HIV/AIDS - diagnóstico e tratamento Flashcards

1
Q

Sintomas no HIV agudo:

A

Sintomas mono-like

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Q

Sintomas no HIV latente:

A

Sem sintomas

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3
Q

Sintomas na AIDS:

A

Doenças oportunistas

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4
Q

A história natural do HIV pode ser dividida em três fases. Quais são elas?

A
  • HIV agudo
  • HIV latente
  • AIDS
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5
Q

O diagnóstico de HIV pode ser feito de diferentes maneiras dependendo da fase em que o paciente está na história natural da doença.

Cite os diagnósticos possíveis, conforme a fase da doença:

A
  • HIV agudo:
    • Carga viral do HIV - PCR quantitativo (porque ainda não há anticorpo)
  • HIV Latente:
    • Sorologias e teste rápido (já possui anticorpos)
  • AIDS:
    • Sorologias e teste rápido (já possui anticorpos) + doenças oportunistas
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6
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

O diagnóstico de AIDS pode ser feito com qualquer exame, inclusive o teste rápido que pode ser usado isoladamente para fazer o diagnóstico.

A

FALSO!!!

Para se fazer o diagnóstico de AIDS é necessário além de exames positivos, ter vigência de doenças oportunistas.

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7
Q

As doenças oportunistas da AIDS também são chamadas de doenças definidoras de AIDS, uma vez que quando não era possível dosar a quantidade de CD4, elas facilitavam o diagnóstico de AIDS.

Quais são essas doenças?

A
  • Candidíase esofágica
  • Pneumocistose
  • Neurotoxoplasmose
  • Pneumonia bacteriana recorrente (2ep. em 12m)
  • Tuberculose extrapulmonar
  • Sarcoma e Kaposi (herpes virus tipo 8)
  • CMV disseminado
  • Criptococose extrapulmonar
  • LEMP
  • Linfoma não hodgkin (cél B)
  • Sepse recorrente por samonella Typhi
  • Isosporíase (infecção intestinal)
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8
Q

Os sintomas do HIV agudo se assemelham com uma sindrome mono-like, embora menos 50% dos pacientes apresentem eles. Quais sintomas são esses?

A
  • Febre (mais frequente)
  • Linfadenopatia
  • Letargia e mal-estar, fadiga
  • Mialgia
  • Rash (não pruriginoso)
  • Úlceras orais, genitais ou esofágicas
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9
Q

Quais exames são indicados para o diagnóstico de HIV agudo?

A

Carga viral quantitativa do HIV

(Ou na indisponibilidade do exame, fazer sorologia em 4 semanas)

ELISA e WB não possível para diagnóstico nesse momento da doença, pois o paciente ainda não produziu anticorpos para serem detectados.

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10
Q

O diagnóstico de na fase latete do HIV ou na AIDS, pode ser feito a partir de quais amostras e exames?

A

Confirmação por exame é obrigatória:

  • SANGUE:
    • Teste rápido
    • Sorologias tradicionais
    • Carga viral do HIV
  • SALIVA:
    • Teste rápido
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11
Q

Habitualmente os testes iniciais utilizados para o diagnóstico de HIV/AIDS possuem alta sensibilidade, de modo que nenhum paciente positivo seja passado despercebido.

Quais exames são utilizados nessa fase inicial?

A
  • ELISA
  • Quimioluminescência
  • CMIA
  • Imunocromatografia

Exames de alta sensibilidade com valor preditivo bom. Contudo, contém risco de falso positivo.

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12
Q

Após um teste inicial ser positivo, é necessário fazer um exame confirmatório. Qual a razão de se fazer outro exame?

A

Embora os testes iniciais possuírem alta sensibilidade com valor preditivo negativo bom, há risco de falso positivo. Sendo assim, após positivar em testes iniciais, é necessário a realização de testes confirmatórios para que sejam descartados os possíveis testes falso positivos.

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13
Q

Quais são os tipos de exames realizados nos testes confirmatórios?

A
  • Western blot
  • Imunofluorescência

Possuem risco de falso negativo.

Mas têm alta especificidade e valor preditivo positivo bom

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14
Q

O diagnóstico clássico do HIV / AIDS geralmente é feito por duas coletas de exame. Qual a condição é necessária para que a segunda coleta ocorra? E por qual motivo é solicitado uma nova coleta?

A

Primeira coleta positiva para HIV;

É solicitado uma nova coleta, pois tanto o teste inicial quanto o confirmatório da primeira coleta pode ter sido feito com uma amostra trocada. E, por isso, é solicitado uma nova coleta de exames.

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15
Q

Durante a fase diagnóstica, no diagnóstico clássico, na segunda coleta de exames de pacientes suspeitos de ter HIV / AIDS, qual exame fazer?

A
  • ELISA ou
  • Quimioluminescência ou
  • CMIA ou
  • Imunocromatografia

Visto que esses pacientes já tiveram uma amostra positiva e a segunda coleta está sendo feita apenas para descartar possíoveis trocas de amostras. Sendo asim, é indicado realizar um exame com alta sensibilidade, como os utilizados nos testes iniciais.

