FRATURA DO RÁDIO DISTAL E + GALEAZZI + RÁDIO DISTAL EM CRIANÇAS Flashcards

1
Q

Fratura do rádio distal

  • Epidemiologia:
A
  • Fratura mais comum do membro superior
  • Distribuição bimodal
    • Pacientes jovens com trauma de alta energia
    • Pacientes idosos com trauma de baixa energia
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2
Q

Fratura do rádio distal

  • Fatores de risco (2):
A
  • Baixa densidade mineral óssea
  • Pacientes mais ativos
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Q

Fratura do rádio distal

  • Mecanismo de trauma:
A
  • Aspectos implicados:
    • Posição da mão
    • Qualidade óssea
    • Quantidade de energia
    • Tipo de movimento
  • Desvio dorsaltrauma em extensão do punho (40° a 90°) + pronação do antebraço
  • Desvio volartrauma em flexão do punho + pronação do antebraço
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4
Q

Fratura do rádio distal

  • Qual a lesão associada mais comum?
A
  • Lesão do complexo de fibrocartilagem triangular (CFCT) (32 a 82%)
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Q

Fratura do rádio distal

  • Qual a lesão ligamentar mais comum?
A
  • Lesão do ligamento escafolunar (12 a 30%)
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6
Q

Fratura do rádio distal

  • Radiografias:
A
  • AP + Perfil + Oblíqua
  • Skiline view (intra-operatório)
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7
Q

Fratura do rádio distal

  • Qual a utilidade da incidência Skiline view do punho?
A
  • Avaliar se os parafusos estão proeminentes na região dorsal do punho
  • Incidência tangencial dorsal ao punho
  • Realizado intra-operatório
  • Punho em flexão máxima
  • Ampola em 15° de inclinação
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8
Q

Fratura do rádio distal

  • Qual a importância da tomografia?
A
  • Avaliar fraturas articulares
  • Planejamento cirúrgico
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9
Q

Fratura do rádio distal

  • Qual a importância da RNM?
A
  • Não é muito utilizada no dia-a-dia, principalmente em traumas agudos
  • Importante para avaliar lesões ligamentares
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10
Q

Fratura do rádio distal

  • Quais os parâmetros avaliados em fraturas de rádio distal?
A
  • AP → altura radial (11 a 12 mm)
  • AP → inclinação radial (22° a 23°)
  • Perfil → inclinação (tilt) volar (11° a 12°)
  • AP → variância ulnar (+2 a -2)
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11
Q

Fratura do rádio distal

  • Altura radial:
A
  • Uma linha no eixo longo do rádio (no AP)
  • Uma linha perpendicular ao eixo longo do rádio passando pela estilóide do rádio
  • Uma linha perpendicular ao eixo longo do rádio passando pela superfície articular da ulna
  • A distância entre a estilóide do rádio e a face articular da ulna → 11-12 mm
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12
Q

Fratura do rádio distal

  • Inclinação radial:
A
  • Uma linha no eixo longo do rádio (no AP)
  • Uma linha perpendicular ao eixo longo do rádio passando pela face articular do rádio
  • Uma linha que passa da articulação radioulnar distal até a estilóide do rádio
  • O ângulo entre as duas últimas retas citadas varia de 22 a 23°
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13
Q

Fratura do rádio distal

  • Inclinação (Tilt) volar:
A
  • Uma linha no eixo longo do rádio (no perfil)
  • Uma linha que passa perpendicular à linha do eixo longo do rádio
  • Uma linha que passa na superfície dorsal e volar do rádio
  • O ângulo entre as duas últimas retas citadas varia de 11° a 12° para volar

O rádio já possui 11° de inclinação volar

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14
Q

Fratura do rádio distal

  • Variância ulnar:
A
  • Uma linha no eixo longo do rádio
  • Uma linha perpendicular ao eixo longo do rádio passando pela face articular do rádio
  • Uma linha perpendicular ao eixo longo do rádio passando pela face articular da ulna
  • A distância entre as duas últimas retas citadas varia de + 2 a - 2

Avalia se há ulna plus, minor ou neutra

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15
Q
  • Quais as principais classificações (4)?
A
  • Classificação AO
  • Classificação de Mayo (4)
  • Classificação de Fernandez (5) → principal
  • Classificação IDEAL (3)
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16
Q

Fratura do rádio distal

  • Classificação AO:
A
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17
Q

Fratura do rádio distal

  • Classificação de Mayo (4):

Para fraturas intra-articulares do rádio

A
  • Tipo I → extra-articular
  • Tipo II → traço de fratura na superfície entre o rádio e escafóide
  • Tipo III → traço de fratura na superfície entre o rádio e semilunar (“fratura de die-punch”)
  • Tipo IV → fratura cominuída articular
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18
Q

