FRATURA DOS OSSOS DO CARPO Flashcards

1
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Epidemiologia:
A
  • Pacientes jovens e ativos (35 a 40 anos)
  • Homens > mulheres
  • Lesões incomuns
  • 2,8% de todas as fraturas
  • Escafóide + piramidal representam cerca de 90%
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2
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Anatomia óssea:
A
  • Fileira proximal:
    • Escafóide
    • Semilunar
    • Piramidal
    • Pissiforme (não faz parte da biomecânica do punho)
  • Fileira distal:
    • Trapézio
    • Trapezóide
    • Captato
    • Hamato
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3
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Quais os ligamentos extrínsecos palmares do carpo?
A
  • Partem do antebraço em direção ao capo
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4
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Qual a importância do ligamento extrínseco palmar radioescafocapitato?
A
  • Importante estabilizador secundário do punho
  • Funciona como ponto de fulcro na região volar do escafóide → favorece fraturas do escafóide
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Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Quais os ligamentos extrínsecos dorsais do carpo?
A
  • Partem do antebraço em direção ao capo
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6
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Quais os ligamentos intrínsecos palmares do carpo?
A
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7
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Quais os ligamentos intrínsecos dorsais do carpo?
A
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8
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Quais as principais artérias nutridoras do carpo (3)?
A
  • Artéria radial
  • Artéria ulnar
  • Arco palmar profundo
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9
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Inervação dos osso do carpo (2):
A
  • NIA (ramo do n. mediano)
  • NIP (ramo do n. radial)
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10
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • Em relação a biomecânica, como se dá a movimentação dos ossos do carpo?
A
  • Em dois planos
    • Articulação do rádio + ulna + fileira proximal → extensão e desvio ulnar
    • Articulação da fileira proximal + fileira distal → flexão + desvio radial
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11
Q

Fratura dos ossos do carpo

  • lesões associadas:

7% dos casos

A
  • Fratura do rádio proximal / distal (90%)
  • Fraturas múltiplas do carpo (7%)
  • Fraturas-luxações perilunares (50%)
  • Fraturas do escafóide (90%)
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12
Q

Fratura do escafóide

  • Anatomia:
A
  • 45° de angulação (AP e perfil)
  • Articula com 5 ossos
  • 80% da superfície é coberto por cartilagem
  • Vascularização retrógrada
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13
Q

Fratura do escafóide

  • Quais os acidentes anatômicos do osso escafóide?
A
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14
Q

Fratura do escafóide

  • Como é a vascularização?
A
  • Retrógrada
    • Ramo dorsal da artéria radial (80%)
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15
Q

Fratura do escafóide

  • Epidemiologia:
A
  • 10% das fraturas da mão
  • 60 a 80% de todas as fraturas do carpo
  • Homens > mulheres (2,5:1)
  • 25 a 35 anos
  • 30 a 40% não são diagnosticadas
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16
Q

Fratura do escafóide

  • Mecanismo de trauma:
A
  • Queda da própria altura
  • Punho em hiperextensão (> 95°) + desvio radial (> 10°)
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17
Q

Fratura do escafóide

  • Lesões associadas:
A
  • 10% dos casos
  • Fraturas do rádio proximal (mais comum)
  • fraturas do rádio distal
  • Luxações transescafoperilunares
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18
Q

Fratura do escafóide

  • Qual a lesão associada mais comum?
A
  • Fratura do rádio proximal
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19
Q

Fratura do escafóide

  • Quadro clínico:
A
  • Sinais cardinais
  • Dor na tabaqueira anatômica (sensibilidade de 87 a 100%)
  • Dor na compressão axial do polegar (pistonagem)
  • Dor na região da tuberosidade do escafóide (região tenar)
  • Dor ao desvio radial e ulnar
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20
Q

Fratura do escafóide

  • Quais incidências radiográficas solicitar?
A
  • AP
  • Perfil
  • Oblíquas
  • AP com desvio ulnar
  • AP com punho fechado
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21
Q

Fratura do escafóide

  • Além da radiografia, quais outros exames de imagem podem ser solicitados?
A
  • Tomografia computadorizada
  • Ressonância magnética (melhor exame para diagnosticar fraturas ocultas)
    • 100% de sensibilidade e 100% de especificidade
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22
Q

Fratura do escafóide

  • Quais as principais classificações (4)?
A
  • Classificação de Russe (Trojan e Jahna) (3)
  • Classificação AO
  • Classificação de Mayo (critérios de instabilidade) (7)
  • Classificação de Hebert-Fisher (4)
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23
Q

Fratura do escafóide

  • Classificação de Russe (Trojan e Jahna) (3):

Descritiva
Leva em consideração o traço de fratura

A
  • Traço horizontal oblíquo
  • Traço transverso
  • Traço vertical oblíquo
24
Q

