Infecção no Paciente Crítico Flashcards

1
Q

O que é bacteremia?

A

Infecção da corrente sanguínea (BSI)

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2
Q

Infecção da corrente sanguínea (BSI) pode ser: (2)

A
  • Primária;

* Secundária

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3
Q

Como se caracteriza a Infecção da corrente sanguínea (BSI) Primária?

A

Foco infeccioso desconhecido

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4
Q

Como se caracteriza a Infecção da corrente sanguínea (BSI) Secundária?

A

Foco infeccioso localizado

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Q

Paciente com BSI Primária, que possui cateter venoso é classificado como:

A

Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)

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6
Q

90% das infecções da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) são associadas à cateterização:

A

Central

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7
Q

Os fatores de risco para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) podem ser subdivididos em: (2)

A
  • Relacionados a técnica;

* Relacionados ao paciente

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8
Q

Quais são os fatores de risco para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) relacionados a técnica? (7)

A
  • Punção femoral (próximo à região pélvica);
  • Jugular (risco intermediário);
  • Duração do cateter (diretamente proporcional);
  • Habilidade do médico (pior em múltiplas tentativas);
  • Condições de inserção (assepsia);
  • Cuidados com o sítio de punção;
  • Não adm concomitante de ATB
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9
Q

Quais são os fatores de risco para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) relacionados ao paciente? (7)

A
  • Imunossupressão;
  • Queimadura (lesão da barreira física);
  • Desnutrição;
  • Extremos de idade;
  • BSI prévia;
  • Nutrição parenteral total (meio lipídico propenso à proliferação microbiana);
  • Hemodiálise (cateter de calibre e óstio grossos)
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10
Q

Quais são os fatores de risco para infecção fúngica relacionada a cateter? (7)

A
  • Nutrição Parenteral Total (NPT);
  • Uso de ATB de amplo espectro;
  • Neoplasias hematológicas;
  • Transplantes;
  • Punção de veia femoral;
  • Cândida isolada em outros sítios;
  • Cirurgia abdominal complicada
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11
Q

Quais são as fontes de infecção do cateter? (3)

A
  • Material infundido;
  • Hub;
  • Óstio da pele
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12
Q

Quais são os principais agente etiológicos da Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (8)

A
  • Estafilococos coagulase negativa (31%);
  • Estafilococos áureos (20%);
  • Enterococo (9%);
  • Cândida (9%);
  • Klebisiela (8%);
  • Enterobacter (8%);
  • Gram negativos (15%);
  • Pseudomonas (3%)
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13
Q

Quando suspeitar de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (5)

A
  • Febre;
  • Sinais de sepse (hipotensão, taquipneia, redução da consciência);
  • Hemoculturas positivas com germes típicos;
  • Aspecto do sítio de punçaõ (hiperemia e pus);
  • Ausência de outro foco infeccioso
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14
Q

Quais são as contraindicações para antibiótico terapia na suspeita de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (3)

A
  • Ponta de cateter positiva sem sinal de infecção (apenas colonização);
  • Cultura positiva de cateter e negativa de sangue periférico;
  • Flebite sem sinais clínicos de infecção
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15
Q

Qual o processo diagnóstico para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)?

A

Hemocultura periférica positiva + Cultura de cateter/ponta de cateter positiva

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16
Q

Quando o diagnóstico de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) é confirmado? (2)

A

•Mesmo organismo na hemocultura periférica e no cateter/ponta do cateter;
ou
•Mesmo organismo na hemocultura periférica e no cateter/ponta do cateter, respeitando os critérios quantitativos e de tempo de positividade (cutura de cateter deve crescer 3x+ e 2h antes do que a hemocultura periférica)

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17
Q

Qual o processo diagnóstico para Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) pelo CDC? (3)

A
  • Não valorização da cultura de cateter/ponta de cateter;
  • ≥1 hemocultura periférica positiva para germes típicos sem infeção em outros locais;
  • Presença de ≥1 sinal/sintoma significativo
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18
Q

Quais são os sinais/sintomas significativos para o diagnóstico de Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI) pelo CDC? (4)

A
  • Febre > 38º;
  • Calafrio;
  • Hipotensão;
  • Patoógeno não relacionado a infecções de outros sítios (se comensal, deve estar presente em +2 culturas colhidas em ocasiões diferentes)
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19
Q

Como se faz o manejo da Infecção da corrente sanguínea relacionada a cateter (CR-BSI)? (3)

A
  • Remoção do cateter;
  • Troca por guia em situações extremas;
  • ATB sistêmico (quando indicado)
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20
Q

Em que consiste a “Antibiotic lock therapy”, método para esterilizar o lúmen do cateter?
Qual o seu objetivo?

A
  • Instilação de altas concentrações de antibióticos no lúmen do cateter durante longos períodos de tempo;
  • Prevenir CR-BSI
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21
Q

Para quem se indica “Antibiotic lock therapy”?

A

Pacientes com CR-BSI que envolvam cateteres de longo prazo, sem sinais de saída ou infecção de túnel, que devem ser mantidos

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22
Q

Em infecções por quais organismos a “Antibiotic lock therapy” é proibitiva? (2)

A
  • Estafilococos aureos;

* Fungos

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23
Q

Para a CR-BSI, a terapia com antibiótico deve ser utilizada em conjunto com:

A

Terapia antimicrobiana sistêmica

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24
Q

O que significa Bacteremia persistente?

