Dor Crônica - Caso 2 Flashcards
Dor crônica
Como se inicia o processo fisiopatológico?
Ativação de receptores periféricos
Caracterize o fenômeno de sensibilização periférica
Estimulo intenso e prolongado > liberação de substâncias com ação infamatória > duração de horas ou dias > mudanças na sensibilidade das fibras nervosas
Qual outro fenômeno de sensibilização que ocorre ?
Sensibilização central
Sensibilização central
Se caracteriza por… (3)
- atividade espontânea aumentada
- redução do limiar ou elevação na responsividade
- descargas prolongadas após estímulos repetidos
Windup
Definição
Aumento progressivo do potencial de ação às estimulações repetidas
Fenômeno windup
É necessário que haja ativação dos :
Receptores NMDA
Receptores NMDA
Fatores essenciais para ativação (2)
- ligação com glutamato
- remoção do íon magnésio
Dor neuropática
Caráter da dor (3)
- queimação
- formigamento
- choque elétrico
Dor neuropática
Exame físico
Déficit sensitivo na área de dor
Dor crônica
Fatores de risco (5)
- genética
- medos e expectativas do paciente
- condições psiquiátricas
- idade avançada
- uso de opioides a longo prazo
V ou F :
O transtorno emocional mais comum nos pacientes com dor crônica é a ansiedade.
FALSO.
O mais comum é o transtorno depressivo maior.
Exame físico
Cite os achados além da diminuição da sensibilidade (2)
- paciente protege a área dolorosa;
- paciente evita certos movimentos ou posturas em função da dor
Lesão nervosa
Sinais (4)
- deficiência sensitiva
- alodinia
- perda de força
- abolição dos reflexos tendíneos profundos
Fibromialgia
Definição
Dor crônica generalizada (pelo menos 3 meses ) + fadiga, distúrbios do sono e distúrbios cognitivos.
Dor generalizada
Definição
Dor que envolve:
- regiões abaixo e acima da cintura
- do lado direito e esquerdo do corpo
- pelo menos um segmento da coluna vertebral
Hipótese de fibromialgia
Hipótese
Dor generalizada
** Fibromialgia**
Fisiopatologia
Sensibilização central + amplificação dos estímulos sensoriais perifericos + redução do controle inibitório descendente da dor
Fibromialgia
Como a dor piora?
- Frio
- umidade
- tensão emocional
- esforço físico
Fibromialgia
Quadro doloroso é acompanhado de… (exame físico)
Edema e parestesias
Fibromialgia
Eventos desencadeantes para início da dor (3)
- Estresse emocional
- trauma físico ou psicológico
- esforço
Fibromialgia
Achado clínico mais característico no exame físico
Palpação dolorosa de áreas musculares circunscritas (pontos dolorosos)
Fibromialgia
Tratamento não farmacológico (2)
- exercício físico;
- psicoterapia
Fibromialgia
Classes farmacológicas + utilizadas (4)
- antidepressivos
- anticonvulsivantes
- relaxantes musculares
- indutores do sono
Fibromialgia
Tricíclicos usados (2)
- amitriptilina
- ciclobenzaprina
Fibromialgia
Antidepressivo dual + utilizado no tratamento
Duloxetina
Fibromialgia
Principais anticonvulsivantes utilizados (2)
- pregabalina
- gabapentina
Fibromialgia: tratamento
Qual efeito (além do analgésico) os anticonvulsivantes gabapentoides apresentam que é interessante?
- Auxiliam no sono e ansiedade
Fibromialgia
Único opioide eficaz
Tramadol
Síndrome dolorosa miofascial (SDM)
Definição
Dor regional originada de pontos hiper-irritáveis (pontos-gatilhos miofasciais)
SDM
Epidemiologia (2)
- Predomínio em mulher
- pico de ocorrência entre 31-50 anos
SDM
Fatores associados (4)
- lesão
- sobrecarga
- estresses repetidos das fibras musculares
- contração muscular exageradamente prolongada
SDM
O que são os pontos de gatilho miofasciais (PGM)?
Nódulos rígidos e dolorosos à palpação do músculo acometido
PGM ativo
Características (3)
- localizamos nos locais onde há dor muscular
- focos de hiperirritabilidade
- situados nas bandas musculares tensas
PGM latente
Características (4)
- assintomáticos
- não causam dor durante atividade física
- geram menos disfunção
- tornam-se ativos diante de estressores físicos endógenos, exógenos ou emocionais
SDM
Objetivo do tratamento (2)
- Inativação dos PGM;
- interrupção do mecanismo de dor
SDM
Relaxantes musculares utilizados (2)
- ciclobenzaprina
- tiazadina (primeira linha)
V ou F
O uso de antidepressivos triciclicos e de ISRS estão bem estabelecidos no tratamento da SDM, enquanto que o sumatriptano não é indicado
FALSO.
Os estudos sobre uso de antidepressivos na SDM são inconclusivos. Pacientes com SDM se beneficiam do uso de sumatriptano.
SDM
Opioide que pode ser utilizado
Tramadol
SDM
Exemplos de fenotiazinas (3)
- Clorpromazina
- levopromazina
- propericiazia
Dor de origem central
Definição
Dor neuropática crônica iniciada ou causada pela lesão ou disfunção do SNC
Dor central
Etiologias (4)
- AVC;
- lesão medular;
- esclerose múltipla;
- doença de parkinson
Dor de origem central
Exemplo mais comum
AVC
Dor central
Quando se inicia?
