Indicadores de morbimortalidade Flashcards
Diferença entre índice e indicador
○ ÍNDICE: descritores de vida (observações - números inteiros) - observação PONTUAL (ex. APGAR, vacinação para Covid-19)
○ INDICADOR: utilizo o índice para uma FINALIDADE ESPECÍFICA - olhar crítico para uma tomada de decisão
Ex. Fórmula deduzida com a Covid-19: nº pessoas que receberam pelo menos 1 dose da vacina / população total
Diferença entre coeficiente e taxa
○ COEFICIENTE: é o resultado da fórmula do indicador
- Transformei um nº absoluto (OBSERVAÇÃO) em um número relativo (COMPARAÇÃO)
- Precisa ser bem apresentado, para melhor visualização do que está acontecendo: MULTIPLICA POR UMA CONSTANTE (10 ELEVADO A N)
○ TAXA: aplicação de cálculo em coeficientes para gerar ESTIMATIVAS ou PROJEÇÕES
- Na prova: TAXA = COEFICIENTE
Convenção das constantes: para mortalidade e sua exceção, e para incidência acumulada
Convenção: 10 ELEVADO A “N”
○ Mortalidade: x1000 (10³)
○ Razão de mortalidade materna: x100.000 (10^5)
○ Incidência acumulada: x1000 (10³)
Taxa bruta x Taxa ajustada (padronizada): significado e utilidade
○ TAXA BRUTA: aplicação da fórmula do indicador, sem nenhuma ponderação
- Utilidade: comparar uma MESMA POPULAÇÃO ao longo do tempo
○ TAXA AJUSTADA: ajustamos o resultado para uma variável de interesse, que pode estar relacionada ao resultado (idade, sexo, faixa etária)
- Utilidade: fundamental quando fazemos o CONTROLE DA VARIÁVEL DE INTERESSE, podendo ser uma média ponderada
A taxa ___ é a mais utilizada para a comparação entre populações distintas, pois ela tira o senso de ___ por um aumento no indicador em decorrência de uma característica específica da população
AJUSTADA
Tira o senso de INJUSTIÇA
Ex. Taxa de mortalidade na Finlândia = 10,3 por 1000 hab. / Taxa de mortalidade no Brasil = 6,9 por 1000 hab. – em um mesmo ano e decorrente de uma mesma fonte
○ Significa que a Finlândia tem mais problemas que o Brasil? NÃO! Por estar numa fase avançada de transição demográfica, e ter muito mais idosos, temos que ajustar a mortalidade por faixa etária
Os indicadores de morbidade são ___ e ___, e eles medem a ___ das doenças
○ PREVALÊNCIA
○ INCIDÊNCIA
○ FREQUÊNCIA
Prevalência: conceito, fórmula e utilidade
○ Nº total de casos de uma doença (ou evento, agravo, desfecho) na população
[TOTAL DE CASOS DE UMA DOENÇA EM UM LOCAL E PERÍODO ESPECÍFICOS / POPULAÇÃO SUSCETÍVEL À DOENÇA DO MESMO LOCAL E PERÍODO] x 10 elevado a “n”
○ Boa para avaliar a CARGA DAS DOENÇAS CRÔNICAS
Fatores que aumentam a prevalência
○ AUMENTO DO NUMERADOR (nº de casos) - maior duração da doença / aumento da sobrevida do paciente / aumento dos casos novos / imigração de casos / melhora dos recursos diagnósticos / melhora do sistema e registro de casos
○ REDUÇÃO DO DENOMINADOR (diminuição dos residentes no local e no período) - emigração de pessoas sadias / óbito de pessoas sadias
Fatores que diminuem a prevalência
○ DIMINUIÇÃO DO NUMERADOR (nº de casos) - menor duração (cura da doença) / maior letalidade / melhora no tratamento curativo / redução de casos novos / emigração de casos
○ AUMENTO DO DENOMINADOR (aumento dos residentes no local e no período) - principalmente de saudáveis / imigração de sadios
Incidência: conceito, fórmula e funcionalidade
○ Nº total de novos casos de uma doença (ou evento, agravo, desfecho) na população
[TOTAL DE NOVOS CASOS DE UMA DOENÇA EM UM LOCAL E PERÍODO ESPECÍFICOS / POPULAÇÃO SUSCETÍVEL À DOENÇA DO MESMO LOCAL E PERÍODO] x 10 elevado a “n”
○ Boa para avaliar a CARGA DAS DOENÇAS AGUDAS
O aumento de casos novos de doenças crônicas ___ a prevalência, e o aumento de casos novos de doenças agudas ___ a prevalência
○ Casos novos de doenças CRÔNICAS = AUMENTA prevalência
○ Casos novos de doenças AGUDAS = NÃO NECESSARIAMENTE AUMENTA a prevalência
Relação mútua entre prevalência e incidência (fórmula)
PREVALÊNCIA = INCIDÊNCIA x DURAÇÃO DA DOENÇA
Caso: incidência constante + prevalência constante até um ponto em que começa a decrescer = redução do nº de doenças ___
CRÔNICAS
○ Tratamento com cura
Caso: incidência e prevalência decrescendo em linha constante = doença ___ (de ___ duração), a doença não ___
AUTOLIMITADA / DE CURTA DURAÇÃO
○ NÃO CRONIFICA
Caso: aumento da incidência paralelo ao aumento da prevalência (proporcional) = aumento de doença ___
CRÔNICA
Caso: incidência constante + prevalência constante e depois aumenta = emigração de indivíduos ___, imigração de ___, melhora do recurso ___
○ Emigração de SADIOS
○ Imigração de DOENTES
○ Melhora do recurso DIAGNÓSTICO
Incidência acumulada: conceito, fórmula, constante
INCIDÊNCIA ACUMULADA
○ Risco de uma pessoa desenvolver uma doença dentro de um período
[Nº PESSOAS QUE DESENVOLVERAM A DOENÇA NO PERÍODO / Nº PESSOAS SEM A DOENÇA NO INÍCIO DO ESTUDO] x 1.000
! Lembrar sempre de TIRAR DO DENOMINADOR aqueles que JÁ ERAM DOENTES no início do estudo. Só contamos com os que adoeceram ao longo do estudo!