A

Hemocultura positiva após 72h da remoção do cateter e de antibioticoterapia adequada

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25
O que se deve excluir para o diagnóstico de Bacteremia persistente? (3)
* Tromboflebite séptica; * Endocardite infecciosa; * Foco metastático
26
Como manejar a Bacteremia persistente?
Prolongar ATB
27
Paciente 68 anos internado há 30 dias no CTI com choque cardiogênico evolui com sepse pelo cateter. Conduta:
Cefepime/Meropenem + Vancomicina
28
Paciente clinicamente estável, afebril após retirada de CVP, obtém hemocultura positiva para Cândida krusei. Conduta:
Caspofungina
29
Por que tratar fungemia em pacientes críticos?
Fator independente de mortalidade
30
Paciente evolui afebril e estável após retirada de CVP e cultura positiva para estafilococos coagulase negativa. Conduta:
Observação clínica | + Repetir hemocultura (se piorar, Vancomicina)
31
Paciente internado há 15 dias no CTI para implante de CDI evolui com febre, sem sepse e hemocultura + cultura de ponta de cateter positivas para estafilococos aureos. Conduta:
Daptomicina + ECOTE após 5~7 dias (para excluir endocardite)
32
Paciente jovem, previamente hígido, internado no CTI por politrauma evolui com CR-BSI devido a Enterococos faecium. Conduta:
Vancomicina (ECOTE caso sinais e sintomas de endocardite; Enterococos dificilmente levam a endocardite - faecium < faecalis)
33
Endocardite sem associação com CR-BSI. Conduta:
Gentamicina + Ceftriaxone
34
O que é pneumonia?
Infecção do parênquima pulmonar
35
As pneumonias são divididas em: (2)
* Comunitária (PAC); | * Nosocomial/Hospitalar
36
Quando a pneumonia é considerada comunitária? (2)
•Adquirida na comunidade; ou •Tempo de internação < 48h
37
Quando a pneumonia é considerada nosocomial/hospitalar?
Tempo de internação ≥ 48h
38
Casos especiais de nosocomial/hospitalar: (4)
* DRC em hemodiálise; * Residência em asilo; * Tratamento de escara; * Internação nos últimos 90 dias
39
Quais são os agentes etiológicos mais frequentes da PAC? (4)
* Pneumococo (1/3 dos casos); * Micoplasma (> prevalência am pacientes ambulatoriais e internados não-UTI); * Haemophilus (pacientes ambulatoriais); * Stafilococcus aureus (> prevalência am pacientes internados UTI)
40
Assim como Cândida, Estafilococos Coagulase negativa:
Não causam pneumonia
41
A PAC pode ser classificada em: (3)
* Típica; * Atípica; * Especial
42
Como se caracteriza a PAC típica? (5)
* Início agudo; * Febre alta; * Tosse produtiva; * Consolidação alveolar (RX); * Maior facilidade de definir o agente etiológico
43
Quais são os principais agentes etiológicos da PAC típica? (7)
* Pneumococo; * Haemófilo; * Estafilococo aureus; * Estreptococo do grupo A; * Moraxela; * Anaeróbicos; * Gram negativos
44
Como se caracteriza a PAC atípica? (7)
* Início subagudo; * Febre moderada; * Tosse seca; * Quadros sintomáticos extrapulmonares; * Infiltrado intersticial; * Dissociação clínico-radiológica; * Rara definição do agente etiológico
45
Quais são os principais agentes etiológicos da PAC atípica? (3)
* Legionela; * Micoplasma; * Clamídia
46
A PAC especial acomete as populações especiais. São elas: (2)
* Idosos; | * Imunossuprimidos
47
Quais são os principais agentes etiológicos da PAC especial? (5)
* Influenza; * VSR; * TB; * Fungos; * CA-MRSA (ferimento como possível porta de entrada)
48
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Haemofilos influenza?
Diabetes
49
Diabetes está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Haemofilos influenza
50
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Klebisiella pneumoniae?
Etilismo
51
Etilismo está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Klebisiella pneumoniae
52
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Moraxela catarrhalis?
DPOC
53
DPOC está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Moraxela catarrhalis
54
Qual condição clínica está, principalmente, relacionada com PAC por Pseudomonas aeruginosa?
Lesão estrutural grave (Fibrose Cística)
55
Lesão estrutural grave (Fibrose Cística) está relacionada com PAC causada, principalmente, por qual agente?
Pseudomonas aeruginosa
56
Quais exames complementares são utilizados para avaliação de PAC? (8)
* SaO2 (papel prognóstico); * Ureia (sinal de gravidade); * Hemograma (evolução e prognóstico); * Bioquímica; * PCR (dignóstico e evolução); * Procalcitonina (gravidade e etiologia bacteriana, queda expressiva sugere possível suspensão de antibióticos); * Exame de escarro (< 10 células epiteviais e > 25 PMN por campo); * Hemocultura
57
Quando investigar antígenos urinários (Pneumococo e Legionela) no diagnóstico da PAC? (2)
* Quando moderada/grave; | * Pacientes já em uso de antibióticos
58
Quais são os diagnósticos diferenciais de PAC? (9)
* Edema pulmonar; * TEP (infarto pulmonar); * Neoplasia; * Inflamação secundária (BOOP); * Hemorragia pulmonar; * Atelectasia; * Reação medicamentosa; * Vasculite pulmonar; * Pneumonite actínica
59
Qual o escore de avaliação de gravidade da PAC/
CURB-65
60
O escore de CURB-65 para avaliar a probabilidade de morte e o local de tratamento utiliza 5 critérios, cada um valendo 1 ponto. Quais são eles?
* Confusão mental; * Ureia > 50mg/dl; * FR ≥ 30irpm; * PAS < 90mmHg ou PAD ≤ 60mmHg; * ≥ 65 anos
61
Como se caracteriza a PAC leve, de acordo com o escore de CURB-65? (3)
* 0~1 pontos; * Mortalidade baixa (1,5%); * Tratamento ambulatorial
62
Como se caracteriza a PAC moderada, de acordo com o escore de CURB-65? (3)
* 2 pontos; * Mortalidade intermediária (9,2%); * Considerar tratamento hospitalar
63
Como se caracteriza a PAC grave, de acordo com o escore de CURB-65? (3)
* ≥3 pontos; * Mortalidade alta (22%); * Tratamento hospitalar (escore 4~5, avaliar internação em UTI)
64
Além do escore de CURB-65, quais outros parâmetros devem ser avaliados para definir o local de tratamento do paciente com PAC? (4)
