Fisiologia Etapa 1/2 Flashcards

1
Q

Quais são as outras funções do sistema respiratório além das trocas gasosas?

A

Equilíbrio ácido-base, fonação, manejo metabólico de substâncias bioativas, e defesa imunológica.

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2
Q

Quais são os principais componentes do sistema respiratório?

A

Vias de condução, pulmões, inervação, caixa torácica (diafragma, músculos intercostais, gradil costal, costelas, esterno, e coluna torácica), e músculos abdominais.

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3
Q

Quais substâncias bioativas são produzidas pelo sistema respiratório?

A

Muco, surfactante, bradicinina, histamina, leucotrienos, serotonina, heparina, e prostaglandinas.

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3
Q

O que ocorre durante a ventilação pulmonar?

A

A contração e o relaxamento dos músculos respiratórios geram o fluxo de ar, resultando na ventilação dos pulmões.

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3
Q

Quais são os componentes do ácino pulmonar?

A

Brônquios e bronquíolos que terminam em alvéolos.

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4
Q

Qual é a função dos pneumócitos tipo I nos alvéolos?

A

Participar da troca gasosa.

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4
Q

Qual é a função dos pneumócitos tipo II nos alvéolos?

A

Produzir surfactante e realizar proliferação celular.

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4
Q

Qual é a função dos macrófagos alveolares?

A

Defesa imunológica e fagocitose de partículas.

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4
Q

Como o ar se move nos pulmões?

A

O ar se move das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão.

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5
Q

O que é a membrana alveolocapilar?

A

A barreira onde ocorrem as trocas gasosas (hematose) entre alvéolos e capilares.

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6
Q

O que é a pressão transpulmonar?

A

É a diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural.

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7
Q

Como os músculos inspiratórios atuam na ventilação?

A

Eles aumentam o volume da caixa torácica, reduzindo a pressão pleural e aumentando o gradiente de pressão transpulmonar.

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8
Q

Quais são os músculos inspiratórios principais?

A

Diafragma (vertical) e intercostais externos (anteroposterior).

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9
Q

Quais músculos adicionais atuam na inspiração forçada?

A

Esternocleidomastoideo, serrátil anterior, e escalenos.

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10
Q

Quais músculos são utilizados na expiração ativa?

A

Intercostais internos e músculos abdominais retos.

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11
Q

O que é complacência pulmonar?

A

É a capacidade do pulmão de se distender em resposta a uma variação de pressão.

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12
Q

O que reduz a complacência pulmonar?

A

Fibrose, atelectasia e a redução de surfactante, como na Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA).

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13
Q

Qual é a função do surfactante pulmonar?

A

Reduzir a retração elástica causada pela tensão superficial da água nos alvéolos.

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14
Q

Como a resistência das vias aéreas é calculada?

A

resistência = variação de pressão / fluxo.

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15
Q

Qual é a função da ventilação alveolar?

A

Renovar continuamente o ar nas áreas de trocas gasosas e determinar as concentrações de O₂ e CO₂.

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16
Q

O que é espaço morto anatômico?

A

É o volume das vias aéreas onde não ocorre troca gasosa, como traqueia e bronquíolos terminais.

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17
Q

O que é capacidade vital?

A

É a somatória da capacidade inspiratória total (volume corrente + volume de reserva inspiratório) e o volume de reserva expiratório (total: 4600 ml).

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18
Q

O que é espirometria?

A

É um teste que mede os volumes e as capacidades pulmonares e identifica distúrbios ventilatórios obstrutivos e restritivos.

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19
Q

O que é o índice de Tiffeneau?

A

É a relação entre o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) e a capacidade vital forçada (CVF). Normalmente é maior que 70%, valores menores indicam padrão obstrutivo.

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20
Q

O que é a Lei de Laplace no contexto pulmonar?

A

A Lei de Laplace descreve a relação entre a tensão superficial (T), a pressão (P) e o raio (r) de um alvéolo. A fórmula é T = (P x r) / 2.

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21
Q

Qual é a importância da Lei de Laplace no sistema respiratório?

A

Ela ajuda a entender como a tensão superficial nos alvéolos influencia sua tendência a colapsar. Alvéolos menores têm uma maior tendência ao colapso por causa da maior pressão interna, o que é contrabalanceado pela ação do surfactante.

