Farmacologia do Vómito Flashcards
Fármacos emetizantes por ação específica
Provocam emese por reação adversa medicamentosa.
Antineoplásicos
Opióides
(a maioria dos antieméticos hospitalares são para prevenir o vómito induzido pela quimioterapia e pela anestesia)
Emetizantes por ação inespecífica
Intolerabilidade GI não específica.
Efeito irritante sobre a mucosa dependente do excipiente do fármaco.
Fármacos com pH muito diferentes dos da mucosa.
Diluição com alimentos.
Área fora da barreira hematoencefálica, que atua como sensor de mensageiros químicos do vómitos.
Integra inputes neuronais provenientes do tronco encefálico.
Há integração e controlo de todos os estímulos do vómito
Área postrema
Localizado na medula oblonga, composto por fibras do VII, IX e X.
Atua como centro do vómito.
Trato solitário
A distensão __________ pode estimular o vómito.
Do estômago
A estimulação do nervo vestibular leva a _______.
Enjoo do movimento
Recetores envolvidos no enjoo pelo movimento.
Muscarínicos
H1
Tipos de origem do vómito.
Química
Física
Enjoo por movimento (VIII)
Neurotransmissores comuns na emese química e física.
Dopamina
Serotonina
Principais recetores envolvidos na hemese física e química.
D2
5HT3
Uso de antieméticos antagonistas muscarínicos.
Situações de patologia do labirinto.
Recetores do núcleo do trato solitário.
5-HT3 D2 M1 H1 NK1 CB1
Antieméticos usados na toma de antineoplásicos.
Canabinóides
Neurocininas
Emese aguda por terapia antineoplásica.
Toma de antineoplásicos. 48 h. Necrose e apoptose de células GI. Libertação de grandes quantidades de Serotonina. Recetores 5-HT3
Emese tardia por terapia antineoplásica.
Inflamação crónica que resulta no estado geral de náuseas e vómitos.
1 - 2 semanas após administração e mantém-se.
Não reage aos antagonistas de serotonina
Antieméticos para emese crónica por terapia antineoplásica.
Corticoesteróides e moduladores das neurocininas e canabinóides.
Antieméticos na prática clínica - terapia antineoplásica.
Antagonistas de serotonina
Antinflamatórios esteróides
Moduladores de neurocininas e canabinóides.
Recetores 5-HT3
Recetores de serotonina.
Canais iónicos catiónicos.
ONDANSETRON
dolasetron, granisetron
Antagonista de recetores de serotonina
Antagonistas dos recetores D2 de dopamina.
Neurolépticos/antipsicóticos
Usados na psicose e esquizofrenia
Também são anti-eméticos.
METOCLOPRAMIDA
Antagonista dos recetores de dopamina.
Benzamida.
Baixo efeito extra piramidal.
Menos reações no SNC.
Prometazina
Antagonista dos D2. Antagonista dos H1 Fenotiazina (anti-psicótico) Raramente usado. Muitos efeitos extrapiramidais. Muitas reações adversas.
Ciclizina
Antagonista dos recetores H1
Enjoo de movimento
Grávidas
Dimenidrato
Antagonista dos recetores H1
Enjoo de movimento
Grávidas
Doxilamina
Antagonista dos recetores H1
Enjoo de movimento
Grávidas
Escopolamina
Antagonista dos recetores muscarínicos
também atua na dopamina e histamina, levemente
Dociclomina
Associação entre antagonista H1 e um antagonista muscarínico.
Enjoo de movimento
Dronabinol
Agonistas dos recetores canabinóides.
Cloropromazina
Fenotiazina - antagonista dopaminérgico neuroléptico (antipsicótico)
Muitos eventos adversos
Trietilperazina
Fenotiazina - antagonista dopaminérgico neuroléptico (antipsicótico)
Muitos eventos adversos
Metopimazina
Fenotiazina - antagonista dopaminérgico neuroléptico (antipsicótico)
Muitos eventos adversos
DOMPERIDONA
Benzamida
Antagonista de recetores D2
Não atravessa BHE com grande facilidade.
Antiemético estimulante do peristaltismo intestinal.
MAIS SEGURO que os outros antagonistas D2.
Não é tão eficaz como a METOCLOPRAMIDA (só atua na área postrema).
Pode causar ARRITMIAS
Baixa seletividade, alta eficácia. (V/F)
Verdadeiro.
Células intestinais carregadinhas de serotonina.
Células enterocromafins.
Agentes causadores de vómito numa intoxicação alimentar.
Toxinas bacterianas que destroem a mucosa GI - libertam serotonina - e efeito direto no SNC.
Recetores 5-HT3
Canais iónicos operados por ligando.
Importantes no vómito
Controlam a libertação de serotonina
Recetores 5-HT4
Recetores metabotrópicos aumentam a Adenilato Ciclase, atuando na motilidade GI.