Fratura do rádio distal

  • Classificação de Fernandez (5):

Uma das mais clássicas
Leva em consideração o mecanismo do trauma

A
  • Tipo 1 → fratura por angulação
    • Desvio dorsal → Colles
    • Desvio volar → Smith
  • Tipo 2 → fratura por cisalhamento
    • Desvio dorsal → Barton
    • Desvio volar → Barton reverso
  • Tipo 3 → fratura por compressão
    • Die-Punch → afundamento da superfície entre o rádio e semilunar
  • Tipo 4 → por avulsão
    • Chauffeur → avulsão da estilóide do rádio
  • Tipo 5 → mecanismo combinado (mais comum)

DC - Dorsal - Colles
VS - Volar - Smith
DB - Dorsal - Barton
VB - Volar - Barton volar

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19
Q

Fratura do rádio distal

  • Representação das fraturas de Colles Vs Smith:
A
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20
Q

Fratura do rádio distal

  • Representação das fraturas de Colles, Smith e Barton:
A
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21
Q

Fratura do rádio distal

  • Qual o desvio das fraturas de Colles?
A
  • Dorsal
22
Q

Fratura do rádio distal

  • Qual o desvio das fraturas de Smith?
A
  • Volar
23
Q

Fratura do rádio distal

  • Representação das fraturas de Barton dorsal e volar:
A
24
Q

Fratura do rádio distal

  • Classificação IDEAL (3):

Minemônico que avalia 5 parâmetros

A
  • IIdade > de 60 anos soma 1 ponto
  • DDesvio (se precisar reduzir soma 1 ponto)
  • EEnergia (alta energia soma 1 ponto)
  • AArticular (fratura articular soma 1 ponto)
  • LLesões associadas (soma 1 ponto, se tiver)

IDEAL tipo I → estável - 0 a 1 ponto
IDEAL tipo II → potencialmente instável - 2 a 3 pontos
IDEAL tipo III → instável - 4 a 5 pontos

Cada critério pontua 0 ou 1

25
Q

Fratura do rádio distal

  • Critérios de La Fontaine (5):
A
  • Desvio para Dorsal > 20° (é o total - 11° volar já é o anatômico)
  • Fratura intra-Articular
  • Cominuição dorsal
  • Fratura associada da Ulna
  • Idade > 60 anos

DACU - 60

26
Q

Fratura do rádio distal

  • Critérios para tratamento conservador (4):
A
  • IDEAL tipo I (estável - 0 a 1 ponto)
  • Altura radial < 2 a 3 mm
  • Tilt volar - Neutro (0°)
  • Degrau articular (< 2 mm)
27
Q

Fratura do rádio distal

  • Critérios para tratamento cirúrgico:
A
  • Degrau articular > 2 mm
  • Encurtamento > 3 mm
  • Tilt dorsal > 10°
28
Q

Fratura do rádio distal

  • Quais as principais formas para o tratamento cirúrgico?
A
  • Redução fechada + fio K percutâneo (cuidado com N. sensitivo radial)
  • Redução Aberta com Fixação Interna (RAFI) volar
  • RAFI dorsal
  • Fixação externa
  • Spanning plate (“placa em ponte”)
29
Q

Fratura do rádio distal

  • Quais as principais características das fraturas da ulna em associação?
A
  • Bastante comuns
  • Reduzem com a fixação do rádio

Normalmente causadas por avulsão do complexo da fibrocartilagem

Indicada fixação quando não reduzir ou apresentar instabilidade (placas ou fios K)

30
Q

Fratura do rádio distal

  • Quais as principais complicações?
A
  • Lesão nervosa (síndrome do túnel do carpo aguda)
  • Lesão tendínea
    • Ruptura do extensor longo do polegar (no tratamento conservador)
    • Ruptura dos flexores (no tratamento cirúrgico → placa volar)
  • Consolidação viciosa (com alteração dos parâmetros)
  • Síndrome da dor regional complexa
    • Tratada profilaticamente com vitamina C (500 mg/dia por 50 dias)
31
Q

Fratura de Galeazzi

  • Definição:
A
  • Fratura isolada da diáfise do rádio + luxação da Articulação Radioulnar Distal (ARUD)
32
Q

Fratura de Galeazzi

  • Pode haver fratura de Galeazzi em crianças?
A
  • Sim (raro)
  • O que acontece normalmente é uma variante da fratura de Galeazzi, em que o paciente tem fratura do rádio e lesão fisária na articulação da ulna distal
33
Q

Fratura de Galeazzi

  • Mecanismo de trauma (2):
A
  • Carga axial com antebraço hiperpronado → luxação dorsal da ulna (mais comum)
  • Carga axial com antebraço hipersupinado → luxação volar da ulna (raro)
34
Q