* Presença de doenças associadas; * Grau de oxigenação e comprometimento radiológico; * Fatores sociais e cognitivos; * Fatores econômicos
65
Como o grau de oxigenação e o comprometimento radiológico influenciam na definição o local de tratamento do paciente com PAC? (2)
* SpO2 < 90% indica internação; | * Extensão radiológica do derrame pleural sugere Empiema
66
O que é Empiema?
Acúmulo de pus na cavidade pleural
67
Quais fatores de risco sociais e cognitivos influenciam na determinação do local de tratamento do paciente com PAC? (2)
* Ausência de familiar/cuidador no domicílio sugere necessidade de observação da resposta ao tratamento; * Capacidade de entendimento da prescrição
68
Exepmlo de fator econômico que influencia na definição o local de tratamento do paciente com PAC:
Acesso aos medicamentos
69
Quais são os preditores de resistência antimicrobiana na PAC? (3)
* Internação recente; * Doença pulmonar estrutural (Bronquiectasia); * Imunossupressão
70
Vale ressaltar que a escolha inicial incorreta dos antimicrobianos _______ (aumenta/diminui) significativamente a morbimortalidade dos pacientes, em comparação àqueles que fizeram o esquema terapêutico correto
Aumenta
71
O esquema antimicrobiano ideal para o tratamento da PAC é definido por 2 fatores relacionados ao paciente. Quais são eles?
* Local de admissão; | * Estado do paciente
72
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de paciente ambulatorial com PAC, previamente hígido? (2)
* Macrolídeo; * Betalactâmico (considerar possibilidade de falha: 1 em 14 para tratados com Amoxacilina, Azitromicina e Claritromicina de liberação rápida)
73
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de paciente ambulatorial com PAC, na presença de doenças associadas? (2)
* Quinolona (Levofloxacina 750mg/Ciprofloxacina); | * Betalactâmico + Macrolídeo
74
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de paciente ambulatorial com PAC, que já utilizou antibióticos nos últimos 3 meses? (2)
* Quinolona; | * Betalactâmico + Macrolídeo
75
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de PAC em paciente internado não grave sem risco de Pseudomonas sp.?
Betalactâmico + Quinolona/Macrolídeo
76
Qual o esquema antimicrobiano (classe) ideal para tratamento de PAC em paciente admitido em UTI com risco de Pseudomonas sp.?
Betalactâmico (Antipneumococo/pseudomonas: Piperaciclina+Tazobactan, Cefepime, Imipenem e Meropenem) + Quinolona (Levofloxacina 750mg/Ciprofloxacina)
77
Falência terapêutica para PAC pode ser dividida em: (2)
* Precoce (< 72h); | * Tardia (≥ 72h)
78
O que a falência terapêutica precoce (< 72h) para PAC sugere? (9)
* Gravidade da apresentação da doença; * Microorganismo não tratado; * Patógenos incomuns (Micobactérias, Virus, Nocardia sp., Fungos); * Resistência antimicrobiana; * Complicação infecciosa; * Outra causa pulmonar (Empiema, Derrame parapneumônico); * Metástases de outras infecções (Endocardite, Meningite, Artrite); * Causa não infecciosa; * Diagnóstico incorreto (TEP, SDRA, Vasculite)
79
O que a falência terapêutica tardia (≥ 72h) para PAC sugere? (4)
* Complicação infecciosa; * Superinfecção hospitalar; * Exacerbação de doença subjacente; * Causa não infecciosa (TEP, IAM)
80
Quais as complicações locais da PAC? (2)
* Derrame pleural; | * Abcesso
81
Como se faz o manejo do derrame pleural não complicado na PAC?
Toracocentese + Antibioticoterapia
82
Como se faz o manejo do derrame pleural complicado (acomete pelo menos hemitórax inteiro e/ou glicose < 60, pH < 7,2 e LDH > 1000 ) na PAC?
Antibioticoterapia prolongada + Toracotomia | também indicado no Empiema, com aspecto macroscópico de pus e presença de bactéria no fluido
83
Como se faz o manejo do abcesso pleural na PAC? (3)
* Antibioticoterapia prolongada (> 3 semanas), com cobertura para anaeróbios; * Cirurgia
84
Quando considerar cirurgia para o manejo do abcesso pleural na PAC? (3)
* Não melhora com tratamento clínico; * Cavitação > 6cm; * Possibilidade de tumor
85
A pneumonia nosocomial/hospitalar pode ser: (2)
•Precoce: até o 4º dia de internação; •Tardia: a partir do 5º dia de internação
86
Um caso de pneumonia nosocomial/hospitalar é a Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica (PAVM), que também pode ser: (2)
* Precoce: até 48h após extubação; | * Tardia: após 96h da extubação
87
Quem acomete 10~20% dos pacientes submetidos à VM por mais de 48h e aumenta de 2~4x a mortalidade e o tempo de internação no CTI, além do custo?
PAVM
88
Por que PAVM é considerada de | difícil diagnóstico? (2)
Associada com maior comorbidade e doença de base do paciente; •Pior qualidade técnica dos exames de imagem
89
Quais são os principais germes envolvidos na PAVM? (3)
* Pseudomonas; * Klebisiela; * Estafilococos aureos
90
Para diagnóstico da PAVM, deve-se ter Infiltrado persistente/novo no RX tórax sem outra causa somado a pelo menos 2: (4)
* Secreção endotraqueal purulenta; * Aumento da necessidade de O2 (FiO2); * Febre > 38º; * Leucocitose/Leucopenia••••••••
91
Antes da antibiotico terapia, a suspeita de PAVM requer:
Colheta de secreção
92
Qual escala diagnóstica é utilizada para avaliação da PAVM?
Escore de CPIS
93
O que o escore de CPIS leva em consideração? (6)
* Temperatura; * Leucometria; * Secreção traqueal; * Índice de oxigenação (PaO2/FiO2); * Radiografia do tórax; * Cultura semiquantitativa do aspirado traqueal
94
Como a temperatura influencia no Escore de CPIS? (3)
* 36,5~38,4 + 0 pontos; * 38,5~38,9 + 1 ponto; * ≤36/≥39 + 2 pontos
95
Como a leucometria influencia no Escore de CPIS? (2)
* 4000~11000 + 0 pontos; | * <4000/>11000 + 1 ponto (se bastões ≥ 500 + 1 ponto)
96
Como a secreção traqueal influencia no Escore de CPIS? (2)
* < 14 + 0 pontos; | * ≥ 14 + 1 ponto (se purulenta + 1 ponto)
97
Como o índice de oxigenação (PaO2/FiO2) influencia no Escore de CPIS? (2)
