Fraturas do medio pé Flashcards
O que é a fratura de Lisfranc?
É uma lesão que afeta as articulações tarsometatarsais, frequentemente envolvendo luxação ou fratura dessas articulações.
Qual é a principal causa de fraturas de Lisfranc?
Traumas de alta energia, como acidentes de trânsito, ou baixa energia, como torções severas.
Quais são os sinais clínicos típicos da fratura de Lisfranc?
Dor intensa no mediopé, edema, incapacidade de apoiar peso e hematoma plantar.
Como a fratura de Lisfranc pode ser classificada?
Em fraturas puramente ligamentares (luxações) ou fraturas-luxações, com lesão óssea associada.
Qual é a importância da radiografia no diagnóstico de Lisfranc?
Avalia desalinhamento entre os metatarsos e os cuneiformes, especialmente entre o primeiro e o segundo metatarso.
O que é o “significado da linha de Fleck”?
Fragmento ósseo visível entre o primeiro e segundo metatarso em radiografias, indicando lesão ligamentar de Lisfranc.
Quando a tomografia computadorizada é indicada?
Para avaliar deslocamentos sutis ou fragmentação óssea em casos complexos de fratura de Lisfranc.
Como a ressonância magnética auxilia no diagnóstico?
Identifica lesões ligamentares e edema ósseo que podem não ser visíveis em radiografias.
Qual é o tratamento inicial para fraturas de Lisfranc?
Imobilização, elevação, analgesia e, em casos graves, estabilização cirúrgica imediata.
Quando o tratamento conservador é indicado?
Em casos de lesões sem deslocamento ou instabilidade ligamentar significativa.
Quais são as opções de tratamento cirúrgico?
Redução aberta e fixação interna (RAFI) ou fusão articular para casos graves.
O que caracteriza uma lesão de Lisfranc instável?
Deslocamento articular ou ligamentar significativo, com perda de alinhamento.
Qual é a principal complicação da fratura de Lisfranc?
Artrose pós-traumática devido ao comprometimento da congruência articular.
Qual é o tempo típico de recuperação para fraturas de Lisfranc tratadas cirurgicamente?
De 3 a 6 meses para atividades leves e até 12 meses para retorno ao esporte.
Quais são os sinais de má consolidação em fraturas de Lisfranc?
Dor persistente, desalinhamento articular e dificuldade para caminhar.
O que é uma fratura do navicular?
Fratura do osso navicular, que pode ser por estresse, trauma direto ou compressão axial.
Como as fraturas do navicular são diagnosticadas?
Radiografias AP e oblíquas, além de tomografia ou ressonância para identificar fraturas por estresse.
Quando o tratamento conservador é indicado para fraturas do navicular?
Em fraturas estáveis ou por estresse sem deslocamento significativo.
Quais são os riscos de fraturas não tratadas do navicular?
Dor crônica, instabilidade e desenvolvimento de artrose do mediopé.
O que é uma fratura do cuboide?
Lesão do osso cuboide, frequentemente associada a traumas de compressão ou lesões de Lisfranc.
Como as fraturas do cuboide são tratadas?
Conservadoramente com imobilização em fraturas estáveis; cirurgicamente se houver deslocamento significativo.
O que é uma fratura do cuneiforme?
Lesão de um dos três ossos cuneiformes, geralmente causada por trauma direto ou compressão axial.
Como são tratadas as fraturas dos cuneiformes?
Imobilização em casos estáveis; RAFI em casos deslocados ou associados a lesões de Lisfranc.
Qual é a relação entre fraturas de Lisfranc e fraturas do mediopé?
Lesões de Lisfranc frequentemente incluem fraturas associadas do navicular, cuboide ou cuneiformes.
O que caracteriza uma fratura por estresse do mediopé?
Dor progressiva, sem trauma evidente, associada a atividades repetitivas como corrida ou esportes.
Como as fraturas por estresse do mediopé são diagnosticadas?
Por ressonância magnética, já que radiografias iniciais podem ser normais.
Qual é o impacto funcional das fraturas do mediopé?
