HIV/AIDS - diagnóstico e tratamento Flashcards
Sintomas no HIV agudo:
Sintomas mono-like
Sintomas no HIV latente:
Sem sintomas
Sintomas na AIDS:
Doenças oportunistas
A história natural do HIV pode ser dividida em três fases. Quais são elas?
- HIV agudo
- HIV latente
- AIDS
O diagnóstico de HIV pode ser feito de diferentes maneiras dependendo da fase em que o paciente está na história natural da doença.
Cite os diagnósticos possíveis, conforme a fase da doença:
- HIV agudo:
- Carga viral do HIV - PCR quantitativo (porque ainda não há anticorpo)
- HIV Latente:
- Sorologias e teste rápido (já possui anticorpos)
- AIDS:
- Sorologias e teste rápido (já possui anticorpos) + doenças oportunistas
VERDADEIRO ou FALSO:
O diagnóstico de AIDS pode ser feito com qualquer exame, inclusive o teste rápido que pode ser usado isoladamente para fazer o diagnóstico.
FALSO!!!
Para se fazer o diagnóstico de AIDS é necessário além de exames positivos, ter vigência de doenças oportunistas.
As doenças oportunistas da AIDS também são chamadas de doenças definidoras de AIDS, uma vez que quando não era possível dosar a quantidade de CD4, elas facilitavam o diagnóstico de AIDS.
Quais são essas doenças?
- Candidíase esofágica
- Pneumocistose
- Neurotoxoplasmose
- Pneumonia bacteriana recorrente (2ep. em 12m)
- Tuberculose extrapulmonar
- Sarcoma e Kaposi (herpes virus tipo 8)
- CMV disseminado
- Criptococose extrapulmonar
- LEMP
- Linfoma não hodgkin (cél B)
- Sepse recorrente por samonella Typhi
- Isosporíase (infecção intestinal)
Os sintomas do HIV agudo se assemelham com uma sindrome mono-like, embora menos 50% dos pacientes apresentem eles. Quais sintomas são esses?
- Febre (mais frequente)
- Linfadenopatia
- Letargia e mal-estar, fadiga
- Mialgia
- Rash (não pruriginoso)
- Úlceras orais, genitais ou esofágicas
Quais exames são indicados para o diagnóstico de HIV agudo?
Carga viral quantitativa do HIV
(Ou na indisponibilidade do exame, fazer sorologia em 4 semanas)
ELISA e WB não possível para diagnóstico nesse momento da doença, pois o paciente ainda não produziu anticorpos para serem detectados.
O diagnóstico de na fase latete do HIV ou na AIDS, pode ser feito a partir de quais amostras e exames?
Confirmação por exame é obrigatória:
- SANGUE:
- Teste rápido
- Sorologias tradicionais
- Carga viral do HIV
- SALIVA:
- Teste rápido
Habitualmente os testes iniciais utilizados para o diagnóstico de HIV/AIDS possuem alta sensibilidade, de modo que nenhum paciente positivo seja passado despercebido.
Quais exames são utilizados nessa fase inicial?
- ELISA
- Quimioluminescência
- CMIA
- Imunocromatografia
Exames de alta sensibilidade com valor preditivo bom. Contudo, contém risco de falso positivo.
Após um teste inicial ser positivo, é necessário fazer um exame confirmatório. Qual a razão de se fazer outro exame?
Embora os testes iniciais possuírem alta sensibilidade com valor preditivo negativo bom, há risco de falso positivo. Sendo assim, após positivar em testes iniciais, é necessário a realização de testes confirmatórios para que sejam descartados os possíveis testes falso positivos.
Quais são os tipos de exames realizados nos testes confirmatórios?
- Western blot
- Imunofluorescência
Possuem risco de falso negativo.
Mas têm alta especificidade e valor preditivo positivo bom
O diagnóstico clássico do HIV / AIDS geralmente é feito por duas coletas de exame. Qual a condição é necessária para que a segunda coleta ocorra? E por qual motivo é solicitado uma nova coleta?
Primeira coleta positiva para HIV;
É solicitado uma nova coleta, pois tanto o teste inicial quanto o confirmatório da primeira coleta pode ter sido feito com uma amostra trocada. E, por isso, é solicitado uma nova coleta de exames.
Durante a fase diagnóstica, no diagnóstico clássico, na segunda coleta de exames de pacientes suspeitos de ter HIV / AIDS, qual exame fazer?
- ELISA ou
- Quimioluminescência ou
- CMIA ou
- Imunocromatografia
Visto que esses pacientes já tiveram uma amostra positiva e a segunda coleta está sendo feita apenas para descartar possíoveis trocas de amostras. Sendo asim, é indicado realizar um exame com alta sensibilidade, como os utilizados nos testes iniciais.