A taxa de ataque é muito utilizada em situações de ___ ou ___
SURTOS ou EPIDEMIAS
A taxa de ataque primária avalia qual grupo de indivíduos?
Avaliação de uma POPULAÇÃO ATINGIDA NO SURTO
Ex. Uma festa
A taxa de ataque secundária avalia qual grupo de indivíduos?
Avaliação de CONTACTANTES - fora do ambiente do surto inicial
○ Considerar apenas os CONTATOS! Não misturar com os casos.
No cálculo da taxa de ataque secundária precisamos avaliar a ___
SUSCETIBILIDADE
Fórmula da taxa de ataque primária
[Nº CASOS NOVOS NO LOCAL E PERÍODO / POPULAÇÃO EXPOSTA E SUSCETÍVEL NO LOCAL E PERÍODO] x 100
○ Mesma fórmula da INCIDÊNCIA
Fórmula da taxa de ataque secundária
[Nº DE CASOS EM CONTATOS DE CASOS PRIMÁRIOS / NÚMERO TOTAL DE CONTATOS] x 100
○ Pensamento: dentre os contactantes, quem adoeceu? Temos que excluir as pessoas doentes que passaram a doença.
A taxa de mortalidade geral é calculada por ___, e vem ___ no Brasil em decorrência do maior óbito de ___
TAXA DE MORTALIDADE GERAL
[Nº óbitos no período / população total] x 1000
AUMENTANDO
Idosos
3 principais causas de morte no Brasil: total, mulheres e homens
○ TOTAL: 1. ACV; 2. Neoplasias; 3. AR
○ MULHERES: 1. ACV; 2. Neoplasias; 3. AR
○ HOMENS: 1. ACV; 2. Neoplasias; 3. Causas externas (efeito da tripla carga de doenças)
Principais indicadores de mortalidade nas provas
○ Razão de mortalidade materna
○ Mortalidade infantil
Cálculo da razão de mortalidade materna
[Nº óbitos por causa materna - gestação, parto ou puerpério / nº nascidos vivos] x 100.000
⚠️ Excluir morte materna por causa externa
Sistema de informação no qual devemos procurar as informações a respeito da morte materna
SIM - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE MORTALIDADE
Sistema de informação no qual devemos procurar o denominador da fórmula da razão de mortalidade materna
SINASC - SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE NASCIDOS VIVOS
Principal estratégia já implantada para redução de mortes maternas no Brasil
REDE CEGONHA
○ Rede de cuidados materno-infantis
○ Atendimento adequado, seguro e humanizado tanto das mães quanto das crianças
○ Assistência integral do binômio
Fórmula da mortalidade infantil
[Nº óbitos em <1 ano / nº nascidos vivos] x 1000
Subdivisões do coeficiente de mortalidade infantil de acordo com suas faixas etárias (4), destacando o coeficiente de mortalidade mais difícil de controlar e aquele relacionado à falta de assistência médica
○ Neonatal: 0-27 dias completos
⚠️ Mais difícil de controlar (mortes por condições congênitas, não dependem da assistência à saúde)
○ Neonatal precoce: 0-6 dias completos
○ Neonatal tardia: 7-27 dias completos
○ Pós-neonatal: 28-364 dias completos
⚠️ Relacionado à falta de assistência - relação com os determinantes sociais de saúde
Fórmula da mortalidade perinatal
[Nº óbitos fetais ≥22 semanas IG + nº óbitos neonatais precoces (até 7 dias) / nº nascidos vivos + perdas fetais ≥22 semanas IG] x 1000
A mortalidade perinatal é um importante coeficiente que avalia a assistência ___ e ___
OBSTÉTRICA e NEONATAL
Fórmula da natimortalidade
[Nº perdas fetais ≥22 semanas IG / nº nascidos vivos + nº nascidos mortos] x 1000
Conceito de mortalidade proporcional e sua principal limitação
Determina a PROPORÇÃO (limitação, medida relativa, porcentagem) de óbitos de uma certa característica (faixa etária, sexo, causa) em relação ao total de óbitos
○ Não analisamos em números absolutos! Temos uma visualização de PROPORÇÃO, logo, NÃO CONSEGUIMOS COMPARAR 2 populações de forma direta
3 aplicações da mortalidade proporcional