Alteram a distribuição de carga, causando dor crônica, instabilidade e limitação de atividades.
Como prevenir fraturas de Lisfranc e do mediopé?
Uso de calçados adequados, fortalecimento muscular e treinamento técnico em esportes de impacto.
Quais são os sinais de infecção em fraturas do mediopé tratadas cirurgicamente?
Vermelhidão, secreção purulenta, febre e dor persistente no local da cirurgia.
Qual é o papel do exame físico no diagnóstico de fraturas de Lisfranc?
Identifica dor ao longo das articulações tarsometatarsais e hematoma plantar característico.
O que é o teste de estresse em carga para lesões de Lisfranc?
Avalia instabilidade ao aplicar carga no mediopé com o pé em posição neutra.
Como as fraturas de Lisfranc podem ser confundidas com entorses?
Ambas apresentam dor e edema no mediopé, mas as fraturas envolvem desalinhamento articular detectado por imagem.
Quando a artrodese é indicada no tratamento de Lisfranc?
Em casos de artrose severa ou instabilidade irreparável após falha de outros tratamentos.
Quais fatores de risco aumentam a chance de fraturas de Lisfranc?
Traumas repetitivos, esportes de impacto e uso de calçados inadequados.
Como as fraturas do navicular por estresse são tratadas?
Repouso, modificação de atividades e, em casos graves, imobilização ou cirurgia.
Qual é o papel da tomografia computadorizada nas fraturas do mediopé?
Avalia desalinhamentos sutis e extensão da fragmentação óssea.
Como a reabilitação é conduzida após fraturas de Lisfranc?
Inclui fortalecimento, mobilização precoce controlada e retorno gradual às atividades.
O que é uma fratura por compressão do navicular?
Fratura causada por forças axiais, geralmente associada a traumas de alta energia.
Quando a cirurgia é necessária para fraturas do navicular?
Em casos de desalinhamento significativo ou falha no tratamento conservador.
Quais são os sinais clínicos de fraturas do cuboide?
Dor lateral no pé, edema e dificuldade de apoiar peso.
O que é “síndrome do quebra-nozes” no mediopé?
Compressão do cuboide entre o calcâneo e os metatarsos, causando fratura por esmagamento.
Como as fraturas do cuboide afetam a funcionalidade do pé?
Comprometem a estabilidade lateral e a distribuição de carga no pé.
Quais complicações podem surgir de fraturas não tratadas do mediopé?
Dor crônica, instabilidade, artrose precoce e deformidades estruturais.
Qual é o tempo de recuperação típico para fraturas do mediopé tratadas conservadoramente?
De 6 a 8 semanas, dependendo da gravidade e da adesão ao tratamento.
Quando as fraturas do mediopé requerem fixação interna?
Em casos de deslocamento significativo ou instabilidade articular.
Como o alinhamento anatômico é restaurado durante a cirurgia?
Por meio de redução aberta e fixação com placas e parafusos.
Quais são os sinais radiográficos de má consolidação no mediopé?
Desalinhamento articular, incongruência óssea e presença de fragmentos residuais.
Qual é o impacto funcional de deformidades pós-fratura no mediopé?
Alteram a marcha, aumentam a dor crônica e limitam a capacidade funcional.
Como a fisioterapia pode ajudar após fraturas do mediopé?
Restaura amplitude de movimento, força muscular e equilíbrio, além de prevenir rigidez.
Quais são os sinais de necrose avascular em fraturas do navicular?
Dor persistente, edema localizado e colapso ósseo visível em radiografias ou TC.
Qual é o papel das órteses no manejo de fraturas do mediopé?
Fornecem suporte durante a recuperação e ajudam na distribuição de peso.
Quando a amputação parcial do pé é considerada em fraturas do mediopé?
Em casos de infecção severa, falha de múltiplas intervenções ou dor intratável associada a deformidades graves.
Quais são os avanços tecnológicos no manejo dessas fraturas?
Uso de implantes anatômicos, artroscopia e impressão 3D para planejamento cirúrgico.
