GASTROCIRURGIA Flashcards
Classificação de Savary-Miller (menos utilizada)
1 - Uma ou mais erosões, lineares ou ovaladas, em uma unica prega longitudinal
2 - Varias erosões em mais de uma prega longitudinal, confluentes ou não, mas que não ocupam toda circunferência do esôfago
3 - Erosões confluentes que ocupam TODA circunferência do esôfago
4 - Ulceras ou estenoses
5 - Barret
Indicações de Cirurgia na DRGE
1 - Presença de complicações (estenose, Barret, Ulcera (lembrar da ulcera de Cameron em HH)
2 - Piora dos sintomas apos suspensao do IBP
3 - Hernia de Hiato (com alteracao estrutural importante) + DRGE sem melhora
Contra-indicações de Cirurgia na DRGE
1 - IMC > 28-30 (Se IMC > 35 = Bypass)
2 - Distúrbio motor do esofago (fazer manometria pré operatório)
Cirurgia para correção da DRGE
Hiatoplastia + Fundoplicatura
- Nissen: 360°
- Lindt-Tupet: 180° (parcial posterior)
- Dor: parcial anterior
Complicações PO DRGE
1 - Migracao da valvula:
# Precoce: aumento subito da PA no PO (tosse, vomitos, hiato alargado) = Disfagia no POi
# Tardio: hiato alargado
2 - Fundoplicatura/Hiatoplastia apertada: PO precoce = REOP
3 - Desgarramento da Valvula: controle dos sintomas ou REOP
Conduta Barret
- Sem displasia: EDA em 3-5 anos + IBP
- Displasia de baixo grau: terapia endoscopica (mucosectomia ou ablaçã por radiofrequencia) ou EDA a cada 6 meses
- Displasia de alto grau: terapia endoscopica ou esofagectomia
- AdenoCa
Dx: Hernia de Hiato
Dx: Rx contrastado (padrão ouro)
EDA (TEG >= 2cm acima do pinçamento diafragmatico)
Hernia de Hiato
10% da população
Pode predispor a DRGE
Pode causar disfagia por impactação do bolo alimentar por alteração anatomica
Tx Hernia de Hiato
Se associado a DRGE: depente do tx do refluxo
Se disfagia ou empachamento = Cirurgia
Se complicacoes (ulcera de Camaron ou Volvo) = Cirurgia
Barret
Substituicao do epitelio escamoso do esofago pelo colunar intestinal (Metaplasia Intestinal)
Predispoe AdenoCa
FR: DRGE, obesidade, HF, tabagismo
Barret - Fatores protetores
- Negros
- H. pylori
- Consumo moderado de vinho
Barret - Classificação de Praga
M = 5cm (maximal extend of metaplasia)
C = 2cm (circunferencia da metaplasia)
Tx Barret
- IBP indefinidamente
- EDA + Biopsias (4 biopsias a cada 2cm onde há suspeita de metaplasia intestinal)
Sempre confirmar por 2º patologista
CEC de Esôfago
FR: tabagismo, etilismo, bebidas quentes, HPV 16 e 18, acalásia, tilose
Ex: TC TAP + EcoEDA precoce + PETCT + Laringoscopia + Broncoscopia
Adenocarcinoma de Esôfago
FR: DRGE, obesidade, uso de bifosfonados
Ex: TC TAP + EcoEDA precoce + PETCT
Câncer de Esôfago
Disfagia + Perda ponderal + Melena
Dx: EDA com cromoscopia (lugol)
Areas suspeiras = Iodonegativas
DD: acalásia, estenose, divertículo, membrana
Câncer de Esôfago - Tumores irressecáveis
QRT definitivo
- Metastase a distancia
- Lindonodomegalia não regional
- Invasão da aorta, via area e coluna vertebral
- Proteses: tratamento de fistulas e disfagia
Câncer de Esôfago - Tratamento endoscopico
Restrito à mucosa (T1a) e sem lindonodomegalias (N0)
Ausencia de invasao linfovascular ou perineural
- EMR (Mucosectomia): < 2cm e/ou areas displasicas em Barret
- ESD (Dissecção submucosa): até M2 (2/3 da circunferencia)
- M3 (MM) ou
SM1 sm < 200 micras (CEC) ou
< 500 micras (AdenoCa)
Câncer de Esôfago T1b N0
Esofagectomia Upfront
(Restrito à submucosa)
Câncer de Esôfago (T3/T4a ou N+)
- Neoadjuvancia
Indicar cirurgia mesmo se resposta clínica completa
Protocolo CROSS: Carboplatina + Paclitaxel + 41,4 Gy (5 semanas) + Cirurgia 5-7 semanas após o tratamento
AdenoCa de TEG: esquema FLOT
- Esofagectomia com Linfadenectomia em dois campos e reconstrucao com tubo gastrico
Cancer de Esofago T4a
Tumor invade pleura, pericardio, veia ázigo, diafragma ou peritoneo
Cancer de Esofago - T4b
Tumor invade estruturas nobres: aorta, corpo vertebral ou via aerea
Cancer de Esofago - TNM
T1a - invade a lamina propria ou a muscular da mucosa
T1b - invade a submucosa
T2 - invade a muscular propria
T3 - invade a adventicia
Vascularização do esôfago
- Cervical: tireoidea inferior
