Fratura do pilão tibial Flashcards
O que é uma fratura do pilão tibial?
É uma fratura da extremidade distal da tíbia, frequentemente envolvendo a superfície articular tibiotalar.
Qual é a principal causa das fraturas do pilão tibial?
Traumas de alta energia, como acidentes de trânsito ou quedas de altura.
Quais são as estruturas ósseas envolvidas nas fraturas do pilão tibial?
A metáfise distal da tíbia, frequentemente com extensão para a articulação tibiotalar.
Quais são os tipos principais de fraturas do pilão tibial?
Fraturas intra-articulares, extra-articulares e fraturas cominutivas.
Como as fraturas do pilão tibial diferem das fraturas do tornozelo?
Envolvem frequentemente a superfície articular e resultam de traumas de maior energia.
Qual é a fisiopatologia básica das fraturas do pilão tibial?
Forças de compressão axial causam fragmentação óssea e lesão articular significativa.
Quais são os fatores de risco para fraturas do pilão tibial?
Trauma de alta energia, osteoporose e esportes de impacto.
Quais são os sintomas típicos de uma fratura do pilão tibial?
Dor intensa, edema significativo, deformidade e incapacidade de suportar peso no membro afetado.
Como a avaliação neurovascular é conduzida em fraturas do pilão tibial?
Verifica pulsos distais, perfusão e sensibilidade para identificar lesões vasculares ou nervosas associadas.
Qual é a importância da classificação de Rüedi-Allgöwer nas fraturas do pilão tibial?
Classifica as fraturas em três tipos com base na gravidade do deslocamento articular e da fragmentação óssea.
O que caracteriza uma fratura de Rüedi-Allgöwer tipo I?
Fratura com deslocamento mínimo e alinhamento articular preservado.
O que caracteriza uma fratura de Rüedi-Allgöwer tipo II?
Fratura com desalinhamento articular, mas sem cominuição significativa.
O que caracteriza uma fratura de Rüedi-Allgöwer tipo III?
Fratura com desalinhamento articular e fragmentação significativa, muitas vezes associada a partes moles comprometidas.
Como as radiografias são utilizadas no diagnóstico?
Avaliam o padrão da fratura, extensão articular e presença de deslocamento ou fragmentação.
Quando a tomografia computadorizada (TC) é indicada em fraturas do pilão tibial?
Em fraturas complexas ou intra-articulares para planejamento cirúrgico detalhado.
Quais são os principais objetivos do tratamento dessas fraturas?
Restaurar a congruência articular, alinhar fragmentos ósseos e preservar a função do tornozelo.
Qual é o manejo inicial de fraturas do pilão tibial?
Estabilização do membro, controle de edema e avaliação neurovascular antes de intervenções definitivas.
Quando o tratamento conservador é indicado?
Em casos de fraturas estáveis, sem desalinhamento significativo ou em pacientes com alto risco cirúrgico.
Quais são as opções cirúrgicas para fraturas do pilão tibial?
Redução aberta e fixação interna (RAFI), fixação externa e, em alguns casos, artrodeses.
O que é a fixação externa em fraturas do pilão tibial?
Técnica que utiliza pinos e barras externas para estabilizar a fratura, frequentemente usada em traumas graves.
Qual é o papel da RAFI no tratamento dessas fraturas?
Restaura o alinhamento anatômico e a congruência articular, sendo a técnica preferida em casos com indicação cirúrgica.
Quais complicações estão associadas ao tratamento cirúrgico?
Infecção, má consolidação, necrose avascular e artrose pós-traumática.
Como a artrose pós-traumática pode ser prevenida?
Com alinhamento anatômico adequado, estabilização precisa e reabilitação precoce.
Quais são as principais complicações de fraturas não tratadas adequadamente?
Instabilidade articular, deformidades angulares e comprometimento funcional do tornozelo.
Qual é o papel da reabilitação após fraturas do pilão tibial?
Recuperar amplitude de movimento, força muscular e função articular para evitar rigidez e atrofia.
Quais são as indicações de tratamento conservador para fraturas do pilão tibial?
Fraturas estáveis, sem desalinhamento articular significativo e em pacientes com alto risco cirúrgico.
Como é realizada a imobilização no tratamento conservador?
Utiliza-se gesso ou bota ortopédica, com acompanhamento radiográfico regular para monitorar o alinhamento.
Quando a carga é permitida em casos tratados conservadoramente?
Geralmente após 8-12 semanas, dependendo da consolidação óssea confirmada por exames de imagem.
Quais são os sinais de má consolidação em fraturas do pilão tibial?
Desalinhamento articular, deformidade angular e dor persistente.
O que é a redução aberta e fixação interna (RAFI) nas fraturas do pilão tibial?
Procedimento cirúrgico para reposicionar os fragmentos ósseos e estabilizá-los com placas e parafusos.