Fármacos pouco eficazes, podem causar arritmias (cisapride)
Cisapride
Fármaco agonista 5-HT4 retirado do mercado por causar arritmias.
Trata gastroparésia, DRGE - procinético
Função do plexo mioentérico e do plexo submucoso.
Motilidade intestinal (mioentérico) Secreção (submucoso)
Ação da serotonina no TGI.
Efeito estimulante/excitatório
Aumenta a contração
Estimula ação da Ach
Ondonsetron
Antagonista 5-HT3 de referência
Curta duração de ação
Metabolismo CYP3A4 e vários outros
Palonosetron
Antagonista 5-HT3
Duração de ação superior ao Ondonsetron
Granisetron
Antagonista 5-HT3
Metabolizado por poucos CYPs - poucas interações.
Duração de ação mais elevada que o Ondonsetron
Efeitos da dopamina no TGI
INIBITÓRIO
Abranda a motilidade
Atua mais no TGI superior (estômago e duodeno) porque há mais recetores (D2)
Mecanismo do vómito induzido por dopamina.
Dopamina inibe motilidade do estômago.
Estômago contrai menos.
Distende mais.
Vómito.
Antagonistas de Dopamina anti-eméticos.
Metoclopramida - não deve ser usada cronicamente por ser anti-psicótico
Domperidona - Não atravessa BHE
(benzamidas)
Atuam como agentes procinéticos.
Efeitos adversos do antagonismo dopaminérgico
Anti-psicótico Hiperprolactinemia - galactorreia e amenorreia Sintas extrapiramidais Diarreia Falsos positivos de gravidez
METOCLOPRAMIDA
Antagonista dopaminérgico Pró-cinético Antiemético Aumenta tónus do esíncter esofágico Aumenta contratilidade do antro e intestino delgado Pode causar efeitos extrapiramidais - baixa seletividade Antagonista D1 e D2 Agonista 5-HT4 Antagonista 5-HT3 (central)
DOMPERIDONA
Antagonista D2 mais seletivo que a metoclopramida
Contraindicado na população idosa por causar arritmias
Procinético
Não atua muito no SNC - só na postrema e hipófise/hipotálamo
Sem reações extrapiramidais
Opiáceos em doses baixas causam vómito
Estimulam diretamente o pavilhão do 4º ventrículo
Efeito no nervo vestibular
Diminui motilidade GI
Naloxona
Antagonista uOpióide
Inibe efeito emetizante
Não se usa porque inibiria o efeito analgésico opióide
Aprepitant
Antagonista dos recetores NK1 Sempre associado a antagonistas 5-HT3 Potencia arritmias (aumento QT) Grande absorção oral CYP3A4 Bem tolerado Provoca aumento das transaminases hepáticas (ALT) Antagoniza todos os NK (1 2 3)
Agonista normal das NK1
Substância P - efeito estimulatório
Canabinóides no vómito.
Têm efeito negativo ou inibitório
Os Recetores CB1 estão ligados a Gi / G0, que inibem a AC aumentando a permeabilidade ao potássio e diminuindo ao sódio.
Dronabinol
AGONISTA CB1
Análogo sintético do Tetrahidrocanabinol (THC)
Analgésico, modulador adrenérgico, estimulador do SNC
Aprovado na emese tardia antineoplásica
Análogo endógeno do tetrahidrocanabinol (THC)
Anandamida
Recetor CB1
Inibe a libertação de neurotransmissores
Anandamida
Endocanabinóide
Lípido que deriva do AA - não se armazena em vesículas
Produzido no SNC e por macrófagos
Neuromodulador
Enzima responsável pela degradação/hidrólise da anandamida in vivo.
FAAH
Fatty Acid Amide Hydrolase
ESCOPOLAMINA
Antagonista muscarínico (anticolinérgico parassimpaticolítico)
Usada na patologia do labirinto
Atropina
Antagonista muscarínico
Anticolinérgico parassimpaticolítico
Doxilamina
Anticolinérgico parassimpaticolítico
Antagonista H1
Em associação com diciclomicina (antagonista Ach) para tratar náuseas
Reações adversas dos anti-colinérgicos
Taquicardia Midríase Xerostomia Diminuição da contração da bexiga Dificuldade de micção Variações de acomodação Ileus
Principiais Antagonistas H1 usados no enjoo
Dimenidrato
Cinarizina
Antagonistas H3 usados no enjoo
Beta-histina (não se conhece o mecanismo)
Anti-histamínicos H1 que atuam como antivertiginosos (atualmente aprovados)
DIFENIDRAMINA
PROMETAZINA - também é anti D2
DIMENIDRATO
Beta-Histina
Mecanismo pouco conhecido Usado na patologia do labirinoto e na 3ª idade na irrigação cerebral Agonista H1 - vasodilatação Antagonista H3 - labirinto Queixas gástricas Hipersensibilidade cutânea