidos à Neurocirurgia/Trauma penetrante?
Cefalosporina de 4ª geração (Cefepime) + Vancomicina
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes que sofreram Fratura de base de crânio/Fístula liquórica? (2)
- Streptococcus (vários);
* Haemophilus influenzae
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes que sofreram Fratura de base de crânio/Fístula liquórica?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes com Shunt de LCR? (3)
- Staphylococcus aureus;
- Staphylococcus coagulase negativa;
- Pseudomonas
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes com Shunt de LCR?
Cefalosporina de 4ª geração (Cefepime) + Vancomicina
Na suspeita de Meningite Bacteriana por Streptococcus pneumoniae é sempre indicado como tratamento empírico:
Dexametasona 20 min antes ou junto à terapia antimicrobiana e mantida por 4 dias (suspensa caso não seja o agente)
Na suspeita de Meningite Bacteriana por picada de carrapato deve ser adicionado ao tratamento empírico:
Doxicilina
Nos casos de Meningite Bacteriana associada a otite/sinusite/mastoidite deve ser adicionado ao tratamento empírico:
Metronidazol
Como se faz o manejo da PIC aumentada? (4)
Tratamento em centro intensivo: •Elevação da cabeceira em 30~45º; •Intubação; •Hiperventilação; •Manitol
Quais são as etapas para o diagnóstico de Meningite Bacteriana? (3)
- Clínica;
- Avaliação do LCR;
- Hemocultura
Quais são as indicações para realização de exames de imagem do SNC? (9)
- Alteração do nível de consciência;
- Imunossupressão;
- HPP de lesões do SNC;
- Convulção;
- Papiledema;
- Sinal neurológico focal;
- História de TCE;
- História de neoplasia;
- História de sinusite
Quais são as contraindicações para realização de Punção Lombar (PL)? (4)
- Hipertensão intracraniana;
- Trombocitopenia;
- Diáteses hemorrágicas (incluindo anticoagulação terapêutica);
- Suspeita de abcesso epidural
Caso haja necessidade da realização de exames de imagem no paciente com suspeita de Meningite Bacteriana, deve-se, _____________ (imediatamente/a posteriori), iniciar antibioticoterapia e colher hemoculturas, com realização da PL ___________ (imediatamente/a posteriori).
- Imediatamente;
* A posteriori
Quais aspectos são relevantes para o Padrão de LCR?
- Gram/aspecto;
- Leucócitos;
- Diferencial;
- Glicose;
- GSNC/sangue;
- Proteínas
Qual é o Padrão de LCR normal? (6)
- Gram/aspecto: Ausente/Água de rocha;
- Leucócitos: < 5;
- Diferencial: 0 PMN;
- Glicose: > 40;
- GSNC/sangue: > 0,4;
- Proteínas: < 50
Qual é o Padrão de LCR na Meningite Bacteriana? (6)
- Gram/aspecto: Presente/Opalescente, Turvo, Purulento;
- Leucócitos: > 1000;
- Diferencial: Predomínio PMN;
- Glicose: < 40;
- GSNC/sangue: < 0,4;
- Proteínas: < 200
Qual é o Padrão de LCR na Meningite Viral? (6)
- Gram/aspecto: Ausente/Água de rocha;
- Leucócitos: < 1000;
- Diferencial: 1~50% PMN;
- Glicose: > 40;
- GSNC/sangue: > 0,4;
- Proteínas: < 200
Qual é o Padrão de LCR na Encefalite? (6)
- Gram/aspecto: Ausente/Água de rocha;
- Leucócitos: Elevados;
- Diferencial: Predomínio de Mono;
- Glicose: > 40;
- GSNC/sangue: > 0,4;
- Proteínas: > 50
Quais são os principais sintomas da Meningite Viral? (4)
- Cefaléia;
- Febre;
- Sinais de irritação meníngea;
- Letargia
Na suspeita de Meningite Viral, alterações profundas da consciência (Estupor, Coma), convulsões, déficit neurológico focal e anormalidades de neuroimagem sugerem:
Encefalite ou diagnósticos alternativos
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Viral? (4)
- Enterovirus;
- Herpes Simplex Virus (HSV-2);
- Arbovírus;
- HIV
Qual o agente etiológico é a principal caus de Meningite Asséptica em adultos?