- Conhecer as proporções de mortalidade de uma população
- Curva de Nelson de Moraes
- Índice de Swaroop-Uemura
As curvas de Nelson de Moraes dizem respeito à ___ por idade
MORTALIDADE PROPORCIONAL
5 faixas etárias abrangidas nas curvas de Nelson de Moraes
○ <1 ano ○ 1-4 anos ○ 5-19 anos ○ 20-49 anos ○ ≥50 anos
Curva tipo 1 de Nelson de Moraes: formato, faixas etárias com maior mortalidade, causas desses índices elevados
Tipo 1: “N INVERTIDO”
⇧ Mortalidade: <1 ano + 20-49 anos
○ Motivos: ⇧ prevalência de CAUSAS EXTERNAS + doenças INFECTO-CONTAGIOSAS
Curva tipo 2 de Nelson de Moraes: formato, faixas etárias com maior mortalidade, causas desses índices elevados
Tipo 2: “L” ou “J INVERTIDO”
Proporcionalmente ⇩ mortalidade 20-49 anos, mas mantém ⇧ mortalidade <1 ano
○ Motivos: más condições sociais - desnutrição, saneamento inadequado, má assistência pré-natal, parto e nascimento
Curva tipo 3 de Nelson de Moraes: formato, faixas etárias com maior mortalidade, causas desses índices elevados
Tipo 3: “U”
Invertemos a curva com 2 picos de mortalidade: <1 ano + ≥50 anos (tendência mais natural)
○ Motivos: começa a ter uma tendência de mais IDOSOS morrerem (transição demográfica), mas ainda há relativa mortalidade infantil
Curva tipo 4 de Nelson de Moraes: formato, faixas etárias com maior mortalidade, causas desses índices elevados
Tipo 3: “J”
Proporção de mortes maior em ≥50 anos
○ Motivos: sociedade avançada, motivo natural de morte
Índice de Swaroop-Uemura (ISU): o que mensura? Avalia o que? Fórmula. Quanto maior o índice, ___
ISU: mensura a PROPORÇÃO de pessoas que morrem acima de 50 anos em relação ao total de óbitos
Avalia as CARGAS DE DOENÇA
ISU = [óbitos ≥50 anos / nº total de óbitos] x 100
Quanto MAIOR o índice, MELHOR
Divisão do ISU em grupos
○ 1 = ISU >75% - país desenvolvido
○ 2 = ISU 50-74%
○ 3 = ISU 25-49%
○ 4 = ISU <25%
Conceito e fórmula da letalidade
LETALIDADE
○ Risco de morrer por determinada doença (gravidade da doença)
○ [Nº óbitos por determinada doença / nº casos da doença no mesmo período] x 100
Conceito do indicador DALY e sua principal utilidade
Disability Adjusted Life Years
○ Anos de vida perdidos ajustado por INCAPACIDADE (não só por causa da morte)
○ Padronizado - consigo fazer comparações entre populações
Proporção entre DALY e ano
1 DALY = 1 ano de vida perdido saudável (incapacidade ou morte)
2 parâmetros avaliados para a fórmula do DALY e seus respectivos significados
○ Years of Life Lost (YLL) = anos de vida perdidos (morrer antes da expectativa de vida para aquela pessoa) → NÚMERO DE MORTES x EXPECTATIVA DE VIDA NA IDADE AO MORRER
○ Years Lived With Disability (YLD) = anos vividos com incapacidade → NÚMERO DE CASOS x DURAÇÃO ATÉ REMISSÃO OU MORTE x PESO DA INCAPACIDADE
Fórmula que relaciona o indicador DALY com seus parâmetros
DALY = YLD + YLL
Conceito de QALY
Quality Adjusted Life Years (QALY)
○ Anos de vida ajustados por qualidade: multiplicação do nº de anos vividos com qualidade de vida por uma variável que representa o peso da qualidade
Proporção entre QALY e ano
1 QALY = 1 ano de vida plena e com saúde
O indicador QALY é bom para avaliar ___ e adotar ___
AVALIAR O IMPACTO DE INTERVENÇÕES e ADOTAR CONDUTAS CUSTO-EFETIVAS
Conceito de APVP
Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP)
○ Mensura o nº de anos de vida que uma população deixa de viver, devido a uma morte precoce (anterior à expectativa de vida ao nascer)
○ Determina a prioridade de ações
3 principais causas, no Brasil, que levam a um maior APVP
○ Causas externas
○ Doenças do aparelho respiratório
○ Neoplasias