filosofia Flashcards
imperativo categórico de Kant
o utilitarismo de John Stuart mill
ética do princípio x ética do resultado
Imperativo categórico: um princípio universal para a ética do dever (indistcutível)
Lei universal: O que é uma injustiça? A sensação de que um direito foi suprimido para
um indivíduo e mantido para outro. Essa sensação é universal. Sendo assim, ela é um princípio categórico, palavra que significa “indiscutível”.
Com essa máxima, Kant quer mostrar que ao agirmos, inconscientemente, universalizamos as ações e por isso percebemos que estamos fazendo algo “errado”. Cite exemplos:
Digamos que, diante de uma pergunta simples, de mãe, tal como “você estudou hoje?”, você seja tentado a mentir. No fundo, você sabe que mentir é errado e por quê? Porque você foi ensinado a não mentir? Claro que não. Porque se você é uma pessoa racional, percebe que se essa sua ação, mentir, for utilizada por todos, for universalizada, as relações interpessoais vão se tornar impossíveis. Sendo assim, ao
mentir, você percebe que se arrogou um direito que outros não têm.
FIM EM SI MESMO: quando usamos outra pessoa com meio para conseguirmos algo, inconscientemente, percebemos que há algo errado, pois estamos transformando a pessoa em um objeto e negamos a sua humanidade.
Considere a seguinte situação. O indivíduo deseja muito trocar seu celular por um mais moderno e cheio de recursos tecnológicos, mas não tem dinheiro suficiente para isso. Pede dinheiro emprestado para um amigo, mesmo sabendo que não sabe como nem quando poderá pagá-lo. Nesse momento, esse caloteiro usa o outro como meio para conseguir o que quer, o telefone celular, sem considerar seus sentimentos de lealdade e consideração por exemplo, nem suas necessidades materiais. Desconsidera o que o outro tem de humano.
todo ser humano é dotado de boa vontade moral, todo ser humano deseja reagir de forma honrosa em relação ao outro. Em outras palavras todo ser humano deseja fazer o bem, a questão que o “certo” a se fazer varias para diferentes pessoas, ou seja os critérios de julgamento variam, para uma cultura algo pode ser correto e para outra absurdo. Logo para Kant isso também é um imperativo categórico. Para Kant, temos uma boa vontade e um ímpeto que nos levariam a agir eticamente, ou seja, agir bem. As circunstâncias nos fazem agir mal do ponto de vista ético. O que seria isso?
A circunstância justifica os desvios éticos, Todos os seres humanos manifestam no íntimo essa capacidade ética própria do imperativo categórico, mas a cultura e as tradições, através da fantasia ou do desejo, fornecem aos indivíduos motivos para irem contra do
sentimento de justiça que habita em todos nós.
isso é imperativo hipotético, onde depende das circunstâncias, porém não pode ser algo universal pois os critérios de julgamento de cada indivíduo são únicos.
O utilitarismo surge como uma contraponto do imperativo categórico, pois Kant supõe que no mundo existam apenas anjos, o que se torna uma teoria de difícil aplicabilidade , contrapondo-se a uma visão tão radical surgem os filósofos utilitaristas, dentro os quais vale a pena destacar o John Stuart Mill(1806-1873)
Imperativo categórico: fazer aquilo que proporcionar felicidade ao maior número de pessoas. As ações devem ser julgadas moralmente boas através da consequência, e não o ato em si como Kant propôs.
Esses dois autores nos dão uma amostra da grande polêmica ética que dominará os séculos XX e XXI: como avaliar o que é virtude num mundo que se deixou levar por parâmetros econômicos de valor do comportamento? Kant ressalta um tipo de ética baseada em princípios de equidade da vida humana e respeito por cada pessoa, trata-se do que podemos chamar de ética do princípio. O indivíduo não vai
mentir, roubar, ser violento sem necessidade não porque será castigado, mas porque tem a lei moral dentro de si e prefere a satisfação de quem sabe que é excelente porque faz o que deve ser feito.