Como prevenir complicações tardias após fraturas do mediopé?
Garantir alinhamento anatômico, mobilização precoce controlada e reabilitação adequada.
O que é uma fratura do mediopé por avulsão?
Lesão causada pela tração ligamentar, resultando na separação de um fragmento ósseo.
Como as fraturas do mediopé afetam a estabilidade do arco longitudinal?
Alteram o suporte estrutural, levando a colapso do arco e instabilidade funcional.
Qual é a relevância do acompanhamento radiográfico pós-tratamento?
Verifica a consolidação, o alinhamento e detecta complicações precoces, como má consolidação.
Quando o retorno ao esporte é permitido após fraturas do mediopé?
Apenas após recuperação completa da força, estabilidade e amplitude de movimento, geralmente entre 3 e 6 meses.
O que é o teste de pronação-abdução em fraturas de Lisfranc?
Um teste clínico para avaliar instabilidade ligamentar tarsometatarsal ao aplicar força em pronação e abdução.
Quais são as indicações de RAFI nas fraturas de Lisfranc?
Deslocamento articular >2 mm ou instabilidade detectada em radiografias ou testes clínicos.
Qual é a complicação mais comum após tratamento cirúrgico de Lisfranc?
Artrose pós-traumática devido a incongruência articular residual.
Como evitar artrose em fraturas de Lisfranc?
Garantindo redução anatômica e estabilização adequada durante o tratamento.
O que é o “sinal de ponto de pressão medial” em Lisfranc?
Dor intensa ao aplicar pressão na base do segundo metatarso, indicativa de lesão ligamentar.
Qual é o mecanismo clássico de lesão em fraturas de Lisfranc?
Trauma indireto com flexão plantar e rotação do mediopé.
Como diferenciar uma fratura de Lisfranc de entorses severas?
Fraturas apresentam desalinhamento articular visível em radiografias, enquanto entorses não.
Qual é a relevância das radiografias com carga no diagnóstico de Lisfranc?
Revelam instabilidade ligamentar que não é visível em radiografias sem carga.
Quando a artrodeses preventiva é realizada em Lisfranc?
Em casos com alto risco de artrose futura, como lesões ligamentares graves.
Como as fraturas do navicular afetam a biomecânica do pé?
Comprometem a estabilidade do arco medial e a distribuição de forças durante a marcha.
O que é uma fratura do navicular por avulsão?
Fratura causada pela tração do tendão tibial posterior ou ligamento associada à flexão plantar excessiva.
Como a reabilitação é ajustada para fraturas graves do mediopé?
Inclui mobilização controlada e exercícios para restaurar o alinhamento funcional e a força muscular.
Quais são os sinais clínicos de fratura do cuboide?
Dor localizada na lateral do pé, edema e dificuldade de realizar movimentos de rotação do tornozelo.
Qual é a importância da congruência articular em fraturas de Lisfranc?
Reduz o risco de artrose e melhora a funcionalidade a longo prazo.
Quais são as características radiográficas da fratura do cuboide?
Deslocamento ou compressão visível, frequentemente associado ao desalinhamento do mediopé.
O que é a “síndrome do quebra-nozes” no cuboide?
Compressão do cuboide entre o calcâneo e os metatarsos, resultando em fraturas ou lesões associadas.
Qual é o tempo médio de recuperação após fraturas do mediopé?
Cerca de 8 a 12 semanas para atividades leves, podendo levar até 6 meses para retorno completo ao esporte.
Quando a tomografia é preferida em vez da radiografia para fraturas do mediopé?
Em casos de fraturas complexas ou quando o diagnóstico é inconclusivo com radiografias.
Quais são os desafios no manejo de fraturas múltiplas do mediopé?
Garantir alinhamento simultâneo, preservar a funcionalidade e evitar sobrecarga nas articulações adjacentes.
Como prevenir novas lesões após tratamento de fraturas de Lisfranc?
Uso de calçados adequados, fortalecimento do arco medial e acompanhamento fisioterapêutico prolongado.