Fratura do escafóide

  • Classificação AO = anatômica:
A
  • 72 A → avulsão
  • 72 B → simples
  • 72 C → cominutiva
  • Diferenciais
    • a → polo proximal
    • b → colo
    • c → polo distal

Pouco utilizada

25
Q

Fratura do escafóide

  • Classificação de Mayo (critérios de instabilidade) (7):
A
  • > 1 mm de desvio
  • Perda óssea ou cominuição
  • Ângulo intraescafóide > 35°
  • Fraturas do polo proximal
  • Consolidação viciosa
  • DISI
  • Fratura- luxação perilunar
26
Q

Fratura do escafóide

  • Classificação de Hebert-Fisher (4):
A
  • Tipo A → fraturas agudas estáveis
    • A1 → tuberosidade
    • A2 → colo (sem desvio)
  • Tipo B → fraturas agudas instáveis
    • B1 → oblíqua do 1/3 distal
    • B2 → colo (com desvio)
    • B3 → polo proximal
    • B4 → fratura- luxação
    • B5 → cominuídas
  • Tipo C → retardo de consolidação (até 6 semanas)
  • Tipo D → pseudoartrose (PSA)
    • D1 → não-união fibrosa
    • D2 → não-união esclerótica (PSA propriamente dita)
27
Q

Fratura do escafóide

  • Quais as indicações de tratamento conservador?
A
  • Fraturas da tuberosidade
  • Fraturas agudas do colo sem desvio
  • Comorbidades que impossibilitem cirurgia
  • Fraturas pediátricas
28
Q

Fratura do escafóide

  • No tratamento conservador de fraturas diagnosticadas por TC/RNM, qual deve ser o tempo de imobilização?
A
  • 6 semanas
29
Q

Fratura do escafóide

  • Em unidade de emergência que não disponha de TC, qual deve ser a conduta em caso de RX normal com alta suspeição clínica?
A
  • Imobilização e reavaliação após 10 a 14 dias
30
Q

Fratura do escafóide

  • Como deve ser o segmento do tratamento conservador de fraturas do colo sem desvio?
A
  • Imobilização por 2 semanas → sem desvio → manter imobilização por por 6 a 8 semanas (total)
  • Imobilização por 2 semanas → desvio → tratamento cirúrgico
31
Q

Fratura do escafóide

  • Quais as indicações de tratamento cirúrgico?
A
  • Fraturas sem desvio em pacientes atletas
  • Fraturas instáveis / com desvio
  • Fraturas do polo proximal
32
Q

Fratura do escafóide

  • Quais as opções para tratamento cirúrgico?
A
  • Percutâneo (volar ou dorsal)
  • RAFI (volar ou dorsal)
    • Auxílio por artroscopia
33
Q

Fratura do escafóide

  • Quais as principais complicações (3)?
A
  • Consolidação viciosa
  • Pseudoartrose
  • Necrose avascular
34
Q

Fratura do escafóide

  • Qual a prevalência de necrose do polo proximal?
A
  • Em torno de 35% dos casos
35
Q

Fratura do escafóide

  • Qual o tipo mais comum de consolidação viciosa?
A
  • Deformidade em corcova (hump back)

Deformidade com angulação dorsal

36
Q

Fratura do escafóide

  • O paciente que evolui com consolidação viciosa pode apresentar quais sintomas?
A
  • Dor no punho
  • Déficit em extensão do punho
  • Déficit de força de preensão
37
Q

Fratura do escafóide

  • Qual o critério para tratamento de consolidação viciosa?
A
  • Presença de sintomas
38
Q

Fratura do escafóide

  • Quais os critérios para avaliação da consolidação viciosa?
A
  • Ângulo intraescafóide lateral > 35° → consolidação viciosa
  • Razão altura/comprimento > 0,65 → consolidação viciosa
39
Q

Fratura do escafóide

  • Qual o tratamento da consolidação viciosa?
A
  • Osteotomia corretiva
40
Q

Fratura do escafóide

  • Quanto tempo após a lesão pode-se confirmar o diagnóstico de pseudoartrose?
A
  • 6 a 12 meses
41
Q

Fratura do escafóide

  • O paciente que evolui com pseudoartrose pode apresentar quais sintomas?
A
  • Dor
  • Rigidez
  • Disfunção
42
Q

Fratura do escafóide

  • Qual a prevalência de fraturas do colo com evolução para pseudoartrose?
A
  • Em torno de 10%
43
Q

Fratura do escafóide

  • V ou F:
    • A pseudoartrose, se não tratada, pode evoluir com punho em SNAC (colapso avançado pela não-união do escafoide).
A
  • Verdadeiro
  • Artrose generalizada do carpo é o estágio final
44
Q