Há algo de profundamente cristão nisso, porque os critérios de ação não são claros a não ser para o próprio indivíduo que agiu pelo dever. Pense na seguinte situação: um policial descobre que seu colega praticou um ato pequeno de corrupção, movido por um necessidade. Ele então resolve entregar o amigo por questão de dever ético. Não era necessário. Ninguém desconfiava e isso não geraria qualquer sindicância interna. Essa ação pode ser interpretada de muitas maneiras: traição para com o amigo; vontade de se exibir diante dos superiores; e dever. Ela só será conforme a ética se o autor da ação tiver
agido pelo dever, mas isso só ele saberá.
A ética de resultados é diferente. Trata-se de uma transgressão tão pequena e circunstancial que não vale a pena agir pelo dever. Ser zeloso nesse sentido traria infelicidade e desconforto para todas as pessoas envolvidas.
Nesse primeiro embate entre esses dois pressupostos, a ética dos resultados parece ter se saído bem, mas há algo de injusto no ar. A sociedade moderna, marcada pelo Capitalismo avançado, trocou o reconhecimento social baseado na excelência do indivíduo, pautada por valores e princípios humanistas, pelo valor do mercado. O dinheiro passa a ser um grande valor, e ele é regulado pelos resultados, não
pelos princípios. Você já deve ter percebido que uma parte considerável de pessoas muito bem-sucedidas
em algum momento se valeram de procedimentos nada éticos para conseguir algum tipo de vantagem. Se
tais pessoas não tivessem alcançado o resultado da riqueza, os deslizes morais seria matéria de fofoca por
toda comunidade familiar, mas, uma vez que se alcançou o sucesso financeiro, é como se toda a ação
anterior fosse esquecida. O resultado vale mais do que os princípios morais.
Há um conto de Monteiro Lobato bem ilustrativo do dilema ético da modernidade: “Um honesto
honesto”. João Pereira, funcionário público, sempre foi reconhecido por sua honestidade. Uma vez,
quando voltava de trem para sua cidade, encontrou um pacote com uma soma em dinheiro considerável.
Entregou o pacote para o chefe da estação. Logo, ele se tornou notícia. Aconteceu, então, algo estranho.
Embora as pessoas o elogiassem na sua frente, às costas davam risada, achando que o homem tinha sido
estúpido. A mulher, que a princípio o elogiara, quando soube do valor e quando imaginou a vida que
poderiam ter tido com aquele dinheiro, começou a humilhá-lo. A cada briga por questões financeiras, ela o
lembrava de que a situação deles era por culpa dele…
O conto de uma forma bastante pungente desvenda o cotidiano de uma sociedade que gira entre
dois códigos, sendo um aparente e outro implícito. Na superfície, parece que todos se comportam a partir
de princípios honrosos, mas na realidade se deixam pautar por uma ética de resultados nada dignificante.
Normalmente, quando as bancas consideram “ética” relacionada à atividade supõe-se a ética de
princípios, principalmente no trato público. Um funcionário público, como o nome já diz, deve ser um
servidor para a atender as demandas da popular. O que se espera eticamente dele? Nesse caso, ele deve
ter conhecimento dos requisitos jurídicos de sua atribuição a atendê-los.
A Polícia Militar, por exemplo, é o braço armado do Estado. Mas para quê? Para proteger o cidadão.
Qual o ponto em que proteção pode significar ferir ou matar alguém? Se estamos falando de servidores
públicos, quando se pode ser firme com alguém, quando se deve colocar na posição de alguém que está
disposto a ajudar?
A atividade de um policial irremediavelmente levará a circunstâncias de dilema. A ética do Policial
supõe que ele deverá sempre pensar em qual é o seu dever a partir das próprias premissas do cargo que
exerce.