Aparecimento da dor passados meses ou anos da lesão que a gerou
Dor central
Distribuição
Respeita a área de sensibilidade anormal correspondente à lesão base
Dor central
Padrões de dor (3)
- espontânea ou evocada por estímulos externos ou não ( padrão neuropático)
- contínua ou paroxística
- queimação, agulhadas ou cãibras
V ou F
Estímulos térmicos são a forma mais comum de geração de dor em pacientes com AVC ou lesão medular.
FALSO.
A alodínia mecânica parece ser a forma mais comum
Tratamento da dor central
Classes de medicamentos (4)
- triciclicos (especialmente pós-AVC e lesão medular)
- anticonvulsivantes (gabapentina, pregabalina, lamotrigina, carbamazepina…)
- opioide (metadona é o mais usado)
- canabinoides
**Neuralgias craniofaciais **
Caráter da dor (3)
- Súbita;
- paroxística;
- contínua
Neuralgias
Caracteriza a dor súbita
Dor em choque elétrico de curta duração, de segundos a minutos
Neuralgias craniofaciais
Localização da dor
Presente em uma zona-gatilho (intra ou extrabucal, face, cervical)
Dor contínua nas neuralgias
Caracterize
Caráter constante e em queimação
Neuralgia mais predominante da região craniofacial
Neuralgia do trigêmeo
Neuralgia do trigêmeo
Caráter da dor (6)
- dor lancinante
- unilateral
- choque elétrico
- limitado às regiões de inervação do 5º nervo
- dor repentina
- desencadeada por estimulo tátil na zona-gatilho
Neuralgia trigeminal
Epidemiologia (2)
- mulheres
- 50-70 anos
Neuralgia do trigêmeo
Diagnóstico diferencial (2)
- neuropatia trigeminal dolorosa devido à esclerose múltipla
- neuropatia trigeminal dolorosa atribuída à lesão
Neuropatia trigeminal idiopática Xneuropatia trigeminal associada à esclerose múltipla
Como diferenciar?(2)
Esclerose múltipla:
- acometimento bilateral
- pacientes jovens
Tratamento da neuralgia do trigêmeo
Fármacos mais utilizados (3)
- carbamazepina (primeira escolha)
- oxcabazepina
- gabapentina
Tratamento da neuralgia trigeminal em pacientes refratários
tratamento neurocirúrgico:
- descompressão microvascular (melhor resultado à longo prazo)
- microcompressão do gânglio trigeminal por balão
Neuropatia diabética
Forma mais comum
Polineuropatia simétrica distal
Polineuropatia simétrica distal
Onde inicia-se a lesão?
Inicia-se distalmente
Neuropatia diabética
Cite 2 sinais (mesmo em assintomáticos)
- hipoestesia plantar
- perda do reflexo Aquileu
Polineuropatia simétrica distal
Exame de maior acurácia
Teste do monofilamento
Polineuropatia simétrica distal
Sintomas (4)
- parestesias
- disestesias
- dor neuropática
- hiperpatia
Polineuropatia simétrica distal
Caráter da dor (4)
- surgir em repouso
- queimação
- piora noturna
- melhora com deambulação
Polineuropatia simétrica distal
Descreva a distribuição de sintomas
- em bota (até a panturrilha)
- em luva (até as mãos)
Polineuropatia simétrica distal
Sinal do rezador
Incapacidade de pôr as palmas das mãos uma contra a outra (atrofia da musculatura interóssea)
Polineuropatia simétrica distal
Tratamento não farmacológico e medida de controle importante
- Cuidado com o PÉ!! Prevenção do pé diabético é fundamental
- CONTROLE da glicemia
Polineuropatia simétrica distal
Medicações utilizadas (3)
- triciclicos (primeira linha) : amitriptilina e imipramina
- anticonvulsivantes : pregabalina e gabapentina
- outros antidepressivos : duloxetina
Dor fantasma
Definição
Paciente sente dor e disestesia nos membros em que não estão mais presentes
Dor fantasma
Diagnósticos diferenciais (2)
- dor no coto de amputação
- telescoping (sentir a extremidade distal mais proximal)
Dor do membro fantasma
Intensidade da dor na escala analógica visual
Varia entre 7-10
Dor fantasma
Caráter (6)
- lancinante
- queimação
- em cólica
- em choque
- penetrante
- segundos a hora
Dor fantasma
Quando se inicia?
Geralmente 14 dias após a amputação, mas pode ser bem mais precoce (menos de 24h)
Dor fantasma
Tratamento farmacológico (2)
- cetamina
- anticonvulsivantes
- opioides
- antidepressivos
Neuralgia pós-herpética
Caracterize a dor
- Dor neuropática como complicação da herpes-zoster (HZ)
- dor contínua em queimação, paroxismos de pontada, choque e latejamento
V ou F
Pacientes com neuralgia pós-herpética podem cursar com hiperalgesia e alodinia
Verdadeiro
Neuralgia pós-herpética
Exame físico
- hiper/hipopigmentação ou cicatrizes nos dermátomos afetados previamente pelo HZ
Neuralgia pós-herpética
Mecanismo
Dano e cicatrização do gânglio da raiz dorsal secundário à inflamação pela reativação viral
Locais mais comuns para ocorrência de HZZ e neuralgia pós-herpética
- dermatomos medianos torácicos
- divisão oftálmica do nervo trigêmeo
Neuralgia pós-herpética
Prevenção
- tratamento do HZ : aciclovir
- vacinação HZ
Neuralgia pós-herpética
Tratamento farmacológico de primeira linha
- anticonvulsivantes gabapentinoides : gabapentina e pregabalina
Neuralgia pós-herpética
Qual outra classe de medicamento pode ser usada e tem bom efeito?
Tricíclicos