Hanseníase Flashcards

1
Q

Quais são os agentes etiológicos da hanseníase?

A

Mycobacterium leprae e Mycobacterium lepromatosis.

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2
Q

Qual é a característica do crescimento de Mycobacterium leprae?

A

É uma bactéria de crescimento lento, com tempo de duplicação de 12 a 14 dias.

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3
Q

Qual a predileção térmica de Mycobacterium leprae e onde essa bactéria geralmente se encontra?

A

A bactéria prefere áreas mais frias do corpo, como pele, nervos periféricos e mucosa do trato respiratório superior.

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4
Q

Por que Mycobacterium leprae não pode ser cultivada em meios artificiais?

A

É um parasita intracelular obrigatório, necessitando de células vivas para replicação.

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5
Q

Qual a principal diferença genética entre Mycobacterium leprae e Mycobacterium tuberculosis?

A

M. leprae possui menos da metade dos genes funcionais de M. tuberculosis, resultando em maior dependência de seu hospedeiro.

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6
Q

Quais são os reservatórios conhecidos de Mycobacterium leprae além dos humanos?

A

Tatus de nove bandas (Dasypus novemcinctus) e esquilos vermelhos.

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7
Q

Qual a relevância de fatores genéticos na susceptibilidade à hanseníase?

A

Genes como PARK2/PACRG e variantes em NOD2 estão associados à susceptibilidade ao M. leprae.

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8
Q

Como ocorre a transmissão da hanseníase?

A

Principalmente por via respiratória através de gotículas contaminadas.

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9
Q

O que são pseudogenes e qual sua relevância em Mycobacterium leprae?

A

Pseudogenes são genes não funcionais; em M. leprae, eles indicam evolução adaptativa para um nicho intracelular.

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10
Q

Quais hospedeiros não humanos são considerados reservatórios para hanseníase?

A

Tatus de nove bandas na América e esquilos vermelhos no Reino Unido.

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11
Q

Qual a distribuição geográfica da hanseníase?

A

A hanseníase é mais prevalente em países como Índia, Brasil e Indonésia, mas casos podem ocorrer em qualquer lugar devido à migração.

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12
Q

Qual a proporção de pessoas resistentes à hanseníase após a exposição ao Mycobacterium leprae?

A

Aproximadamente 95% das pessoas são naturalmente resistentes à hanseníase.

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13
Q

Como a hanseníase é classificada em relação ao número de lesões cutâneas?

A

Paucibacilar (até 5 lesões, sem bacilos detectáveis) e multibacilar (mais de 5 lesões, bacilos presentes).

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14
Q

Quais são os principais modos de transmissão da hanseníase?

A

Via respiratória através de aerossóis ou contato direto prolongado com secreções infectadas.

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15
Q

Qual animal é um reservatório zoonótico bem documentado para Mycobacterium leprae?

A

O tatu de nove bandas (Dasypus novemcinctus) é um reservatório conhecido.

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16
Q

Qual o papel dos fatores genéticos na epidemiologia da hanseníase?

A

Fatores genéticos, como variantes no gene NOD2, influenciam a susceptibilidade à doença.

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17
Q

Por que algumas regiões apresentam maior incidência de hanseníase?

A

Devido a condições de pobreza, densidade populacional e acesso limitado a cuidados médicos.

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18
Q

Como o contato com armadillos contribui para a transmissão da hanseníase?

A

O contato direto com armadillos infectados pode levar à transmissão zoonótica do Mycobacterium leprae.

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19
Q

Qual a incidência global de hanseníase segundo a OMS em 2022?

A

174.087 novos casos foram registrados globalmente, com 10.302 em crianças menores de 14 anos.

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20
Q

Como a hanseníase se manifesta em populações imunocomprometidas?

A

Imunocomprometidos têm maior risco de progressão para formas graves da doença, mas a hanseníase é rara nesses casos.

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21
Q

Qual é a característica das lesões cutâneas na hanseníase tuberculoide?

A

Lesões hipopigmentadas ou eritematosas, com bordas bem definidas e perda de sensibilidade.

22
Q

Quais são os sinais de envolvimento neurológico na hanseníase?

A

Espessamento e dor nos nervos periféricos, perda sensorial e fraqueza muscular.

23
Q

Como a hanseníase lepromatosa se apresenta clinicamente?

A

Múltiplas lesões cutâneas difusas, infiltração de pele e perda sensorial tardia.

24
Q

Quais nervos são mais frequentemente acometidos na hanseníase?

A

Ulnar, mediano, tibial posterior e nervo facial.

25
Q

O que caracteriza a hanseníase pura neurítica?

