Geografia Flashcards

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1
Q

Primeira revolução

A

Primeira Revolução Industrial (1760-1840)
Características: Transição da produção artesanal para a mecanizada, introdução de máquinas movidas a vapor e água, crescimento das fábricas.
Inovações Principais: Máquina a vapor (James Watt), teares mecânicos, ferro fundido.
Impacto: Aumento da produção têxtil, início da urbanização, crescimento das indústrias nas cidades.

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2
Q

Segunda revolução

A

Segunda Revolução Industrial (1870-1914)
Características: Desenvolvimento de novos processos de produção em massa, eletrificação, uso do petróleo e aço, avanço nas comunicações e transportes.
Inovações Principais: Motor a combustão interna, eletricidade, telefone (Alexander Graham Bell), lâmpada incandescente (Thomas Edison), automóvel (Karl Benz).
Impacto: Crescimento das cidades, transporte e comunicações mais rápidos, surgimento de grandes corporações e maior integração econômica global.

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3
Q

Terceira revolução

A

Terceira Revolução Industrial (1960-2000)
Características: Revolução digital, automação da produção, avanço nas tecnologias da informação e comunicação, surgimento da internet.
Inovações Principais: Computador, semicondutores, internet, telecomunicações via satélite, robótica.
Impacto: Automação da indústria, globalização acelerada, criação de empregos em TI, surgimento de empresas de tecnologia como Microsoft e Apple.

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4
Q

Quarta revolução

A

. Quarta Revolução Industrial (2000-presente)
Características: Fusão de tecnologias digitais, biológicas e físicas, uso intensivo de inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), automação avançada e robótica.
Inovações Principais: Inteligência artificial, Big Data, impressoras 3D, biotecnologia, computação quântica, veículos autônomos.
Impacto: Transformação dos modelos de negócios, aumento da automação, mudanças profundas nas relações de trabalho, impacto nas economias globais e na sociedade.

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5
Q

o que é lixiviação

A

Lixiviação: É o processo de lavagem dos nutrientes do solo pela água, geralmente causada por chuvas intensas. A água da chuva infiltra-se no solo e carrega consigo minerais e nutrientes para camadas mais profundas, tornando a camada superficial menos fértil. A lixiviação ocorre com mais frequência em áreas de alta pluviosidade

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6
Q

o que é arenização

A

É o processo de degradação do solo, principalmente em regiões de clima úmido, onde o solo perde sua capacidade de sustentar vegetação, tornando-se arenoso. Isso acontece quando a cobertura vegetal é removida (por exemplo, pela agricultura intensiva), expondo o solo à erosão pelo vento e pela chuva. Um exemplo de arenização no Brasil ocorre no sul do Rio Grande do Sul.

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7
Q

O que é desertificação

A

É a degradação severa do solo em áreas áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultando na perda da capacidade de suportar a vida. A desertificação é causada pela combinação de fatores como mudanças climáticas, desmatamento, práticas agrícolas inadequadas e sobrepastoreio. O solo se torna árido e infértil, semelhante a um deserto.

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8
Q

Contexto Revolução Verde

A

A Revolução Verde começou por volta de 1950, no contexto de debates sobre o crescimento populacional global e o medo de uma crise de fome. As discussões envolveram diversos países e a ONU, com uma visão neomalthusiana que apontava para três preocupações principais:

Produção insuficiente de alimentos para acompanhar o crescimento populacional de cerca de 2% ao ano.
Recursos finitos: a tecnologia deveria não apenas aumentar a produção, mas também lidar com a escassez de recursos.
Aumento da pobreza: sem ação, a fome e a miséria global poderiam aumentar.

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9
Q

Modernização agrícola e expansão (revolução verde)

A

A modernização das práticas agrícolas introduzida pela Revolução Verde incluiu o uso de adubos químicos, pesticidas, sementes híbridas e mecanização. Liderada por Norman Borlaug no México, essas técnicas aumentaram a produção de trigo, tornando o México autossuficiente, e foram replicadas em países da Ásia.

