Efeitos adversos e colaterais de medicamentos Flashcards

1
Q

Metotrexato (MTX)

A
  • Hepatotoxicidade
    –> Potencial hepatóxico em todas as doses
    –> Elevação leve de transaminases em doses baixas a moderadas
    –> Risco de FIBROSE e CIRROSE em doses altas que excedem > 1,5 a 2 g
    —> Em altas doses, pode provocar elevação transitória das bilirrubinas, que geralmente se normaliza dentro de poucos dias
    –> Se o nível de bilirrubinas atingir > 3 mg/dl, deve-se reduzir as doses subsequentes de MTX. Caso contrário, não há necessidade de redução da posologia
  • Toxicidade de TGI:
    –> Doses ≥ 250 mg/m² são consideradas emetogênicas
    –> Nas doses ditas acima, a ACOG (Sociedade Americanda de Oncologia Clínica) recomenda antagonistas de serotonina ou dexametasona para manejo dos vômitos
    –> Tanto baixas doses, quanto altas doses podem determinar eventos adversos graves no TGI, incluindo úlceras e hemorragia digestiva
    –> Outros efeitos incluem: náuseas, dor abdominal, odinofagia, diarreia, estomatites e mucosite
  • Nefrotoxicidade
    –> Apenas altas doses de MTX são capazes de gerar LESÃO TUBULAR com declínio transitório da TFG a cada dose administrada, com recuperação completa após 6-8 h da administração da dose
    –> A injúria renal aguda (IRA) induzida por MTX é tipicamente NÃO OLIGÚRICA e é reversível em quase todos os casos
    –> Em caso de alterações de função renal, a monitorização dos níveis de CREATININA está indicada, devendo-se manter as doses subsequentes da medicação
  • Toxicidade pulmonar
    –> O padrão mais frequentemente observado é uma PNEUMONITE DE HIPERSENSIBILIDADE.
    –> Ocorre mais na terapia oral de longo prazo
    –> Pode surgir após administração de altas doses de MTX
    –> A reposição de folato, ao contrário da toxicidade gastrointestinal e medular, NÃO reduz o risco de lesão pulmonar (mecanismo idiossincrático da droga)
    –> Se ocorrer toxicidade pulmonar identificada pelo quadro clínico e achados de exames de imagem, deve-se descontinuar o MTX e afastar eventuais etiologias infecciosas.
    –> Se as alterações fisiopatológicas e radiográficas se mantiverem apesar da descontinuação do medicamento, está indicado realizar GLICOCORTICOIDE
  • Toxicidade hematológica
    –> Dá-se principalmente pelo mecanismo de interferência na síntese, replicação e reparo do DNA, principalmente em células tronco.
    –> AGRANULOCITOSE, ANEMIA APLÁSICA HIPOPROLIFERATIVA (reticulocitopenia e MACROCITOSE), LEUCOPENIA, NEUTROPENIA (risco de neutropenia febril), TROMBOCITOPENIA (e assim uma PANCITOPENIA) podem ocorrer com doses baixas de MTX.
    –> O MTX pode aumentar o risco de doenças LINFOPROLIFERATIVAS em pacientes com artrite reumatoide (AR)
    –> Fenômenos de hemólise (aumento da bilirrubina indireta e aumento do LDH) também pode ocorrer.
  • Toxicidade neurológica:
    –> A ENCEFALOPATIA AGUDA ou SUBAGUDA é a neurotoxicidade mais importante
    –> Cursa com SONOLÊNCIA, CONFUSÃO MENTAL e CONVULSÕES dentro das primeiras 24 h de tratamento
  • Toxicidade dermatológica
    –> Erupção cutânea MORBILIFORME INESPECÍFICA, de característica eritematosa, macular e pruriginosa pode acontecer, normalmente nas regiões de pescoço e tronco.
    –> Em casos mais graves, progride com formação de bolhas e descamação.
    –> Outras manifestações importantes incluem: FOTOREATIVAÇÃO, FOTOREFORÇO e HIPERPIGMENTAÇÃO CUTÂNEA
  • Para quem é indicado o ácido fólico?
    –> Em todos os pacientes que fazem uso de MTX em baixa dose de forma CRÔNICA, recomenda-se o uso de ácido fólico 1 mg/dia até 5 mg/dia conforme a necessidade.
    –> A leucovorina pode ser utilizada apenas em pacientes que não apresentaram resposta satisfatória com o ácido fólico.
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