Distopias Genitais (POP) Flashcards

1
Q

Diferencie Distopias genitais de Prolapsos genitais.

A

Distopias genitais correspondem ao deslocamento de um órgão de seu local habitual. Um dos tipos de distopias é o prolapso. Prolapso genital é o deslocamento caudal dos órgãos pélvicos (vagina, colo do útero, útero, bexiga, reto, uretra) através da vagina.

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2
Q

Defina: cistocele, uretrocistocele, prolapso uterino, retocele, enterocele, elitrocele e inversão uterina.

A

Cistocele: deslocamento inferior (prolapso) da bexiga. Uretrocistocele: prolapso da bexiga e uretra. Prolapso Uterino: prolapso do útero através do introito vaginal. Retocele: prolapso do reto pela parede vaginal posterior. Enterocele: herniação do ID para a cavidade vaginal. Elitrocele: eversão da cúpula vaginal. Inversão Uterina: invaginação do fundo uterino (complicação do secundamento inadequado).

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3
Q

Quais aparelhos garantem a estática pélvica?

A

Os de sustentação (suporte) e os de suspensão.

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4
Q

Quais estruturas fazem parte do aparelho de suspensão da pelve?

A

Apresenta 2 feixes anteriores (lig. pubovesicouterinos), 2 feixes laterais (lig. cardinais ou de Mackenrodt ou paramétrios laterais - mais importantes) e 2 feixes posteriores (lig. uterossacro).

*Suspensão é ligamento (não músculo).

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5
Q

Quais estruturas compõem o aparelho de sustentação da pelve?

A

É o assoalho pélvico (estruturas entre o peritôneo pélvico e a pele da vulva), sendo composto pelos diafragmas pélvico e urogenital e pela fáscia endopélvica. Esses 3 formam o aparelho de sustentação.

*O que sustenta é o músculo.

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6
Q

Do que é composto o diafragma pélvico e o urogenital?

A

DP: músculo levantador do ânus (mm. puborretal, pubococcígeo e íleococcígeo) + músculo ísquiococcígeo/coccígeo + suas fáscias. DU: músculo transverso profundo do períneo + esfíncter uretral externo.

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7
Q

Do que é composta a fáscia endopélvica?

A

De 2 folhetos distintos: um que liga os órgãos pélvicos à parede pélvica e outro que liga os órgãos pélvicos entre si (útero, bexiga, vagina e reto), formando as fáscias vesicovaginal e retovaginal.

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8
Q

O que é o hiato urogenital?

A

É um espaço no assoalho pélvico entre as fibras mediais do levantador do ânus (por onde passa a vagina, uretra e reto), ocorrendo pois o DP não oclui completamente a pelve. O DU auxilia a oclusão desse hiato.

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9
Q

O que é a imagem a seguir:

A

Diafragma Pélvico em vista superior.

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10
Q

Identifique a estrutura a seguir:

A

.Vista inferior do diafragma pélvico.

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11
Q

Quais os componentes da estrutura da imagem?

A

.A estrutura da imagem é o assoalho pélvico, sendo ormado pelo DP, DU e fáscia endopélvica.

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12
Q

Aparelho de suspensão 1

A

.Ligamentos paramétrios anteriores (pubovesicouterinos), laterais (cardinais) e posteriores (uterossacros).

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13
Q

Aparelho de suspensão 2.

A

.

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14
Q

Qual a fisiopatologia do POP?

A

Ocorre por uma perda do equilíbrio dos fatores de sustentação e suspensão da pelve, promovendo o prolapso da estruturas pélvicas.

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15
Q

Qual as principais etiologias do POP?

A

Ocorre ou por enfraquecimento das estruturas de sustentação e suspensão ou por aumento crônico da pressão abdominal: Multiparidade (corresponde a 70% dos POPs), aumento crônica da pressão abdominal (esforço físico intenso, tosse por DPOC, constipação intestinal), obesidade, anomalias congênitas.