* > 240/SARA + 0 pontos; | * ≤ 240 sem SARA + 2 pontos
98
Como a radiografia de tórax influencia no Escore de CPIS? (3)
* Sem infiltrado + 0 pontos; * Infiltrado difuso + 1 ponto; * Infiltratdo localizado + 2 pontos
99
Como a cultura semiquantitativa do aspirado traqueal influencia no Escore de CPIS? (2)
* Cultura de bactérias patogênicas ≤ 1 + 0 pontos; | * Cultura de bactérias patogênicas > 1 + 1 ponto (se mesma bactéria no Gram + 1 ponto)
100
O Escore de CPIS é positivo para PAVM quando pontua:
≥ 6
101
O esquema antimicrobiano utilizado para o manejo de PAH e PAVM leva em consideração:
Presença de fatores de risco para patógenos resistentes
102
Quem são os pacientes considerados baixo risco para patógenos resistentes? (3)
* Tempo de internação < 5 dias; * Sem uso de ATB nos últimos 15 dias; * Sem outros fatores de risco (Neurocirurgia, Corticoide, VM prolongada, SARA)
103
Quais são os agententes etiológicos da PAH/PAVM mais comuns em pacientes considerados baixo risco para patógenos resistentes? (8)
* S. pneumoniae; * H. influenzae; * S. aureus; * Oxa-S; * E. coli; * K. pneumoniae; * Enterobacter sp.; * S. marcescens
104
Como se faz o manejo da PAH/PAVM em pacientes considerados baixo risco para patógenos resistentes? (3)
* Betalactâmico não antipseudomonas + inibidor de betalactamase; * Fluoroquinolonas; * Cefalosporina de 3ª geração não antipseudomonas
105
Quem são os pacientes considerados alto risco para patógenos resistentes? (3)
* Tempo de internação ≥ 5 dias; * ATB nos últimos 15 dias; * Fatores de risco adicionais (Neurocirurgia, Corticoide, VM prolongada, SARA)
106
Quais são os agententes etiológicos da PAH/PAVM mais comuns em pacientes considerados alto risco para patógenos resistentes? (6)
* Pseudomonas aeruginosa; * Acinetobacter sp.; * Strenotrophomonas maltophillia; * Enterobactérias multirresistentes; * S. auereus; * Oxa-R
107
Como se faz o manejo da PAH/PAVM em pacientes considerados alto risco para patógenos resistentes? (3)
* Betalactâmico antipseudomonas (Piperaciclina/Ceftozolane+Tazobactam, Ceftazidime, Cefepime, Imipenem e Meropenem) + inibidor de betalactamase; * Cefalosporina de 4ª geração; * Carbapenêmicos; * Quinolonas antipseudomonas (Ciprofloxacina); * Aminoglicosídeos (evitados em idosos e disfunção renal)/Monobactâmicos + Glicopeptídeos (Teicoplanina - antiestafilocócica)/Oxazolidinonas/Estreptograminas
108
Combinação de antibioticoterapia em PAVM: (3)
•Cefalosporina antipseudomonas (Cefepime, Ceftazidime)/Carbapenêmicos antipseudomonas (Imipinem, Meropenem)/Betalactâmicos+inibidor de betalactamase (Piperadilim+Tazobactam); + •Fluoroquinolona antipseudomonas (Ciprofloxacina, Levofloxacina)/Aminoglicosídeo (Amilacina, Gentamicina, Tobramicina); + •Linezolida/Vancomicina (terapia com aressol para PAVM por Gram negativos)
109
Quais são os métodos profiláticos para PAVM? (9)
* Lavagem das mãos com Clorexidina (mais importante); * Cabeceira elevada (30~45º); * Higiene oral; * TOT (aspiração supraglótica, cuff pressure); * Evitar troca de circuito de ventilador (apenas por mudança de paciente ou presença de sólido aspirado); * Preferência por circuito fechado; * Umidificação da via aérea (troca de filtro a cada 5~7 dias); * Protocolos de sedação e desmame; * Política de transfusão
110
Paciente internado por pancreatite evolui com SARA associada à PAVM. Conduta:
Piperaciclina+Tazobactam + Teicoplanina | terapia antipseudomonas/estafilocócica
111
Paciente em tratamento com Cefepime e Linezulida para PAVM há 6 dias, sem melhora clínica significativa, isolado Serratia ESBL na secreção traqueal. Conduta: (2)
* Suspender Linezulida; | * Trocar Cefepime por Meropenem
112
Paciente em tratamento com Cefepime e Linezulida para PAVM há 4 dias, sem melhora clínica significativa, isolado Klebisiela KPC na secreção traqueal. Conduta: (4)
* Associação de 2 Meropenem (para MIC baixa); * Polimixina B; * Amicacina + Tigeciclina; * Ceftazidime + Azibactam
113
Paciente internado no CTI por politrauma evolui com PAV, iniciado Cefepime. Nenhum germe isolado em culturas, evolui bem com o tratamento proposto. Conduta:
Tempo total de ATB 8 dias | importante curta duração, mesmo em pacientes graves, para diminuir a chance de resistência antimicrobiana
114
A urina, inicialmente estéril, contamina-se ao passar pela uretra distal. Desta forma, deve-se diferenciar os termos: (2)
* Bacteriúria assintomática; | * Infecção do Trato Urinário (ITU)
115
Qual o limite determinado para o diagnóstico de Bacteriúria Assintomática à coleta de urina por cateter vesical?
100 UFC
116
O uso de antimicrobianos para Bacteriúria Assintomática apenas é feito para: (2)
* Gestantes; | * Pacientes que serão submetidos a procedimentos urológicos
117
Bacteriúria apenas apresenta-se significativa quando: (M/F)
* Homens: > 100000 UFC de um uropatógeno em cultura da urina coletada do jato médio * Mulheres: > 100000 UFC de um uropatógeno em 2 culturas distintas da urina coletada do jato médio
118
O tratamento da Bacteriúria Assintomática (quando necessário) e da ITU será baseado no resultado de qual exame?
Urinocultura de rastreio
119
Febre, leucocitose, alteração do nível de consciência e outros sinais inespecíficos de doença sistêmica associados à urinocultura positiva não necessariamente indicam ITU. (V/F)
Verdadeiro | diagnóstico de ITU somente é feito após confirmação de história clínica e exclusão de diagnósticos diferenciais
120
O termo Infecção do Trato Urinário (ITU) abrange quais quadros clínicos? (3)
* Cistite; * Prostatite; * Pielonefrite
121
ITU não complicada se refere, na maioria das vezes, a: (2)
* Cistite em mulheres; * Pielonefrite em mulheres jovens, não grávidas, sem alterações anatômicas e/ou manipulação do trato urinário, que pode ser tratada ambulatorialmente
122
Como se define ITU de repetição? (2)
* ≥ 2x em 6 meses; | * ≥ 3x em 1 ano