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22
Q

Como o surfactante pulmonar afeta a Lei de Laplace?

A

O surfactante reduz a tensão superficial nos alvéolos, diminuindo a pressão interna e prevenindo o colapso dos alvéolos pequenos, tornando a respiração mais eficiente.

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23
Q

O que é perfusão pulmonar?

A

A perfusão pulmonar é o fluxo de sangue através dos capilares pulmonares, necessário para que ocorra a troca gasosa.

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24
Q

Quais são as características da irrigação pulmonar?

A

O pulmão possui dupla irrigação:
Artéria e veias pulmonares: alto fluxo e baixa pressão (alta complacência).
Artérias e veias brônquicas (sistema ázigo): baixo fluxo e alta pressão.

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25
Q

Qual é a relação entre o fluxo sanguíneo pulmonar e o débito cardíaco?

A

O fluxo sanguíneo pulmonar é equivalente ao débito cardíaco.

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26
Q

O que são as zonas de West no pulmão?

A

As zonas de West referem-se às três regiões do pulmão que apresentam diferentes perfusões sanguíneas dependendo da força gravitacional e da pressão alveolar.

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27
Q

Quais são Influências passivas do fluxo sanguíneo pulmonar?

A

Força gravitacional.
Pressão alveolar.
Viscosidade sanguínea.
Pressão pleural positiva.

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28
Q

Influências ativas que aumentam a resistência vascular pulmonar

A

Atividade simpática.
Endotelina.
Angiotensina.
Tromboxano, PGE2, PGF2alfa.
Hipóxia e hipercapnia alveolar.

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29
Q

Influências ativas que reduzem a resistência vascular:

A

Estimulação parassimpática.
Bradicinina.
Óxido nítrico.
Prostaciclina 2.

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30
Q

O que é vasoconstrição pulmonar hipóxica?

A

Ocorre quando a pressão parcial de oxigênio (PO2) no alvéolo cai abaixo de 70 mmHg, resultando na contração dos vasos sanguíneos adjacentes. Este mecanismo é oposto ao da circulação sistêmica.

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31
Q

O que é edema pulmonar e como ele interfere nas trocas gasosas?

A

O edema pulmonar é causado por um aumento na pressão hidrostática, redução da pressão oncótica, aumento da permeabilidade vascular ou redução da drenagem linfática, levando à acumulação de líquido nos pulmões e prejudicando as trocas gasosas.

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32
Q

Espaço morto anatômico:

A

áreas do sistema respiratório onde não ocorre troca gasosa (vias aéreas maiores)

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33
Q

Espaço morto alveolar

A

alvéolos ventilados, mas sem perfusão adequada, onde não ocorre troca gasosa.

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34
Q

O que é shunt pulmonar?

A

Shunt ocorre quando há perfusão sem ventilação, resultando em uma troca gasosa inadequada.

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35
Q

Como a difusão de gases nos pulmões obedece à Lei de Fick?

A

A difusão de gases através da membrana alveolocapilar depende da área de troca, da diferença de concentração dos gases e da espessura da membrana. O CO2 difunde-se 20 vezes mais rápido que o O2 devido à sua maior solubilidade.

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36
Q

Qual é a relação ventilação/perfusão (V/Q) ideal e o que ocorre quando há desequilíbrios?

A

relação ideal V/Q é de 0,8 a 1,2. Desequilíbrios nessa relação resultam em:
V/Q < 0,8: PO2 alveolar reduzida e PCO2 alveolar aumentada (efeito shunt).
V/Q > 1,2: PO2 alveolar aumentada e PCO2 alveolar reduzida (efeito espaço morto).

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37
Q

Quais são as diferenças regionais na relação V/Q no pulmão?

A

Ápice pulmonar: V/Q de 2,5, caracterizado por espaço morto fisiológico.
Base pulmonar: V/Q de 0,6, caracterizado por shunt fisiológico.

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38
Q

O que são as zonas de West no pulmão?

A

São três regiões nos pulmões que variam em perfusão e ventilação:
Zona 1: Mais ventilação do que perfusão (espaço morto).
Zona 2: Ventilação e perfusão equilibradas.
Zona 3: Mais perfusão do que ventilação (efeito shunt).