Quando a fixação externa é preferida no tratamento?
Em fraturas expostas, lesões graves de partes moles ou como estabilização temporária em traumas complexos.
Qual é o impacto de fraturas do pilão tibial na função articular a longo prazo?
Alta incidência de rigidez articular, artrose pós-traumática e limitações na mobilidade.
Como a tomografia computadorizada auxilia no planejamento cirúrgico?
Fornece detalhes precisos sobre o padrão da fratura, fragmentação e desalinhamento articular.
Qual é o papel da artroscopia no manejo de fraturas do pilão tibial?
Identifica lesões intra-articulares associadas e auxilia na redução articular durante a cirurgia.
Quais são as complicações mais comuns associadas à fixação interna?
Infecção, falha da fixação, necrose avascular e pseudoartrose.
Quando a artrodese é considerada em fraturas do pilão tibial?
Em casos de artrose pós-traumática grave ou falha de outros tratamentos para restaurar a função articular.
Como a instabilidade articular é manejada em fraturas do pilão tibial?
Com estabilização cirúrgica precisa e reabilitação adequada para evitar desalinhamento crônico.
Quais fatores influenciam o prognóstico de fraturas do pilão tibial?
Gravidade da fratura, qualidade da redução cirúrgica e adesão à reabilitação pós-tratamento.
Como prevenir a artrose pós-traumática em fraturas do pilão tibial?
Restauração anatômica da superfície articular e mobilização precoce controlada.
Quais são os critérios para decidir entre fixação interna e externa?
Estado das partes moles, padrão da fratura, presença de contaminação e condições clínicas do paciente.
Qual é o tempo médio de recuperação para fraturas do pilão tibial tratadas cirurgicamente?
De 3 a 6 meses para retorno gradual às atividades, dependendo da complexidade da fratura e reabilitação.
O que são fraturas cominutivas e como são tratadas?
Fraturas com múltiplos fragmentos ósseos, frequentemente tratadas com fixação interna ou externa combinada.
Como as fraturas abertas do pilão tibial são manejadas inicialmente?
Desbridamento, irrigação, estabilização com fixador externo e antibióticos para prevenir infecção.
Qual é a importância da redução anatômica em fraturas articulares?
Garante congruência articular, reduz o risco de artrose e melhora o prognóstico funcional.
Quando a carga é permitida após tratamento cirúrgico?
Geralmente entre 10 e 12 semanas, dependendo da estabilidade da fixação e da consolidação óssea.
Qual é o papel da fisioterapia na recuperação funcional?
Ajuda a recuperar a amplitude de movimento, força muscular e prevenir rigidez articular.
Como a rigidez articular pode ser evitada após tratamento de fraturas do pilão tibial?
Com mobilização precoce, exercícios de alongamento e terapia física intensiva.
Quais são os sinais de infecção pós-cirúrgica?
Eritema, dor intensa, secreção purulenta e febre.
Como a pseudoartrose é manejada em fraturas do pilão tibial?
Pode requerer enxerto ósseo, revisão da fixação ou, em casos graves, artrodese.
Por que as fraturas do pilão tibial são consideradas desafiadoras para o manejo?
Devido à complexidade anatômica, alta energia envolvida no trauma e complicações associadas a partes moles.
O que diferencia as fraturas do pilão tibial de outras fraturas do tornozelo?
As fraturas do pilão tibial frequentemente envolvem compressão axial e comprometem a superfície articular.
Quais são os desafios no tratamento de fraturas do pilão tibial em pacientes idosos?
Osteoporose, maior fragilidade óssea e maior risco de complicações pós-operatórias.
Como as fraturas bilaterais do pilão tibial são manejadas?
Estabilização inicial de ambos os lados, priorizando a redução da fratura mais grave e considerando o estado geral do paciente.
Quando é indicada a troca de fixação externa para interna em fraturas do pilão tibial?
Após estabilização das partes moles e redução do edema, geralmente dentro de 10-14 dias.
Quais são os sinais clínicos de síndrome compartimental em fraturas do pilão tibial?
Dor intensa desproporcional, parestesia, tensão muscular e redução ou ausência de pulsos distais.
Como a síndrome compartimental associada a fraturas do pilão tibial é tratada?
Com fasciotomia imediata para aliviar a pressão e prevenir necrose muscular e nervosa.
Qual é o papel do enxerto ósseo no tratamento de fraturas do pilão tibial?
É usado para preencher defeitos ósseos e promover a consolidação em fraturas complexas.
Quais são os critérios de sucesso no tratamento cirúrgico?
Redução anatômica, estabilidade da fixação, preservação das partes moles e reabilitação eficaz.
Quando a amputação é considerada em fraturas do pilão tibial?
Em casos de fraturas irreparáveis com lesões graves de partes moles, infecção não controlada ou isquemia crítica.