123
ITU de repetição não necessariamente é complicada. | V/F
Verdadeiro
124
Por que o agrupamento de episódios de ITU é comum?
Surgimento de um novo fator de risco
125
ITU é mais frequente em homens do que mulheres apenas no período:
Neonatal
126
Após os 50 anos, o número de casos de ITU em homens aumenta, aproximando-se à casuística feminina devido a:
Hiperplasia prostática
127
Fatores de risco para ITU recorrente em mulheres pré menopausa: (5)
* Relações sexuais frequentes; * Uso de espermicida; * Novo parceiro sexual; * Primeira ITU antes dos 15 anos; * História materna de ITU
128
Fatores de risco para ITU recorrente em mulheres pós menopausa: (3)
* Cistocele; * Incontinência urinária; * Urina residual
129
Fatores de risco para ITU recorrente em homens: (2)
* Alterações anatômicas ou funcionais do Trato Urinário; | * Falta de circuncisão
130
Os principais agentes relacionados à ITU são ___, notavelmente:
* Gram negativos entéricos; | * Escherichia coli
131
Proteus spp., causa comum de ITU, produz urease capaz de alcalinizar a urina e formar precipitados de estruvita (fosfato de magnésio e amônio), responsáveis por: (2)
* Litíase renal; | * Obstrução de cateter
132
O que é cistite?
Infecção da bexiga
133
Cistites são, majoritariamente:
Não complicadas
134
As complicações da cistite estão relacionadas a: (2)
* Mal formações do trato urinário; | * Obstrução e alteração funcionais urinária
135
Fatores de risco para cistite em mulheres pré menopausa: (3)
* Uso recente de diafrágma com espermicida; * Relações sexuais frequentes; * ITU prévia
136
Fatores de risco para cistite em mulheres pós menopausa: (3)
* Atividade sexual; * Diabetes; * Incontinência urinária
137
A maioria dos casos de cistite ocorre em:
Mulheres jovens com vida sexual ativa
138
Qual a fisiopatologia da cistite?
Proliferação de bactérias uropatogênicas da flora fecal no introito uretral com posterior ascensão através da uretra
139
Os principais agentes relacionados à cistite são: (4)
* E. coli (principal agente); * Staphylococcus saprophyticus; * Klebisiella spp.; * Proteus spp;
140
Como é a apresentação clínica da cistite? (5)
* Disúria; * Frequência; * Urgência; * Dor suprapúbica; * Hematúria (pode ter)
141
Cistite possui diagnóstico:
Clínico | sem necessidade de exames complementares ou cultura, quando não complicada
142
Exames complementares devem ser realizados nos casos duvidosos de cistite. Qual o principal achado?
Leucocitúria
143
Nitrito positivo (não detectado se o paciente estiver em alta ingesta de água) na cistite ocorre apenas quando há infecção por:
Enterobacteriaceae
144
Urinocultura é o padrão ouro para o diagnóstico da cistite, porém, é indicada apenas: (5)
* Suspeita de resistência microbiana; * Persistência dos sintomas; * Recorrencia em até 3 meses do tratamento; * Sintomas não característicos; * Suspeita de infecção complicada
145
O tratamento empírico da cistite pode ser iniciado após o diagnóstico clínico com os agentes de primeira linha: (2)
* Sulmametoxazol+Trimetoprim 800+160mg VO 12/12h 3 dias; | * Nitrofurantoína 400mg VO 12/12h 5~7 dias
146
Devido à grande disseminação da resistência dos Gram negativos ao Sulmametoxazol+Trimetoprim (utilizado apenas quando a taxa de resistência < 20%), o tratamento de segunda escolha para cistite engloba: (3)
* Fosfomicina 3g VO dose única; * Fluoroquinolonas (crescente taxa de resistência) - Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h, Ofloxacino, Levofloxacino, Norfloxacino 400mg VO 12/12h - 3 dias; * Betalactâmicos (5~7 dias)
147
O que é pielonefrite?
Infecção do trato urinário superior e/ou dos rins
148
Pielonefrites são, majoritariamente:
Não complicadas
149
As complicações da pielonefrite estão relacionadas a: (2)
* Mal formações do trato urinário; | * Obstrução e alteração funcionais urinária
150
Fatores de risco para pielonefrite: (7)
* Mulheres jovens; * Relações sexuais frequentes; * Novo parceiro sexual; * ITU nos 12 meses anteriores; * História materna de ITU; * Diabetes; * Incontinência
151
Qual a fisiopatologia da pielonefrite?
Proliferação de bactérias na bexiga com posterior ascensão através do ureter
152
Os principais agentes relacionados à pielonefrite não complicada são: (4)
* E. coli (principal agente); * Staphylococcus saprophyticus; * Klebisiella spp.; * Proteus spp;
153
Os principais agentes relacionados à pielonefrite complicada são: (10)
* E. coli; * Pseudomonas aeruginosa; * Klebisiella spp.; * Proteus; * Citrobacter; * Acinetobacter; * Morganella; * Enterococcus spp.; * Staphylococcus aureus; * Algumas leveduras
154
Como é a apresentação clínica da pielonefrite? (6)
* Febre (principal sintoma que diferencia da cistite); * Calafrios; * Dor em flancos; * Náusea; * Vômito; * Hipotensão (pode cursar com os sintomas da cistite: Disúria; Frequência; Urgência; Dor suprapúbica; Hematúria)
155
Os sintomas da pielonefrite podem progredir evoluindo para: (4)
* Sepse; * Choque; * IRA; * Óbito
156
A pielonefrite pode causar bacteremia em até 30% dos casos, com hemocultura positiva. Quando não há melhora da febre após antibioticoterapia adequada, suspeitar de:
Abcessos renais
157
Para o diagnóstico da pielonefrite, clínico e laboratorial, é necessária a realização de ____________ para a determinação do patógeno e posterior ajuste da:
* Urinocultura; | * Terapia antimicrobiana
158
O tratamento da pielonefrite possui como agente de primeira escolha:
Fluoroquinolonas: •Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h 7 dias; | •Levofloxacino 750mg/dia VO 7 dias
159
O tratamento da pielonefrite não complicada sensível à Ciprofloxacina pode ser feito com uso de:
Sulmametoxazol+Trimetoprim 800+160mg VO 12/12h 14 dias
160
Como se faz o manejo da pielonefrite complicada (tratamento parenteral)? (3)