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39
Q

Causas do Edema Pulmonar

A

Aumento da pressão hidrostática devido ao aumento do fluxo sanguíneo ou redução da drenagem.
Redução da pressão oncótica.
Aumento da permeabilidade vascular.
Redução da drenagem linfática.

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40
Q

Como o Edema Pulmonar interfere nas trocas gasosas?

A

O edema pulmonar interfere nas trocas gasosas ao aumentar a espessura da membrana alveolocapilar, dificultando a difusão de gases como o oxigênio.

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41
Q

O que é o efeito shunt no pulmão?

A

Ocorre quando há perfusão pulmonar sem ventilação adequada, resultando em sangue não oxigenado sendo misturado à circulação arterial.

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42
Q

Como ocorre a troca gasosa nos pulmões?

A

A troca gasosa ocorre por difusão passiva através da membrana alveolocapilar, sendo governada pela Lei de Fick, que depende da área de troca, diferença de concentração dos gases e espessura da membrana.
O CO2 se difunde 20 vezes mais rápido que o O2 devido à sua maior solubilidade, enquanto o O2 tem um menor peso molecular.

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43
Q

Quais são as principais formas de transporte de oxigênio no sangue?

A

O oxigênio é transportado principalmente pela hemoglobina (Hb) e de forma dissolvida no plasma.

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43
Q

O que é a saturação da hemoglobina e como é representada

A

É a porcentagem de hemoglobina que está ligada ao oxigênio, representada em uma curva de dissociação O2

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43
Q

Como ocorre a difusão periférica de oxigênio?

A

O oxigênio difunde dos capilares para os tecidos devido à diferença de concentração entre o sangue e as células.

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44
Q

Qual o papel da hemoglobina no transporte de oxigênio?

A

A hemoglobina transporta oxigênio nos glóbulos vermelhos, ligando-se a ele nos pulmões e liberando-o nos tecidos

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45
Q

O que representa a curva de dissociação do oxigênio

A

A curva mostra a relação entre a saturação de hemoglobina e a PO2, indicando como a afinidade do oxigênio pela hemoglobina varia com a pressão parcial de oxigênio.

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46
Q

Quais fatores influenciam a curva de dissociação de O2?

A

pH, temperatura, PCO2 e 2,3-BPG são os principais fatores que podem deslocar a curva

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47
Q

O que acontece com a hemoglobina na presença de monóxido de carbono

A

O monóxido de carbono se liga à hemoglobina com alta afinidade, impedindo o transporte de oxigênio.

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48
Q

Quais são as principais formas de transporte de dióxido de carbono no sangue?

A

CO2 é transportado dissolvido no plasma (5-10%), como compostos carbamínicos (5-10%), e como íons bicarbonato (80-90%).

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49
Q

Qual é a função do trocador Cl-HCO3 no transporte de CO2

A

Ele facilita a troca de bicarbonato (HCO3) por cloreto (Cl) nos eritrócitos, permitindo a remoção de CO2

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50
Q

O que é o efeito Bohr?

A

O efeito Bohr descreve como o aumento de CO2 e a diminuição do pH reduzem a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio.

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51
Q

O que é o efeito Haldane?

A

O efeito Haldane descreve como a oxi-hemoglobina tem menor afinidade para transportar CO2, facilitando sua liberação nos pulmões.

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52
Q

Quais parâmetros são analisados na gasometria arterial?

A

Os parâmetros incluem pH, O2 (oxigênio) e CO2 (dióxido de carbono), usados para avaliar o equilíbrio ácido-base e a eficiência respiratória.

53
Q

Qual é a função do grupo respiratório dorsal (GRD)?

A

O GRD ativa os músculos inspiratórios e recebe aferências dos nervos vago e glossofaríngeo.

54
Q

Qual é a função do grupo respiratório ventral (GRV)?

A

O GRV ativa tanto os músculos inspiratórios quanto os expiratórios durante ventilação intensa.

55
Q

Qual é o papel do centro pneumotáxico?

A

Ele limita o tempo inspiratório, aumentando a frequência respiratória (FR).

