Hanseníase Flashcards
Epidemiologia da hanseníase
Não Há predileção por sexo;
↑ entre 30 – 59 anos;
↑↑ Amazônia Legal.
Estados Mais Acometidos:
MT ↑↑↑
TO ↑↑
AM legal ↑
Transmissão da Hanseníase.
Doença c/ ↑ Infectividade, porém c/ ↓ patogenicidade…
Doente Bacilífero = Principal fonte de infecção.
- Fala, Espirro e Tosse.
- 10min de fala = 185mil bacilos.
- Diferentemente do M. tuberculosis (pulmão), o BHansen fica alojado principalmente na mucosa orofarígea.
- A principal forma de contágio é através da mucosa nasal e oral e, raramente, pela pele (solução de continuidade).
- O tamanho do inóculo é diretamente proporcional à rapidez de evolução e ao aspecto clínico das lesões.
Clínica da Hanseníase
► CLÍNICA DA HANSENÍASE INDETERMINADA
- Má delimitação das bordas das lesões.
- Não há comprometimento de troncos nervosos, apenas ramos menores.
- Poucas lesões (1 a 5).
- Lesão: máculas hipocrômicas.
► CLÍNICA DA HANSENÍASE TUBERCULOIDE
- Bordas bem delimitadas.
- Neurite coliquativa (necrose).
- Sinal da raquete!
- Lesões: Placas eritematosas.
► CLÍNICA DA HANSENÍASE BORDELINE OU DIMORFA
- Tipicamente ocorre lesão única em lóbulo auricular (geralmente fecha o diagnóstico).
- Lesões em “queijo suíço”.
- Polineurite assimétrica.
► CLÍNICA DA HANSENÍASE VIRCHOWIANA
- Má delimitação das bordas da lesão.
- Acometimento mais difuso e sistêmico c/ múltiplas lesões.
- Pele luzidia e xerótica.
- Fáscies leoninas.
- Polineurite simétrica.
- Anestesia em “Botas & Luvas”.
Quadros reacionais da Hanseníase e seu tto.
► Reação do Tipo ❶
(AINES se clínica discreta e sem neurites)
Se clínica grave e c/ neurite: Predinisona 1 a 2 mg/Kg/dia até regressão do quadro. Dose de manutenção deve ser feita por no mínimo 2 meses. A imobilização do membro afetado pela neurite e fisioterapia na fase de recuperação são medidas complementares necessárias p/ alguns casos.
► Reação do Tipo ❷ (ou Eritema Nodoso Hansêmico)
+ Comum em HV Mtas vezes se arrastam por meses ou anos. Usar Talidomida (Contra-indicado em mulheres em idade fértil).
Se GRAVE ⇒ Talidomida + Corticoide!!!
Se GRAVE e Mulher idade fértil ⇒ Pentoxifilina c/ ou s/ corticoide.
ATENÇÃO!!! OBS: As reações do tipo 1 ou 2 podem acontecer em ambos os polos hansenianos.
Diagnóstico da hanseníase
O diangóstico é clínico
► DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍANSE:
Define um caso de Hanseníase no Brasil:
❶ BAAR+
❷ Lesão de pele com ↓ sensibilidade
❸ Espessamento Neural
- Com 1 ou + ⇒ TRATAR!!!
► O BAAR:
A baciloscopia de escarro pode nos dizer a polarização da hanseníase do pcte:
BAAR (+) → Multibacilar
BAAR (-) → Paucibacilar
- OBS: O BAAR- NÃO AFASTA O DIAGNÓSTICO! Lembrar que existem os casos de Paucibacilares.
Tratamento da Hanseníase
ADULTOS
► TTO MULTIBACILAR EM ADULTOS
Tto de 12 meses c/ Rifampicina + Dapsona + Clofazimina
► TTO PAUCIBACILAR EM ADULTOS
Tto de 6 meses c/ Rifampicina + Dapsona
CRIANÇAS
► CRIANÇAS 10 a 14 ANOS
Usaremos as mesmas drogas segundo a classificação em MB e PB só que com redução das doses.