* Fluoroquinolonas; * Aminoglicosídeos: Amicaína 15mg/kg/dia IV + Ampicilina 200mg/kg/dia IV 10~14 dias; * Betalactâmicos: Ampicilina+Sulbactam, Amoxicilina+Clavulanato, Piperaciclina+Sulbactam, Imipinem, Ceftriaxone (2g/dia IV 10~14 dias)
161
Após início da terapia antimicrobiana para pielonefrite, deve-se sempre checar ____________ para:
* Urinocultura; | * Avaliar sensibilidade
162
Para quais pacientes o tratamento ambulatorial de pielonefrite é recomendado? (2)
* Doença leve/moderada; | * Garantir adequadas hidratação, adesão do tratamento e fácil assistência médica
163
Quais são as drogas de escolha para o tratamento ambulatorial da pielonefrite? (2)
Quinolonas: * Ciprofloxacino 500mg VO 2x/dias; * Levofloxacino 750mg 1x/dia (em caso de resistência < 10%)
164
Prostatite se refere tanto a anormalidades infecciosas quanto não infecciosas da próstata, sendo muito mais comum as:
Anormalidades não infecciosas da próstata
165
Prostatites infecciosas podem ser: (2)
* Agudas; | * Crônicas
166
Prostatite aguda se relaciona com: (3)
* Cistite; * Uretrite; * ITU (outras)
167
O risco de prostatite aguda aumenta quando: (2)
* Alterações anatômicas e/ou funcionais do trato urinário; | * Instrumentação das vias urinárias (Cateterização, Biópsia, USG prostático)
168
Prostatite crônica bacteriana se relaciona com: (2)
* Episódios frequentes de cistite; | * Curso insidioso
169
Os principais agentes relacionados à prostatite são: (6)
Relacionados a cistite e uretrite: * E. coli; * Proteus; * Klebisiella; * Enterobacter; * Serratia; * Pseudomonas aeruginosa
170
No contexto de prostatite por IST (associada a uretrite), pensar nos agentes: (2)
* Neisseria gonorrhoeae; | * Chlamydia trachomatis
171
A instrumentação de vias urinárias está relacionada com prostatite causada por agentes:
Multirresistentes
172
Qual a apresentação clínica da prostatite? (9)
* Início abrupto; * Febre alta; * Calafrio; * Mialgia; * Disúria; * Frequência; * Urgência; * Urina de aspecto turvo; * Dor perineal/pélvica/na ponta do pênis (pode ter)
173
Quais os achados do exame físico prostático na prostatite? (4)
* Quente; * Endurecida; * Edemaciada; * Dolorosa (muito)
174
Por que o exame físico da próstata deve ser feito de forma suave na suspeita de prostatite? (2)
* Dor (intensa); | * Risco de bacteremia
175
Quais os achados laboratoriais da prostatite? (4)
* Leucocitose; * Piúria; * Bacteriúria; * PSA (pode estar aumentado)
176
O marcador PSA não pode ser utilizado para rastreio de câncer dde próstata até passado 1 mês do fim do tratamento de prostatite. Por que?
O marcador PSA pode aumentar na prostatite
177
Como se faz diagnóstico de prostatite? (2)
* Clínico; | * Urinocultura para determinação do germe e terapia adequada
178
O tratamento da prostatite é comumente realizado em ambulatório, a não ser que o paciente apresente sinais de: (2)
* Sepse; | * Descompensação de comorbidades
179
O tratamento empírico da prostatite pode ser iniciado após o diagnóstico clínico com os agentes de escolha: (2)
* Fluoroquinolonas; | * Sulmametoxazol+Trimetoprim
180
O tratamento da prostatite aguda deve ser realizado de: (tempo)
2~4 semanas
181
O tratamento da prostatite crônica deve ser realizado de: (tempo)
4~6 semanas
182
Qual a melhor opção de tratamento para os casos graves de prostatite?
Quinolonas + Aminoglicosídeos + Betalactâmicos
183
O tratamento antimicrobiano para prostatite deve se adequar ao resultado da:
Bacterioscopia
184
O tratamento ideal da prostatite por Gram negativos à bacterioscopia é: (4)
* Ciprofloxacino 500mg VO 12/12h; * Levofloxacino 750mg VO 1x/dia; * Sulmametoxazol+Trimetoprim 800+160mg VO 12/12h; * Ceftriaxone 2g/dia IV ± Gentamicina 5mg/kg/dia
185
O tratamento ideal da prostatite por Enterococos à bacterioscopia é: (2)
* Amoxicilina 500mg VO 8/8h; | * Ampicilina 2g 6/6h IV
186
O tratamento ideal da prostatite por Estafilococos à bacterioscopia é: (3)
* Cefalexina 500mg VO 6/6h; * Cefazolina 1g IV 8/8h; * Vancomicina 15~20mg/kg/dose 8/8h ou 12/12h
187
Como se caracteriza a ITU associada à cateter vesical?
•Bacteriúria + Sintomas urinários/sistêmicos
188
Quando a ITU associada à cateter vesical é confirmada pela urinocultura?
≥ 1000 UFC
189
O que indica maior dificuldade de tratamento da ITU associada à cateter vesical?
Formação de biofilme
190
Qual a única medida preventiva eficaz para ITU associada à cateter vesical?
Evitar o uso desnecessário de cateter vesical
191
Os principais agentes relacionados à ITU relacionada à cateter vesical são: (7)
* E coli; * Klebisiella spp.; * Proteus; * Citrobacter; * Acinetobacter; * Morganella; * Pseudomonas aeruginosa
192
Como se faz o manejo da ITU relacionada à cateter vesical? (2)
* Retirada do cateter vesical; | * Tratamento adequado ao resultado da urinocultura por 7~14 dias
193
A candidúria pode ser: (2)
* Assintomática; | * Sintomática
194
Como se faz o diagnóstico da Candiúria Assintomática?
Urinocultura
195
Como se faz o manejo da Candidúria Assintomática?
Retirada do cateter vesical
196
O uso de antimicrobianos para Candiúria Assintomática apenas é feito para pacientes com fatores de risco para doenças disseminadas. Quais são eles? (3)
* Neutropenia; * Manipulação urológica; * Lactentes com baixo peso ao nascer
197
Como se faz o diagnóstico da Candiúria Sintomática? (2)
* Urinocultura; * Sintomas (Febre, Calafrios, Dor em flancos, Náusea, Vômito, Hipotensão, Disúria, Frequência, Urgência, Dor suprapúbica, Hematúria)
198
Como se faz o manejo da Candidúria Sintomática/Assintomática+fatores de risco para doença disseminada? (3)
* Retirada do cateter vesical; * Fluconazol 200~400mg/dia 14 dias; * Anfotericina B
199
Meningite pode ser de etiologia: (2)
* Bacteriana; | * Viral
200
Como se comporta a Meningite Bacteriana?
Infecção purulenta aguda no espaço subaracnóide associada à reação inflamatória no SNC
201
As alterações inflamatórias do SNC causadas pela Meningite Bacteriana podem ocasionar: (4)