56
Q

O que é o sinal inspiratório em rampa?

A

É o sinal contínuo que ativa os músculos inspiratórios de forma gradual, resultando em uma inspiração suave e controlada, ao invés de um aumento abrupto da ventilação.

57
Q

Como o controle químico da respiração é realizado?

A

É mediado pela concentração de CO2, que gera a formação de H+, e a eliminação de CO2 ajuda a equilibrar o excesso de H+.

58
Q

Onde está localizada a área quimiossensível e qual sua função

A

Localizada na região anterior ao GRD no bulbo, percebe principalmente a concentração de H+ e CO2, mas não é influenciada pelo O2.

59
Q

Qual a diferença entre os quimiorreceptores centrais e periféricos?

A

Os quimiorreceptores centrais detectam variações de CO2 e H+ no sistema nervoso central, enquanto os periféricos, localizados no arco aórtico e seio carotídeo, percebem a PO2 e, em menor intensidade, PCO2 e H+.

60
Q

Qual é a importância do intenso fluxo sanguíneo nos quimiorreceptores periféricos?

A

Esse intenso fluxo sanguíneo garante que os quimiorreceptores periféricos recebam informações precisas sobre os níveis de PO2 arterial, permitindo respostas rápidas para corrigir desequilíbrios respiratórios.

61
Q

O que é a apneia obstrutiva do sono?

A

A apneia obstrutiva do sono é caracterizada pela ausência de drive respiratório durante o sono, com episódios de obstrução das vias aéreas superiores, que podem durar 10 segundos ou mais. Os principais fatores de risco incluem obesidade e envelhecimento.

62
Q

Quais são os principais compartimentos de líquidos corporais

A

Intracelular
Extracelular (plasma e interstício)
Transcelular

63
Q

O que é osmolaridade e qual seu valor normal?

A

É a quantidade de partículas (íons, moléculas) por kg de água. A osmolaridade normal dos líquidos intra e extracelulares é cerca de 300 miliosmóis/l.

64
Q

O que é tonicidade?

A

É a capacidade de uma solução extracelular de fazer a água se mover para dentro ou fora da célula por osmose.

65
Q

Quais são as causas de edema intracelular?

A

Hiponatremia
Redução da taxa metabólica
Inflamação

66
Q

Quais são as causas de edema extracelular?

A

Distúrbios linfáticos
Aumento das pressões hidrostáticas
Redução da pressão oncótica

67
Q

Quais são as funções principais do sistema urinário?

A

Regulação hidro-eletrolítica: Controle de água e sais no corpo.
Controle pressórico: Regulação da pressão arterial.
Equilíbrio ácido-base: Manutenção do pH sanguíneo.
Excreção de metabólitos: Remoção de produtos de excreção como ureia e creatinina.
Produção de hormônios: Eritropoetina (estímulo da produção de glóbulos vermelhos) e vitamina D.
Gliconeogênese: Síntese de glicose.

68
Q

O que é o reflexo de micção?

A

É um reflexo que envolve a distensão da bexiga, ativando a atividade parassimpática, resultando no relaxamento dos esfíncteres interno e externo.

69
Q

Quais são os distúrbios de sódio relacionados ao volume?

A

Hipervolêmica: Hiponatremia e hipernatremia.
Euvolêmica: Hiponatremia e hipernatremia.
Hipovolêmica: Hiponatremia e hipernatremia.

70
Q

O que é o reflexo ureterorrenal?

A

É um reflexo que reduz o fluxo de urina nos rins em resposta à dor ou obstrução no ureter, visando proteger o órgão.

71
Q

O que é filtração glomerular?

A

processo de ultrafiltração do plasma pelo glomérulo, responsável por gerar o filtrado glomerular.

72
Q

O que é depuração renal?

A

Depuração é o processo que inclui filtração glomerular e secreção tubular, purificando substâncias no rim.

73
Q

Qual é o volume diário de filtração renal e excreção urinária?

A

O volume diário de filtração é de 180 L, e a excreção urinária é de 1 a 1,5 L/dia.

74
Q

Quais são as características dos capilares peritubulares corticais e medulares?