Quais fatores aumentam o risco de falha no tratamento conservador de Lisfranc?
Deslocamento articular não detectado, instabilidade ligamentar significativa e falta de adesão ao repouso.
Quando a artrodese total do mediopé é indicada?
Em casos de artrose severa irreversível ou deformidades intratáveis após múltiplas intervenções.
Qual é a taxa de sucesso da RAFI em fraturas de Lisfranc?
Cerca de 70-90% dos casos têm recuperação funcional adequada com redução anatômica.
O que diferencia fraturas por estresse do mediopé de lesões agudas?
As fraturas por estresse têm dor progressiva sem trauma evidente, enquanto as agudas são súbitas e traumáticas.
Como identificar necrose avascular em fraturas do navicular?
Alterações radiográficas como colapso ósseo e aumento da densidade local, associadas à dor persistente.
Qual é a função das órteses após fraturas do mediopé?
Proporcionam suporte, estabilizam o arco plantar e ajudam a prevenir recidivas durante a reabilitação.
Como a análise biomecânica auxilia na recuperação?
Identifica padrões anormais de marcha e distribuições inadequadas de peso, orientando o tratamento.
Quando o retorno às atividades esportivas é permitido após tratamento de fraturas do mediopé?
Geralmente após 4 a 6 meses, dependendo da gravidade da lesão e da resposta à reabilitação.
O que é a famosa equimose plantar em fraturas de Lisfranc?
É uma equimose localizada na região medial da planta do pé, um sinal característico de lesão ligamentar tarsometatarsal.
Por que a equimose plantar é considerada um sinal clássico em Lisfranc?
Indica ruptura dos ligamentos profundos do mediopé, frequentemente associada à lesão de Lisfranc.
Como a equimose plantar pode ajudar no diagnóstico?
Sua presença, associada a dor no mediopé, deve levantar suspeitas de lesão de Lisfranc, mesmo com radiografias normais.
Quais são as consequências de não tratar adequadamente uma lesão de Lisfranc?
Artrose precoce, instabilidade crônica e deformidades do mediopé.
Qual é o papel das radiografias oblíquas no diagnóstico de Lisfranc?
Ajudam a identificar desalinhamento tarsometatarsal, especialmente entre o primeiro e o segundo metatarso.
Como as fraturas do navicular podem afetar a estabilidade do arco medial?
Interrompem o suporte estrutural do arco medial, levando ao colapso e dor crônica.
Qual é o tratamento padrão para fraturas de Lisfranc com deslocamento significativo?
Redução aberta e fixação interna (RAFI) para restaurar o alinhamento articular.
Quando o tratamento conservador falha em fraturas do mediopé?
Em casos de instabilidade não detectada ou desalinhamento progressivo durante o acompanhamento.
Qual é a importância do alinhamento metatarsal no tratamento de Lisfranc?
Garante a congruência articular e previne complicações, como artrose e instabilidade.
Como a fisioterapia ajuda na recuperação após fraturas de Lisfranc?
Restaura a amplitude de movimento, força muscular e estabilidade do mediopé, essencial para prevenir recidivas.
Quais são as limitações do tratamento conservador em fraturas de Lisfranc?
Pode não corrigir desalinhamento oculto ou instabilidade ligamentar, levando a complicações tardias.
Quais técnicas cirúrgicas minimamente invasivas são usadas em Lisfranc?
Uso de fixadores percutâneos e artroscopia para estabilizar fraturas e minimizar danos às partes moles.
Quando a fusão articular é preferida em Lisfranc?
Em lesões ligamentares graves ou casos avançados de artrose pós-traumática.
Como evitar a má consolidação em fraturas do mediopé?
Monitoramento radiográfico frequente, redução anatômica e reabilitação adequada.
Qual é a complicação mais comum após fraturas por estresse do navicular?
Progressão para fratura completa, causando dor persistente e instabilidade.
Como as fraturas do cuboide impactam a distribuição de peso no pé?
Alteram a estabilidade lateral e aumentam a pressão nas articulações adjacentes.