Qual é a importância das radiografias de acompanhamento no pós-operatório?
Verificar a consolidação óssea, alinhamento articular e detecção precoce de complicações, como má consolidação.
Quais fatores podem levar à falha da fixação interna?
Osteoporose, má qualidade óssea, carga precoce e técnica cirúrgica inadequada.
Como as fraturas expostas do pilão tibial impactam o prognóstico?
Aumentam o risco de infecção, retardo na cicatrização e necessidade de múltiplas intervenções cirúrgicas.
Quais cuidados pré-operatórios são essenciais em fraturas complexas?
Controle do edema, avaliação neurovascular e planejamento detalhado com TC.
O que é redução em dois estágios no manejo dessas fraturas?
Primeira etapa com fixação externa temporária para estabilizar a fratura e segunda etapa com fixação interna definitiva após controle do edema.
Como a dor crônica pode ser manejada após fraturas do pilão tibial?
Uso de medicamentos, fisioterapia contínua e, em casos graves, procedimentos como artrodese ou artroplastia.
Qual é a taxa de incidência de artrose após fraturas do pilão tibial?
Até 50% dos casos, dependendo do grau de comprometimento articular e da qualidade do tratamento.
Como as fraturas do pilão tibial podem ser prevenidas em trabalhadores de risco?
Uso de equipamentos de segurança, como botas reforçadas, e treinamento em técnicas de trabalho seguro.
Qual é a relevância da congruência articular no resultado funcional?
Superfícies articulares congruentes reduzem o risco de artrose e promovem melhor mobilidade a longo prazo.
Quais são os fatores prognósticos negativos em fraturas do pilão tibial?
Fraturas cominutivas, lesões abertas, idade avançada, má qualidade óssea e complicações pós-operatórias.
Como o estado das partes moles afeta o tratamento?
Lesões extensas podem atrasar a cirurgia definitiva e aumentar o risco de complicações, como infecção.
Qual é o impacto de traumas de alta energia no prognóstico?
Estão associados a maior dano articular, lesões de partes moles e maior complexidade no tratamento.
Como o retorno às atividades normais é planejado após fraturas do pilão tibial?
Progressão gradual baseada na consolidação óssea, força muscular e amplitude de movimento, com supervisão fisioterapêutica.
Quais são os principais avanços no manejo dessas fraturas?
Técnicas minimamente invasivas, uso de fixadores híbridos e sistemas de placas anatômicas.
Qual é a taxa de sucesso do tratamento cirúrgico em fraturas do pilão tibial?
Cerca de 80-90% em casos tratados adequadamente, dependendo da complexidade da fratura e da reabilitação.
Por que as fraturas do pilão tibial são consideradas lesões desafiadoras?
Devido ao envolvimento articular, alto risco de complicações e impacto significativo na funcionalidade do tornozelo.
O que é o pilão tibial?
É a superfície de carga da tíbia distal, composta pelo teto tibial que articula com o tálus.
Qual porcentagem da carga do membro inferior é transmitida pela articulação tibiotalar?
Cerca de 80%.
Quais são os principais tubérculos associados ao pilão tibial?
Tillaux-Chaput (anterolateral) e Volkman (posterolateral).
Onde se originam as fibras superficiais do ligamento deltoide?
No colículo anterior do maléolo medial.
Qual é o formato anatômico da face articular do pilão tibial?
Em paralelogramo, mais largo anteriormente e com inclinação distal posterior.
Qual é a extensão da cápsula articular proximal ao pilão tibial?
Cerca de 1 cm.
Quais são os principais feixes vasculonervosos na região do pilão tibial?
Feixe anterior (artéria tibial anterior e nervo fibular profundo) e feixe posterior (artéria tibial posterior e nervo tibial).
Qual é a incidência de fraturas do pilão tibial entre as fraturas do membro inferior?
Cerca de 10%.
Qual é o mecanismo de trauma mais comum nas fraturas do pilão tibial?
Trauma axial de alta energia, como queda de altura ou acidentes de trânsito.
Quais são os padrões de fratura associados ao posicionamento do pé durante o impacto?
Pé neutro: fraturas centrais; Pé em extensão: fraturas anteriores; Pé em flexão: fraturas posteriores.
Quais lesões associadas são mais frequentes em fraturas do pilão tibial?
Lesões osteocondrais do tálus, fraturas da fíbula e lesões de partes moles.
Qual é a taxa de fraturas expostas em traumas de alta energia no pilão tibial?
Significativamente maior que a média de 6%.
O que avalia a classificação de Tcherne para partes moles?
Grau de dano tecidual em fraturas fechadas (graus 0 a 3) ou abertas (graus 1 a 4).
Quais são os fragmentos ósseos mais comuns em fraturas do pilão tibial?