* Queda do nível da consciência; * Convulsões; * Aumento da PIC; * Isquemia (pode ocorrer)
202
Quando, além das meninges, o espaço subaracnóideo e o parênquima cerebral são envolvidos no processo inflamatório, a enfermidade passa a se chamar:
Meningoencefalite
203
Qual é a Tríade Clássica de manifestação clínica da Meningite Bacteriana (95% dos pacientes tem, pelo menos, 2)? (3)
* Febre; * Cefaléia; * Rigidez de nuca
204
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana Cominutária? (2)
* Pneumococo; | * Meningococo
205
Meningite Bacteriana, sendo uma Emergência médica, necessita como principal objetivo:
Iniciar ATB nos primeiros 60 min da admissão do paciente
206
A terapia empírica para Meningite Bacteriana deve sempre conter: Por que?
* Aciclovir; | * Principal diagnóstico diferencial: Encefalite viral (principal agente: Herpes Simplex Virus)
207
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes Neonatos (< 30 dias)? (4)
* Estreptococos do grupo B; * E. coli; * Klebisiella; * Listeria monocytogenes
208
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes Neonatos (< 30 dias)?
Ampicilina + Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone, Cefotaxime)
209
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes de 1~23 meses? (5)
* Streptococcus pneumoniae; * Neisseria meningitidis; * Estreptococos do grupo B; * Haemophilus influenzae; * E. coli
210
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes de 1~23 meses?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina
211
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes de 2~50 anos? (2)
* Streptococcus pneumoniae; | * Neisseria meningitidis
212
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes de 2~50 anos?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina
213
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes de 50+ anos? (3)
* Streptococcus pneumoniae; * Neisseria meningitidis; * Listeria monocytogenes
214
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes de 50+ anos?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina + Ampicilina
215
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes imunocomprometidos? (4)
* Streptococcus pneumoniae; * E. coli; * Klebisiella; * Listeria monocytogenes
216
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes imunocomprometidos?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina + Ampicilina
217
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes submetidos à Neurocirurgia/Trauma penetrante? (3)
* Staphylococcus aureus; * Staphylococcus coagulase negativa; * Pseudomonas
218
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes submetidos à Neurocirurgia/Trauma penetrante?
Cefalosporina de 4ª geração (Cefepime) + Vancomicina
219
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes que sofreram Fratura de base de crânio/Fístula liquórica? (2)
* Streptococcus (vários); | * Haemophilus influenzae
220
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes que sofreram Fratura de base de crânio/Fístula liquórica?
Cefalosporina de 3ª geração (Ceftriaxone) + Vancomicina
221
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Bacteriana em pacientes com Shunt de LCR? (3)
* Staphylococcus aureus; * Staphylococcus coagulase negativa; * Pseudomonas
222
Qual a antibioticoterapia empírica para tratamento da Meningite Bacteriana em pacientes com Shunt de LCR?
Cefalosporina de 4ª geração (Cefepime) + Vancomicina
223
Na suspeita de Meningite Bacteriana por Streptococcus pneumoniae é sempre indicado como tratamento empírico:
Dexametasona 20 min antes ou junto à terapia antimicrobiana e mantida por 4 dias (suspensa caso não seja o agente)
224
Na suspeita de Meningite Bacteriana por picada de carrapato deve ser adicionado ao tratamento empírico:
Doxicilina
225
Nos casos de Meningite Bacteriana associada a otite/sinusite/mastoidite deve ser adicionado ao tratamento empírico:
Metronidazol
226
Como se faz o manejo da PIC aumentada? (4)
``` Tratamento em centro intensivo: •Elevação da cabeceira em 30~45º; •Intubação; •Hiperventilação; •Manitol ```
227
Quais são as etapas para o diagnóstico de Meningite Bacteriana? (3)
* Clínica; * Avaliação do LCR; * Hemocultura
228
Quais são as indicações para realização de exames de imagem do SNC? (9)
* Alteração do nível de consciência; * Imunossupressão; * HPP de lesões do SNC; * Convulção; * Papiledema; * Sinal neurológico focal; * História de TCE; * História de neoplasia; * História de sinusite
229
Quais são as contraindicações para realização de Punção Lombar (PL)? (4)
* Hipertensão intracraniana; * Trombocitopenia; * Diáteses hemorrágicas (incluindo anticoagulação terapêutica); * Suspeita de abcesso epidural
230
Caso haja necessidade da realização de exames de imagem no paciente com suspeita de Meningite Bacteriana, deve-se, _____________ (imediatamente/a posteriori), iniciar antibioticoterapia e colher hemoculturas, com realização da PL ___________ (imediatamente/a posteriori).
* Imediatamente; | * A posteriori
231
Quais aspectos são relevantes para o Padrão de LCR?
* Gram/aspecto; * Leucócitos; * Diferencial; * Glicose; * GSNC/sangue; * Proteínas
232
Qual é o Padrão de LCR normal? (6)
* Gram/aspecto: Ausente/Água de rocha; * Leucócitos: < 5; * Diferencial: 0 PMN; * Glicose: > 40; * GSNC/sangue: > 0,4; * Proteínas: < 50
233
Qual é o Padrão de LCR na Meningite Bacteriana? (6)
* Gram/aspecto: Presente/Opalescente, Turvo, Purulento; * Leucócitos: > 1000; * Diferencial: Predomínio PMN; * Glicose: < 40; * GSNC/sangue: < 0,4; * Proteínas: < 200
234
Qual é o Padrão de LCR na Meningite Viral? (6)
* Gram/aspecto: Ausente/Água de rocha; * Leucócitos: < 1000; * Diferencial: 1~50% PMN; * Glicose: > 40; * GSNC/sangue: > 0,4; * Proteínas: < 200
235
Qual é o Padrão de LCR na Encefalite? (6)
