Fórmulas importantes em Nefrologia Flashcards
1
Q
Fórmulas da compensação dos distúrbios ácido-básicos
A
- ACIDOSE METABÓLICA
–> A resposta compensatória esperada é uma HIPERVENTILAÇÃO a fim de lavar o CO2 (redução da PaCO2)
–> Fórmula de Winter:
PaCO2 esperada = 1,5 x [HCO3] + 8 (+-2)
O “+-2” significa que o valor pode variar em uma faixa para menos ou para mais de 2
–> Se PaCO2 estiver DENTRO DESSA FAIXA COMPENSATÓRIA, dizemos que há ACIDOSE METABÓLICA COMPENSADA
–> Se PaCO2 ABAIXO do valor mínimo esperado, temos um distúrbio misto com ALCALOSE RESPIRATÓRIA
–> Se PaCO2 ACIMA do valor mínimo esperado, temos um distúrbio misto com ACIDOSE RESPIRATÓRIA - ALCALOSE METABÓLICA
–> A resposta compensatória dá-se na direção de AUMENTAR O PaCO2, por meio da HIPOVENTILAÇÃO (retenção de CO2)
–> A fórmula para compensação é:
PaCO2 esperada = [HCO3] + 15 (+- 2) - ACIDOSE RESPIRATÓRIA
–> Dificuldade ventilatória ou hipoventilação –> RETENÇÃO DE CO2 e AUMENTO DA PaCO2!
–> A resposta compensatória dá-se no sentido de AUMENTO DO HCO3 e EXCREÇÃO DE MAIS H+ pelos RINS.
–> Nos distúrbios respiratórios, devemos avaliar se seu curso é crônico ou agudo. No caso de acidose, em sua evolução CRÔNICA encontramos valores de HCO3 maiores que nas formas agudas.
–> A compensação dá-se pela seguinte fórmula:
AGUDA: HCO3 esperada = 0,1 x deltaPaCO2
CRÔNICA: HCO3 esperada = 0,4 x deltaPaCO2
Diga-se deltaPaCO2 a variação de PaCO2 a partir de valores maiores que 40 mmHg
–> Pode-se entender essa compensação da seguinte maneira:
Nas formas AGUDAS, para cada elevação de 10 mmHg de PaCO2 quando este está em valores acima de 40 mmHg, temos um acréscimo de 1 mEq/L de HCO3 pelos rins
Nas evoluções CRÔNICAS, para cada elevação de 10 mmHg de PaCO2 quando este está em valores acima de 40 mmHg, temos um aumento de 4 mEq/L de HCO3 retido pelos rins. - ALCALOSE RESPIRATÓRIA
–> Maior parte das vezes é por uma HIPERVENTILAÇÃO (aumento da FR) que LAVA O CO2, reduzindo a PaCO2 do paciente
–> A resposta compensatória também é feita pelos rins, de modo a ESPOLIAR HCO3 e reter mais H+.
–> Também devemos avaliar se o distúrbio é agudo ou crônico!
–> Fórmulas compensatórias:
AGUDO: HCO3 esperada = 0,2 x deltaPaCO2
CRÔNICO: HCO3 esperada = 0,5 x deltaPaCO2
–> Lê-se as fórmulas da seguinte maneira:
Nos casos agudos, para cada redução de 10 mmHg de PaCO2 abaixo de 40 mmHg, temos uma decréscimo de 2 mEq/L de [HCO3] eliminado nos rins
Nos casos CRÔNICOS, para cada redução de 10 mmHg de PaCO2 abaixo de 40 mmHg temos uma redução de 5 mEq/L de HCO3 pelos rins
DICA: sempre devemos avaliar as respostas compensatórias de distúrbios primários, para estimar se os valores das variáveis compensadas encontram-se na faixa esperada. Se não se encontrarem nas faixas de compensação, pode-se tratar de um distúrbio misto. Outra forma é avaliar o pH ainda no passo inicial: em distúrbios compensados, o pH não volta ao normal. Em contrapartida, quando existe associação de mais de um distúrbio (distúrbio misto), o pH pode ter uma alteração discreta ou até estar NORMAL!