Devido à não realização da segunda coleta de exame pelos pacientes, necessária para o diagnóstico clássico do HIV, o MS, há 10 anos, protocolou diagnóstico a partir de Teste rápido.
Qual é o fluxograma para admitir o diagnóstico de HIV por meio de testes rápidos?
Teste rápido é feito por imunodromatografia (teste inicial de alta sensibilidade), mas que quando positivo é necessário repetir com outro teste rápido de outro fabricante para confirmar o diagnóstico (método possui a mesma acurácia que submeter a testes confirmatórios como western blot). Se no segundo teste rápido (imunocromatografia) de outro fabricante também resultar positivo, o diagnóstico de HIV está feito. PROCESSO DURA CERCA DE 15 MINUTOS.
Porém, se segundo teste for negativo (após o primeiro ser positivo), paciente deverá respeitar o processo de diagnóstico clássico do HIV (ELISA + WB).
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A partir do momento da infecção (exposição), quanto tempo leva para os testes diagnósticos para HIV positivarem?
-
PCR carga viral
- = mais ou menos 19 dias a partir da infecção
- Detecção de antígeno p24 (exames de 4ª geração de ELISA)
- = mais ou menos 24 dias a partir da infecção
- Detecção de anticorpos classe IgM (ELISA):
- = mais ou menos 29 dias a partir da infecção
- Western Blot
- = mais ou menos 39 dias a partir da infecção
Após o diagnóstico do HIV, quais são as próximas etapas a seguir?
Dosagem de CD4 e carga viral do HIV
- Tem que pedir no início do tratamento para avaliação inicial
- Pedir após o início da TARV (1 a 2 meses após)
- Carga viral deve estar < 40 cópias até 6m após o início
A partir de que momento, após o diagnóstico e o início do tratamento do HIV, o MS não indica mais a coleta de CD4?
Não coletar CD4 se carga viral < 40 cópias e CD4 anterior > 350 em duas amostras;
Nesses casos se faz controle apenas com a carga viral a cada 6 meses.
Quem deve tratar o HIV?
Todo paciente com infecção pelo HIV, independente do CD4 e carga viral, deve ser estimulado a iniciar o tratamento.
Hoje em dia há disponibilidade para se fazer genotipagem do HIV pré-tratamento, de forma a avaliar o risco de vírus RESISTENTE transmitido. Funciona como se fosse um antibiograma do vírus.
Em que pacientes está recomendada a realização da genotipagem do HIV?
- Gestantes
- Crianças
- Tuberculose
- Pacientes que iniciarão tratamento com efavirenz (porque ele produziu resistencia em cerca de 20% dos virus)
- Paceiro sorodiferente que soroconverte
- Usuário de PreP que soroconverte
VERDADEIRO ou FALSO:
O tratamento do antirretroviral é feito ao menos com 3 diferentes medicações.
VERDADEIRO
Qual é o esquema atual de início de tratamento de HIV para pacientes adultos:
-
Tenofovir +
- inibidor análogo nucleosídeo da trsncriptase reversa
-
Lamivudina +
- inibidor análogo nucleosídeo da trsncriptase reversa
- Dolutegravir
- Inibidor de integrase
2cp/dia = (tenoforvir + lamivudina) + Dolutegravir
Qual é o esquema alternativo do tratamento do HIV em pacientes que não pode usar tenofovir?
Abacavir + lamivudina + Dolutegravir
Substitui por abacavir.
Qual é o esquema alternativo do tratamento do HIV em pacientes que não pode usar Dolutegravir?
Tenofovir + lamivudina + EFAVIRENZ
Nesse caso se substitui por efavirenz, e nesse caso, é obrogatório fazer genotipagem do vírus.
Qual o esquema de tratamento em pacientes com coinfecção HIV/Tuberculose - se tem genotipagem resultado em até 2 semanas:
Devido o tratamento da TB requerer uso da Rifampicina e desse medicamento ter interferência com o dolutegravir (diminui a ação do dolutegravir), o tratamento em paciente com coinfecção de HIV e TB se dá da seguinte forma:
Ritonavir + lamivudina + EFAVIRENZ
Desde que após a genotipagem do virus indique sensibilidade ao medicamento efavirenz.
Mas se na genotipagem acusar resistência ao efavirenz, substitui-se este por ABACAVIR OU RALTEGRAVIR.
Se o paciente descobr infecção por HIV e por tuberculose ao mesmo tempo, como proceder com o tratamento?