* Gram/aspecto: Ausente/Água de rocha; * Leucócitos: Elevados; * Diferencial: Predomínio de Mono; * Glicose: > 40; * GSNC/sangue: > 0,4; * Proteínas: > 50
236
Quais são os principais sintomas da Meningite Viral? (4)
* Cefaléia; * Febre; * Sinais de irritação meníngea; * Letargia
237
Na suspeita de Meningite Viral, alterações profundas da consciência (Estupor, Coma), convulsões, déficit neurológico focal e anormalidades de neuroimagem sugerem:
Encefalite ou diagnósticos alternativos
238
Quais são os principais agentes etiológicos da Meningite Viral? (4)
* Enterovirus; * Herpes Simplex Virus (HSV-2); * Arbovírus; * HIV
239
Qual o agente etiológico é a principal caus de Meningite Asséptica em adultos?
Enterovírus
240
Qual a peculiaridade da Meningite Viral causada por HIV?
Paralisia dos V, VII e VIII pares cranianos
241
Meningite Viral, por ser, na maioria dos casos, autolimitada, trata-se com: (2)
* Analgésicos; | * Antitérmicos
242
Quais pacientes com Meningite viral devem ser internados? (5)
* Imunocomprometidos; * Alteração do nível de consciência; * Crises epiléticas; * Perfil atípico de LCR; * Sinais focais sugestivos de Encefalite
243
Meningite Viral causada por quais agentes etiológicos merece tratamento com Aciclovir? (3)
* HSV-2; * EBV grave; * VZV grave
244
Pacientes com déficit humoral da imunidade e Meningite Viral devem receber:(2)
•Gamaglobulina IM; ou •Imunoglobulina IV
245
Profilaxia para Meningite Viral:
Vacina contra Varicela Zoster para maiores de 60 anos
246
O que é Encefalite?
Infecção do parênquima cerebral
247
Qual é a Tríade Clássica de manifestação clínica da Encefalite? (3) ?
* Febre; * Cefaléia; * Alteração do nível de consciência (Confusão, Letargia, Anormalidades do comportamento, Coma)
248
Também pode ser sintoma da Encefalite:
Crise convulsiva
249
De etiologia majoritariamente viral, quais os principais agentes causadores de Encefalite? (4)
* HSV-1; * VZV; * EBV; * Arbovírus
250
Positividade deste patógeno da Encefalite ao PCR só positivo após 24~72h:
HSV
251
Quais achados à neuroimagem sugerem Encefalite por HSV? (3)
* Áreas hiperintensas nas regiões frontotemporal, cingular, insular em T2 com FLAIR; * Áreas hipodensas, com efeito de massa e captação de contraste em TC; * Anormalidades do lobo temporal à RNM
252
Quais achados à neuroimagem sugerem Encefalite por VZV?
Lesões multifocais de infarto e desmielinização na RNM
253
Quais achados à neuroimagem sugerem Encefalite por CMV? (2)
* Aumento de ventrículos com aumento do sinal nos seus contornos em T2; * Captação subependimária em T1
254
Como deve ser o manejo do paciente com Encefalite? (2)
* Paciente internado; * Suporte clínico e avaliação da PIC; * Aciclovir empírico 10mg/kg 8/8h 14~21 dias (suspenso caso descartados HSV, EBV grave e VZV grave)
255
Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) deve ser feita para quem? (2)
* Caso índice; | * Contatos íntimos 1 semana antes até 24h após o início da terapia adequada
256
O que são "contatos íntimos"? (3)
* Contato prolongado (> 8h); * Proximidade (≤ 1m); * Exposição direta a secreções (Beijo, Brinquedos, Bebida, Cigarro, IOT, ressussitação boca-a-boca)
257
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias
258
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em mulheres grávidas? (2)
* Azitromicina 500mg dose única; | * Ceftriaxone 250mg IM dose única
259
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em crianças > 1 ano?
Rifampicina 10mg/kg 12/12h 3 dias
260
Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B deve ser feita para quem? (2)
* Caso índice; | * Familiares (apenas quando houver criança < 4 anos)
261
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 1x/dia 4 dias
262
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças vacinadas?
Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
263
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças não vacinadas? (2)
* Dose de vacina (completar a cartela se < 1 ano); | * Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
264
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias
265
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em mulheres grávidas? (2)
* Azitromicina 500mg dose única; | * Ceftriaxone 250mg IM dose única
266
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em crianças > 1 ano?
Rifampicina 10mg/kg 12/12h 3 dias
267
Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B deve ser feita para quem? (2)
* Caso índice; | * Familiares (apenas quando houver criança < 4 anos)
268
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 1x/dia 4 dias
269
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças vacinadas?
Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
270
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças não vacinadas? (2)
* Dose de vacina (completar a cartela se < 1 ano); | * Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
271
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 12/12h 2 dias
272
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em mulheres grávidas? (2)
* Azitromicina 500mg dose única; | * Ceftriaxone 250mg IM dose única
273
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite Meningocócica (Neisseria meningitidis) em crianças > 1 ano?
Rifampicina 10mg/kg 12/12h 3 dias
274
Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B deve ser feita para quem? (2)
* Caso índice; | * Familiares (apenas quando houver criança < 4 anos)
275
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em adultos não grávidos?
Rifampicina 600mg 1x/dia 4 dias
276
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças vacinadas?
Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias
277
Como se faz a Quimioprofilaxia da Meningite por Haemophilus influenzae do tipo B em crianças não vacinadas? (2)
* Dose de vacina (completar a cartela se < 1 ano); | * Rifampicina 20mg/kg 1x/dia 4 dias