A

Capilares peritubulares corticais: recebem alto fluxo sanguíneo, com composição intersticial semelhante ao plasma.
Capilares peritubulares medulares: têm baixo fluxo sanguíneo, e o interstício é hipertônico (concentrado).

75
Q

O que é resistência vascular renal e como ela é mantida baixa?

A

A resistência vascular renal é baixa devido à disposição dos glomérulos em paralelo e ao fato de os vasos renais terem alta resistência com curto comprimento.

76
Q

Quais células fazem parte da barreira de filtração glomerular?

A

Inclui podócitos (com pedicelos), células mesangiais e capilares fenestrados, responsáveis pela filtração do plasma.

77
Q

Quais as funções das células mesangiais?

A

Elas sustentam os capilares glomerulares, formam a membrana basal, realizam fagocitose, possuem receptores de angiotensina II, e produzem prostaglandinas e endotelina.

78
Q

O que é a membrana de filtração e quais suas camadas?

A

A membrana de filtração glomerular é composta por três camadas:
Capilares fenestrados
Membrana basal (colágeno e proteoglicanos)
Diagrama da fenda de filtração (junções oclusivas entre pedicelos).

79
Q

O que a membrana de filtração permite passar e o que bloqueia?

A

Passa: água, eletrólitos dissociados, glicose, ureia, creatinina, aminoácidos, hormônios peptídicos.
Menos passa: albumina, ácidos graxos, cálcio, hormônios esteroides e tireoidianos.

80
Q

Quais são as forças de Starling na filtração glomerular?

A

As forças de Starling incluem a pressão hidrostática e a pressão oncótica, que influenciam a passagem de líquidos e solutos pela barreira glomerular.

81
Q

Quais fatores afetam a taxa de filtração glomerular (TFG)?

A

Fatores incluem a contração e relaxamento mesangial, mudanças na pressão arterial renal, e alterações na pressão oncótica sérica.

82
Q

Como é feita a avaliação clínica da taxa de filtração glomerular (TFG)?

A

A TFG é avaliada através da medição de inulina (100% filtrada) ou creatinina (parcialmente filtrada e secretada nos túbulos). Fórmulas como Cockcroft-Gault, CKD-EPI e MDRD são usadas.

83
Q

O que é autorregulação da filtração glomerular?

A

O rim regula sua própria filtração glomerular através do controle miogênico e do feedback túbulo-glomerular, mantendo a TFG constante mesmo com variações na pressão arterial.

84
Q

Quais substâncias aumentam e reduzem a filtração glomerular?

A

Aumentam: óxido nítrico (NO), bradicinina, PGE2, angiotensina II (predominantemente na arteríola eferente).
Reduzem: catecolaminas (norepinefrina), endotelina e o controle miogênico (reflexo de estiramento nas arteríolas)

85
Q

Qual é a função do aparelho justaglomerular?

A

O aparelho justaglomerular regula a filtração glomerular e a pressão arterial, detectando alterações no fluxo tubular e liberando renina. É composto por células da mácula densa (TCD), células justaglomerulares (produtoras de renina) e células mesangiais extraglomerulares.

86
Q

Quais fatores dietéticos podem aumentar a filtração glomerular?

A

Uma dieta hiperproteica ou hiperglicemia pode aumentar a filtração glomerular, através do aumento da reabsorção de sódio no túbulo proximal e ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA).

87
Q

Qual a função dos túbulos renais?

A

Os túbulos controlam a reabsorção e secreção de solutos e solventes, ajustando conforme as necessidades homeostáticas.

88
Q

Quais são as partes do néfron envolvidas na reabsorção e secreção tubular?

A

Túbulo contorcido proximal (TCP), alça de Henle (ramos descendente e ascendente), túbulo contorcido distal (partes proximal e distal), túbulo coletor e ducto coletor.

89
Q

Quais são os principais mecanismos de reabsorção tubular?

A

Difusão simples (gradiente de concentração)
Difusão facilitada (canal iônico)
Transporte ativo primário (usando ATP)
Transporte ativo secundário (cotransporte com gradiente eletroquímico)

90
Q

Quais são os principais mecanismos de secreção tubular?

A

Transporte ativo primário (usando ATP)
Transporte ativo secundário (antiporte)

91
Q

Como ocorre a reabsorção de água?