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16
Q

Quais os principais fatores fisiopatológicos envolvidos no POP em mulheres na menacme (período fértil da mulher) e em pós-menopausadas?

A

Em mulheres na menacme, é o alongamento dos ligamentos cardinais e uterossacros, enquanto que em pós-menopausadas, é a atrofia ou hipoplasia generalizada do tecido conjuntivo e muscular.

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17
Q

Como podem ser classificados os POPs?

A

De acordo com a relação com o introito vaginal (1°, 2° e 3° graus, não alcançando, pouco exteriorizado e totalmente exteriorizado pelo introito vaginal, respectivamente) e pela classificação da ICS.

18
Q

Como é feita a classificação pela ICS?

A

Utiliza-se os termos prolapso da parede anterior e prolapso da parede posterior ao invés de cistocele, enterocele e retocele (só são empregados caso testes específicos comprovem sua presença). Utilizam-se pontos de referência: hímen (negativo quando antes e positivo quando após), parede anterior da vagina (Aa e Ba), parede posterior da vagina (Ap e Bp), colo do útero (C) e fórnix posterior da vagina/fundo de saco de Douglas (D).

19
Q

Quais o estadiamento do POP pela classificação da ICS?

A

0: sem POP. 1: posição -1. 2: entre a posição -1 e +1. 3: entre a posição +1 e +2. 4: além da posição +2.

20
Q

Quais estruturas podem estar prolapsadas nos seguintes casos: Prolapso do compartimento/parede anterior, Prolapso do compartimento apical e prolapso do compartimento/parede posterior?

A

Compartimento Anterior: cistocele, uretrocele e cistouretrocele. Compartimento Apical: uterocele, enterocele (fórnice posterior) ou cúpula vaginal. Compartimento Posterior: retocele.

21
Q

O que é o prolapso de compartimento anterior?

A

É a descida da parede vaginal anterior de forma que a junção uretrovesical (Aa - 3cm do hímen) esteja a menos de 3 cm do hímen.

22
Q

Por que ocorre o prolapso do compartimento anterior?

A

Decorre de uma lesão da fáscia vesicovaginal, podendo ser um defeito central/de distensão ou lateral (p).

23
Q

Qual a diferença entre o prolapso de compartimento anterior por defeito central para defeito lateral?

A

No primeiro, o defeito é por distensão/enfraquecimento da fáscia (entre a parede vaginal e a bexiga), fazendo com que a mucosa vaginal perca sua rugosidade, diminua sua espessura, porém mantendo os sulcos anterolaterais. O defeito lateral, por sua vez, ocorre por desinserção lateral da fáscia pubocervical do arco tendíneo da fáscia endopélvica. Há manutenção da espessura e rugosidade da vagina, mas há apagamento dos sulcos anterolaterais.

24
Q

Causas central e lateral do prolapso de compartimento anterior:

A
25
Q

Qual o QC do prolapso de compartimento anterior?

A

Sensação de peso/desconforto na genitália externa (se agrava a medida que passa o dia, melhora quando deita e é menos intenso de manhã), exteriorização de uma “bola” na vagina, incontinência urinária, polaciúria, dispareunia e disfunção sexual.

26
Q

Como é feito o diagnóstico e tratamento de prolapso de compartimento anterior?

A

O diagnóstico é clínico (descida do conteúdo em repouso e em Valsalva) + lâmina do espéculo comprimindo a parede posterior (a bola ainda continua após compressão - se eu comprimir a anterior, desaparece). O tto em assintomáticas, pode-se usar um pessário vaginal, mas em sintomáticas usa-se a correção cirúrgica por colporrafia anterior (Kelly-Kennedy - colpoperineoplastia corrigindo a fáscia pubovesicocervlcal).

*Se recidivar por defeito lateral: considerar uso de tela (risco de extrusão - sair).

27
Q

Quais estruturas são prolapsadas e quais as causas do prolapso apical?

A

As estruturas são o útero, o fórnice posterior (enterocele) e a cúpula vaginal pós-histerectomia. A causa base é a lesão dos paramétrios (ligamentos de suspensão), podendo ocorrer por trauma de parto ou cirurgias.