- Toracico: bronquicas e intercostais e aorta toracica
- Abdominal: gastrica esquerda e frenica inferior
Pontos de estreitamento do esôfago
Musculo cricofaringeo
Constrição bronco-aortica
JEG
Cancer de Esofago - Indicação de neoadjuvancia
Tumores com linfonodos regionais +
T3N0M0
T4N0M0 (invasão apenas de diafragma, pericardio ou pleura)
Indicadores de irressecabilidade no cancer de esofago
M1, N+ extrarregionais (periaorticos, mesentericos)
Exame padrão ouro para diagnostico de Acalásia
Manometria esofágica
Aperistalse nos dois tercos distais e relaxamento incompleto do EEI
Achados do Esofagograma na Acalasia
- Dilatacao > 4cm
- Bico de passaro
- Aperistaltismo com visualizacao de ondas esofagicas terciárias
- Estase do contraste com demora no esvaziamento do bário no esôfago
- Ausencia de bolha gastrica
Classificação de Rezende - Acalásia
Grau I: até 4cm: dilatação endoscopica ou botox
Grau II: 4-7cm (ondas terciarias): cardiomiotomia com fundoplicatura a Heller Pinotti
Grau III: 7-10cm (ondas terciarias + aperistaltismo): cardiomiotomia com fundoplicatura a Heller Pinotti
Grau IV: > 10cm (dolicomegaesofago): esofagectomia transhiatal
Tecnica de Heller-Pinotti
Cardiomiotomia anterior extensa associada a esofagogastrofundoplicatura posterolateroanterior esquerda
Cirurgia de Serra-Dória
- Opcao para megaesofago avançado
- Menos morbida que a esofagectomia transhiatal
- Anastomose LL entre esofago terminal e fundo gastrico + gastrectomia parcial em Y de Roux
- Complicacoes: disfagia, pirose, regurgitacao e variacao de peso
Esofagectomia (transhiatal ou VATS)
- Indicada para megaesofago IV
- Complicacoes: pleuropulmonares
Triade de Mackler
VOMITOS + DOR TORACICA + ENFISEMA SUBCUTANEO
Sd de Boerhaave
Esôfago em Quebra-Nozes
Ocorrencia de contracoes peristalticas de grande amplitude (>180mmHg), predominantes no terco inferior do esofago apos 10 ou mais deglutições úmidas.
Espasmo Esofágico Difuso
Manometria:
1) Contrações simultâneas associadas a > 10% mas < 100% das deglutições úmidas
2) amplitude das contrações simultâneas > 30mmHg
Esfíncter Esofágico Inferior Hipertônico
Condição rara em que a pressao do EEI esta > 45mmHg mas com peristalse normal no esôfago.
Disfagia é o sintoma predominante
EED no Espasmo Esofágico Difuso
Saca-rolhas ou conta-rosário
Tratamento do esôfago em quebra nozes e do espasmo esofageano difuso
BBC (Diltiazem)
Botox
Antidepressivos (Imipramina ou Trazodona)
Sinais de Alarme na DRGE
Disfagia
Odinofagia
Perda de peso
Hemorragia digestiva
Náuseas e vômitos
História familiar de câncer
Devem realizar EDA
Indicações de EDA na DRGE
Pacientes com > 40 anos
Pacientes que não respondem ao tratamento
Presença de sinais de alarme
Classificação de Los Angeles - DRGE
Grau A: uma ou mais solução de continuidade da mucosa confinada às pregas mucosas, não maiores que 5mm cada
Grau B: pelo menos uma solucao de continuidade da mucosa com mais de 5mm de comprimento, confinada às pregas mucosas e não contíguas entre o topo de duas pregas
Grau C: pelo menos uma solução de continuodade da mucosa contígua entre o topo de duas (ou mais) pregas mucosas, mas não circunferencial (ocupa menos que 75% da circunferência do esôfago)
Grau D: uma ou mais solução de continuidade da mucosa circunferencial (ocupa no minimo 75% da circunferência)
Exame padrão ouro diagnóstico de DRGE
ImpedanciopHmetria esofágica
Hérnia de Hiato
Tipo 1 - Deslizamento: 90% dos casos
Tipo 2 - Paraesofagica de rolamento: < 10% (JEG permanece em sua localização normal enquanto uma parte do estômago hernia acima do diafragma)
Tipo 3 - Mista
Tipo 4 - Presença de outras vísceras
Úlcera de Cameron
Erosões gástricas ou gastrite do conteúdo do saco herniario, normalmente encarcerado
Classificação de Chicago - Acalásia
Utiliza Manometria de alta resolução
Tipo I: 100% de falha nas contrações e nao pressurização esofágica
Tipo II: pressurização panesofagica em pelo menos 20% das deglutições
Tipo III: presença de fragmentos preservados de peristalse distal ou contrações prematuras por pelo menos 20% das deglutições