Doença Biliar Flashcards
Hemocromatose
- definção
Absorção intestinal aumentada, inadequada, não regulada de ferro
- depósitos crescentes de ferro nos órgãos-alvo: coração, fígado, pâncreas
Hemocromatose
1a
2a
1a - hereditária
C282Y HFE
-> Homozigóticos:
>70% têm expressão fenotípica c/ > ferritina
só 10% evoluem para sobrecarga Ferro grave
-> Dupla heterozigotia: C282Y; H63D; S65C
2a Transfusão sanguínea
Hemocromatose sintomas
Fígado - Cirrose/CHC (hemocromatose + cirrose hepática = risco de 100x de CHC)
Pâncreas - DM 2 (freq homozigotica = população geral); DM1 - maior freq em homozigotia
Pele - hiperpigmentação
Osso - artralgia e condrocalcinose (> prevê em homozigotia)
Artrite 2o e 3o MF - »_space; polimorfismo
Coração - cardiomiopatia
Restritiva + dilatada - deposição de Fe nas fibras musculares; Arritmias - FA - tecido cardionector
Hipogonadismo - deposição de Fe hipotálamo/ hipófise/ gónadas
- atrofia testicular, perda de líbido, impotência
- osteoporose
Estadios de evolução da Hemocromatose
Estadio 1 - teste genético positivo - suscetibilidade genética sem aumento das reservas corporais de ferro
Estadio 2 - teste genético positivo + evidência fenotípica de sobrecarga de ferro MAS SEM lesão de órgão
Estadio 3 - teste genético positivo + sobrecarga de ferro + deposição de ferro nos tecidos c/lesão
Dx Hemocromatose
- > Aumento de depósitos de Fe = ferrita elevada
- > Dx genético
Hemocromatose
Timing de dx
- Familiar de HH – depois dos 20 anos
- elevação dos parâmetros do Ferro : saturação da transferrina > 45% , ferritina H >300 ( M >200 ) ng/ml
- alter assintomática das provas hepáticas - evidência de DHC / diabetes
Sat transferrina - ratio Fe/CTFF >45%
Ferritina - mts falsos positivos
Hemocromatose
Biópsia hepática
ferrit > 1000 e C282y +/+
ferrit < 1000 - risco CH <2%
Se ferritina elevada, t. genética negativa - ponderar BH se tiver provas hepáticas alteradas ou sinais de DHC
BH - coloração Perls-azul da Prússia - avalia qualitativa e semiquantitativa - estima % hepatocitos com Fe
desde zona 1 periportal à zona acinzar 3 percentual - grau 1 a 4
HII - hepatic iron index - avalia quantitativa Fe
HIC - hepática iron concentration - >1,9 dx homozigótico
Hemocromatose
TTO flebotomias
Fe elevados
Fe intrahepaticos na BH aumentados
Flebotomia 1 a 2x por semana para chegar a valores de ferritina 50 a 100, não reduzir Htc <80%
T manutenção: 1-2/ano
D. Wilson
Definição
Causa
Dx
Definição
Degeneração hepatolenticular progressiva
- doença familiar neurológica progressiva acompanhada de doença hepática crónica
Autossómica recessiva
Transplante hepático - resgate e curativo
Causa
Gene ATP7B - ATPase transportador de metais - local: fígado - redução de função: acumulação Cu no hepatócito e difusão do SNC, rins e córnea
Dx
Mutação his1069 gIN
Doseamento ceruloplasmina ↓ (<20mg/dl), anel de Kayser-Fleischer e BH com doseamento de cobre sérico ↓ e cobre urinário ↑
D. Wilson
Clínica
Fígado - anemia hemofílica e DRA
Neuro - doenças do movimento (tremor, mov involuntário)
Psiquiátrica - depressão, per neurótica
Olho - anel de Kayser-Fleischer
D. renal - TCP
Osteoporose
Anemia hemolítica - destruição do Hb pelo Cu
D. Wilson
Dx diferencial com ceruloplasmina <20 mg/dl
D Menkes
Aceruloplasminémia - mutação cromossoma 3
D. Wilson
Dx diferencial com cobre sérico
- DHC- valor normal com ceruloplasmina baixa
- hepatite aguda- mto elevado
D. Wilson
Dx diferencial com cobre urinário
Reflete cobre não ligado a ceruloplasmina em circulação
Valor > 100 ug/24h
D. Wilson
Teste da D penicilamina
Indicado quando Cobre urinário <100 ug/24h ou <25 umol/24h
500 mg de 12/12h no dia da coleção de urina de 24h
Concentração Cu hepático (BH) - melhor teste dias DW - Cu > 250 ug/g peso seco
(cirrose altera a distribuição de cobre - nódulos de regeneração sem cobre)
Biópsia hepática - esteatose micro e macrovesicular, núcleos glicogenados, necrose focal características de HAI ou EHNA
evolução para fibrose e cirrose macronodular
D. Wilson
TTO
D-penucilamina - quelante com cisteína
- promove eliminação urinária de Cu
- agravamento da d.neurológica em 10 a 50% na fase inicial
