Hemorragia digestiva Flashcards
Hemorragia digestiva aguda
Perdas hemáticas visíveis, sob a forma da hematemesess, melenas ou hematoquézias
Hemorragia digestiva crónica
Anemia ferropénica por perdas que não são visíveis
Hemorragia digestiva obscura
Endoscopia digestiva alta + colonoscopia + estudo delgado
HDA - hemorragia digestiva alta
Origem acima do ângulo de Treitz - hematemeses, melena, hematoquézia
HDB - digestiva média/baixa
Média com origem no delgado, baixo com origem no cólon ou reto - hematoquéias ou perdas de menor volume melenas
Tipo de perda sanguínea
Perdas abaixo de 0,5L (500cc) – habitualmente não cursam com repercussão
hemodinâmica
Perdas por volta de 1L – hipotensão, taquicardia e hipotensão ortostática
Perdas acima dos 2L – associadas a choque
Localização
- meios auxiliares
Rádio ureia/creatinina: elevado, presença de sangue no intestino delgado
Sonda nasogástrica: se existirem dúvidas qt à localização, pode ser útil perceber o conteúdo que temos no estágio
Retorno de sangue vivo: sinal de hemorragia ativa
Retorno em borra de café: sinal de existência de sangue no estômago, sem
hemorragia ativa
Ausência de sangue: sinal de que, naquele momento, não existe sangue no
estômago, podendo, no entanto, existir sangue pós-pilórico
Retorno biliar: sinal de que, até D2, não está a haver hemorragia
Toque retal: importante para diferenciar o tipo de perda hemática e confirmar as descrições das fezes dos doentes:
Reposição do volume intravascular
1 acesso endovenoso de bom calibre - 2 veias periféricas ou colocação de CVC para reposição de volémia adequada e atempada
- cristaloides - cloreto de sódio ou lactato de ringer
Análises Laboratoriais
É imprescindível pedir:
Hemograma com plaquetas
Ureia e Creatinina
Tempo de Protrombina e aPTT
Albumina – útil em doentes com suspeita de disfunção hepática ou cirrose hepática
Tipagem do doente – para eventual transfusão
.
Quando transfundir?
Hemorragia digestiva ativa
Hemorragia digestiva não ativa, mas com repercussão hemodinâmica (hipotensão ou
taquicardia – sobretudo taquicardia, uma vez que não responde à reposição de
volémia com cristaloides)
Hb < 7-8g/dL
O que podemos transfundir?
Concentrado eritrocitário (CE)
Plasma Fresco Congelado – 1 Unidade de Plasma por 4-6 unidades de CE
Plaquetas – apenas em contexto de hemorragia digestiva ativa em doentes com
trombocitopenia
Objetivos da transfusão
alvo ronda os 8-10g/dL
HTP - 7a 8 g/dL de Hb
TTO inicial empírico
TODOS os doentes com HDA deve -se dar:
- IBP: bolus 80mg + percussão de 8mg/h - elevação do pH gástrico vai estabilizar o coágulo, facilitando o processo de agregação planetária e influenciando o prog
+
Hipertensão portal:
Vasoconstritores esplénicos: terlipressina ou octreotido
Endoscopia nas 1as 12 a 24h após o evento
.
Causas de HDA Aguda As mais frequentes são: Úlcera Péptica Gastroduodenopatia Erosiva Rotura de Varizes Esofágicas Síndrome de Mallory-Weiss
Como causas menos frequentes temos:
Esofagite: patologia comum, mas não se apresenta frequentemente com hemorragia
digestiva de perdas visíveis – pode acontecer nas esofagites graves
Lesões de Cameron: ulceração e erosões ao nível do saco herniário da hérnia de deslizamento – mecanismos que diferem dos da úlcera péptica – neste caso a hemorragia dá-se mais devido a traumatismos, pressão e/ou isquémia do local
Lesão de Dieulafoy: corresponde à erosão de um vaso pela mucosa, não associado a úlcera, condicionando hemorragias com débito significativo. Quando não está em hemorragia ativa, nem sempre é fácil de identificar endoscopicamente
Telangiectasias: também não são de fácil identificação fora de um quadro de hemorragia ativa, uma vez que por vezes são diminutas e nem sempre a preparação endoscópica é perfeita
Ectasia Vascular Antral / GAVE: corresponde a um grande conglomerado de angiectasias, regra geral a nível do antro
Rotura de varizes gástricas
Gastroduodenopatia Hipertensiva por HTP
Neoplasias
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