Cirrose Flashcards
O que é cirrose hepática?
Distorção da arquitetura histológica do fígado resultante de fibrose progressiva
Causas mais comuns de cirrose
- Hepatite viral crónica (B e C)
- Doença hepatica alcoólica
- Hemocromatose
- Nonalcoholic fatty liver disease
Causas menos comuns incluem
Hepatite autoimune Cirrose biliar primária e secundária Colangite esclerosante primária Medicamentos (por exemplo, metotrexato, isoniazida) Doença de Wilson Def. alfa-1 antitripsina Doença celíaca Ductopenia idiopática na idade adulta Doença hepática granulomatosa Insuficiência cardíaca direita Telangiectasia hemorrágica hereditária Doença veno-oclusiva
Exames de rotina para cirrose hepática
ECOgrafia abdominal sup
Cada 6 meses
Diagnóstico de CH
Rastreio Carcinoma hepatocelular
Avaliação HT Portal (+/- doppler)
Exames de rotina para cirrose hepática
Análises
Avaliação função hepática: tempo protrombina, albumina e bilirrubina
AST, ALT, FA, GGT
Hemograma com plaquetas
Função renal, ionograma
Exames de rotina para cirrose hepática
Endoscopia digestiva ata
Avaliação inicial
Intervalo subsequente em função presença varizes
Exames de rotina para cirrose hepática
Scores prognóstico
Child Pugh
Meld
Classe child-pugh - tabela
Critérios clínicos
- encefalopatia
- ascite
Critérios laboratoriais
- bilirrubina
- albumina
- protrombina tempo
Classe A: 5 a 6 pontos
Classe B: 7 a 9 pontos
Classe C: 10 a 15 pontos
MELD score
Creatinna, bilirrubina, INR
Compensada - assintomática - 12 anos de sobrevida
Descompensada - sintomático - 2 anos de sobrevida
.
Compensada:
Estadio 0
Estadio 1
Estadio 2
Estadio 0: sem varizes, HTP ligeira
LSM> 15 e <20 ou HVPG> 5 e < 10 mmHg
Estadio 1: Sem varizes, HTP clinicamente significativa
LSM >=20 ou HVPG >=10
Estadio 2: Varizes
Descompensada:
Estadio 3
Estadio 4
Estadio 5
Estadio 3: Hemorragia
Estadio 4: 1a descompensação não hemorrágica
Estadio 5: 2a descompensação não hemorágica
End stage:
Estadio 6
Estadio 6: Descompensação tardia
Ascite refratária, EH persistente, icterícia, infeções, disfunção renal ou outros orgãos
End stage:
Estadio 6
ACLF
Morte
.
Ascite
• Complicação mais comum da CH descompensada
– Desenvolve-se em 5–10% dos pacientes com CH compensada por ano
• Impacto Significativo – Social e laboral – Frequente causa de hospitalização – Requer tratamento crónico – Causa directa de outras complicações
- Desenvolvimento de ascite associado com mau prognóstico
- Mortalidade 1 ano: 40%
- Mortalidade 5 anos: 70%
Ascite
Vasodilatação esplâncico -> menos volume arterial efetivo:
Aldosterona : Retenção de sódio -> Ascite
AVP: Retenção de água
-> Hiponatremia diluida
SRAA: Vasoconstrição renal -> Síndrome hepatorenal
Ascite não complicada
80% das causas de ascite Avaliação inicial: - hx - exame físico - eco abdominal - avaliação laboratorial • Função renal, Função hepatica; electrólitos séricos e urina • Análise líquido ascítico
Graduação da ascite
Grau 1 - ascite ligeira: só detetável por eco
Grau 2 - ascite moderada: distensão moderada e simétrica do abdómen
Grau 3 - grande volume: marcada distensão abdominal
Ascite não complicada - avaliação
Início insidioso correlacionado com insuficiência hepática
Início súbito Factor precipitante • HDA – evidente ou oculta (anemia progressiva) • Infecção- urinária, respiratória, entérica, bacteriémia • Peritonite bacteriana espontânea - PBE • Hepatite aguda alcoólica • Trombose da veia porta • Carcinoma hepatocelular
Ascite não complicada - avaliação
Paracentese diagnóstica
Paracentese Diagnostica está indicada em:
– Todos os doentes com ascite grau 2 ou 3 de novo
– Patientes hospitalizados por agravamento da ascite ou qualquer complicação da cirrose
Ascite não complicada
Contagem Neutrófilos - >250 cels/μl = PBE
Cultura líquido ascítico Inoculação frascos hemocultura (10 mL/cada)
Proteinas totais no líquido ascítico <1.5 g/dl factor risco PBE
Calcular SAAG: ≥1.1 g/dl indica HTP como causa
Citologia : E/S: 97% Diferenciar maligna
Albumina séria - Albumina LZ
Fazer restantes culturas:
- hemocultura
- urocultura
Ascite não compensada
- moderada restrição de sódio
- moderada restrição de sódio (80 a 120 mmol/dia, corresponde a 4.6 a 6.9 g de sal)
- > Doentes com CH e ascite são muito susceptiveis a rápidas ↓↓ no volume de fluido extracelular
- Risco de falência renal e encefalopatia hepática
-> Hemorragia GI, lesão renal, Encefalopatia hepatica, hiponatremia, ou alterações potássio sérico devem ser corrigidas ANTES do inicio dos diuréticos
Ascite não compensada
- diuréticos
1o episodio ascite grau 2
• Espironolactona isolada
(inicio 100 mg/dia com aumento a cada 72 horas até resposta (máximo 400 mg)
• Sem resposta ou desenvolvimento hipercalíémia: associar furosemido 40 mg
o Associação espironolactona + furosemida na razão 100/40
Ascite longa duração ou recorrente
• Combinação anti-mineralocorticoide + furosemido (aumento sequencial de dose de acordo com reposta)
• Monitorização frequente clínica e bioquímica nas primeiras semanas
• Máxima perda de peso: 0.5 kg/dia se SEM edema, 1 kg/dia COM edema
• Descontinuar SE:
Hiponatrémia grave (<125 mmol/L) AKI
Agravamento encefalopatia hepática
Caimbras musculares incapacitantes
• Descontinuar furosemido se hipokaliemia grave (<3 mmol/L )
• Descontinuar anti-mineralocorticoides se hiperkaliemia (>6 mmol/L)
• Administrar Albumina ou baclofeno† se câimbras musculares
Ascite não compensada
- paracentese grande volume
• Grau 3 ou Ascite de grande volume
• Contra-indicações:
Paciente não colaborante, infecção cutânea nos locais punção, gravidez, coagulopatia grave, distensão intestinal marcada
• Expansão volume plasmática efectuada com Infusão albumina (8 g/L ascite)
Ascite não compensada
TTO
1– Moderada restrição de sódio (80–120 mmol/dia, corresponde 4.6–6.9 g de sal) 2 – Diuréticos
3 – Paracentese Grande Volume