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16
Q

Devido à não realização da segunda coleta de exame pelos pacientes, necessária para o diagnóstico clássico do HIV, o MS, há 10 anos, protocolou diagnóstico a partir de Teste rápido.

Qual é o fluxograma para admitir o diagnóstico de HIV por meio de testes rápidos?

A

Teste rápido é feito por imunodromatografia (teste inicial de alta sensibilidade), mas que quando positivo é necessário repetir com outro teste rápido de outro fabricante para confirmar o diagnóstico (método possui a mesma acurácia que submeter a testes confirmatórios como western blot). Se no segundo teste rápido (imunocromatografia) de outro fabricante também resultar positivo, o diagnóstico de HIV está feito. PROCESSO DURA CERCA DE 15 MINUTOS.

Porém, se segundo teste for negativo (após o primeiro ser positivo), paciente deverá respeitar o processo de diagnóstico clássico do HIV (ELISA + WB).

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17
Q

A partir do momento da infecção (exposição), quanto tempo leva para os testes diagnósticos para HIV positivarem?

A
  • PCR carga viral
    • = mais ou menos 19 dias a partir da infecção
  • Detecção de antígeno p24 (exames de 4ª geração de ELISA)
    • = mais ou menos 24 dias a partir da infecção
  • Detecção de anticorpos classe IgM (ELISA):
    • = mais ou menos 29 dias a partir da infecção
  • Western Blot
    • = mais ou menos 39 dias a partir da infecção
18
Q

Após o diagnóstico do HIV, quais são as próximas etapas a seguir?

A

Dosagem de CD4 e carga viral do HIV

  • Tem que pedir no início do tratamento para avaliação inicial
  • Pedir após o início da TARV (1 a 2 meses após)
  • Carga viral deve estar < 40 cópias até 6m após o início
19
Q

A partir de que momento, após o diagnóstico e o início do tratamento do HIV, o MS não indica mais a coleta de CD4?

A

Não coletar CD4 se carga viral < 40 cópias e CD4 anterior > 350 em duas amostras;

Nesses casos se faz controle apenas com a carga viral a cada 6 meses.

20
Q

Quem deve tratar o HIV?

A

Todo paciente com infecção pelo HIV, independente do CD4 e carga viral, deve ser estimulado a iniciar o tratamento.

21
Q

Hoje em dia há disponibilidade para se fazer genotipagem do HIV pré-tratamento, de forma a avaliar o risco de vírus RESISTENTE transmitido. Funciona como se fosse um antibiograma do vírus.

Em que pacientes está recomendada a realização da genotipagem do HIV?

A
  • Gestantes
  • Crianças
  • Tuberculose
  • Pacientes que iniciarão tratamento com efavirenz (porque ele produziu resistencia em cerca de 20% dos virus)
  • Paceiro sorodiferente que soroconverte
  • Usuário de PreP que soroconverte
22
Q

VERDADEIRO ou FALSO:

O tratamento do antirretroviral é feito ao menos com 3 diferentes medicações.

A

VERDADEIRO

23
Q

Qual é o esquema atual de início de tratamento de HIV para pacientes adultos:

A
  • Tenofovir +
    • inibidor análogo nucleosídeo da trsncriptase reversa
  • Lamivudina +
    • inibidor análogo nucleosídeo da trsncriptase reversa
  • Dolutegravir
    • Inibidor de integrase

2cp/dia = (tenoforvir + lamivudina) + Dolutegravir

24
Q

Qual é o esquema alternativo do tratamento do HIV em pacientes que não pode usar tenofovir?

A

Abacavir + lamivudina + Dolutegravir

Substitui por abacavir.

25
Q

Qual é o esquema alternativo do tratamento do HIV em pacientes que não pode usar Dolutegravir?

A

Tenofovir + lamivudina + EFAVIRENZ

Nesse caso se substitui por efavirenz, e nesse caso, é obrogatório fazer genotipagem do vírus.

26
Q

Qual o esquema de tratamento em pacientes com coinfecção HIV/Tuberculose - se tem genotipagem resultado em até 2 semanas:

A

Devido o tratamento da TB requerer uso da Rifampicina e desse medicamento ter interferência com o dolutegravir (diminui a ação do dolutegravir), o tratamento em paciente com coinfecção de HIV e TB se dá da seguinte forma:

Ritonavir + lamivudina + EFAVIRENZ

Desde que após a genotipagem do virus indique sensibilidade ao medicamento efavirenz.

Mas se na genotipagem acusar resistência ao efavirenz, substitui-se este por ABACAVIR OU RALTEGRAVIR.

27
Q

Se o paciente descobr infecção por HIV e por tuberculose ao mesmo tempo, como proceder com o tratamento?