ALERGIAS
► ALERGIA À RIFAMPICINA
MB → Tto de 24 meses c/ Clofazimina + Dapsona + Ofloxacina OU Minociclina
PB → Tto ñ altera duração c/ Dapsona + Ofloxacina OU Minociclina
► ALERGIA À DAPSONA
MB → Retira Dapsona e colocar Ofloxacina
PB → Retira Dapsona e coloca clofazimina
► ALERGIA À CLOFAZIMINA
MB → Trocar clofazimina por ofloxacina
PB → Add Ofloxacina
► ALERGIA À RIFAMPICINA + CLOFAZIMINA
MB → Fazer Clofazimina + Ofloxacina + Minociclina por 24 meses.
PB → Clofazimina + Ofloxacina.
Profilaxia da Hanseníase
Diagnóstico precoce + BCG.
Não é efetivo: confere um pouco mais de 50% de proteção p/ hanseníase.
- Sem cicatriz: Prescrever 1dose.
- Com 1 cicatriz: Prescrever 1 dose
- Com 2 Cicatrizes: Ñ presc. Dose.
FONTE: Caderno de atenção básica – nº 21/2007
Dadas as seguintes características, identifica o tipo de hanseníase.
( ) - Lesões Hipocrômicas (Máculas).
( ) - Poucas lesões (1 a 5).
( ) - Facies Leoninas
( ) - Não há acometimento de troncos nervosos, apenas ramos menores.
( ) - Sinal da Raquete!
( ) - Polineurite Simétrica
( ) - Infecção de 1 única lóbulo auricular, comumente sela o diagnóstico.
( ) - Lesões em “Queijo Suíço”
( ) - Polineurite Assimétrica
( ) - Acometimento mais difuso e “sistêmico”.
( ) - Pele luzidia e xerótica.
( ) - Lesões Eritematosas (Placas)
( ) - Anestesia em “Botas & Luvas”
( ) - Neurite coliquatica (necrose)
Dadas as seguintes características, identifica o tipo de hanseníase.
(INDETERMINADA) - Lesões Hipocrômicas (Máculas).
(INDETERMINADA) - Poucas lesões (1 a 5).
(VIRCHOWIANA) - Facies Leoninas
(INDETERMINADA) - Não há acometimento de troncos nervosos, apenas ramos menores.
(TUBERCULOIDE) - Sinal da Raquete!
(VIRCHOWIANA) - Polineurite Simétrica
(BORDERLINE) - Infecção de 1 única lóbulo auricular, comumente sela o diagnóstico.
(BORDERLINE) - Lesões em “Queijo Suíço”
(BORDERLINE) - Polineurite Assimétrica
(VIRCHOWIANA) - Acometimento mais difuso e “sistêmico”.
(VIRCHOWIANA) - Pele luzidia e xerótica.
(TUBERCULOIDE) - Lesões Eritematosas (Placas)
(VIRCHOWIANA) - Anestesia em “Botas & Luvas”
(TUBERCULOIDE) - Neurite coliquatica (necrose)
P/ realizar o BAAR em caso suspeito de Hanseníase, de onde devemos retirar as amostras p/ o exame?
Retirar amostra (amostra) de 4 sítios:
- Lesão + dos 2 lóbulos auriculares + 1 dos cotovelos.
E se eu não puder retirar da lesão?
- dos 2 lóbulos auriculares + 2 dos cotovelos
Diga a ordem c/ que ocorrem as perdas de sensibilidade na Hanseníase.
- Perda da sensibilidade térmica
- Perda da sensibilidade dolorosa
- Perda da sensibilidade tátil
NÃO é patognomônico da Hanseníase!
FACIES LEONINA É TÍPICO DA HANSENIASE VIRCHOWIANA.
Diferencial para facie leonina = Doença de Jorge Lobo…
A 24-year-old Norwegian man with lepromatous leprosy. From Leloir H. Traité pratique et théorique de la lè pre. Paris: A. Delahaye et Lecrosnier. 1886. This figure was later reprinted by Hansen in his monograph (1895). Public domain. Courtesy of the Bibliothè que nationale de France.
Podemos ver nesta imagem o FENÔMENO DE LÚCIO!
Ocorre antes do TTO em poucos pctes c/ Hanseníase Virchowiana. Lesões maculares equimóticas e necróticas que se ulceram. Podem ocorrem em pequeno núm. ou por uma área extensa da pele. O pcte geralmente comporta-se como um grande queimado!
Infecção secundária por Pseudomonas aeruginosa.
TTO ⇒ Medidas de suporte + antibióticoterapia + transfusões de troca. Os glicocorticoides e talidomina não são úteis! Ainda se discute se pode ou não ser considerada uma reação…