A

A reabsorção de água está ligada ao transporte de sódio, ocorrendo por movimento osmótico. Isso se dá tanto por vias transcelulares (via aquaporinas, reguladas pelo ADH) quanto por vias paracelulares.

92
Q

Quais são as forças que atuam na reabsorção nos capilares peritubulares?

A

As forças de Starling (pressão hidrostática e oncótica), sendo a pressão oncótica no capilar responsável pela reabsorção de líquidos para os vasos.

93
Q

Quais são as principais substâncias reabsorvidas no túbulo contorcido proximal (TCP)?

A

Sódio (via ATP)
Água e ureia (via osmose)
Glicose (via simporte SGLT2 e SGLT1)
Aminoácidos (via simporte)
Bicarbonato (via anidrase carbônica)
Cloro (por eletronegatividade)
Potássio (por arrasto solvente)

94
Q

Quais são as principais substâncias secretadas no túbulo contorcido proximal?

A

Íons H+
Ácidos orgânicos
Catecolaminas
Substâncias tóxicas e fármacos

95
Q

Quais são as características da alça de Henle no segmento descendente?

A

O segmento descendente da alça de Henle é permeável à água (20% reabsorvida) e possui grande quantidade de aquaporinas (sensível ao ADH), mas é pouco permeável aos solutos.

96
Q

Quais são as características da alça de Henle no segmento ascendente?

A

O segmento ascendente é impermeável à água, reabsorve ativamente Na+, Cl- e K+ (25%) via simporte e realiza secreção de H+. Reabsorção de Ca²+, Mg²+ e Na+ ocorre por transporte paracelular.

97
Q

Qual a função da mácula densa no túbulo contorcido distal?

A

Detecta a concentração de sódio e sinaliza para as células justaglomerulares, regulando a liberação de renina
Atua como segmento diluidor, sendo impermeável à água
Reabsorve NaCl através de simporte

98
Q

Quais são as características do túbulo contorcido distal final e do túbulo coletor?

A

Esses segmentos são impermeáveis à ureia e possuem dois tipos de células:
Células principais: reabsorvem Na+ e secretam K+ (via receptores de aldosterona).
Células intercaladas: secretam H+ e bicarbonato, regulando o equilíbrio ácido-base.

99
Q

Como ocorre a reabsorção de ureia no ducto coletor?

A

A reabsorção de ureia ocorre por meio de transportadores específicos e é regulada pelo ADH, através dos receptores V2.

100
Q

Qual o papel hormonal na reabsorção tubular?

A

Aldosterona: reabsorve Na+ e H2O, secreta K+
Angiotensina II: reabsorve Na+ em todos os túbulos
ADH (vasopressina): reabsorve água nos túbulos coletores
BNP: reduz a reabsorção de sódio e água, inibindo a formação de angiotensina II.

101
Q

Como a atividade simpática influencia a função renal?

A

A estimulação simpática intensa contrai as arteríolas, reduzindo a taxa de filtração glomerular (TFG) e estimulando a liberação de renina via receptores beta-1 adrenérgicos. Além disso, aumenta a reabsorção de sódio no túbulo proximal via receptores alfa adrenérgicos.

102
Q

Como ocorre a reabsorção de água?

A

A reabsorção de água está associada ao transporte de sódio, ocorrendo por movimento osmótico. Pode ocorrer por:
Transporte transcelular: através das aquaporinas, reguladas pelo ADH
Transporte paracelular: via arrasto de solvente

103
Q

Quais são as características do túbulo contorcido proximal (TCP)?

A

Alta atividade metabólica
Bordas em escova que aumentam a superfície de reabsorção
Reabsorve cerca de 65% do sódio e da água filtrados

104
Q

Qual é a função das aquaporinas na alça de Henle?

A

As aquaporinas (AQP1) são responsáveis pela reabsorção de água no segmento descendente fino da alça de Henle, e sua ação é sensível ao hormônio antidiurético (ADH).

105
Q

Como a permeabilidade à água varia na alça de Henle?

A

Como a permeabilidade à água varia na alça de Henle?

106
Q

Por que o controle ácido-base é importante?