Quais são os sinais de falha de fixação em Lisfranc?
Desalinhamento progressivo, dor persistente e mobilidade anormal no mediopé.
Qual é a abordagem inicial para fraturas expostas do mediopé?
Irrigação, desbridamento e estabilização temporária com fixador externo.
Quando a carga é retomada após tratamento de fraturas de Lisfranc?
Geralmente após 8-12 semanas, dependendo da consolidação óssea e da estabilidade articular.
Como prevenir lesões de Lisfranc em esportes de impacto?
Uso de calçados adequados, treinamento técnico e fortalecimento muscular para melhorar a estabilidade do mediopé.
Qual é o papel das órteses no tratamento de fraturas do navicular?
Proporcionam suporte ao arco medial e ajudam a redistribuir a carga durante a recuperação.
Como a análise biomecânica contribui para o manejo de fraturas do mediopé?
Identifica desequilíbrios funcionais e orienta ajustes no tratamento para prevenir sobrecargas.
Quando a artroplastia é indicada para fraturas do mediopé?
Em casos graves de deformidade ou artrose pós-traumática irreversível.
Qual é o impacto funcional de fraturas não tratadas de Lisfranc?
Resultam em dor crônica, instabilidade e limitação funcional severa.
Como as fraturas múltiplas do mediopé são manejadas?
Exigem planejamento cirúrgico cuidadoso para restaurar o alinhamento e garantir a estabilidade funcional.
O que diferencia fraturas do mediopé de entorses severas?
Fraturas apresentam desalinhamento visível em radiografias, enquanto entorses têm ligamentos intactos.
Qual é a taxa de sucesso do tratamento cirúrgico em Lisfranc?
Cerca de 70-90%, com melhores resultados em casos tratados precocemente com redução anatômica.
Como garantir a recuperação funcional após fraturas do mediopé?
Adesão à reabilitação, uso de suporte adequado e acompanhamento regular para monitorar a recuperação.
Quando a amputação parcial é considerada após fraturas do mediopé?
Em casos extremos de infecção ou necrose irreversível.
Qual é a função do cuneiforme médio na articulação Lisfranc?
Atua como pedra angular do arco transverso do pé, proporcionando estabilidade estrutural.
Qual é o principal elemento da estabilidade ligamentar na articulação Lisfranc?
O ligamento de Lisfranc, que conecta o cuneiforme medial ao segundo metatarso.
Por que o ligamento intermetatarsal está ausente entre o 1º e o 2º metatarsos?
Para permitir maior mobilidade funcional na articulação tarsometatarsal.
Quais músculos principais contribuem para a estabilidade da articulação Lisfranc?
Tibial posterior e fibular longo.
Qual é a incidência aproximada de fraturas-luxações de Lisfranc?
Entre 0,1% e 0,4% de todas as fraturas-luxações.
Qual é a lesão associada mais comum nas fraturas-luxações de Lisfranc?
Fratura do segundo metatarso, segundo Rockwood.
Qual grupo populacional é mais afetado por fraturas-luxações de Lisfranc?
Homens jovens submetidos a traumas de média ou alta energia.
Qual é o mecanismo de lesão mais comum em fraturas de Lisfranc?
Carga axial no antepé associada a hiperflexão plantar.
O que ocorre inicialmente no mecanismo de lesão por carga axial em Lisfranc?
Lesão dos ligamentos dorsais, seguida pela propagação da força para os ligamentos plantares.
O que caracteriza o sinal de Ross em fraturas de Lisfranc?
Presença de equimose plantar, indicativa de possível ruptura ligamentar.
Qual manobra clínica é usada para avaliar instabilidade em Lisfranc?
Manobra de Myerson-Cerrato, que envolve abdução e eversão do mediopé.
Quais são os achados radiográficos normais na projeção AP para articulação Lisfranc?
A borda lateral do 1º metatarso deve estar alinhada à borda lateral do cuneiforme medial.
O que é o “sinal de Fleck” em fraturas de Lisfranc?