Fratura do escafóide

  • Classificação (estadiamento) de Watson e Ballet para pseudoartrose (SNAC) (4):
A
  • Estágio 1 → artrose no estiloide radial
  • Estágio 2 → artrose da fossa escafoide
  • Estágio 3 → artrose do capitolunato
  • Estágio 4 → artrose difusa do carpo
45
Q

Fratura do escafóide

  • Quais as opções para tratamento da pseudoartrose?
A
  • Fixação
    • Fio K / parafusos / placas
  • Fixação com enxerto não vascularizado
  • Fixação com enxerto vascularizado
46
Q

Fratura do escafóide

  • Passo-a-passo e indicação da técnica de Matti-Russe para fixação de enxerto não vascularizado em pseudoartrose:
A
  • Via de acesso volar (fugir da vascularização)
  • Incisão longitudinal 3-4 cm radial ao flexor radial do carpo
  • Abertura da cápsula e dos ligamentos volares
  • Cruentação do osso a ser reparado
  • Confecção de cavidade para o enxerto
  • Colocação de enxerto córtico-esponjoso da crista ilíaca, ulna proximal ou da metáfise proximal do rádio
  • Enxerto pode ou não ser fixado com Fio K
  • Indicada quando não existe reabsorção óssea significativa, nem instabilidade cárpica associada
47
Q

Fratura do escafóide

  • Passo-a-passo e indicação da técnica de Fisk-Fernadez para fixação com enxerto não vascularizado em pseudoartrose:
A
  • Via de acesso como na técnica de Matti-Russe
  • Cortes ósseos conforme planejamento pré-operatório
  • Se sinais de osteonecrose → perfurações de 1 mm
  • Correção da deformidade no local da osteotomia palmar-radial
  • Correção da posição dorsal do semilunar
  • Moldagem do enxerto de ilíaco
  • Fixação com fios de Kirschner 1.2 mm
  • Indicada nos caso em que há desvio dos fragmentos (deformidade com angulação dorsal ou hump back)
48
Q

Fratura do escafóide

  • Técnica de Zaiderberg para fixação com enxerto vascularizado em pseudoartrose:
A
  • Utiliza enxerto ósseo vascularizado com ramo da artéria radial (supra-retinacular intercompartimental)
49
Q

Fratura do escafóide

  • Técnica de Mathoulin para fixação com enxerto vascularizado em pseudoartrose:
A
  • Utiliza enxerto ósseo vascularizado com ramo da artéria radial
50
Q

Fratura do escafóide

  • Quais procedimentos de salvação para pseudoartrose podem ser utilizados?

Antes do colapso carpal (SNAC)

A
  • Escafoidectomia parcial ou total
  • Denervação
  • Carpectomia proximal
  • Artrodese carpal
  • Artrodese do punho (em casos mais avançados)
51
Q

Fratura do piramidal

  • Principais características:
A
  • Segunda fratura mais comum do carpo
  • Normalmente avulsão (90%) → lesões ligamentares
  • Hiperextensão + desvio ulnar → impacto do estilóide da ulna
  • Raramente lesão isolada, associado com luxação perilunar
  • Gesso 2-3 semanas
  • RAFI se fratura do corpo (instabilidade carpal)
52
Q

Fratura do semilunar

  • Principais características:
A
  • < 1% das fraturas do carpo → maioria associada com luxações perilunares
  • Queda com hiperextensão do punho
  • Dor e aumento de volume
  • Desapercebidas → pode evoluir para doença de Kienbock
53
Q

Fratura do SEMilunar

  • Classificação de TeiSEN e Hjarback:

Leva em consideração a localização da fratura

A
  • Tipo 1 → fratura do polo palmar (volar)
  • Tipo 2 → fragmento osteocondral
  • Tipo 3 → fratura do polo dorsal
  • Tipo 4 → fratura no plano sagital
  • Tipo 5 → fratura do tipo transversa
54
Q

Fratura do captato

  • Principais características:
A
  • Frequência controvérsia → < 1%
  • Impacto direto → associada a outras fraturas
  • Síndrome escafocapitato (Fenton)
  • Carga axial, flexão/extensão forçada, trauma direto (queda)
  • Gesso, se não houver desvio
  • RAFI, se houver desvio
55
Q

Fratura do captato

  • O que é a Síndrome escafocapitato (Fenton)?
A
  • Trauma direto no estilóide radial fratura o escafoide e depois o capitato, podendo evoluir para luxação
  • O fragmento pode estar rodado 90° a 180º → sem redução = necrose avascular
56
Q

Fratura do hamato

  • Principais características:
A
  • Terceira mais comum (< 5%)
  • Normalmente do hâmulo - raquete, bastão, taco → impacto direto na palma
  • Pode comprimir o nervo ulnar no canal de Guyon
  • Tratamento conservador, se incomodar, ressecar
  • Desvio ± luxação ± lesão nervosa → RAFI ± descomprimir canal de Guyon