Fratura de Galeazzi

  • O que avaliar nas radiografias para suspeitar de fratura de Galeazzi?
A
  • Fratura na base na estilóide ulnar → indica lesão na ARUD
  • Alargamento da ARUD no AP
  • Luxação da ulna no perfil (mais comum para dorsal)
  • > 5 mm de encurtamento do rádio em relação à ulna
35
Q

Fratura de Galeazzi

  • Classificação de Rettig e Raskin (2):
A
  • Tipo 1 → fratura com menos de 7,5 cm da superfície articular → mais instável, indicativo de fixar a ARUD!!
  • Tipo 2 → fratura com mais de 7,5 cm da superfície articular
36
Q

Fratura de Galeazzi

  • Tratamento:

Quando é conservador e quando é cirúrgico?

A
  • Conservador = crianças
  • Cirúrgico em adultos → RAFI do rádio com placa
37
Q

Fratura de Galeazzi

  • Após a fixação do rádio (estabilidade absoluta), como proceder com relação a estabilidade da ARUD?
A
  • Se ARUD estável
    • Imobilização por 3 a 6 semanas na posição mais estável (normalmente em supinação)
  • Se ARUD instável
    • Reduzir + fixação com fio K com ou sem reparo da CFCT
  • Se ARUD irredutível
    • Reavaliar a fixação / redução aberta → pode haver interposição do extensor ulnar do carpo, extensor do dedo mínimo ou extensor comum dos dedos ou do periósteo
38
Q

Fratura de Galeazzi

  • Se ARUD irredutível após a RAFI, quais estruturas podem estar interpondo?
A
  • Extensor ulnar do carpo (EUC)
  • Extensor do dedo mínimo (EDM)
  • Extensor comum dos dedos (ECD)
  • Periósteo
39
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Epidemiologia:
A
  • Pico de incidência no estirão do crescimento
  • Meninos > Meninas
  • Localização mais comum → metáfise
  • Punho não dominante
  • Mais comum → desvio dorsal
  • Mais comum → SH II
40
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Qual a contribuição da fise distal do rádio no crescimento do antebraço e membro superior (MS)?
A
  • 75 a 80% do crescimento do antebraço
  • 40% do crescimento do MS
41
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • V ou F:
    • 70% da carga que passa pelo antebraço passa pelo rádio e 30% pela ulna.
A
  • Verdadeiro
42
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Qual a localização mais comum de ocorrência de fraturas?
A
  • Metáfise
43
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Quais os tipos específicos de fraturas (4)?
A
  • Fratura em tórus
  • Fratura em galho verde
  • Fratura por estresse
  • Fraturas completas
44
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Quais as principais características das fraturas em tórus?
A
  • Estável
  • Por compressão
  • Evolui bem com tratamento conservador
45
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Quais as principais características das fraturas por estresse?
A
  • Traumas repetitivos (comuns em ginastas)
  • Irregularidade da fise
  • Evolui bem com repouso
46
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Classificação:
A
  • Salter-Harris (SH)
    • SH 2 é a mais comum
47
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Quais os desvios permitidos para o tratamento conservador?

Baseado na idade, sexo e desvios nos planos sagital e coronal

A
48
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Tratamento conservador:
    • Fratura em tórus?
    • Fratura em galho verde?
    • Fratura completa?
    • Fratura por estresse?
A
  • Tórus → gesso
  • Galho verde → redução com rotação + gesso
  • Completa → redução com aumento da deformidade + flexão do fragmento + gesso em 3 apoios
  • Estresse → repouso da articulação
49
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Indicações de tratamento cirúrgico?
A
  • Fraturas expostas
  • Cotovelo flutuante
  • Fraturas articulares com desvio
  • Lesão grave de partes moles
  • Fratura com síndrome do túnel do carpo aguda
  • Fraturas irredutíveis com alinhamento inaceitável
50
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Quais as principais complicações?
A
  • Perda de redução (20 a 30% dos casos)
  • Refratura (raro)
  • Distúrbio de crescimento (por ser lesão fisária)
  • Lesão da fibrocartilagem triangular
  • Consolidação viciosa
  • Não união (raro)
  • Sinostose
51
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Quais as principais causas de perda de redução?
A
  • Gesso mal feito
  • Fratura em baioneta
  • > 10 anos
  • Fraturas com > 50% do diâmetro do rádio
  • Ângulação volar > 30°
  • Fratura isolada do rádio
  • Fraturas ao mesmo nível
52
Q

Fratura do rádio distal em crianças

  • Qual o desvio mais comum (dorsal ou volar)?
A
  • Dorsal
    • É comum a interposição de estruturas volares