É a avulsão da base do 2º metatarso pelo ligamento de Lisfranc, considerada patognomônica.
Quais exames complementares são indicados para fraturas de Lisfranc?
Tomografia para avaliar fraturas e ressonância magnética para lesões ligamentares.
Como é classificada uma fratura-luxação Lisfranc pela classificação de Quenu e Kuss?
Homolateral, isolada ou divergente, dependendo da direção do desvio dos metatarsos.
O que caracteriza a classificação tipo B de Myerson?
Incongruência parcial, em que uma ou mais articulações permanecem intactas.
Quando o tratamento conservador é indicado em Lisfranc?
Em casos sem instabilidade no RX com carga e deslocamento inferior a 2 mm.
Qual é o tempo recomendado de imobilização no tratamento conservador?
Seis semanas sem apoio, seguido de radiografias seriadas com carga.
Quais são as indicações para tratamento cirúrgico em fraturas de Lisfranc?
Deslocamento maior que 2 mm, instabilidade ou encurtamento da coluna medial.
Qual é o padrão mais comum de fixação na redução aberta?
Fixação intercunha, cunha medial ao 2º metatarso, cunha lateral ao 3º metatarso e cuboide aos 4º e 5º metatarsos.
Quando a artrodese primária é indicada em Lisfranc?
Em fraturas graves com cominuição articular acima de 50% ou em lesões crônicas acima de 6 semanas.
Por que se evita artrodese na coluna lateral em Lisfranc?
Para preservar a mobilidade essencial à marcha; pode-se usar fio de Kirschner temporário.
Qual é a principal complicação de fraturas-luxações de Lisfranc?
Artrose pós-traumática, com incidência de até 60% em reduções não anatômicas.
Qual é a taxa de artrose pós-traumática após redução anatômica em Lisfranc?
Aproximadamente 16%.
O que é metatarsalgia de transferência em Lisfranc?
Sobrecarga nos metatarsos adjacentes devido à alteração biomecânica após o tratamento.
Qual é a prevalência de fraturas expostas em Lisfranc?
Cerca de 12% dos casos.
Quais estruturas são geralmente afetadas no padrão divergente de Myerson tipo C?
O primeiro raio desvia medialmente, enquanto os menores desviam lateralmente.
Quais são os sinais clínicos de síndrome compartimental no mediopé?
Dor intensa, edema progressivo e parestesia, necessitando avaliação imediata.
Como a redução fechada é realizada em Lisfranc?
Por meio de tração axial no raio afetado, pressão na base do metatarso e contraforte proximal.
Qual é o tempo recomendado para retirada de implantes em Lisfranc?
Geralmente após três meses, dependendo do tipo de material utilizado.
Como o acesso cirúrgico Hannover é utilizado em Lisfranc?
Realiza-se um único acesso longitudinal para abordar múltiplas articulações do mediopé.
Quais são os resultados esperados do tratamento conservador em Lisfranc?
Bom controle da dor e retorno funcional adequado em casos sem instabilidade significativa.
Quais são as limitações da tomografia computadorizada em Lisfranc?
Não avalia completamente as lesões ligamentares; idealmente complementada pela ressonância magnética.
Como é realizado o acompanhamento pós-operatório em Lisfranc?
Radiografias seriadas, monitoramento da consolidação e avaliação clínica da funcionalidade.
Qual é a abordagem para fraturas crônicas de Lisfranc (>6 semanas)?
Artrodese primária devido ao risco de deformidades e instabilidade persistente.
Como prevenir complicações tardias em fraturas de Lisfranc?
Garantindo redução anatômica, reabilitação adequada e monitoramento regular.
Quando o uso de fixação externa é indicado em Lisfranc?
Em casos de lesões expostas ou partes moles comprometidas.
Quais são os critérios para liberação gradual de carga em Lisfranc?
Consolidado radiograficamente, estabilidade clínica e ausência de dor significativa.
Como o “sinal da vela” aparece em radiografias?
Indica avulsão ligamentar, sendo visível como um fragmento ósseo na base do 2º metatarso.