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10
Q

Críticas e resultados (revolução verde)

A

Embora a Revolução Verde tenha aumentado a produção mundial de alimentos, a fome persiste. Críticos apontam que a fome está ligada a fatores políticos, sociais e econômicos, e não apenas à produção de alimentos. Outros problemas incluem:

Exclusão da África do processo.
Impacto negativo no meio ambiente, como a proliferação de pragas resistentes e a contaminação de solo e água.
Concentração fundiária: pequenos e médios proprietários perderam espaço, levando à concentração de terras.
Monocultura: o cultivo de uma única espécie favorece pragas e leva ao aumento do uso de pesticidas.

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11
Q

O que é agricultura extensiva

A

Agricultura extensiva refere-se ao modo de agricultura mais “rudimentar”. Suas características são:

  • Uso de “queimadas”
  • Esgotamento dos Solos
  • Mão de obra menos qualificada
  • Rotação de terras
  • Produção familiar
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12
Q

O que é rotação de terras

A

Rotação de terras (ou rotação de culturas) é uma prática agrícola em que diferentes tipos de culturas são plantados alternadamente em uma mesma área de plantio, ao longo de várias estações ou anos. O objetivo dessa técnica é melhorar a fertilidade do solo, reduzir o risco de pragas e doenças e otimizar o uso de nutrientes disponíveis na terra.

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13
Q

O que é agricultura intensiva

A

Agricultura intensiva é aquela mais moderna. Sua características são:
- Uso permanente do solo
- Rotação de culturas
- Uso de fertilizantes químicos
- Seleção de sementes
- Mecanização
- Grande rendimento
- Mão de obra qualificada

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14
Q

O que é a agricultura tradicional ou de subsistência?

A

a principal característica é o minifúndio e a produção familiar voltada para consumo próprio (subsistência). Os gêneros cultivados, geralmente, são arroz, feijão, mandioca, milho e batata, e preza-se por pequenas criações, como galinhas, porcos, cabras, vacas e ovelhas. O excedente, ou seja, a parcela da produção não consumida, é vendido nos mercados locais. As técnicas utilizadas são rudimentares e as práticas agrícolas não visam à conservação ambiental. Desse modo, o solo é exposto a processos erosivos e pode, no futuro, ficar inutilizável.

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15
Q

O que é agricultura itinerante

A

também conhecida como roça no Brasil. É uma forma de cultivo muito comum em áreas ocupadas por matas, savanas e campos naturais. A mão de obra empregada é familiar e usa técnicas rudimentares, como queima e derrubada da vegetação para plantar. Essas práticas degradam o solo e comprometem sua fertilidade com o passar dos anos, por isso o agricultor abandona a região e busca uma nova área para plantar; daí o nome itinerante.

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16
Q

O que é o plantation

A

esse sistema foi introduzido pelos europeus e praticado durante a colonização na América, África e Ásia. O cultivo da cana-de-açúcar empregado pelos portugueses durante a colonização no litoral brasileiro era feito no sistema de plantation, aliás, era a plantation escravista. Como herança desse modelo europeu, as plantations são latifúndios monocultores, ou seja, cultivam um único gênero. Geralmente, são cultivadas plantas tropicais e a produção tem o objetivo de abastecer o mercado externo. O nível técnico do cultivo é baixo e o emprego é, geralmente, de mão de obra barata. A plantation, na contemporaneidade, está presente em países da América Latina, Ásia e África e os gêneros mais cultivados são café, cana-de-açúcar, chá, algodão, fumo e borracha.

17
Q

O que é a agricultura de jardinagem

A

esse modelo é mais difundido na Ásia, especialmente no cultivo de arroz (rizicultura). É um sistema de produção agrícola intensivo, praticado em médias e pequenas propriedades com mão de obra familiar ou comunal (comunidade). Essas lavouras ocorrem em áreas densamente povoadas e o espaço é aproveitado ao máximo. Exemplo desses sistemas são as regiões montanhosas, onde é praticado o terraceamento (técnica de construção de terraços aplainados em degraus e em curvas de nível, que protegem o solo da ação erosiva das chuvas - foto a seguir), e as planícies inundáveis, onde são feitos canais de irrigação. Outro ponto interessante da agricultura de jardinagem é a adaptação ao clima, pois o cultivo é feito em regiões de clima de monções;

18
Q

O que é o Pastoreio nômade

A

também conhecido como transumante, é a pecuária tradicional de regiões áridas e semiáridas. A região de Sahel, área que se estende pela borda sul do deserto do Saara, na África, é famosa por praticar esse sistema de produção, assim como as regiões do Oriente Médio e da Ásia Central. As criações mais utilizadas nesse sistema são rebanhos de ovelhas, cabras, camelos e vacas. É uma agricultura extensiva, de subsistência e com excedente destinado ao mercado.