A

O controle ácido-base é fundamental para manter o equilíbrio das concentrações de H+ no corpo. O acúmulo de H+ pode causar desnaturação proteica e enzimática, enquanto a falta de H+ pode gerar desequilíbrios eletrolíticos.

107
Q

Qual a diferença entre ácidos fortes e fracos?

A

Ácido forte: tem alta capacidade de se manter ionizado e libera grande quantidade de H+ (ex.: HCl).
Ácido fraco: tem baixa tendência de ionização e libera menos H+ (ex.: H2CO3).

108
Q

Qual a diferença entre bases fortes e fracas?

A

Base forte: capaz de liberar OH- (ex.: NaOH).
Base fraca: bicarbonato (HCO3-).

109
Q

O que diz a equação de Henderson-Hasselbalch?

A

A equação descreve a relação entre o ácido e a base conjugada no controle ácido-base:
pH = pKa + log ([base]/[ácido]).
No sistema fisiológico, isso se aplica aos sistemas tampão de bicarbonato, ácidos voláteis (H2CO3) e ácidos fixos (lático, cetônicos, clorídrico).

110
Q

Quais são os principais sistemas tampão no corpo?

A

Bicarbonato (extracelular).
Fosfato (intracelular, nos túbulos renais).
Proteínas (como hemoglobina e albumina).
Matriz óssea.

111
Q

Como o pulmão regula o equilíbrio ácido-base?

A

O pulmão controla os níveis de CO2 (H2CO3) através da respiração. Quimiorreceptores detectam alterações e ajustam o volume respiratório para controlar o pH sanguíneo.

112
Q

Quais são as consequências da hipoventilação?

A

A hipoventilação reduz o volume corrente (volume minuto), causando hipercapnia (acúmulo de CO2) e levando à acidose respiratória.

113
Q

Quais são as consequências da hiperventilação?

A

A hiperventilação aumenta o volume corrente, causando hipocapnia (redução de CO2) e levando à alcalose respiratória.

114
Q

Como o rim regula o equilíbrio ácido-base?

A

O rim regula o pH sanguíneo controlando a excreção de H+ e a reabsorção de HCO3-. Ele elimina ácidos fixos e reabsorve quase todo o bicarbonato filtrado (4320 mEq/dia, excretando apenas 1 mEq).

115
Q

Como ocorre a secreção de H+ no néfron?

A

Túbulo contorcido proximal (TCP): transporte ativo secundário (troca de H+ com Na+).
Túbulo contorcido distal (TCD) e túbulos coletores: transporte ativo primário (bomba de H+/K+).

116
Q

Como ocorre a reabsorção e secreção de bicarbonato (HCO3-)?

A

Reabsorção: ocorre no TCP e na alça de Henle, usando a anidrase carbônica e a secreção de H+ para reabsorver o HCO3-.
Secreção de HCO3-: células intercaladas tipo B, no TCD e túbulos coletores, secretam bicarbonato.

117
Q

Como o rim gera novo bicarbonato?

A

O rim forma novo HCO3- por meio dos sistemas tampão fosfato e amônia, associados à metabolização de glutamina.

118
Q

O que caracteriza a acidose metabólica?

A

Aumento dos ácidos fixos (ex.: corpos cetônicos, ácido lático).
Diminuição da excreção renal de H+.
Perda de HCO3- pelo trato gastrointestinal ou pelos rins.

119
Q

O que caracteriza a alcalose metabólica?

A

Perda de ácidos fixos (ex.: vômitos, perda de H+).
Aumento de HCO3- por ingestão excessiva ou aumento na reabsorção tubular.

120
Q

Quais são os princípios dos distúrbios compensatórios?

A

Um distúrbio primário pode gerar mecanismos compensatórios em outro órgão (rim ou pulmão).
A compensação não normaliza totalmente o pH.
Distúrbio metabólico não é necessariamente renal.
Distúrbio respiratório reflete prejuízo na função pulmonar.
Distúrbios respiratórios e metabólicos podem coexistir.

121
Q

Quais são as etapas da análise da gasometria arterial?

A

Analisar o pH (acidose ou alcalose).
Analisar os níveis de CO2 e HCO3-.
Identificar o distúrbio primário (metabólico ou respiratório).

122
Q

O que é o anion gap e como é calculado?