*é preciso de fé até pra creer na razão
Nietzsche (1833 - 1900) qual a sua crítica radical sobre a moral cristã
“Deus está morto” expressa, do ponto de vista ocidental, uma verdade, que é a que o Iluminismo(esclarecimento) e o liberalismo tiraram a religião do papel organizadora das relações sociais.
sua crítica: basicamente um tipo de comportamento que não condizia com a realidade. Em um mundo constítuido por relações capitalistas, a moral baseada na humildade apenas poderia alimentar uma hipocrisia que não daria respostas para a angústia de quem vivia nesse hiato entre o que vivia e o que acreditava.
solução: transvaloração de valores que era em questionar e reavaliar todos os sistemas de valores e moralidade, de modo a criar novos valores que estivessem mais alinhados com a afirmação da vontade de poder de cada um. Esse homem novo deve se desviar da moral de rebanho, rejeitar os valores impostos.
percebendo o vazio existencial que a ciência promoveu, percebendo que a religião seria incapaz de preencher essa lacuna, ele lança a ideia de que outro homem surgirá, alguém que seja capaz de viver com a falta de sentimento a cada momento
A banalidade do mal Hannah Arendt
Em sociedades massificadas, estruturadas a partir de sistemas econômicos e políticos baseados na burocracia impessoal, os cidadãos se burocratizam e se tornam incapazes de pensar naquilo que estão fazendo, não percebem a dimensão ética e moral de suas
ações. Adolf Eichman não era doente ou psicopata, era uma pessoa comum que, apesar de ter todas as suas faculdades racionais bem desenvolvidas, não era capaz de pensar reflexivamente de forma a escapar
do condicionamento social.
O mal surge, então, como a renúncia à capacidade de julgar. Sentindo-se parte da engrenagem, o indivíduo não se sente responsável. Em outras palavras, o pensamento racional é capaz de engendrar
também a barbárie.
Pré-Socratismo
Pré-Socraticismo (Século VI a.C.)
Características: Foco na explicação racional do cosmos e da natureza, busca de princípios fundamentais.
Principais Autores: Tales de Mileto, Heráclito, Parmênides
Sofismo
Sofismo (Século V a.C.)
Características: Relativismo moral, ênfase na retórica e persuasão, crítica à verdade absoluta.
Principais Autores: Protágoras, Górgias, Hípias.
Platonismo
Platonismo (Século IV a.C.)
Características: Ideias como realidade superior, dualismo corpo-alma, teoria das formas.
Principais Autores
Aristotelismo
Aristotelismo (Século IV a.C.)
Características: Busca pelo conhecimento empírico, lógica formal, estudo das causas e substância.
Principais Autores: Aristóteles.
Estoicismo
- Estoicismo (Século III a.C.- Século II d.C.)
Características: Autodisciplina, aceitação do destino, ética da virtude e da razão.
Principais Autores: Zenão de Cítio, Epicteto, Sêneca
Epicurismo
Epicurismo (Século III a.C.)
Características: Busca da felicidade através do prazer moderado, ausência de dor e tranquilidade.
Principais Autores: Epicuro, Lucrécio
Ceticismo
Ceticismo (Século III a.C.- Século I d.C.)
Características: Suspensão do julgamento, dúvida em relação ao conhecimento objetivo.
Principais Autores: Pirro de Élis, Sexto Empírico.
Neoplatonismo
Neoplatonismo (Século III d.C.)
Características: Fusão da metafísica platônica com elementos místicos, hierarquia do ser.
Principais Autores: Plotino, Porfírio, Proclo.
Escolástica
Escolástica (Século IX-XIV)
Características: Tentativa de conciliar fé cristã e razão, uso da lógica aristotélica na teologia.
Principais Autores: Santo Tomás de Aquino, Pedro Abelardo, Duns Scotus.
Racionalismo
Racionalismo (Século XVII)
Características: Ênfase na razão como principal fonte do conhecimento, dedução e ideias inatas.
Principais Autores: René Descartes, Baruch Spinoza, Gottfried Wilhelm Leibniz.
Empirismo
Empirismo (Século XVII-XVIII)
Características: Conhecimento adquirido através da experiência sensorial, crítica às ideias inatas.
Principais Autores: John Locke, George Berkeley, David Hume.
Iluminismo
Iluminismo (Século XVIII)
Características: Defesa da razão, liberdade, progresso e crítica às instituições religiosas e políticas.
Principais Autores: Voltaire, Jean-Jacques Rousseau, Immanuel Kant.