19
Q

o que é Agricultura comercial (patronal)

A

é um sistema comum em países desenvolvidos e pode ser praticada de forma intensiva ou extensiva. A agricultura comercial intensiva é aplicada em vastas propriedades de terra, onde são utilizados moderno maquinário agrícola, biotecnologia voltada ao campo, mão de obra qualificada e diversos tipos de insumos para fortalecer a produção em larga escala. Em países subdesenvolvidos, geralmente, a produção é direcionada ao mercado externo. Já a agricultura comercial extensiva é caracterizada por técnicas de produção tradicionais e de baixa mecanização, em que a mão de obra humana é predominante e o investimento financeiro é baixo.

20
Q

O que é Agricultura orgânica

A

a agricultura orgânica dispensa o uso de produtos químicos no cultivo, usufruindo apenas dos próprios insumos naturais para a produção — ou seja, são dois sistemas alternativos que priorizam a sustentabilidade na produção de alimentos

21
Q

O que é agricultura em alto nível

A

nessa técnica, a semeadura é feita sobre as linhas que ligam pontos de mesma altimetria. Estabelecem-se, assim, fileiras de plantas que permitem que a água escorra mais lentamente, o que preserva o solo.

22
Q

O que é afolhamento

A

o terreno é dividido em três partes. Enquanto duas partes são cultivadas, a terceira permanece em repouso (por um ou dois anos), para que as partes retiradas com as sucessivas colheitas sejam recuperadas.

23
Q

O que é coivara

A

é uma técnica rudimentar, utilizada por indígenas, caiçaras e comunidades quilombolas, que consiste em atear fogo aos galhos derrubados para fazer com que as cinzas sirvam de adubo. Importante! As queimadas são prejudiciais para a vegetação, mas as cinzas dos galhos e folhas podem nutrir o solo.

24
Q

O que é o pousio agrícola

A

: essa é uma técnica que consiste em repousar a terra. Durante a entressafra, o solo descansa para recompor os nutrientes que perdeu. É uma prática que respeita as condições naturais e impede o desgaste do solo.

25
Q

O que é sequeiro

A

: é uma forma de cultivo que realiza o plantio durante o período de chuvas. É arriscado, pois podem ocorrer fases de estiagem durante o desenvolvimento da safra e comprometer a qualidade. Essa técnica é empregada em locais de baixa pluviosidade.

26
Q

O que é plantio direto

A

é o plantio no solo não revolvido, ou seja, não é realizada a etapa convencional de aragem. O benefício dessa técnica é a baixa degradação do solo e o rendimento das culturas, pois, como o solo não é “preparado”, como é feito no plantio convencional, cobre-se o solo com plantas em desenvolvimento e resíduos vegetais e essa cobertura gera uma proteção extra.

27
Q

O que é terraço

A

Na agricultura, o terraço refere-se a uma técnica de cultivo em terrenos inclinados, onde o solo é modelado em degraus horizontais. Esses degraus ajudam a conservar o solo e evitar a erosão, além de melhorar a retenção de água. A prática de construção de terraços é amplamente utilizada em regiões montanhosas ou áreas com inclinações acentuadas.

28
Q

O que é o plantio convencional

A

o plantio convencional utiliza técnicas tradicionais de preparo do solo, como remoção da vegetação nativa, aração, gradagem, semeadura, adubação mineral, capinas e controle fitossanitário (aplicação de defensivos agrícolas) para, somente depois, efetuar o plantio.