Tillaux-Chaput (anterolateral), Volkman (posterolateral) e maléolo medial.
Qual é o papel da fíbula na estabilidade do pilão tibial?
Auxilia na redução da tíbia distal e na posição final do tálus na articulação.
Quais são os tipos de fratura segundo a classificação de Rüedi-Allgower?
Tipo 1: sem desvio; Tipo 2: com desvio sem cominuição; Tipo 3: com desvio e cominuição.
Como a classificação AO subdivide as fraturas do pilão tibial?
Em tipos A (extra-articulares), B (articulares parciais) e C (articulares totais).
Quando o tratamento conservador é indicado no pilão tibial?
Em fraturas sem desvio ou em pacientes sem condições cirúrgicas.
Qual é o tempo recomendado de imobilização no tratamento conservador?
De 6 a 12 semanas, seguido de apoio parcial e exercícios de mobilidade.
Qual é o sinal clínico que indica melhora das partes moles para RAFI?
Presença do sinal da ruga, que indica resolução do edema tecidual.
Quais são os princípios da RAFI em fraturas do pilão tibial?
Redução da fíbula, restauração da superfície articular, preenchimento do defeito metafisário e fixação estável.
Qual é a distância mínima entre acessos cirúrgicos na RAFI?
Pelo menos 7 cm, para preservar a ponte de pele entre as incisões.
Quais são as indicações para uso de fixador externo definitivo?
Em pacientes com más condições clínicas ou partes moles comprometidas.
Qual é a taxa de artrose pós-traumática em fraturas do pilão tibial?
Até 50%, frequentemente nos primeiros dois anos após a lesão.
Qual é a principal complicação relacionada às partes moles no pilão tibial?
Necrose cutânea, especialmente em abordagens cirúrgicas extensas.
Como a fíbula é frequentemente fraturada em traumas axiais de alta energia?
Em padrão cominutivo com desvio em valgo.
Qual é o impacto de uma má redução articular no pilão tibial?
Aumenta o risco de artrose precoce e consolidação viciosa.
Qual é o principal objetivo do estágio inicial da RAFI por estágios?
Estabilizar a fíbula e reduzir temporariamente a tíbia distal com fixador externo.
Quando a artrodese é indicada no pilão tibial?
Em casos de artrose grave ou fraturas irreparáveis com deformidades.
Quais são as vantagens do tratamento cirúrgico por estágios?
Permite melhor planejamento e redução dos riscos associados a condições precárias de partes moles.
O que caracteriza o padrão cisalhamento na classificação AO tipo B?
Fratura articular parcial em plano coronal ou sagital, com ou sem depressão.
Qual é a diferença entre fraturas AO tipo A3 e C3?
A3: extra-articulares fragmentadas; C3: articulares totais e fragmentadas.
Quais são as complicações mais comuns nas fraturas do pilão tibial?
Necrose de pele, pseudoartrose, consolidação viciosa e artrose pós-traumática.
Qual é o tratamento padrão para fraturas Rüedi-Allgower tipo 2 e 3?
Redução anatômica com RAFI, respeitando as condições das partes moles.
Como é realizado o preenchimento de defeitos metafisários no pilão tibial?
Uso de enxertos ósseos ou substitutos ósseos para restaurar a congruência e a estabilidade.
Qual é o prognóstico de fraturas com lesões osteocondrais do tálus?
Geralmente reservado, com maior risco de artrose precoce.
Qual é a abordagem cirúrgica mais comum para RAFI do pilão tibial?
Abordagem anteromedial, frequentemente combinada com anterolateral ou lateral.
Quando o apoio total é retomado após tratamento cirúrgico?
Após consolidação radiográfica, geralmente entre 12 e 16 semanas.
Qual é o impacto funcional da consolidação viciosa metafisária no pilão tibial?
Pode causar desalinhamento, limitação de movimento e sobrecarga articular.
Como prevenir complicações tardias nas fraturas do pilão tibial?
Realizar redução anatômica, estabilização adequada e acompanhamento regular.
Quais são os desafios na redução de fraturas cominutas no pilão tibial?
Garantir alinhamento articular e reconstruir a metafisária com estabilidade suficiente.
O que diferencia fraturas do pilão tibial de fraturas maleolares?
As fraturas do pilão envolvem a superfície articular da tíbia distal e geralmente resultam de trauma de alta energia.
Qual é o papel da tomografia no planejamento de fraturas do pilão tibial?
Fornece imagens detalhadas para avaliar a extensão da fratura e guiar a estratégia de fixação.
Como o trauma axial afeta a articulação tibiotalar no pilão tibial?
Pode causar colapso articular e lesões osteocondrais no tálus.
Quais são os benefícios do uso de fixadores externos temporários?
Reduzem o edema, estabilizam a fratura e melhoram as condições para uma cirurgia definitiva.