Quais são as diferenças entre a classificação de Myerson tipos A e C?
Tipo A envolve incongruência completa, enquanto tipo C envolve padrão divergente com desvios em direções opostas.
Qual é a importância da biomecânica do cuboide na estabilidade lateral do mediopé?
Atua como pivô de suporte, estabilizando as forças de carga lateral durante a marcha.
Quando a mobilização precoce é indicada no tratamento de Lisfranc?
Em casos de tratamento conservador bem-sucedido, após 6 semanas de imobilização inicial.
Quais técnicas minimamente invasivas são utilizadas em Lisfranc?
Uso de parafusos canulados e guias de redução percutânea.
Qual é o impacto funcional de falhas de tratamento em Lisfranc?
Dor crônica, limitação de marcha, artrose precoce e instabilidade permanente do mediopé.
Como a análise da marcha auxilia no pós-operatório de Lisfranc?
Identifica desequilíbrios e adaptações, permitindo ajustes na reabilitação e na biomecânica funcional.
O que é o arco transverso do pé na articulação Lisfranc?
É formado pelos cuneiformes e cuboides, fornecendo suporte estrutural ao mediopé no plano frontal.
Qual é a função do navicular na coluna medial do pé?
Atua como o principal elemento estabilizador da coluna medial, com maior mobilidade na articulação talonavicular.
Qual é a função do cuboide na coluna lateral do pé?
Fornece suporte estrutural e estabilidade, com maior mobilidade na articulação cuboide-5º metatarso.
Por que os ligamentos plantares são mais fortes na articulação Lisfranc?
Garantem maior estabilidade estrutural em comparação aos ligamentos dorsais.
Qual é a importância do ligamento de Lisfranc?
Conecta o cuneiforme medial ao segundo metatarso, sendo fundamental para a estabilidade da articulação.
Qual é o impacto de uma lesão no ligamento de Lisfranc?
Pode levar à instabilidade tarsometatarsal, deformidades e dor crônica no mediopé.
Quais são as lesões associadas mais frequentes em Lisfranc?
Fraturas do cuboide (síndrome do quebra-nozes), navicular e cuneiformes.
Qual é o percentual de fraturas expostas em lesões de Lisfranc?
Cerca de 12%, frequentemente associadas a traumas de alta energia.
Qual é o mecanismo de lesão mais comum associado a Lisfranc?
Carga axial no antepé com hiperflexão plantar, resultando em lesões ligamentares dorsais e plantares.
Qual é o padrão de desvio mais comum em lesões de Lisfranc?
Deslocamento dorsal dos metatarsos, encontrado em 97% dos casos.
O que caracteriza o sinal de Ross em lesões de Lisfranc?
Presença de equimose plantar, indicando ruptura ligamentar no mediopé.
Como a manobra de Myerson-Cerrato é realizada?
Aplica-se abdução e eversão no mediopé para avaliar instabilidade na articulação Lisfranc.
Por que a radiografia com carga é preferida no diagnóstico de Lisfranc?
Permite identificar instabilidade ligamentar e desalinhamentos que não são visíveis sem carga.
O que caracteriza o “sinal da vela” em Lisfranc?
Fragmento ósseo avulsionado na base do 2º metatarso devido à ruptura do ligamento de Lisfranc.
Qual é a indicação principal para uso de tomografia em Lisfranc?
Avaliar fraturas complexas ou padrões de fragmentação óssea.
Qual é o benefício da ressonância magnética em Lisfranc?
Identificar lesões ligamentares que podem não ser visíveis em radiografias ou tomografias.
Quais são os três padrões de lesão descritos por Quenu e Kuss?
Homolateral, isolada e divergente, dependendo do deslocamento dos metatarsos.
O que diferencia a classificação de Myerson tipo A da tipo B?
Tipo A envolve incongruência completa, enquanto tipo B é caracterizada por incongruência parcial.
Quando o tratamento conservador é indicado em Lisfranc?
Apenas em casos sem instabilidade no RX com carga e com deslocamento menor que 2 mm.