A

Comprometimento nervoso sem manifestações cutâneas visíveis.

26
Q

Quais manifestações sistêmicas podem ocorrer na hanseníase multibacilar?

A

Febre, mal-estar, linfadenopatia e hepatoesplenomegalia.

27
Q

Como a hanseníase pode afetar os olhos?

A

Pode causar iridociclite, lagoftalmo e cegueira por envolvimento neural ou inflamação.

28
Q

Qual é o espectro clínico da hanseníase segundo a classificação de Ridley-Jopling?

A

Tuberculoide, borderline (BT, BB, BL) e lepromatosa.

29
Q

Quais são os sinais precoces de hanseníase?

A

Lesões cutâneas hipopigmentadas ou eritematosas com perda de sensibilidade ao calor ou toque fino.

30
Q

Quais alterações motoras podem ser observadas na hanseníase avançada?

A

Claw hand, foot drop e paralisia facial.

31
Q

Quais são os critérios diagnósticos para hanseníase?

A

Lesões de pele com perda de sensibilidade, espessamento de nervos periféricos e presença de bacilos ácido-álcool resistentes em biópsia.

32
Q

Qual exame é considerado padrão-ouro para o diagnóstico da hanseníase?

A

Biópsia de pele com identificação de bacilos ácido-álcool resistentes.

33
Q

Como o teste de sensibilidade é realizado em lesões de hanseníase?

A

Com monofilamento ou algodão para avaliar sensibilidade térmica, dolorosa e tátil.

34
Q

Qual a utilidade do teste de Mitsuda na hanseníase?

A

Avalia a resposta imunológica do paciente e ajuda na classificação clínica, mas não é usado para diagnóstico definitivo.

35
Q

Como a reação em cadeia da polimerase (PCR) auxilia no diagnóstico da hanseníase?

A

Detecta DNA de Mycobacterium leprae em amostras de tecido.

36
Q

Quais são os achados histopatológicos típicos na hanseníase tuberculoide?

A

Granulomas perineurais com poucos bacilos.

37
Q

Quais são os achados histopatológicos na hanseníase lepromatosa?

A

Infiltrado difuso de macrófagos com grande número de bacilos.

38
Q

Por que o diagnóstico clínico é desafiador em áreas não endêmicas?

A

Devido à falta de familiaridade dos médicos com a doença e a necessidade de confirmar com exames laboratoriais.

39
Q

Quais exames de imagem podem ser úteis no diagnóstico de hanseníase?

A

Ultrassonografia para avaliação de espessamento de nervos periféricos.

40
Q

Como diferenciar hanseníase de outras dermatoses granulomatosas?

A

Pela combinação de achados clínicos, histopatológicos e resultados de PCR.

41
Q

Qual é o esquema padrão de tratamento para hanseníase paucibacilar?

A

Dapsona e rifampicina por 6 meses.

42
Q

Qual é o esquema padrão de tratamento para hanseníase multibacilar?

A

Dapsona, rifampicina e clofazimina por 12 meses.

43
Q

Qual a principal finalidade da terapia com múltiplas drogas (MDT) na hanseníase?

A

Prevenir resistência aos medicamentos e eliminar o Mycobacterium leprae.

44
Q

Como as reações hansênicas são manejadas?

A

Com corticosteroides, como prednisona, e imunomoduladores em casos graves.

45
Q

Quais são os efeitos adversos mais comuns da clofazimina?

A

Hiperpigmentação da pele e ressecamento.

46
Q

Qual é o papel da dapsona no tratamento da hanseníase?

A

É bacteriostática e eficaz contra o Mycobacterium leprae.

47
Q

O que deve ser feito em pacientes com deficiência grave de G6PD tratados com dapsona?

A

Evitar dapsona devido ao risco de hemólise e usar alternativas como minociclina.

48
Q

Como o rifampicina atua no tratamento da hanseníase?

A

É altamente bactericida e reduz rapidamente a carga bacteriana.

49
Q

Quais medicamentos podem ser usados como alternativas em casos de intolerância ao tratamento padrão?

A

Ofloxacino, minociclina e claritromicina.

50
Q

Qual o manejo recomendado para prevenir incapacidades na hanseníase?

A

Monitorar regularmente nervos periféricos e fornecer reabilitação física.

51
Q

Quais cuidados devem ser tomados com pacientes em uso prolongado de corticosteroides?

A

Monitorar efeitos colaterais, como osteoporose e supressão adrenal.

52
Q

O que fazer em caso de resistência ao esquema padrão de MDT na hanseníase?

A

Consultar especialistas e considerar regimes alternativos com fluoroquinolonas e macrolídeos.