- recuperação da f hepática mto lenta se já tiver cirrose descompensada
Trientina
IND: Intol a penicilamina; esplenomegália; tend. Autoimune; d. renal
Sais de zinco - para terap.manutenção ou combinado com penicilamina ou trientina interfere com absorção intest de Cu
D. alfa1-antitripsina
Definição
Patogénese
Dx
Doença genética por mutação do gene SERPINA 1 que se manifesta por enfisema pulmonar e/ou cirrose hepática
Patogénese:
AAT está codificado no gene serpina 1 - síntese de AAT no fígado -> a função é inibir a elastase dos neutrófilos e proteases, conter processo inflamatório
Acumulação de AAT no fígado - lesão - cirrose - CHC
Diminuição de AAT em circulação - menos no pulmão - destruição do parênquima
D. alfa1-antitripsina
Dx
Doseamento de AAT
Fenótipo AAT
- PiZZ
– RN - icterícia colestática neonatal, hepato e esplenomegália, hipoalbuminémia e déf. vit K
Hepatite auto-imune
Definição
Doença crónica com inflamação contínua do fígado de causa desconhecida
Presença de auto anticorpos característicos e gama-globulina elevada
HAI tipo I - ANA e/ou ASMA e/ou SLA (96%)
HAI tipo II - LKM-1 e/ou LC1 (4%)
HAI sem auto anticorpos
Hepatite auto-imune
Clínica
Assintomático -> Sintomático (febre, icterícia, hepatoesplenomegália) -> Cirrose + hepatite fulminante
Hepatite auto-imune
TTO
Indicações
- fazer BH, para iniciar tto
TTO Imunossupressor - Absoluto AST > 10x AST >5x e gama-glob > 2x - Relativo: sintomas AST e/ou gama-glob elevadas BH - necrose da interface
Hepatite auto-imune
TTO
Prednisolona + azatioprina - indução e manutenção
ou
Transplante
Colangite biliar primária
- definição
- patogénese
- dx
DEFINIÇÃO
- doença colestática crónica do fígado, autoimune,
- com autoanticorpo específico AMA- ac anti-mitocondrial - subtipo M2
- com lesão específica dos ductos biliares de pequeno calibre dos espaços porta
Destruição progressiva da rede biliar intrahepática
colestase crónica com agravamento progressivo défice biliar com má-absorção e défice nutricional
progressão para cirrose hepática
Colangite biliar primária
- dx
AMA - presente na IFI
Colangite biliar primária
Clínica
Aparecimento da doença em doentes AMA+ -> Colestase assintomática -> Doença já avançada c/ a necessidade de transplantação
Colangite biliar primária
TTO
Ácido ursodesoxicólico - 13. 15 mg/kg/dia
Colangite esclerosante primária
- definição
- associação
Doença hepática colestática crónica, caracterizada por inflamação e fibrose dos ductos biliares intra e/ou extra-hepáticas, levando a estenoses multifocais
Associação:
DII - colite ulcerosa; chron
Colangite esclerosante primária
Sintomas
Assintomático -> Colestase (icterícia, prurido, fadiga, colangite aguda) -> Estadios finais (cirrose hepática descompassada, HTP, Insuficiência. Hepática, Hepatoesplenomegália)
Colangite esclerosante primária
Dx
Colestase + alter colangiograma com estenoses e dilatações segmentares v biliares CP-RM, CPRE ou CPT - padrão em contas do rosário
CPRE- tto
BH - estadiamento
Colangite esclerosante primária
TTO
- sem indicação para imunossupressão
Ácido ursdesoxicólico - 17 a 23 mg/kg/dia
Aqui ao contrário da colante biliar primária, AUDC não previne a progressão para cirrose hepática - daí ponderar-se em doentes sem cirrose, transplante hepático
DILI
Drug induced liver disease
.
Esteatose - causas secundárias
D. wilson
D. lipodistrofia
Fármacos: AINES, corticoesteróides, antagonista de cálcio, amiodarona, tamoxifeno, tetraciclinas
CONDIÇÕES EXTRA- HEPÁTICAS
- Insuf cardiaca (fígado em noz moscada)
- DII e outras
- doença celíaca; sindr prolif bacteriana intestinal
- hipotiroidismo, sindr ovários poliquísticos
- neoplasia extra-hepática
Esteatose
Definição
Acumulação de lípidos no interior dos hepatócitos
- transaminases normais não garantem ausência de estratos
decorre de ingestão crónica > 60g/d prolongada ( 90%) assintomática ( dor no hipoc dto)
PH sem alt ou GGT>N ( 30% normal)
reversível com abstenção
progressão para Cirrose- 10-15% ( 30% se consumo contínuo)
Esteatose
Prevalência
Homens
Hispano-americanos
DHC
Etanol no hepatócito desde a estratos à cirrose