PRIMEIRO estabilizar o uadro pulmonar iniciando o tratamento da tuberculose, e só depois iniciar o tratamento do HIV (devido o risco da síndrome de reconstituição imune). Pois se começar o tratamento do HIV junto, e a imunidade, por conseguinte, melhorar também, há a possibilidade do paciente fazer uma reação imune à TB causando febre, linfonodomegalias e outros sintomas…
Aguardar de 2 semanas (em caso de TB pulmonar) a 2 meses (em caso de neuroTB) para iniciar tratanmento do HIV.
Mas se paciente com coinfecção pelo HIV e por TB e genotipagem não sair em duas semanas; qual o esquema de tratamento indicado?
Nesse caso, ao invés de usar efavirenz empiricamente, opta-se por continuar com o dolutegravir, pois sabe-se que 20% dos infectados pelo HIV tem resistência ao efavirenz. Mas como a Rifampicina usada para o tratamento da TB diminui o efeito do dolutegravir, então essa medicação é ofertada duas vezes ao dia:
- Tenofovir + Lamivudina (1x/dia)
- Dolutegravir (este último 2x ao dia).
O DOLUTEGRAVIR (inibidor da integrase) é contraindicação ABSOLUTA em que caso:
USO EM GESTANTES
Pois não há estudos comprovando a segurança do medicamento em gestantes.
Quais esquemas de tratamento para o HIV são recomendados para pacientes gestantes?
- Tenofovir + Lamivudina + RALTEGRAVIR (2x/dia) (Preferencialmente)
- Tenofovir + lamivudina + Atazanavir
- Tenofovir + lamivudina + Efavirenz (pós genotipagem)
Como fazer a profilaxia pós-exposição - PEP?
Tenofovir + Lamivudina + Dolutegravir
- Até 72 horas da exposição sexual
- Relação sexual consentida ou não, sem preservativo
- Uso por 28 dias
- Acompanhamento pós-término com exame de HIV, sorologias de IST e exames hepáticos.
Quais são as peculiaridades da Profilaxia Pré-exposição - PrEP?
- Uso em pessoas não infectadas pelo HIV
- Vulnerabilidade alta, não usam preservativos
- Diminui risco de transmissão
- Teste de HIV antes do início e a cada 3 meses
- Não protege contra outras ISTs
- Excluir infecção pelo HIV antes da prescrição.
Indicação, no Brasil, de uso de PrEP (4)?
- HSH
- Pessoas trans
- Profissionais do sexo
- Parceiros sorodiferentes para o HIV
Qual é o esquema medicamentoso usado na PrEP?
TENOFOVIR + ENTRICITABINA
Nome comercial: Truvada
1CP 1 X/DIA.
Efeitos colaterais das medicações utilizadas no tratamento do HIV:
-
Tenofovir (TDF):
- Insuficiência renal aguda (acidose tubular renal tipo II) - Falconi-like
- Desmineralização óssea
-
Dolutegravir (DTG):
- Interação com anticonvulsivantes, Rifampicina e metformina
- Zidovudina (AZT):
- Anemia
- Aplasia de medula
- Lipodistrofia
- Efavirenz (EFZ)
- Alteração do sono
- Psicose / depressão
- Inibidores de protease (Atazanavir, Darunavir):
- Lipodistrofia
- Alterações glicídicas e lipídicas
Falando-se de doenças oportunistas definidoras da AIDS, a pneumocystis jirovecii é uma delas. Qual é o seu padrão radiológico?
Infiltrado instersticial bilateral é a principal imagem associada a tosse seca, com piora progressiva e arrastada.
Falando-se ainda de doenças oportunistas e definidoras de AIDS, caracterize a LEMP:
LEMP = Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva
É uma doença causada pelo vírus JC, um polioma vírus que causa doença em pacientes com imunidade celular muito baixa. No HIV, com CD4 abaixo de 100. A coença não tem cura e se caracteriza por lesões “em dedo de luva” , pois delimitam, exatamento, a substância branca e a cinzenta, formando reentrancias na ressoância.
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O paciente HIV+ com CD4 < 200 células/mm3 necessita fazer profilaxia para duas doenças. Quais doenças são essas?
Toxoplasmose e Pneumocistose
A partir de quanto de CD4 é indicado a profilaxia do paciente com HIV+ para toxoplasmose?
CD4 < 200 células / mm3
Como é feito a profilaxia para o paciente HIV+ (com CD4 < 200) para toxoplasmose e pneumocistose?
A profilaxia primária (aquela feita em paciente que nunca teve a doença, mas você não quer que tenha) é feita com sulfametoxazole trimetropim.
Ela é retirada apenas quando o CD4 fica acima de 200 em duas dosagens diferentes, com intervalo mínimo de 3 meses entre elas.