A

PRIMEIRO estabilizar o uadro pulmonar iniciando o tratamento da tuberculose, e só depois iniciar o tratamento do HIV (devido o risco da síndrome de reconstituição imune). Pois se começar o tratamento do HIV junto, e a imunidade, por conseguinte, melhorar também, há a possibilidade do paciente fazer uma reação imune à TB causando febre, linfonodomegalias e outros sintomas…

Aguardar de 2 semanas (em caso de TB pulmonar) a 2 meses (em caso de neuroTB) para iniciar tratanmento do HIV.

28
Q

Mas se paciente com coinfecção pelo HIV e por TB e genotipagem não sair em duas semanas; qual o esquema de tratamento indicado?

A

Nesse caso, ao invés de usar efavirenz empiricamente, opta-se por continuar com o dolutegravir, pois sabe-se que 20% dos infectados pelo HIV tem resistência ao efavirenz. Mas como a Rifampicina usada para o tratamento da TB diminui o efeito do dolutegravir, então essa medicação é ofertada duas vezes ao dia:

  • Tenofovir + Lamivudina (1x/dia)
    • Dolutegravir (este último 2x ao dia).
29
Q

O DOLUTEGRAVIR (inibidor da integrase) é contraindicação ABSOLUTA em que caso:

A

USO EM GESTANTES

Pois não há estudos comprovando a segurança do medicamento em gestantes.

30
Q

Quais esquemas de tratamento para o HIV são recomendados para pacientes gestantes?

A
  • Tenofovir + Lamivudina + RALTEGRAVIR (2x/dia) (Preferencialmente)
  • Tenofovir + lamivudina + Atazanavir
  • Tenofovir + lamivudina + Efavirenz (pós genotipagem)
31
Q

Como fazer a profilaxia pós-exposição - PEP?

A

Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir

  • Até 72 horas da exposição sexual
  • Relação sexual consentida ou não, sem preservativo
  • Uso por 28 dias
  • Acompanhamento pós-término com exame de HIV, sorologias de IST e exames hepáticos.
32
Q

Quais são as peculiaridades da Profilaxia Pré-exposição - PrEP?

A
  • Uso em pessoas não infectadas pelo HIV
  • Vulnerabilidade alta, não usam preservativos
  • Diminui risco de transmissão
  • Teste de HIV antes do início e a cada 3 meses
  • Não protege contra outras ISTs
  • Excluir infecção pelo HIV antes da prescrição.
33
Q

Indicação, no Brasil, de uso de PrEP (4)?

A
  • HSH
  • Pessoas trans
  • Profissionais do sexo
  • Parceiros sorodiferentes para o HIV
34
Q

Qual é o esquema medicamentoso usado na PrEP?

A

TENOFOVIR + ENTRICITABINA

Nome comercial: Truvada

1CP 1 X/DIA.

35
Q

Efeitos colaterais das medicações utilizadas no tratamento do HIV:

A
  • Tenofovir (TDF):
    • Insuficiência renal aguda (acidose tubular renal tipo II) - Falconi-like
    • Desmineralização óssea
  • Dolutegravir (DTG):
    • Interação com anticonvulsivantes, Rifampicina e metformina
  • Zidovudina (AZT):
    • Anemia
    • Aplasia de medula
    • Lipodistrofia
  • Efavirenz (EFZ)
    • Alteração do sono
    • Psicose / depressão
  • Inibidores de protease (Atazanavir, Darunavir):
    • Lipodistrofia
    • Alterações glicídicas e lipídicas
36
Q

Falando-se de doenças oportunistas definidoras da AIDS, a pneumocystis jirovecii é uma delas. Qual é o seu padrão radiológico?

A

Infiltrado instersticial bilateral é a principal imagem associada a tosse seca, com piora progressiva e arrastada.

37
Q
A
38
Q

Falando-se ainda de doenças oportunistas e definidoras de AIDS, caracterize a LEMP:

A

LEMP = Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva

É uma doença causada pelo vírus JC, um polioma vírus que causa doença em pacientes com imunidade celular muito baixa. No HIV, com CD4 abaixo de 100. A coença não tem cura e se caracteriza por lesões “em dedo de luva” , pois delimitam, exatamento, a substância branca e a cinzenta, formando reentrancias na ressoância.

39
Q

O paciente HIV+ com CD4 < 200 células/mm3 necessita fazer profilaxia para duas doenças. Quais doenças são essas?

A

Toxoplasmose e Pneumocistose

40
Q

A partir de quanto de CD4 é indicado a profilaxia do paciente com HIV+ para toxoplasmose?

A

CD4 < 200 células / mm3

41
Q

Como é feito a profilaxia para o paciente HIV+ (com CD4 < 200) para toxoplasmose e pneumocistose?

A

A profilaxia primária (aquela feita em paciente que nunca teve a doença, mas você não quer que tenha) é feita com sulfametoxazole trimetropim.

Ela é retirada apenas quando o CD4 fica acima de 200 em duas dosagens diferentes, com intervalo mínimo de 3 meses entre elas.