29
Q

O que é agricultura alternativa

A

A agricultura alternativa busca minimizar os impactos ambientais e sociais da agricultura convencional, promovendo práticas sustentáveis como o cultivo orgânico e ecológico. Esse modelo evita o uso de agrotóxicos, fertilizantes químicos e maquinários pesados, priorizando adubos orgânicos e o controle biológico de pragas. Em geral, é praticada por pequenas e médias propriedades que utilizam a policultura, gerando mais empregos devido à menor mecanização.

30
Q

O que é agricultura biodinãmica

A

utiliza métodos geológicos, químicos e astronômicos

31
Q

O que é a permacultura

A

uma ciência holística que combina conhecimentos científicos e tradicionais para garantir a permanência sustentável da espécie humana.

32
Q

O que é a agroecologia

A

por sua vez, busca superar os danos da monocultura, dos OGMs e dos agrotóxicos, promovendo um equilíbrio com a biodiversidade e a sociedade.

33
Q

Pecuária extensiva, intensiva e semiextensiva

A

A criação e reprodução de animais antecederam a agricultura, sendo que a pecuária evoluiu em diferentes formas: intensiva, extensiva e semiextensiva. A pecuária intensiva utiliza tecnologia para maximizar a produção em menor tempo e espaço, com confinamento e alimentação rica em nutrientes.
A extensiva ocorre em grandes pastos, com pouco uso de tecnologia, comum em países continentais.
A semiextensiva combina pasto na época chuvosa e alimentação com ração na seca.

Os principais animais criados são bovinos, suínos, caprinos, ovinos e aves. O Brasil é líder na exportação de carne bovina, enquanto a Índia, com o segundo maior rebanho bovino, não abate vacas por motivos religiosos. Doenças como a “vaca louca”, gripe suína e aviária impactam a produção. A carne de frango e suína são populares por serem mais baratas e saudáveis em comparação à bovina.

A criação de búfalos cresce no Brasil, especialmente no Pará, devido à alta qualidade do leite e carne.

34
Q

O que é o estatuto da terra de 1964

A

considera reforma agrária o conjunto de medidas que visam promover melhor distribuição da terra, mediante modificações no regime de sua posse e uso, a fim de atender aos princípios de justiça social e ao aumento de produtividade.

35
Q

Como os trabalhadores rurais são classificados:
-Pequenos proprietários;
-Ocupantes ou posseiros;
-Parceiros;
-Arrendatários;
-Assalariados; e
-Grileiros

A

Pequenos proprietários: agricultura familiar com poucos empregados. Atende às necessidades da própria família e abastece um pequeno mercado local;

Ocupantes ou posseiros: tomam posse e instalam-se, de forma ilegal, em terras desocupadas, praticando uma agricultura de subsistência;

Parceiros: são trabalhadores rurais que trabalham em terras de terceiros, com quem dividem a produção. Quando a divisão é de 50% são chamados de meeiros;

Arrendatários: são trabalhadores rurais que pagam aluguel pelo uso da terra;

Assalariados: há os permanentes e os temporários;

Grileiro: falsificador de escritura

36
Q

O que são boias-frias

A

São trabalhadores temporários agenciado por um intermediário (gato), fazendo com que o proprietário fique desobrigado dos encargos sociais.

37
Q

O que é o estatuto o trabalhador rural

A

os camponeses conquistaram uma legislação trabalhista semelhante aos direitos daqueles que moravam na zona urbana, como salário-mínimo, férias, remuneradas, 13º salário etc.

38
Q

O que é o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural

A

que tinha como finalidade prestar serviços na área médico-hospitalar, aposentadoria, pensão etc.

39
Q

O que era o plano nacional da reforma agrária e suas consequências

A

Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA) que tinha como meta assentar, no prazo de 15 anos, 7 milhões de trabalhadores sem-terra. Porém, apenas 83 mil famílias foram assentadas até o final do mandato (1989). Esse fracasso favoreceu os grandes latifundiários, que criaram a União Democrática Ruralista (UDR) a fim de impedir a reforma agrária por meio de acordos com políticos do Congresso Nacional. A UDR financiou a campanha de muitos candidatos que eram contra a reforma agrária.