A

O anion gap é a diferença entre cátions e ânions no plasma, normalmente de 8-12 mEq/L. O AG corrigido é calculado como:
AG corrigido = AG + [(4,0 − albumina) x 2,5].

123
Q

Quais são as causas de acidose metabólica com anion gap elevado?

A

Cetoacidose (diabética, alcoólica).
Acidose lática.
Intoxicação por metanol, etanol ou salicilatos (AAS).
Uremia.

124
Q

O que é a razão delta/delta na acidose metabólica?

A

O delta/delta compara a mudança no anion gap com a mudança no bicarbonato para identificar distúrbios mistos na acidose metabólica.

125
Q

Quais são os principais parâmetros observados na gasometria arterial?

A

pH
SatO2 (saturação de oxigênio)
pCO2 (pressão parcial do gás carbônico)
HCO3 (bicarbonato)
Ânion Gap (AG)
Outros parâmetros podem incluir eletrólitos como sódio, potássio, cálcio iônico e cloreto.

126
Q

E Qual é a função do sistema tampão bicarbonato-CO2?

A

Regula o pH plasmático, evitando variações bruscas, onde HCO3 atua como base e CO2 como ácido.

127
Q

O que é o Ânion Gap (AG) e como é calculado?

A

Representa os ânions não quantificáveis, como o lactato. É calculado pela fórmula: AG = Na – [HCO3 + Cl].

128
Q

Quais são os valores normais dos principais parâmetros da gasometria arterial?

A

pH: 7,35 – 7,45
pCO2: 35 – 45 mmHg
HCO3: 22 – 26 mEq/L
AG: 6 – 12 mEq/L

129
Q

Quais são os distúrbios acidobásicos primários identificáveis na gasometria arterial?

A

Acidose metabólica
Alcalose metabólica
Acidose respiratória
Alcalose respiratória

130
Q

Como o corpo responde aos distúrbios acidobásicos?

A

Distúrbios respiratórios: resposta renal (retenção/excreção de HCO3 ou H+).
Distúrbios metabólicos: resposta respiratória (hiper ou hipoventilação).

131
Q

O que caracteriza uma acidose metabólica?

A

Queda do HCO3 e redução do pH. A resposta compensatória é a hiperventilação para reduzir o CO2.

132
Q

Como calcular a resposta compensatória na acidose metabólica?

A

Usando a fórmula de Winter: pCO2 esperada = 1,5 x [HCO3] + 8 ± 2

133
Q

O que caracteriza uma alcalose metabólica?

A

Aumento do HCO3 e elevação do pH. A resposta compensatória é a hipoventilação para reter CO2.

134
Q

O que caracteriza uma acidose respiratória?

A

Dificuldade de ventilação leva à hipoventilação e retenção de CO2. A resposta é renal (retenção de HCO3).

135
Q

Como distinguir acidose respiratória aguda de crônica?

A

Aguda: aumento de 1 mEq/L no HCO3 para cada elevação de 10 mmHg no pCO2 acima de 40 mmHg.
Crônica: aumento de 4 mEq/L no HCO3 para cada elevação de 10 mmHg no pCO2 acima de 40 mmHg.

136
Q

O que caracteriza uma alcalose respiratória?

A

Hiperventilação que leva à redução do CO2. A resposta é renal com excreção de HCO3.

137
Q

Como diferenciar alcalose respiratória aguda de crônica?

A

Aguda: decréscimo de 2 mEq/L no HCO3 para cada redução de 10 mmHg no pCO2 abaixo de 40 mmHg.
Crônica: decréscimo de 5 mEq/L no HCO3 para cada redução de 10 mmHg no pCO2 abaixo de 40 mmHg.

138
Q

Quais são as classificações da acidose metabólica?

A

Com Ânion Gap elevado
Hiperclorêmica

139
Q

Como o cálculo do delta/delta ajuda na identificação dos distúrbios acidobásicos?

A

ΔAG/Δ[HCO3] = (AG paciente – 12) / (24 – [HCO3] do paciente).
Ajuda a diferenciar entre acidose metabólica com AG aumentado, acidose metabólica hiperclorêmica e situações de alcalose metabólica associada.

140
Q
A