28
Q

Qual o QC do prolapso uterino?

A

O mesmo de qualquer prolapso: sensação de peso/desconforto na genitália externa, exteriorização de uma “bola” pela vagina, sangramento pelo atrito com roupa íntima, dispareunia e disfunção sexual. O desconforto é aliviado ao deitar-se, é menor pela manhã e piora com o decorrer do dia.

29
Q

Como é feito o diagnóstico de prolapso uterino? Qual o DD principal?

A

Clínica + exame físico, com inspeção dinâmica com Valsalva. Deve-se analisar todas as paredes vaginais, pois um grande prolapso de uma parede pode encobrir um prolapso menor de outra parede. O principal DDx é o alongamento hipertrófico do colo (cervicometria para diferenciar).

30
Q

Qual o tto de prolapso uterino?

A

Conservador (se pequeno ou alto risco cirúrgico) ou cirúrgico (histerectomia vaginal com reconstrução de assoalho pélvico OU cirurgia de Manchester, que é uma amputação parcial do colo e fixação no paramétrio, principalmente se desejo reprodutivo ou alto risco cirúrgico). O primeiro consiste nos exercícios de Kegel e pessários vaginais (fortalecimento da musculatura pélvica).

31
Q

Qual a causa do prolapso de cúpula vaginal (elitrocele)?

A

Adelgaçamento das estruturas de suporte ou por lesão dessas estruturas por cirurgias (como na histerectomia).

32
Q

Qual o tto do prolapso de cúpula vaginal?

A

Se condições cirúrgicas: fixar cúpula ao promontório ou no ligamento sacroespinhoso.

Se alto risco cirúrgico: pessário ou cirurgia de colpocleise (Le Fort) - impede atividade sexual.

*Colpocleise pode até ser usado para uterocele se alto risco cirúrgico.

33
Q

Por que ocorre a enterocele?

A

Ocorre por um defeito na fáscia endopélvica, fazendo com que o peritôneo fique em contato direto com a vagina e, consequentemente, o intestino delgado se insinue pela cúpula vaginal.

34
Q

Qual a causa da enterocele?

A

A maioria aparece após histerectomias, mas está relacionado, com frequência, à retocele alta (promove enfraquecimento da parede vaginal superior).

35
Q

Como é feito o diagnóstico de enterocele?

A

O diagnóstico pode ser feito pela seguinte manobra: reposiciona-se a cúpula vaginal com um tampão, realiza-se o toque retal e pede para a paciente fazer Valsalva. Caso haja enterocele, entre o dedo do examinador e o tampão haverá um saco herniário com omento ou alça intestinal.

36
Q

Por que ocorre o prolapso de parede posterior (retocele)?

A

Enfraquecimento da fáscia retovaginal e de seus pontos de fixação nos músculos levantadores do ânus, associado à lesão no centro tendíneo do períneo.

37
Q

Qual o QC da retocele? Como dx?

A

Além das queixas de todos os prolapsos, pode haver dificuldade durante as evacuações.

Dx: comprimir a parede anterior e a bola continua ali. Quando comprimir a posterior, ela desaparece.

38
Q

Qual o tto para retocele?

A

Colporrafia posterior com plicatura da fáscia retovaginal.

39
Q

Explique a classificação POP-Q.

A

A leta minúscula diz a parede: a = parede anterior; p = parede posterior.

A letra maiúscula diz respeito à algum ponto da parede referida.

O C é o colo (ou cúpula se for histerectomizada).

O D é o fundo de saco de Douglas (quando histerectomia, não há ponto D).

Qualquer letra se estiver com n° negativo, é por que está dentro do canal vaginal e positivo está para fora. O n° corresponde ao cm.

O ponto zero é a carúncula himenal.

*Vale o ponto de maior prolapso.

40
Q

Como classificar o estágio do POP?

A

I: < -1.

II: -1 a +1.

III: maior igual a 2 mas não total.

IV: total.