Como o tratamento conservador é realizado em Lisfranc?
Imobilização sem apoio por 6 semanas, seguida de radiografias seriadas e retorno gradual às atividades.
Quais são as indicações para artrodese primária em Lisfranc?
Fraturas graves com cominuição >50% ou lesões crônicas (>6 semanas).
Por que a artrodese na coluna lateral é evitada?
A coluna lateral é essencial para a mobilidade durante a marcha; fixa-se temporariamente com fio de Kirschner.
Qual é o papel da fixação intercunha no tratamento cirúrgico de Lisfranc?
Restaura a estabilidade entre os ossos cuneiformes, essencial para o arco transverso do mediopé.
Quando a fixação externa é indicada no tratamento de Lisfranc?
Em casos de lesões expostas ou comprometimento significativo das partes moles.
Qual é a taxa de artrose pós-traumática em Lisfranc sem redução anatômica?
Aproximadamente 60%.
O que caracteriza o padrão divergente de Myerson tipo C?
O 1º raio desvia medialmente enquanto os raios menores desviam lateralmente.
Como é realizada a redução aberta em Lisfranc?
Por meio de acessos intermetatarsais, tração axial no raio afetado e fixação com placas e parafusos.
Quais complicações podem surgir em casos crônicos de Lisfranc?
Instabilidade persistente, artrose precoce e deformidades do mediopé.
Qual é o impacto funcional de falhas de tratamento em Lisfranc?
Resultam em dor crônica, limitação da marcha e alterações biomecânicas permanentes.
Como prevenir metatarsalgia de transferência em Lisfranc?
Garantindo alinhamento anatômico e reabilitação funcional adequada.
Qual é a abordagem inicial para fraturas expostas de Lisfranc?
Desbridamento, irrigação e estabilização provisória com fixação externa.
Como o acesso cirúrgico de Hannover é utilizado em Lisfranc?
Permite abordar múltiplas articulações do mediopé por meio de uma única incisão longitudinal.
Qual é a principal causa de falha no tratamento conservador em Lisfranc?
Desalinhamento ou instabilidade não detectados inicialmente.
Quando a mobilização precoce é recomendada no tratamento de Lisfranc?
Após 6 semanas de imobilização, em casos tratados conservadoramente sem instabilidade significativa.
Qual é a importância do arco transverso do pé em Lisfranc?
Suporta cargas dinâmicas e estabiliza o mediopé durante a marcha.
Quais são os sinais clínicos de síndrome compartimental no mediopé?
Dor desproporcional, tensão palpável e parestesia, necessitando intervenção imediata.
Quando a retirada de implantes é indicada após tratamento cirúrgico em Lisfranc?
Geralmente após 3 meses, dependendo do tipo de fixação utilizada.
Qual é o impacto biomecânico das fraturas-luxações de Lisfranc no longo prazo?
Alteram a distribuição de carga no pé, levando a dor crônica e instabilidade funcional.
O que diferencia as fraturas de Lisfranc de entorses severas?
Fraturas apresentam desalinhamento radiográfico e sinais como o “sinal da vela”.
Qual é o papel das órteses no pós-operatório de Lisfranc?
Proporcionam suporte ao mediopé, melhorando a distribuição de peso e prevenindo recidivas.
Como garantir bons resultados funcionais após tratamento de Lisfranc?
Redução anatômica, reabilitação precoce e acompanhamento regular para detectar complicações.
Qual é o tempo médio de recuperação para retorno ao esporte após tratamento de Lisfranc?
De 6 a 12 meses, dependendo da gravidade da lesão e do sucesso da reabilitação.
Como a análise biomecânica auxilia na reabilitação pós-Lisfranc?
Identifica padrões anormais de marcha, permitindo ajustes específicos no tratamento funcional.
Quais fatores determinam o prognóstico em Lisfranc?
Gravidade da lesão, redução anatômica e adesão à reabilitação.
Quais são os critérios para artroplastia em lesões crônicas de Lisfranc?
Dor intratável e falha de tratamentos conservadores e cirúrgicos prévios.