Enterovírus
Qual a peculiaridade da Meningite Viral causada por HIV?
Paralisia dos V, VII e VIII pares cranianos
Meningite Viral, por ser, na maioria dos casos, autolimitada, trata-se com: (2)
- Analgésicos;
* Antitérmicos
Quais pacientes com Meningite viral devem ser internados? (5)
- Imunocomprometidos;
- Alteração do nível de consciência;
- Crises epiléticas;
- Perfil atípico de LCR;
- Sinais focais sugestivos de Encefalite
Meningite Viral causada por quais agentes etiológicos merece tratamento com Aciclovir? (3)
- HSV-2;
- EBV grave;
- VZV grave
Pacientes com déficit humoral da imunidade e Meningite Viral devem receber:(2)
•Gamaglobulina IM;
ou
•Imunoglobulina IV
Profilaxia para Meningite Viral:
Vacina contra Varicela Zoster para maiores de 60 anos
O que é Encefalite?
Infecção do parênquima cerebral
Qual é a Tríade Clássica de manifestação clínica da Encefalite? (3) ?
- Febre;
- Cefaléia;
- Alteração do nível de consciência (Confusão, Letargia, Anormalidades do comportamento, Coma)
Também pode ser sintoma da Encefalite:
Crise convulsiva
De etiologia majoritariamente viral, quais os principais agentes causadores de Encefalite? (4)
- HSV-1;
- VZV;
- EBV;
- Arbovírus
Positividade deste patógeno da Encefalite ao PCR só positivo após 24~72h:
HSV
Quais achados à neuroimagem sugerem Encefalite por HSV? (3)
- Áreas hiperintensas nas regiões frontotemporal, cingular, insular em T2 com FLAIR;
- Áreas hipodensas, com efeito de massa e captação de contraste em TC;
- Anormalidades do lobo temporal à RNM
Quais achados à neuroimagem sugerem Encefalite por VZV?
Lesões multifocais de infarto e desmielinização na RNM
Quais achados à neuroimagem sugerem Encefalite por CMV? (2)
- Aumento de ventrículos com aumento do sinal nos seus contornos em T2;
- Captação subependimária em T1
Como deve ser o manejo do paciente com Encefalite? (2)
- Paciente internado;
- Suporte clínico e avaliação da PIC;
- Aciclovir empírico 10mg/kg 8/8h 14~21 dias (suspenso caso descartados HSV, EBV grave e VZV grave)
Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) deve ser feita para quem? (2)
- Caso índice;
* Contatos íntimos 1 semana antes até 24h após o início da terapia adequada
O que são “contatos íntimos”? (3)
- Contato prolongado (> 8h);
- Proximidade (≤ 1m);
- Exposição direta a secreções (Beijo, Brinquedos, Bebida, Cigarro, IOT, ressussitação boca-a-boca)
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em mulheres grávidas? (2)
- Azitromicina 500mg dose única;
* Ceftriaxone 250mg IM dose única
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em crianças > 1 ano?
Rifampicina 10mg/kg 12/12h 3 dias
Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B deve ser feita para quem? (2)
- Caso índice;
* Familiares (apenas quando houver criança < 4 anos)
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças vacinadas?
Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças não vacinadas? (2)
- Dose de vacina (completar a cartela se < 1 ano);
* Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em mulheres grávidas? (2)
- Azitromicina 500mg dose única;
* Ceftriaxone 250mg IM dose única
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em crianças > 1 ano?
Rifampicina 10mg/kg 12/12h 3 dias
Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B deve ser feita para quem? (2)
- Caso índice;
* Familiares (apenas quando houver criança < 4 anos)
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças vacinadas?
Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças não vacinadas? (2)
- Dose de vacina (completar a cartela se < 1 ano);
* Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em mulheres grávidas? (2)
- Azitromicina 500mg dose única;
* Ceftriaxone 250mg IM dose única
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em crianças > 1 ano?
Rifampicina 10mg/kg 12/12h 3 dias
Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B deve ser feita para quem? (2)
- Caso índice;
* Familiares (apenas quando houver criança < 4 anos)
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças vacinadas?
Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças não vacinadas? (2)
- Dose de vacina (completar a cartela se < 1 ano);
* Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias