Direito Processual Penal Flashcards

1
Q

Segundo o CPP, o Juiz das Garantias atua até que momento?

A

DIVERGÊNCIA.

Atua até o recebimento da denúncia ou queixa-crime.
Conforme Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código.

OCORRE QUE NOS JULGAMENTO DAS ADIs 6298, 9299, 6300 e 6305, o STF estabeleceu que a competência do juiz das garantias se limita até o OFERECIMENTO DA DENÚNCIA.

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2
Q

De quem é a competência para julgar crimes em que indígenas figurem como autor ou vítima?

A

Competência da Justiça Comum Estadual, conforme súmula 140 do STJ.

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3
Q

De que forma é firmada a competência para julgar o crime de uso de documento falso?

A

É firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor. Súmula 546 STJ

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4
Q

A Justiça Federal julga quais tipos de contravenção penal?

A

NENHUM. Compete à Justiça Comum Estadual o processo por contravenções penais. Súmula 38 STJ.

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5
Q

A Justiça do Trabalho é competente para o julgamento de falsa anotação na carteira de trabalho e previdência social, atribuído à empresa privada?

A

NÃO. A competência é da Justiça Estadual. Súmula 62 STJ.

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6
Q

O que ocorre quando há mudança de competência promovida por lei posterior?

A

Lei posterior que altera a competência, tem aplicação imediata aos processos em andamento na primeira instância (art. 2º CPP). No entanto, caso já haja sentença de mérito, a causa prosseguirá na jurisdição em que foi prolatada, salvo se suprimido o Tribunal que deveria julgar o recurso. (STF - HC 76.510)

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7
Q

De quem é a competência para julgar homicídio cometido por policial contra policial quando ambos (autor e vítima) estavam fora do serviço no momento do crime?

A

É da Justiça Comum (Tribunal do Júri).

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8
Q

A Justiça Militar é competente para julgar as contravenções penais?

A

Não, ainda que esteja na ativa o contraventor, pratica conduta ilícita fora do horário de serviço, em contexto dissociado do exercício regular da profissão e em lugar não vinculado à ADM pública.

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9
Q

Havendo repercussão interestadual, o delta da PF, pode apurar crimes cuja apuração seja de competência da justiça estadual?

A

Sim, não haveria mácula apta para invalidar a produção de prova. Pode sim.

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10
Q

De quem é a competência para julgar crimes políticos?

A

É da Justiça Federal.

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11
Q

A quem compete julgar o crime contra casa lotérica?

A

A Justiça Estadual, por se tratar de uma permissionária de direito privado.

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12
Q

A quem compete julgar o crime de roubo contra os Correios?

A

Se for contra franquia, será de competência estadual.

Sendo contra o próprio ente da ADM. Indireta Federal ou um carteiro

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13
Q

De quem é a competência para julgar crime contra a OAB?

A

Competência da Justiça Federal, STF entende que a OAB possui natureza sui generis.

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14
Q

De quem é a competência para julgar crime contra consulado estrangeiro?

A

Competência da Justiça Estadual.

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15
Q

Qual a competência para julgar crime de falsificação?

A

Irá depender do órgão responsável pela emissão do documento.

CNH: Justiça Estadual (detran)
CPF: Justiça Federal (Receita Federal)
Diploma de curso superior de ensino particular: Justiça Federal (Ministério da Educação)
Documento relativo a estabelecimento de ensino particular: Justiça Estadual - Súmula 104, STJ.
CIR (caderneta de inscrição e registro) OU CHA (carteira de habilitação de arrais-amador), emitidos pela marinha - Justiça Federal.

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16
Q

Qual a competência para julgar crime de uso de documento falso?

A

É baseado na pessoa prejudicada pelo uso. Não importando o órgão emissor.

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17
Q

Existe algum tipo de exceção em que compete a JF o julgamento de contravenção?

A

Sim, no caso de contravenção praticada por agente com foro privilegiado por prerrogativa de função.

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18
Q

Qual a competência para a Execução Penal?

A

É fixada de acordo com base na natureza do estabelecimento prisional. Irrelevante saber de onde veio a condenação.

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19
Q

De quem é a competência para julgar crime de omissão de anotação de vínculo empregatício?

A

STJ: A JF, em razão do sujeito passivo ser o Estado, de forma primária.

STF: Justiça Estadual pelo sujeito passivo secundário ser o particular prejudicado.

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20
Q

Qual a competência para julgar os crimes contra a ordem tributária?

A

Depende da natureza do tributo.

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21
Q

Qual a competência para julgar os crimes da Lei 8.176/91 (adulteração de combustíveis)?

A

A lei silencia sobre, portanto é de competência da Justiça Estadual.

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22
Q

Qual a competência para julgar os crimes da Lei de Lavagem de Capitais? Lei 9.613/98

A

Em regra é a Justiça Estadual.

Quando o crime é praticado em detrimento de bens, serviços ou interesses da União, suas autarquias ou empresas públicas: JUSTIÇA FEDERAL.

Quando o crime antecedente é de competência da Justiça Federal: JUSTIÇA FEDERAL.

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23
Q

Qual a competência para julgar um crime cometido em uma lancha? (pequeno barco)

A

Competência é da Justiça Estadual, pois o conceito de navio é embarcação de grande porte. E se estiver em situação de deslocamento internacional o navio, competência é da JF.

NAVIO ANCORADO é de competência da J. Estadual.

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24
Q

Existe algum conflito de competência em razão da aeronave estar pousada ou voando?

A

Não, em ambos os casos será de competência da JF.

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25
Qual a competência para julgar os crimes contra os direitos indígenas?
Em regra, a J. Estadual é competente para os crimes praticados por e contra índio. MAS ao se tratar dos direitos indígenas, a JUSTIÇA FEDERAL é competente.
26
Qual a competência para julgar infrações penais decorrentes da tentativa de abertura de conta corrente mediante a apresentação de documento falso em agência do BB localizada nas dependências de agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) que funcione como banco postal?
JUSTIÇA ESTADUAL.
27
Qual a expressão correta para "foro privilegiado"?
RATIONE FUNCIONAE. Foro por prerrogativa de função.
28
A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de função?
Prevalece apenas no caso do foro por prerrogativa de função for estabelecido exclusivamente por Constituição ESTADUAL. Caso a Constituição Federal estabeleça o foro por prerrogativa de função, então prevalece sobre o tribunal do júri. SV 45 - STF
29
Qual é a teoria aplicada, em regra, para determinar a competência territorial?
Teoria do Resultado, determinando a competência pelo local de consumação, ou em caso de tentativa, pelo lugar do último ato de execução.
30
Como podemos definir o Princípio do Esboço do Resultado?
Segundo Fernando de Almeida Pedroso, é chamado assim pois uma vez que o resultado do delito é esboçado no local da conduta. Ex: A atirou em B em Campinas, mas B morreu em hospital de São Paulo. Se fossemos aplicar o art. 70 do CPP, a competência territorial seria de São Paulo, porém é aplicada a competência de Campinas.
31
Qual é a diferença entre crime plurilocal e crime à distância ou de espaço máximo?
A diferença é que o crime plurilocal ocorre dentro do território nacional, seja a conduta e resultado em diferentes locais. (Teoria do Resultado) Já o crime à distância ou de espaço máximo, necessariamente envolve 2 países, sendo a conduta em um e o resultado em outro. (Teoria da Ubiquidade)
32
Qual será a competência territorial no caso de crime de descaminho ou contrabando?
Será definida pelo local da apreensão dos bens. Súmula 151/STJ
33
Quando podemos aplicar a competência territorial para o local de domicílio do autor da infração penal?
Também chamado de foro subsidiário ou supletivo, é aplicado quando não se sabe o local da consumação do crime, ou em caso de crime de ação privada e o querelante pode escolher o local.
34
O que acontece quando há conexão entre crime de competência comum (federal ou estadual) e crime eleitoral?
Compete à Justiça Eleitoral julgar crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos.
35
De quem é a competência para julgar o crime de desacato a juiz de direito no exercício da função eleitoral?
É da Justiça Federal.
36
A competência por Conexão se dá de quais formas?
A conexão é a interligação entre duas ou mais infrações, julgadas em um único processo. Modalidades: 1. Intersubjetiva: ocorrência de duas ou mais infrações e praticadas por duas ou mais pessoas. 1.1 Pode ser por Similaridade de tempo e espaço, ofertando denúncia única, configurando cada crime a cada autor. 1.2 Concursal, agentes em concurso, abarcando todos os delitos praticados. 1.3 Por reciprocidade: dois ou mais delitos, praticados por duas ou mais pessoas, que investem uma contra as outras. 2. Teleológica: praticada uma infração para facilitar ou ocultar a outra. 3. Probatória ou Instrumental: quando o primeiro delito influencia na prova do delito secundário.
37
E a Continência se da de quais formas?
É a reunião no mesmo processo de duas ou mais pessoas que concorreram para um único delito ou quando duas ou mais infrações foram praticados apenas por uma conduta. Modalidades: 1. Cumulação subjetiva: apenas um delito, praticado por duas ou mais pessoas. 2. Cumulação objetiva: existe apenas uma conduta, que produz dois ou mais resultados lesivos, concurso formal de delitos.
38
Qual competência prevalece: Juri x órgão da jurisdição comum?
Tribunal do Júri.
39
Qual competência prevalece: Justiça comum x especial?
Justiça Especial, princípio da especialidade.
40
Apesar de não haver previsão legal, o MP deve se manifestar acerca do arquivamento de inquérito policial. V OU F
A questão cobra um entendimento do STF de extrema importância para a sua prova. A Suprema Corte, analisando os dispositivos alterados pelo Pacote Anticrime, dando interpretação conforme à Constituição ao art. 28, CPP, entendeu que, mesmo sem previsão legal expressa, o MP possui o dever de submeter a sua manifestação de arquivamento à autoridade judicial (Informativo 1106, STF).
41
Segundo entendimento do STF, se o Ministério Público optar pelo arquivamento do inquérito, deverá remetê-lo obrigatoriamente à instância de revisão. V OU F?
FALSO, No mesmo informativo, 1106, o STF entendeu que o MP PODERÁ enviar os autos para o Procurador-Geral ou a uma instância de revisão. Não existe, portanto, uma obrigatoriedade.
42
Maria, mãe de uma criança de 2 anos, está presa preventivamente em razão do delito de tráfico de drogas. Seu advogado requer a substituição por prisão domiciliar. Sobre o caso, responda: Um dos requisitos para que haja a substituição é que a mulher seja primária. V OU F?
INCORRETA Não há essa previsão no CPP para substituir prisão preventiva por domiciliar.
43
A autoridade policial somente poderá conceder fiança nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade mínima não seja superior a 4 (quatro) anos. V OU F
INCORRETA A fiança, segundo o art. 322, CPP, apenas poderá ser concedida pela autoridade policial nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade MÁXIMA (e não mínima) não seja superior a 4 (quatro) anos.
44
Segundo o Código de Processo Penal, se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser dispensada pela autoridade policial?
O Código de Processo Penal – art. 350 – prevê a possibilidade apenas da autoridade judicial dispensar a fiança em razão de pobreza. Portanto, não caberia ao delegado essa dispensa. Esse é o entendimento que você deverá levar para a sua prova oral. No entanto, em eventual prova oral/discursiva, é importante demonstrar o conhecimento de que há uma corrente na doutrina que defende que o Delegado de Polícia poderia deixar de arbitrar fiança em casos de hipossuficiência econômica daquele que lhe é apresentado em situação flagrancial, quando não puder arcar com o valor mínimo estabelecido.
45
A fiança poderá ser prestada enquanto não transitar em julgado a sentença condenatória?
CORRETA Previsão expressa do art. 334, CPP.
46
O quebramento injustificado da fiança importará na perda da totalidade do seu valor. v ou f
FALSO. O quebramento injustificado da fiança importará na perda da METADE do seu valor (art. 343, CPP).
47
Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços) ou aumentada até 100 vezes?
INCORRETA A fiança poderá ser aumentada em até 1000 vezes (e não 100), conforme art. 325, §1º, III, CPP.
48
Indiciamento indireto: é aquele realizado quando o investigado não é encontrado, estando em local incerto e não sabido. V OU F
) VERDADEIRA No indiciamento indireto, o investigado não foi encontrado. Já no indiciamento direto, o investigado foi encontrado e está presente.
49
Indiciamento coercitivo é verificado nas hipóteses em que o investigado dispõe de foro por prerrogativa de função e há necessidade de conjunção de vontades da autoridade policial e do respectivo Tribunal. V OU F
FALSA O conceito dado pela questão se refere ao INDICIAMENTO COMPLEXO, que advém de analogia à classificação em relação aos atos administrativos, já que é necessária a autorização do Tribunal e o ato do Delegado de propriamente indiciar. Já o indiciamento coercitivo é aquele decorrente de Auto de Prisão em Flagrante, uma vez que os pressupostos do indiciamento são quase os mesmos da lavratura do APF. Quem é preso em flagrante, inevitavelmente está indiciado, pois diante do flagrante temos a prova da materialidade do crime, indícios de autoria e circunstâncias fáticas.
50
É possível que a autoridade policial requisite diretamente às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações dados/sinais de localização, sem necessidade de autorização judicial. V OU F
INCORRETA Para que o Delegado requisite os dados de localização, é necessária a autorização da autoridade judicial. CUIDADO, a medida do art. 13-B, CPP é diferente da medida do art. 13-A. Nessa última, o delegado requer apenas DADOS CADASTRAIS, que dispensa autorização judicial.
51
A autoridade policial poderá requisitar às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações que disponibilizem, no prazo de 24 horas, dados/sinais que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito. V OU F
INCORRETA O prazo em questão é de 12 horas: Art. 13-B, § 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados - como sinais, informações e outros - que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.
52
A autoridade policial poderá requisitar às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações que disponibilizem, no prazo de 24 horas, dados/sinais que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito. V OU F
INCORRETA As empresas prestadoras de serviço de telecomunicação deverão disponibilizar IMEDIATAMENTE as informações.
53
O descumprimento de acordo de delação premiada ou a frustração da sua realização, por si só, é suficiente para autorizar a imposição da segregação cautelar. V OU F
ERRADA. O descumprimento de acordo de delação premiada ou a frustração na sua realização, por si só, não autoriza a decretação da prisão preventiva. É necessário verificar, no caso concreto, a presença dos requisitos da prisão preventiva, não podendo o decreto prisional ter como fundamento apenas a quebra do acordo. STJ. 6ª Turma. HC 396.658-SP, Rel. Min. Antônio Saldanha Palheiro, julgado em 27/6/2017 (Info 609). STF. 2ª Turma. HC 138207/PR, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 25/4/2017 (Info 862).
54
Caso não tenha constado o monitoramento eletrônico entre os termos do acordo de colaboração premiada, não é possível a imposição pelo Juízo do uso da tornozeleira eletrônica ao colaborador. V OU F
ERRADA. Mesmo que não tenha constado o monitoramento eletrônico entre os termos do acordo, é possível a imposição pelo Juízo. Isto porque o monitoramento eletrônico não é modalidade de pena, mas modalidade de fiscalização do regular cumprimento da pena. Logo, sua imposição como meio de fiscalização pelo Juízo da Execução Penal, demonstrada sua necessidade, não configura violação dos termos do acordo de colaboração premiada ou da sentença transitada em julgada nem usurpação de competência de outro juízo. Vide Jurisprudência em Tese – STJ, edição 197.
55
Na colaboração premiada, o juízo que a homologa é, necessariamente, competente para o processamento de todos os fatos relatados no âmbito das declarações dos colaboradores, pois o acordo (meio de obtenção de prova) constitui critério de determinação, modificação ou concentração de competência, tornando juiz prevento por já ter tido acesso aos fatos relatados. V OU F
ERRADA. Na colaboração premiada, o juízo que a homologa não é, necessariamente, competente para o processamento de todos os fatos relatados no âmbito das declarações dos colaboradores, pois o acordo (meio de obtenção de prova) não constitui critério de determinação, modificação ou concentração de competência.
56
O acordo de colaboração da Lei n. 12.850/2013 - que define organização criminosa e dispõe sobre a investigação criminal e os meios de obtenção da prova - não se restringe a delitos praticados por organização criminosa, assim, não há óbice a que as disposições do referido diploma se apliquem a condutas cometidas em concurso de agentes. C OU E
CORRETA. O STJ decidiu que os benefícios legais da colaboração premiada: a) estão esparsos na legislação; b) foram instituídos também para beneficiar delatores; e que c) o Código de Processo Penal não regulamenta o procedimento de formalização dos acordos de delação premiada; e d) a Lei n. 12.850/2013 não prevê, de forma expressa, que os meios de prova ali previstos incidem tão-somente nos delitos de organização criminosa; não há óbice a que as disposições de natureza majoritariamente processual previstas na referida Lei apliquem-se às demais situações de concurso de agentes (no que não for contrariada por disposições especiais, eventualmente existentes). >> JÁ CAIU FGV TJ/SC/2022 “É lícita a produção probatória, pois em quaisquer condutas praticadas em concurso de agentes é possível celebrar acordo de colaboração premiada, independentemente da existência de crime da Lei nº 12.850/2013” (alternativa correta).
57
É inconstitucional a utilização de colaboração premiada prevista na mencionada norma em ação de improbidade administrativa, em quaisquer circunstâncias. C OU E
ERRADA >> JÁ CAIU FGV (TCE/PA/2024) E JÁ CAIU PARA DELEGADO PC/SP/2023 Tema 1043 STF: Tese: É constitucional a utilização da colaboração premiada, nos termos da Lei 12.850/2013, no âmbito civil, em ação civil pública por ato de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público, observando-se as seguintes diretrizes: (1) Realizado o acordo de colaboração premiada, serão remetidos ao juiz, para análise, o respectivo termo, as declarações do colaborador e cópia da investigação, devendo o juiz ouvir sigilosamente o colaborador, acompanhado de seu defensor, oportunidade em que analisará os seguintes aspectos na homologação: regularidade, legalidade e voluntariedade da manifestação de vontade, especialmente nos casos em que o colaborador está ou esteve sob efeito de medidas cautelares, nos termos dos §§ 6º e 7º do artigo 4º da referida Lei 12.850/2013; (2) As declarações do agente colaborador, desacompanhadas de outros elementos de prova, são insuficientes para o início da ação civil por ato de improbidade; (3) A obrigação de ressarcimento do dano causado ao erário pelo agente colaborador deve ser integral, não podendo ser objeto de transação ou acordo, sendo válida a negociação em torno do modo e das condições para a indenização; (4) O acordo de colaboração deve ser celebrado pelo Ministério Público, com a interveniência da pessoa jurídica interessada e devidamente homologado pela autoridade judicial; (5) Os acordos já firmados somente pelo Ministério Público ficam preservados até a data deste julgamento, desde que haja previsão de total ressarcimento do dano, tenham sido devidamente homologados em Juízo e regularmente cumpridos pelo beneficiado.
58
Cárcere privado cometido contra menor de 18 (dezoito) anos não é hediondo. C OU E
ERRADA. Trata-se da novidade legislativa do ano de 2024. Lei 8072/90: Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: XI - sequestro e cárcere privado cometido contra menor de 18 (dezoito) anos (art. 148, § 1º, inciso IV); (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)
59
Produzir, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente, é hediondo. C OU E
ERRADA Muita atenção para essa novidade legislativa do ano de 2024. Lei 8072/90: Art. 1º São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados VII - os crimes previstos no § 1º do art. 240 e no art. 241-B da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Art. 240 § 1º Incorre nas mesmas penas quem: (Redação dada pela Lei nº 14.811, de 2024) I - agencia, facilita, recruta, coage ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses contracena; (Incluído pela Lei nº 14.811, de 2024) II - exibe, transmite, auxilia ou facilita a exibição ou transmissão, em tempo real, pela internet, por aplicativos, por meio de dispositivo informático ou qualquer meio ou ambiente digital, de cena de sexo explícito ou pornográfica com a participação de criança ou adolescente. Sendo assim, o art. 240, caput, qual seja: Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente, NÃO FOI ACRESCIDO A LEI DE CRIMES HEDIONDOS.
60
Armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente é hediondo. C OU E
- CORRETA. Trata-se da novidade legislativa do ano de 2024. É considerado hediondo o art. 241-B da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), qual seja: Art. 241-B Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008).
61
Tráfico de pessoas é hediondo. C OU E
ERRADA Trata-se da novidade legislativa do ano de 2024. Lei 8072/90: Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei n o 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: XII - tráfico de pessoas cometido contra criança ou adolescente (art. 149-A, caput, incisos I a V, e § 1º, inciso II). (Incluído pela Lei 14.811, de 2024)
62
É possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por crimes ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que a represente?
CORRETA. A alternativa está correta, vez que é possível a responsabilização penal da pessoa jurídica por delitos ambientais independentemente da responsabilização concomitante da pessoa física que agia em seu nome, uma vez que a jurisprudência do STF e do STJ não mais adota a chamada teoria da “dupla imputação”, antiga posição segundo a qual a pessoa jurídica somente poderia ser punido se em conjunto com uma pessoa física.
63
Se a pessoa jurídica que estava respondendo processo penal por crime ambiental for incorporada, ela se considera legalmente extinta. Logo, neste caso, se não houver nenhum indício de fraude, devese aplicar analogicamente o art. 107, I, do CP (morte do agente), com a consequente extinção de sua punibilidade?
CORRETA. A alternativa está correta, conforme teor do INFO 746/STJ:“O princípio da intranscendência da pena, previsto no art. 5º, XLV da Constituição Federal, tem aplicação às pessoas jurídicas, de modo que, extinta legalmente a pessoa jurídica - sem nenhum indício de fraude -, aplica-se analogicamente o art. 107, I, do Código Penal, com a consequente extinção de sua punibilidade. STJ. 3ª Seção. REsp 1.977.172-PR, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 24/08/2022 (Info 746)”
64
O STJ pacificou o entendimento de que o laudo toxicológico definitivo, em regra, é imprescindível à comprovação da materialidade dos delitos envolvendo entorpecentes.?
CORRETA. A Terceira Seção do STJ, no julgamento do ERESp 1.544.057/RJ, pacificou o entendimento de que o laudo toxicológico definitivo, em regra, é imprescindível à comprovação da materialidade dos delitos envolvendo entorpecentes. Ausente o referido exame, deve-se absolver o acusado, ressalvada, no entanto, em situações excepcionais, a possibilidade de aferição da materialidade do delito por laudo de constatação provisório, desde que este tenha sido elaborado por perito oficial e permita grau de certeza idêntico ao do laudo definitivo.
65
) A apreensão de drogas não se revela imprescindível para a condenação do acusado pela prática do crime de tráfico de drogas, se os demais elementos de prova em conjunto se prestam à comprovação da materialidade delitiva?
ERRADA. É imprescindível a apreensão da droga, para que seja elaborada a perícia a fim de comprovar a materialidade do delito. Para a condenação de alguém pela prática do crime de tráfico de drogas, é necessária a apreensão de drogas e a consequente elaboração ao menos de laudo preliminar, sob pena de se impor a absolvição do réu, por ausência de provas acerca da materialidade do delito. Nem mesmo em situação excepcional, a prova testemunhal ou a confissão do acusado, por exemplo, poderiam ser reputadas como elementos probatórios aptos a suprir a ausência do laudo toxicológico, seja ele definitivo, seja ele provisório assinado por perito e com o mesmo grau de certeza presente em um laudo definitivo.
66
Para a caracterização do crime de tráfico de drogas, é necessária a apreensão de droga em poder de cada um dos acusados, pois é imprescindível que seja feita a perícia através do laudo toxicológico definitivo, ressalvada, no entanto, em situações excepcionais, a possibilidade de aferição da materialidade do delito por laudo de constatação provisório, desde que este tenha sido elaborado por perito oficial e permita grau de certeza idêntico ao do laudo definitivo.
ERRADA. A alternativa está errada porque não é imprescindível que a apreensão da droga seja em relação a cada um dos agentes em associação criminosa/organização criminosa. Vale ressaltar que, para a caracterização do crime de tráfico de drogas, não é necessária a apreensão de droga em poder de cada um dos acusados; basta que, evidenciado o liame subjetivo entre os agentes, haja a apreensão de drogas com apenas um deles para que esteja evidenciada, ao menos em tese, a prática do delito em questão. Assim, a mera ausência de apreensão de drogas na posse direta do agente não afasta a materialidade do delito de tráfico quando estiver delineada a sua ligação com outros integrantes da mesma organização criminosa que mantinham a guarda dos estupefacientes destinados ao comércio proscrito.
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O Ministério Público pode desistir do recurso que haja interposto, de acordo com sua conveniência e oportunidade. C OU E
INCORRETA Art. 576. CPP O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
68
Contra a decisão de impronúncia, caberá Recurso em Sentido Estrito. C OU E
INCORRETA Contra decisão de impronúncia caberá APELAÇÃO (art. 416, CPP). E contra a decisão de pronúncia caberá RESE (art. 581, IV, CPP).
69
Caberá apelação no prazo de 10 (dez) dias das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular. C OU E
INCORRETA O prazo de apelação é de 5 (cinco) dias e não 10 (dez), conforme art. 593, CPP. Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: [...]
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Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra. C OU E
CORRETA Havendo a possibilidade da mesma decisão ser questionada por RESE e Apelação, prevalecerá esta última: Art. 593. § 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
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É possível o efeito regressivo na apelação. C OU E
INCORRETA O efeito regressivo permite que, em determinados recursos, o juiz que proferiu a decisão impugnada a reforme. É um efeito do Recurso em Sentido Estrito. A apelação não tem esse efeito. Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários.
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Quais são as hipóteses de cabimento da prisão preventiva?
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; III - se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência;
73
O prazo para a realização de audiência de custódia é de 24 horas e dela participarão o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Delegado de Polícia. C OU E
INCORRETA. O delegado de polícia NÃO participa da audiência de custódia.
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O Código de Processo Penal veda a realização da audiência de custódia por videoconferência, assim obrigatoriamente ela deverá ter ocorrido de modo presencial, sem exceção. C OU E
INCORRETA. Embora haja vedação da realização de audiência de custódia por videoconferência no código de processo penal (art. 3º-B), o STF, por unanimidade, atribuiu interpretação conforme ao § 1º do art. 3º-B do CPP, para estipular duas relativizações ao dispositivo: 1) o prazo de 24 horas poderá ser estendido em caso de impossibilidade fática que impeça o seu cumprimento; 2) é permitido, excepcionalmente, o emprego de videoconferência, mediante decisão da autoridade judiciária competente, desde que este meio seja apto à verificação da integridade do preso e à garantia de todos os seus direitos. (CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É constitucional a instituição do juiz das garantias no processo penal brasileiro. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: . Acesso em: 16/10/2024) Assim, a questão encontra-se incorreta, pois o STF possibilita em casos excepcionais a realização de audiência de custódia por meio virtual.
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Mário, residente em Belo Horizonte, praticou o delito de injúria simples contra Pedro, em um restaurante na cidade de Uberlândia. Diante do ocorrido, a vítima, que reside em Uberaba, poderá ajuizar a queixa-crime qual (is) foro (s)?
A questão aborda o tema competência. Como se sabe, o art. 70 do CPP adota a teoria do resultado, ou seja, a competência será determinada pelo local em que a infração se consumar: Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução. Contudo, de forma excepcional, nos casos de ação penal privada, é possível que a vítima, ainda que conhecido o local da infração, opte pelo domicílio do réu: Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração. Assim, na questão narrada, é possível que a vítima opte pelo local que o fato se consumou (Uberlândia) ou pelo domicílio do réu (Belo Horizonte).
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Os policias pretendiam prender um famoso criminoso da região de Ouro Preto/MG, Marcelo, conhecido por assaltar turistas. Contudo, nunca conseguiam provar seus crimes, tampouco prendêlo em flagrante delito. Um dos policiais, Sérgio, teve a ideia de colocar drogas na mochila de Marcelo para prendê-lo em flagrante delito. A hipótese narrada trata-se de flagrante preparado. C OU E
– INCORRETA Neste caso estamos diante de flagrante FORJADO e não flagrante preparado. O flagrante forjado ocorre quando o fato típico não é praticado, mas é simulado pela autoridade ou por qualquer do povo com o objetivo de incriminar o suposto agente. É uma prisão absolutamente ilegal, passível de responsabilização penal e administrativa dos responsáveis. Cuidado para não confundir com flagrante preparado/provocado/crime de ensaio. Este caracteriza-se pelo induzimento à prática do crime pelo agente provocador que, ao mesmo tempo, toma todas as medidas necessárias para tornar impossível a consumação do delito. Trata-se de hipótese de crime impossível.
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Bruno, motivado por ódio e ciúmes, resolveu matar sua companheira Ana Alice. No momento da prática do crime, que acontecia no beco de uma avenida, policiais o avistaram e efetuaram a prisão em flagrante. A hipótese narrada trata-se de flagrante impróprio. C OU E
INCORRETA A situação narrada elucida a hipótese de flagrante próprio ou real, de acordo com o art. 302, I e II, do CPP: Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - está cometendo a infração penal; II - acaba de cometê-la; Ocorre quando o agente está COMETENDO (consumando = atos executórios) a infração ou ACABOU DE COMETÊ-LA (delito consumado). Essa forma de flagrante deve ser realizada no locus delicti. Já o flagrante impróprio ou irreal está disposto no art. 302, III, do CPP: III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração. Ocorre quando o agente, já tendo consumado o delito, ou em meio aos atos executórios, é interrompido por terceiros. Ao fugir, é perseguido e preso.
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Policiais militares de Belo Horizonte receberam uma denúncia de que dois sujeitos haviam roubado uma senhora e levado diversos pertences, como bolsa, carteira, relógio e brincos. Diante do fato, saíram em busca dos suspeitos e encontraram João e Márcio, que tinham as características que lhes foram passadas e estavam na posse dos objetos subtraídos. Assim, efetuaram a prisão. A hipótese narrada trata-se de flagrante assimilado. C OU E
CORRETA Flagrante assimilado, também conhecido com flagrante ficto ou presumido, tem previsão expressa no art. 302, IV, do CPP: IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. ATENÇÃO: Aqui, não há necessidade de perseguição. O agente é apenas encontrado, posteriormente, com objetos que façam presumir sua autoria.
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Policiais de Belo Horizonte receberam uma denúncia de que iria ocorrer um roubo numa loja de roupas famosa da cidade. Assim, dirigiram-se ao local dos fatos, e ficaram aguardando os sujeitos iniciarem a empreitada criminosa para prendê-los em flagrante. A situação elucida uma hipótese de flagrante retardado. C OU E
– INCORRETA A situação narrada se consubstancia na hipótese de flagrante esperado. Cuidado para não confundir flagrante esperado com flagrante diferido/retardado. No flagrante esperado, como o próprio nome já diz, há a espera da autoridade policial até o momento da prática do delito, não havendo nenhum tipo de provocação ou intervenção. Valendo-se de investigação anterior, a autoridade policial toma conhecimento de que um crime será praticado e, então, espera até o início de sua execução para prender o agente em flagrante. Trata-se de uma prisão válida, legal, justamente por não haver a interferência de nenhum agente provocador. Já o flagrante diferido, também denominado flagrante retardado ou ação controlada, é uma técnica policial que permite adiar a prisão em flagrante para aguardar o momento mais oportuno, em que se obterá maiores informações para a investigação criminal ou maior e melhor colheita de provas.
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Após matar seu irmão, João é perseguido por policiais por mais de 2 (duas) horas, até ser capturado e preso em flagrante delito. A situação ilustra hipótese de flagrante ficto. C OU E
INCORRETA A hipótese narrada é de flagrante impróprio ou quase flagrante, em que o sujeito é PERSEGUIDO logo após praticar o delito (art. 302, III, do CPP). Como vimos, o flagrante ficto/assimilado/presumido é previsto no art. 302, IV, do CPP e retrata a situação em que o sujeito é ENCONTRADO com objetos, papéis, instrumentos ou armas que o façam presumir ser ele o autor do crime.
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Se for constatada qualquer violação na cadeia de custódia, ocorrerá, obrigatoriamente, a nulidade das provas. c ou e
ERRADA Embora haja na doutrina divergência sobre o tema (e aqui é importante mencioná-la em eventual prova discursiva ou oral), o STJ entende que a quebra da cadeia de custódia, por si só, não causa nulidade da prova, é preciso analisar o contexto: As irregularidades constantes da cadeia de custódia devem ser sopesadas pelo magistrado com todos os elementos produzidos na instrução, a fim de aferir se a prova é confiável.STJ. 6ª Turma. HC 653515-RJ, Rel. Min. Laurita Vaz, Rel. Acd. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 23/11/2021 (Info 720).
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Se for caracterizada como uma perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poderá ser designada a atuação de mais de um perito oficial, e a parte, consequentemente, também poderá indicar mais de um assistente técnico. C OU E
CORRETA Trata-se de literalidade do art. 159, § 7º: § 7º. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico
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O recipiente em que foram acautelados os objetos só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise, sem exceção. C OU E
INCORRETA Há a possibilidade que o recipiente em que foram acautelados os objetos possa ser aberto pelo perito que vai proceder à análise ou POR PESSOA AUTORIZADA: Art. 158-D, § 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada.
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É dada a possibilidade ao Ministério Público para que investigue fatos criminosos por meio do inquérito policial. C OU E
INCORRETA. Embora seja possível que o MP investigue, ele o faz por meio do PIC (Procedimento Investigatório Criminal) e não do inquérito policial.
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Segundo decidiu o STF, o Ministério Público poderá investigar com base na teoria dos poderes implícitos. C OU E
CORRETA. Embora a CF/88 não consagre expressamente a possibilidade de investigação realizada pelo Ministério Público, o STF entende pela admissibilidade com base na teoria dos poderes implícitos. Trata-se de doutrina nascida nos EUA (Mc CulloCh vs. Maryland – 1819), que explica que se a Constituição outorga determinada atividade-fim a um órgão, significa dizer que também concede todos os meios necessários para a realização dessa atribuição. Assim, se a Constituição Federal atribuiu ao MP as funções de promover a ação penal pública (art. 129, I), também atribui a ele todos os meios necessários para o exercício da denúncia, como, por exemplo, a possibilidade de reunir provas para que fundamentem peça acusatória.
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A realização de investigações criminais pelo Ministério Público tem por exigência, dentre outras, a comunicação imediata ao juiz competente sobre a instauração e o encerramento de procedimento investigatório. C OU E
CORRETA. O STF fixou parâmetros para realização de investigação pelo MP, dentre os quais: A realização de investigações criminais pelo Ministério Público tem por exigência: (i) comunicação imediata ao juiz competente sobre a instauração e o encerramento de procedimento investigatório, com o devido registro e distribuição; (ii) observância dos mesmos prazos e regramentos previstos para conclusão de inquéritos policiais; (iii) necessidade de autorização judicial para eventuais prorrogações de prazo, sendo vedadas renovações desproporcionais ou imotivadas; iv) distribuição por dependência ao Juízo que primeiro conhecer de PIC ou inquérito policial a fim de buscar evitar, tanto quanto possível, a duplicidade de investigações; v) aplicação do artigo 18 do Código de Processo Penal ao PIC (Procedimento Investigatório Criminal) instaurado pelo Ministério Público (...) Vejamos o julgado que trata a respeito do tema, de suma importância para a sua prova: 1. O Ministério Público dispõe de atribuição concorrente para promover, por autoridade própria, e por prazo razoável, investigações de natureza penal, desde que respeitados os direitos e garantias que assistem a qualquer indiciado ou a qualquer pessoa sob investigação do Estado. Devem ser observadas sempre, por seus agentes, as hipóteses de reserva constitucional de jurisdição e, também, as prerrogativas profissionais da advocacia, sem prejuízo da possibilidade do permanente controle jurisdicional dos atos, necessariamente documentados (Súmula Vinculante 14), praticados pelos membros dessa Instituição (Tema 184 RG);2. A realização de investigações criminais pelo Ministério Público tem por exigência: (i) comunicação imediata ao juiz competente sobre a instauração e o encerramento de procedimento investigatório, com o devido registro e distribuição; (ii) observância dos mesmos prazos e regramentos previstos para conclusão de inquéritos policiais; (iii) necessidade de autorização judicial para eventuais prorrogações de prazo, sendo vedadas renovações desproporcionais ou imotivadas; iv) distribuição por dependência ao Juízo que primeiro conhecer de PIC ou inquérito policial a fim de buscar evitar, tanto quanto possível, a duplicidade de investigações; v) aplicação do artigo 18 do Código de Processo Penal ao PIC (Procedimento Investigatório Criminal) instaurado pelo Ministério Público;3. Deve ser assegurado o cumprimento da determinação contida nos itens 18 e 189 da Sentença no Caso Honorato e Outros versus Brasil, de 27 de novembro de 2023, da Corte Interamericana de Direitos Humanos - CIDH, no sentido de reconhecer que o Estado deve garantir ao Ministério Público, para o fim de exercer a função de controle externo da polícia, recursos econômicos e humanos necessários para investigar as mortes de civis cometidas por policiais civis ou militares;4. A instauração de procedimento investigatório pelo Ministério Público deverá ser motivada sempre que houver suspeita de envolvimento de agentes dos órgãos de segurança pública na prática de infrações penais ou sempre que mortes ou ferimentos graves ocorram em virtude da utilização de armas de fogo por esses mesmos agentes. Havendo representação ao Ministério Público, a não instauração do procedimento investigatório deverá ser sempre motivada; 5. Nas investigações de natureza penal, o Ministério Público pode requisitar a realização de perícias técnicas, cujos peritos deverão gozar de plena autonomia funcional, técnica e científica na realização dos laudos. STF. Plenário. ADI 2.943/DF, ADI 3.309/DF e ADI 3.318/MG, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 02/05/2024 (Info 1135).
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Considerando as disposições do Código de Processo Penal, da Constituição da República, e da Jurisprudência atualizada dos Tribunais Superiores: o sigilo do inquérito policial é, em regra, interno.
FALSA O sigilo do inquérito policial é, em regra, externo. O art. 20 do Código de Processo Penal dispõe que a autoridade assegurará, no inquérito, o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Portanto, sabe-se que uma das principais características do IP é ser sigiloso. Esse sigilo poderá ser: * Interno ou endógeno: não podendo ser oponível ao juiz, membro do MP e ao advogado do indiciado. * Externo ou exógeno: se opõe a terceiros estranhos aos autos. Assim, conclui-se que o sigilo do inquérito policial é um sigilo, em regra, externo. Ou seja: não é possível opor sigilo às “partes”, como defensor, membro do MP e juiz, mas apenas aos terceiros estranhos aos autos.
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é possível que autoridade policial determine a condução coercitiva de uma testemunha. c ou e
CORRETA Inicialmente importante recordarmos o que foi decidido pelo STF:O CPP, ao tratar sobre a condução coercitiva, prevê o seguinte: Art. 260. Se o acusado não atender à intimação para o interrogatório, reconhecimento ou qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser realizado, a autoridade poderá mandar conduzi-lo à sua presença. O STF declarou que a expressão “para o interrogatório” prevista no art. 260 do CPP não foi recepcionada pela Constituição Federal. Assim, não se pode fazer a condução coercitiva do investigado ou réu com o objetivo de submetê-lo ao interrogatório sobre os fatos.STF. Plenário. ADPF 395/DF e ADPF 444/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgados em 13 e 14/6/2018 (Info 906). Nota-se que a decisão da Suprema Corte foi restrita no sentido de se vedar a possibilidade de conduzir coercitivamente o RÉU ou INVESTIGADO para INTERROGATÓRIO. Ou seja, não há qualquer vedação para condução coercitiva em outras situações. Assim, não foi analisada a condução de outras pessoas como testemunhas, ou mesmo de investigados ou réus para atos diversos do interrogatório, como o reconhecimento de pessoas ou coisas. Isso significa que, a princípio, essas outras espécies de condução coercitiva continuam sendo permitidas.
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o órgão do Ministério Público pode requerer ao juiz a devolução do inquérito à autoridade policial para a realização de diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. C OU E
CORRETA A alternativa traz a possibilidade elencada no art. 16 do CPP: Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
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o arquivamento implícito pode ser compreendido como a ação do membro do Ministério que deixa de incluir na denúncia algum fato investigado ou indiciado, sem qualquer justificação do procedimento adotado. C OU E
CORRETA Segundo o autor Afrânio Silva Jardim: “entende-se por arquivamento implícito o fenômeno de ordem processual decorrente de o titular da ação penal deixar de incluir na denúncia algum fato investigado ou algum dos indiciados, sem expressa manifestação ou justificação deste procedimento. Este arquivamento se consuma quando o juiz não se pronuncia na forma do art. 28 com relação ao que foi omitido na peça acusatória”. Denota-se que há duas omissões por parte do MP: o promotor que deixa de incluir na denúncia algum fato investigado (arquivamento implícito objetivo) ou algum dos indiciados (arquivamento implícito subjetivo), sem justificação ou expressa manifestação deste procedimento. Vale ressaltar que a jurisprudência e doutrina majoritária NÃO admitem o arquivamento implícito, porque a simples omissão não implica arquivamento e o pedido de arquivamento deve ser fundamentado.
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A autoridade policial pode determinar a instauração de incidente de insanidade mental do investigado, no curso da investigação, não havendo qualquer oposição por parte do MP??
A autoridade policial se equivocou ao determinar a realização do exame, uma vez que caberia representar pela medida à autoridade judicial. Embora o exame possa acontecer durante a fase de inquérito policial, a autoridade policial não poderia ter determinado a sua realização. Nesse caso, o procedimento correto é representar à autoridade judicial pela medida. Art. 149, § 1º O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente.
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Não admitir-se-á embargos de terceiro contra o sequestro. C OU E
ERRADA Trata-se de literalidade do CPP: Art. 129. O sequestro autuar-se-á em apartado e admitirá embargos de terceiro.
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Considera-se prova a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias. C OU E
ERRADO, está é a definição de INDÍCIO. art. 239 CPP
94
De acordo com a doutrina majoritária, é possível a pronúncia do réu baseada exclusivamente em indícios derivados do inquérito policial?
Não é possível, é o entendimento que prevalece atualmente. Alega-se a violação do art. 155 do CPP.
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É possível utilizar a interceptação telefônica em processo cível ou administrativo, observada a reserva constitucional qualificada feita pela constituição de que apenas pode ser utilizada no processo criminal?
Pode, na forma de prova emprestada, ou seja, a interceptação telefônica foi utilizada no processo criminal em que o réu também configura como réu e o contraditório foi exercido no processo criminal.
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Cabe a utilização como prova emprestada de elementos informativos produzidos na fase de inquérito?
Em regra não, pois não houve o contraditório e a ampla defesa acerca do elemento informativo, ainda que contra a mesma pessoa que figurou como investigada no inquérito. Porém há uma exceção, no caso de provas não repetíveis, a exemplo do exame de corpo de delito ou exames periciais.
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O que significa o NEMO TENETUR SE DETEGERE?
Seria o direito de não ser obrigado a depor contra si mesma, nem a declarar-se culpada
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Testemunhas também são destinatárias da garantia da não autoincriminação?
Em regras testemunhas são obrigadas a se manifestarem com a verdade sob pena de praticar falso testemunho ou desobediência, porém podem ter direito ao silêncio no caso da resposta importar autoincriminação de si mesma.
99
A conduta de atribuir-se falsa identidade perante a autoridade policial é atípica. C OU E
ERRADO, de acordo com a súmula 522 do STJ: A conduta de atribuir-se falsa identidade perante autoridade policial é típica, ainda que alegada situação de autodefesa.
100
É permitida a condução coercitiva de investigado até a delegacia de polícia para submetê-lo ao procedimento de reconhecimento de pessoa, não havendo mácula ao preceito NEMO TENETUT SE DETEGERE?
CORRETO, pois inclusive é um ato passivo do investigado.
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Para a doutrina majoritária é possível haver distribuição do onus da prova?
Sim, é o entendimento majoritário.
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Os jurados do Tribunal do Júri e os Juízes podem formar sua opinião acerca do delito através da íntima convicção ou certeza moral. C OU E
ERRADO, apenas os jurados podem, no direito brasileiro é necessário que o juiz fundamente sua decisão.
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Para efeitos penais da menoridade, é necessário algum documento?
SIM, súmula 74 do STJ.
105
Em regra, qual é o sistema adotado no brasil acerca da valoração das provas pelo juiz?
É a do livre convencimento motivado onde o juiz possui ampla liberdade na valoração da prova e é obrigado a fundamentar a sua decisão.
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Como podemos definir o princípio da mesmidade?
entende-se como uma garantia de que a prova valorada é a mesma que foi colhida. através da comprovação da cadeia de custódia.
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Como podemos definir o princípio da desconfiança?
consiste na exigência de que as provas devem ser acreditadas, ou seja, submetidas a um procedimento que demonstre ser correspondente ao que a parte alega ser. O AUTOR GERALDO PRADO, diz que o tema de provas exige ACREDITAÇÃO.
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Qual é a diferença entre infração transeunte e não transeunte?
A infração transeunte é aquela que NÃO deixa vestígios (injuria verbal não captada) Já a infração penal não transeunte é aquela que deixa vestigios (homicídio e o cadáver que foi encontrado).
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Existe algum tipo de prioridade na realização do exame de corpo de delito?
SIM, de acordo com o art 158 parag unico do CPP.
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O assistente técnico pode responder por falsa perícia?
NÃO, apenas o perito.
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112
Qual é o método de inquirição de testemunhas adotado pelo cep?
É o CROSS EXAMINATION, diminuindo o máximo possível a participação do juíz na inquirição. Conforme o art. 212
113
Quem inicia a as perguntas na inquirição de testemunhas?
O MP, depois a defesa tem a oportunidade e por fim o juíz para esclarecimento necessário.
114
O depoimento dos policiais pode embasar a sentença condenatória?
Sim, é o entendimento do STJ.
115
Por quanto tempo o prazo prescricional fica suspenso? Ex: caso de inatividade processual decorrente de citação por edital, ressalvados os crimes previstos na CF como imprescritíveis.
O prazo prescricional ficará suspenso pelo pelo tempo de prescrição da pena maxima em abstrato cominada ao crime.
116
A oitava das testemunhas de policiais são consideradas urgentes?
Sim, em virtude do policial trabalhar com inúmeros casos de crimes o STJ entende que é considerada como prova urgente para fins do art. 366 do CPP.
117
O descumprimento das formalidades previstas no art. 226 do cpp acerca do reconhecimento de pessoas, enseja a nulidade?
Atualmente o entendimento é que acarreta sim a nulidade do reconhecimento.
118
O reconhecimento de pessoas prepondera sobre os outros tipos de meio de prova. C OU E
ERRADO, deve ser valorado assim como os demais.
119
O reconhecimento fotográfico substitui o reconhecimento pessoal. C OU E
ERRADO, o fotográfico serve apenas como prova inicial, devendo ocorrer o pessoal posteriormente.
120
É necessário sujeitar a vitima ao reconhecimento pessoal, mesmo que a pessoa seja capaz de individualizar o agente. C OU E
ERRADO, se a pessoa for capaz de individualizar o agente do delito, não é necessário o reconhecimento pessoal.
121
A busca e apreensão nas dependências da câmara dos deputados ou senado federal não pode ser decretada por juízo de 1 grau, ainda que o investigado não seja congressista. C OU E
ERRADO, o juíz de primeiro grau pode determinar o mandado de busca e apreensão neste caso pois o investigado não possui imunidade ou prerrogativa dos parlamentares. E sem ter congressistas como alvo da investigação.
122
É legal a requisição, ainda que sem autorização judicial, de dados fiscais pelo MP C OU E
ERRADO, é ilegal.
123
É cabível o acesso aos elementos de prova já documentados nos autos do inquérito policial aos familiares? Através de advogados ou defensores públicos?
SIM, desde que respeitados os limites estabelecidos pela súmula vinculante 14
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O MP pode requerer que a APPLE ou GOOGLE guarde os registros de pessoa investigada enquanto se aguarda o pedido de quebra de sigilo de dados?
SIM.
125
Nao há exceção no caso de rompimento de obstaculo, é necessário que haja laudo pericial. COU
ERRADO, quando não deixar rastros e a prova testemunhal e a confissão do acusado pode suprir a falta do laudo.
126
Como podemos entender o FUMUS COMISSI DELICTI na aplicação de medidas cautelares?
Como a plausibilidade de que se trata de um fato criminoso. Algo como a JUSTA CAUSA. 1 - prova de existência do fato criminoso: juízo de certeza 2 - Indícios de suficiência de autoria: prognóstico positivo.
127
Como podemos definir o PERICULUM LIBERTATIS?
É o perigo que decorre da liberdade do indivíduo, ou seja, caso ele continue livre existe um perigo concreto para a investigação, processo, efetividade do direito penal ou a segurança social.
128
O juiz pode decretar medida cautelar pessoal de ofício?
Não, desde a entrada em vigor da Lei 13.964/19 (pacote anticrime). De acordo com o sistema acusatório.
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O assistente de acusação pode pleitear a prisão preventiva do acusado?
Sim, em qualquer fase do da investigação ou do processo. Art. 311 do cpp.
130
O que seria o flagrante impróprio?
Quando o agente é perseguido, logo após, em situação que faça presumir ser autor da infração. Perseguição deve ser ininterrupta. art 302 II cpp
131
132
O que seria o flagrante presumido?
Quando o agente é encontrado, logo após, com instrumentos, armas, objetos que façam presumir ser o autor da infração. Não há necessidade de perseguição.
133
Quais os sinônimos de crime impossível?
crime inidôneo, crime oco ou quase crime.
134
Qual a diferença entre flagrante esperado e flagrante retardado?
Na doutrina, a diferença entre flagrante esperado e flagrante retardado está na forma como a autoridade policial atua diante do crime. 1. Flagrante Esperado O flagrante esperado ocorre quando a autoridade policial recebe informações sobre um crime que está prestes a acontecer e apenas aguarda sua consumação para efetuar a prisão em flagrante. Ou seja, não há interferência direta dos agentes na prática do delito, apenas a espera para agir no momento oportuno. 📌 Autor: Guilherme de Souza Nucci define o flagrante esperado como aquele em que "a polícia sabe que o crime ocorrerá e aguarda a sua consumação para prender o agente" (Código de Processo Penal Comentado, 2022). 2. Flagrante Retardado O flagrante retardado (ou flagrante diferido, prorrogado ou postergado) ocorre quando a autoridade policial, em investigações organizadas, delibera adiar a prisão em flagrante para garantir maior eficácia na repressão ao crime, geralmente para desmantelar organizações criminosas ou obter provas mais robustas. Esse tipo de flagrante é autorizado legalmente, como na Lei de Drogas (Lei 11.343/2006, art. 53, I) e na Lei das Organizações Criminosas (Lei 12.850/2013, art. 8º, parágrafo único). 📌 Autor: Eugênio Pacelli ensina que o flagrante retardado "é aquele que se posterga, permitindo-se que a infração penal prossiga até o momento mais oportuno para a efetivação da prisão, em nome da eficiência da persecução penal" (Curso de Processo Penal, 2023).
135
É preciso autorização judicial para a prática da ação controlada na investigação de crimes da lei 11343/06?
Sim, o art. 53 da lei de drogas nos diz que a ação controlada pode ocorrer somente diante de autorização judicial, diferente da lei de lavagem de capitais, que não preve a necessidade de autorização. Já na lei das ORCRIM, a autoridade policial deve apenas comunicar o juiz competente.
136
É possível aplicar a prisão preventiva em casos culposos?
NÃO. apenas crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos.
137
A prisão preventiva pode ser decretada mesmo que haja a possibilidade de decretação de outra medida cautelar diversa?
NÃO. A prisão preventiva só pode ser decretada quando a decretação de outra medida cautelar prevista no art. 319 do CPP não for adequada. Pois a prisão preventiva é a ULTIMA RATIO.
138
O descumprimento do prazo de 90 dias para revisar a necessidade da prisão preventiva, implica em sua revogação automática. C OU E
ERRADO, a inobservância do prazo nonagesimal do art. 316 do CPP, não implica automática revogação da prisão preventiva, devendo o juiz competente ser instado a reavaliar a legalidade e atualidade dos seus fundamentos.
139
Quais são os requisitos para a decretação da prisão temporária?
- quando imprescindível para as investigações do I.P. - quando o indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer os elementos necessários para a sua identificação - quando houver fundadas razões de autoria ou participação nos seguintes crimes: homicídio doloso, sequestro ou cárcere privado, roubo, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro, atentado violento ao pudor, rapto violento, epidemia com resultado morte, envenenamento de água, alimento ou remédio com resultado morte, quadrilha ou bando, genocídio, tráfico de drogas ou crimes contra o sistema financeiro.
140
Se admite prisão temporária na fase processual?
Não, apenas na fase investigatória (I.P. ou PIC - Procedimento Investigatório Criminal, realizado pelo MP).
141
Qual é o recurso cabível contra decisão que indefere o pedido de prisão temporária feito pelo MP?
Recurso em Sentido Estrito art. 581, inc V do CPP.
142
Pode ser decratada a prisão temporária supondo que o investigado irá comprometer a investigação?
NÃO. só pode ser considerada legítima caso constitua medida comprovadamente adequada e necessária ao acautelamento da fase pré-processual.
143
Qual é o prazo da prisão temporária?
5 dias podendo ser prorrogado por mais 5, no caso dos crimes previstos na lei de prisão temporária (7960/89) e 30 + 30 para os crimes hediondos.
144
É possível que se conceda a prisão domiciliar a preso com sentença condenatória transitada em julgado?
Não. A prisão domiciliar é uma medida cautelar que substitui a prisão preventiva.
145
É possível substituir a prisão temporária pela prisão domiciliar?
NÃO. De maneira geral não é possível, a prisão domiciliar serve apenas para substituir a prisão preventiva.
146
Qual é diferença entre prisão domiciliar (medida cautelar) e a prisão domiciliar prevista na LEP?
Guilherme de Souza Nucci destaca que a prisão domiciliar no CPP é uma alternativa à preventiva, visando evitar o encarceramento desnecessário de pessoas em situações vulneráveis. Renato Brasileiro de Lima diferencia a prisão domiciliar como substitutiva da preventiva, aplicável a investigados e réus, da prisão domiciliar da LEP, destinada a condenados em casos excepcionais. Aury Lopes Jr. reforça que a prisão domiciliar do CPP deve ser analisada com base no princípio da proporcionalidade e da excepcionalidade da prisão preventiva. Portanto, a principal distinção está no momento da aplicação e na natureza jurídica de cada uma: a prisão domiciliar do CPP é uma medida cautelar aplicada antes da condenação, enquanto a da LEP é uma forma de cumprimento de pena em situações excepcionais.
147
Quando pode ser aplicada a medida cautelar de internação provisória?
Quando os peritos concluírem pela inimputabilidade ou semi-inimputabilidade do acusado e o crime tiver sido praticado mediante grave ameaça ou violência.
148
Qual é a natureza jurídica da fiança?
Quando relacionada à Prisão em flagrante, possui natureza jurídica de contracautela, isto porque traduz o benefício que assegura ao flagrado o direito de responder ao processo em liberdade, nos termos do art. 310, inciso III, do CPP. E de Medida cautelar autônoma quando utilizada como instrumento para a imposição de medidas cautelares diversas da prisão, de modo que se considera em liberdade provisória o indivíduo enquanto cumprir tais medidas.
149
Qual é objetivo da fiança?
Assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial (art. 319, VIII CPP)
150
Quando pode ser observada a Liberdade Provisória Obrigatória?
Infração de menor potencial ofensivo, mediante termo de comparecimento; Porte de drogas para consumo (vedada a prisão); Infrações de trânsito em que o condutor presta socorro à vítima; crimes de ação penal privada ou condicionada à representação, ausente o interesse da vítima.
151
Defina FIANÇA.
Fiança é uma caução em dinheiro ou outros bens, prestada em favor do indiciado para que ele possa responder ao inquérito em liberdade e assim comparecer em todos os atos processuais sob pena de ter a fiança quebrada e ele ser preso cautelarmente.
152
O Delegado de Polícia pode arbitrar fiança para casos de descumprimento de medidas protetivas previstas na lei 11.340/06?
Não, por expressa vedação legal da Lei Maria da Penha. Ainda que a pena máxima seja inferior a 4 anos.
153
O que o Delta deve levar em consideração para saber se ele pode ou não conceder fiança?
O Delta deve levar em consideração a pena máxima aplicada ao delito, existência de concurso de crimes, causas de aumento e de diminuição. Não valorará eventuais agravantes ou atenuantes.
154
As medidas assecuratórias podem ser definidas como providências tomadas em virtude da persecução penal, com o intuito de garantir o ressarcimento pecuniário da vítima da infração penal e evitar o lucro do acusado com a prática criminosa. Além disso, as medidas assecuratórias são utilizadas para o pagamento das custas processuais e de eventuais multas – C OU E
CORRETO
155
Quais são as espécies de medidas assecuratórias?
Sequestro, Hipoteca Legal e Arresto.
156
Não basta apenas a existência de indícios veementes de que os bens tenham sido adquiridos com a prática criminosa para incidir a medida de sequestro. C OU E
ERRADO. art. 126 do CPP
157
O acórdão confirmatório da condenação é causa interruptiva da prescrição?
SIM.
158
O que é a prisão domiciliar prevista no CPP?
É uma medida cautelar substitutiva da prisão preventiva, prevista nos arts. 318 e 318-A do CPP, aplicável antes do trânsito em julgado.
159
O que é a prisão domiciliar prevista na LEP?
É uma forma de cumprimento de pena privativa de liberdade, prevista no art. 117 da LEP, aplicável após o trânsito em julgado.
160
Quais hipóteses autorizam a prisão domiciliar segundo o CPP?
Idoso com mais de 80 anos, pessoa com doença grave, gestante, mulher com filho menor de 12 anos, entre outras situações previstas no art. 318 do CPP.
161
Quais hipóteses autorizam a prisão domiciliar segundo a LEP?
Condenado maior de 70 anos, pessoa com doença grave, gestante, mãe com filho até 12 anos, entre outras previstas no art. 117 da LEP.
162
Qual a principal diferença entre a prisão domiciliar do CPP e da LEP quanto à natureza?
A do CPP é cautelar (processual penal); a da LEP é forma de execução penal (pena privativa de liberdade).
163
Quando pode ser aplicada a prisão domiciliar do CPP?
Durante o processo, antes do trânsito em julgado da condenação.
164
Quando pode ser aplicada a prisão domiciliar da LEP?
Após o trânsito em julgado, durante a execução da pena.
165
Jurisprudência relevante sobre prisão domiciliar no CPP (STF, HC 143.641/SP)?
O STF reconheceu o direito à substituição da prisão preventiva por domiciliar a mulheres gestantes e mães de crianças até 12 anos, mesmo em crimes sem violência ou grave ameaça, desde que não apresentem periculosidade.
166
Jurisprudência relevante sobre prisão domiciliar na LEP (STJ, HC 402.728/SP)?
O STJ reafirmou que a prisão domiciliar na LEP deve ser interpretada com razoabilidade e compatibilizada com os princípios da dignidade da pessoa humana e da individualização da pena.
167
O que seria uma questão prejudicial homogênea e qual a diferença para a heterogênea?
A questão prejudicial homogênea, versa sobre a mesma matéria de direito. Ex: Crime de lavagem de capitais e a infração penal antecedente. Já a heterogênea versa sobre matérias diferentes. Ex: Registro de 1º casamento (cível) para posterior condenação em Bigamia (penal).
168
Tício está sendo processado criminalmente pela prática de crime de apropriação indébita. Em sua resposta à acusação, Tício alega ser improcedente a imputação, tendo em vista que discute, em ação civil por ele proposta, a legitimidade da posse da coisa móvel. Acerca dessa situação, assinale a opção correta: O juiz criminal pode resolver, incidenter tantum, a questão da posse sem que seja necessária a suspensão da ação penal. C OU E
CORRETO. Sistema Eclético (ou Misto): Resulta da fusão do sistema da prejudicialidade obrigatória com o sistema da prejudicialidade facultativa. Assim, em se tratando de questão prejudicial heterogênea relativa ao estado civil das pessoas, vigora o sistema da prejudicialidade obrigatória, sendo o juízo penal obrigado a remeter as partes ao juízo cível para solução da controvérsia. Por outro lado, tratando-se de questão prejudicial heterogênea que não diga respeito ao estado civil das pessoas, vigora o sistema da prejudicialidade facultativa, ou seja, caberá ao juízo penal deliberar se enfrentará ou não a controvérsia. É o adotado pelo CPP.
169
Qual é o sistema adotado pelo CPP para a solução das Questões Prejudiciais?
Sistema Eclético (ou Misto): Resulta da fusão do sistema da prejudicialidade obrigatória com o sistema da prejudicialidade facultativa. Assim, em se tratando de questão prejudicial heterogênea relativa ao estado civil das pessoas, vigora o sistema da prejudicialidade obrigatória, sendo o juízo penal obrigado a remeter as partes ao juízo cível para solução da controvérsia. Por outro lado, tratando-se de questão prejudicial heterogênea que não diga respeito ao estado civil das pessoas, vigora o sistema da prejudicialidade facultativa, ou seja, caberá ao juízo penal deliberar se enfrentará ou não a controvérsia. É o adotado pelo CPP.
170
É cabível a anulação de processo penal em razão de suposta irregularidade verificada em inquérito policial?
NÃO. A suspeição de autoridade policial não é motivo de nulidade do processo, pois o inquérito é mera peça informativa, de que se serve o Ministério Público para o início da ação penal. Assim, é inviável a anulação do processo penal por alegada irregularidade no inquérito, pois, segundo jurisprudência firmada no STF, as nulidades processuais estão relacionadas apenas a defeitos de ordem jurídica pelos quais são afetados os atos praticados ao longo da ação penal condenatória. STF. 2ª Turma. RHC 131450/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 3/5/2016 (Info 824).
171
Qual a diferença entre impedimento e suspeição no processo penal?
Impedimento tem caráter objetivo e torna o juiz absolutamente incompetente. Suspeição tem caráter subjetivo e torna o juiz relativamente incompetente.
172
Quais são os casos de impedimento previstos no CPP?
Art. 252 do CPP: juiz que tiver funcionado como autoridade policial, MP, defensor, prestado depoimento como testemunha ou atuado em outro grau de jurisdição no mesmo processo.
173
Quais são os casos de suspeição previstos no CPP?
Art. 254 do CPP: amizade íntima ou inimizade com a parte, interesse no julgamento, aconselhamento prévio, credor ou devedor, entre outros.
174
Qual é o efeito do reconhecimento do impedimento do juiz?
Nulidade absoluta dos atos decisórios praticados, por violação à imparcialidade e à competência objetiva.
175
Qual é o efeito do reconhecimento da suspeição do juiz?
Nulidade relativa, que deve ser arguida tempestivamente pela parte interessada, sob pena de preclusão.
176
A imparcialidade do juiz é princípio implícito ou expresso na CF/88?
Implícito no devido processo legal (art. 5º, LIV e LV, CF/88) e reconhecido pela jurisprudência do STF como cláusula fundamental do processo penal.
177
O que decidiu o STF no HC 126.292 (caso do ex-presidente Lula) sobre suspeição de juiz?
Reconheceu a suspeição objetiva e subjetiva do ex-juiz Sérgio Moro por atuação parcial, com base em interceptações e condutas incompatíveis com a magistratura.
178
O que diz o STJ sobre juiz que julga recurso contra decisão proferida por ele mesmo na fase anterior?
Conforme entendimento pacífico, configura hipótese de impedimento (Súmula 145/STJ): 'É ilegal o julgamento, por parte do mesmo juiz, do recurso interposto contra sua própria decisão.'
179
É cabível habeas corpus para discutir suspeição ou impedimento do juiz?
Sim, especialmente quando se tratar de flagrante ilegalidade ou nulidade, conforme precedentes do STF e STJ.
180
O que diz a jurisprudência do STJ sobre suspeição por inimizade capital?
A inimizade deve ser concreta e comprovada nos autos, não bastando alegações genéricas ou meras conjecturas (HC 491.977/SP, STJ).
181
Qual é o recurso cabível se o juiz declara a sua incompetência de ofício?
Recurso em Sentido Estrito. art. 581, II, CPP
182
Qual é o recurso cabível se o juiz julgar procedente a exceção de incompetência?
Recurso em Sentido Estrito. art. 581, III, CPP
183
Qual é o recurso cabível se o juiz julgar improcedente a exceção de incompetência?
Não cabe recurso. Sendo possível se valer de HC ou renovar a questão em sede de preliminar de apelação.
184
Qual é o recurso cabível se o juiz reconhece litispendência de ofício?
Apelação. art. 593, II, CPP
185
O que é o princípio do impulso oficial?
Uma vez iniciada a ação penal, o juiz deve conduzir o desenvolvimento dos atos processuais até o final da instrução. art. 251 CPP
186
Quais as principais funções do Ministério Público no processo penal brasileiro?
Promover a ação penal pública e fiscalizar a execução da lei (custos legis). art. 257 CPP
187
Quais são os 3 principais princípios que regem a atuação do MP?
UNIDADE INDIVISIBILIDADE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL
188
A lei prevê a extensão das hipóteses de impedimentos e suspeição dos juízes aos membros do Ministério Público, naquilo que for aplicável. C OU E
CORRETO.
189
PJ pode ocupar o polo passivo em ação penal?
A doutrina majoritária entende que sim, nos caso de crimes ambientais.
190
É possível que haja condenação da PJ em sede de ação penal de crime ambiental, ainda que a PF seja absolvida?
Sim, esse é o entendimento dos tribunais. No entanto, no julgamento do RE 548.181, a 1ª Turma do STF admitiu a possibilidade de condenação da pessoa jurídica por crime ambiental e a absolvição das pessoas físicas, inclusive o gestor da empresa.
191
No caso de citação por edital, o prazo para a defesa começará a fluir a partir do comparecimento pessoal do acusado ou do defensor constituído. C OU E
CORRETA.
192
Em relação à citação e à intimação no processo penal: Os prazos não são contados da data da intimação, e sim da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória. C OU E
ERRADO. Em relação à citação e à intimação no processo penal: **Os prazos são contados da data da intimação**, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória.
193
Cabe citação por hora certa no JECRIM?
Resposta: Há polêmica sobre o tema. 1ª corrente: NÃO. Se o oficial de justiça informar que o réu está se ocultando para não ser citado, deverá o juiz declarar a incompetência do Juizado Especial e remeter os autos a uma vara criminal comum, a fim de que seja adotado o rito sumário (art. 538 do CPP), com base no art. 66 da Lei nº 9.099/95. É adotada por Norberto Avena. **2ª corrente: SIM. É a posição que prevalece no âmbito dos Juizados Especiais, havendo um enunciado do FONAJE nesse sentido. Melhor posição para prova objetiva! **
194
É possível a citação por edital no JECRIM?
NÃO. Não sendo encontrado o réu, deve o juiz remeter os autos a Justiça Comum.
195
O que é o princípio da congruência?
O princípio da correlação entre acusação e sentença informa que a sentença (ou a pronúncia) deve guardar plena consonância com o fato delituoso descrito na inicial acusatória, não podendo dele se afastar, sendo vedado ao juiz proferir decisão extra petita (decisão fora do pedido) ou ultra petita (decisão além do pedido), sob pena de reconhecimento de nulidade absoluta, em razão de afronta aos princípios da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal e do próprio sistema acusatório. Em outras palavras, o acusado não pode ser processado e julgado por fato diverso daquele que foi lhe imputado na acusatória.
196
O que é a *emendatio libelli*?
A emendatio libelli é a correção da capitulação jurídica, realizada pelo juiz, em relação àquela atribuída inicialmente pela acusação. Ocorre quando o juiz, sem modificar a base fática da imputação, atribui classificação diversa a ela, atribui classificação distinta, ainda que mediante aplicação de pena mais grave. Ex.: furto qualificado pela fraude {pena de 2 a 8 anos} e o promotor classificou como estelionato {pena de 1 a 5 anos}. O juiz não fica vinculado à classificação feita pelo MP e, nesse caso, pode proferir uma sentença pelo crime de furto, mesmo que seja um crime mais grave.
197
O que é a *mutatio libelli*?
Ocorre quando durante o curso da instrução probatória surge prova de elementar ou circunstância não contida na peça acusatória. Nesse caso, como há uma alteração da base fática da imputação, há necessidade de aditamento da peça acusatória, com posterior oitiva da defesa. Ex.: MP denuncia por furto simples, mas durante a instrução as testemunhas confirmam que teria havido emprego de violência contra a vítima. Nesse caso surgiu a elementar do roubo não contida da denúncia. Logo o acusado não se defendeu. Nesse caso, os autos deverão ser encaminhados ao MP para seja realizado um aditamento à peça acusatória para poder imputar o crime de roubo. Depois da imputação será a oitiva da defesa.
198
199
200
Em que situações a emendatio libelli pode ser aplicada de ofício pelo juiz, e quais são seus limites constitucionais?
A emendatio libelli pode ser aplicada de ofício sempre que, ao final da instrução, o juiz verificar que a descrição fática da denúncia comporta nova definição jurídica, desde que não haja alteração dos fatos narrados. O limite constitucional é o contraditório: se a nova capitulação jurídica ensejar agravamento da pena, o réu deve ser ouvido. ## Footnote STF, HC 127900; Art. 383, CPP; Constituição Federal, art. 5º, LV; Guilherme de Souza Nucci.
201
Analise a possibilidade de mutatio libelli na fase recursal e seus reflexos sobre a ampla defesa.
Admite-se mutatio libelli em grau recursal se, durante o julgamento do recurso, surgirem elementos que indiquem fato novo não contido na denúncia. O tribunal deve determinar o aditamento da denúncia e a reabertura da instrução para garantir o contraditório e a ampla defesa. ## Footnote Art. 384, CPP; STF, RHC 110.253; Eugênio Pacelli.
202
Diferencie, sob o aspecto processual, o procedimento a ser adotado diante da emendatio libelli e da mutatio libelli.
Emendatio libelli: O juiz reclassifica o crime sem necessidade de aditamento, desde que os fatos estejam descritos na denúncia. Mutatio libelli: O juiz determina a remessa dos autos ao Ministério Público para aditamento da denúncia, abrindo-se prazo para resposta do acusado. ## Footnote Arts. 383 e 384, CPP; Guilherme de Souza Nucci.
203
Cite exemplo em que a emendatio libelli não pode ser aplicada, sob pena de violação ao princípio da correlação.
Não pode haver emendatio libelli se a nova definição jurídica exigir elementos fáticos não descritos na denúncia. Exemplo: Denúncia por furto simples, mas condenação por furto qualificado pelo abuso de confiança, sem menção ao abuso de confiança na denúncia. ## Footnote STF, HC 104.399; CPP, art. 383.
204
Em caso de mutatio libelli, o que ocorre se o Ministério Público não aditar a denúncia após determinação judicial?
Se o Ministério Público não aditar a denúncia, o juiz não pode suprir essa omissão, pois a iniciativa é exclusiva do titular da ação penal. O processo segue apenas quanto aos fatos originalmente imputados. ## Footnote Art. 384, CPP; Nucci.
205
A mutatio libelli pode resultar em alteração da competência do juízo? Explique.
Sim. Se o aditamento da denúncia incluir fato novo que altere a competência, o processo deve ser encaminhado ao juízo competente. ## Footnote Art. 384, §2º, CPP.
206
Em que hipótese a emendatio libelli pode ser prejudicial ao réu e como o princípio da non reformatio in pejus limita essa possibilidade?
Se apenas o réu recorrer, o tribunal pode reconhecer emendatio libelli, mas não pode agravar a situação do recorrente, sob pena de violação ao princípio da non reformatio in pejus. ## Footnote Art. 617, CPP; STF, Súmula 160.
207
É possível a aplicação da mutatio libelli em crimes de ação penal privada exclusiva? Justifique.
Não. A mutatio libelli só se aplica à ação penal pública e à privada subsidiária da pública, pois apenas nesses casos o Ministério Público pode aditar a denúncia. ## Footnote Art. 384, CPP; Nucci.
208
Analise a compatibilidade da emendatio libelli com o princípio da legalidade penal.
A emendatio libelli é compatível com o princípio da legalidade penal, pois o juiz não cria nova imputação, apenas aplica corretamente a lei ao fato descrito na denúncia. ## Footnote Art. 383, CPP; Constituição Federal, art. 5º, XXXIX.
209
Em que hipótese a mutatio libelli pode ser considerada causa de nulidade absoluta do processo?
Se, diante de fato novo surgido na instrução, o juiz não determinar o aditamento da denúncia e condenar o réu por fato não descrito originalmente, haverá nulidade absoluta por ofensa ao contraditório e à ampla defesa. ## Footnote Art. 384, CPP; STF, HC 104.399.
210
Qual é o prazo para empresas privadas ou órgãos do poder público para disponibilizar as informações cadastrais de vítimas ou suspeitos dos crimes previstos no art. 13-A do CPP?
O prazo é de 24h e não necessita de autorização judicial.
211
O que acontece quando o Delta ou MP solicitam autorização judicial para obter dados telemáticos com o intuito de investigar crime relacionado com o tráfico de pessoa?
Caso o judiciário não se manifeste em até 12 horas, o Delta ou MP pode requisitar às empresas que disponibilizem as informações imediatamente. Comunicando o juízo.
212
Em quais casos o MP pode requerer ao juiz que devolva os autos ao Delegado?
Apenas em caso de diligências imprescindíveis.
213
O delegado pode arquivar IP?
NÃO. art. 17 CPP
214
Se o IP for arquivado por despacho do juiz, a pedido do MP, quando pode ser desarquivado?
Apenas se houver novas provas. SUM 524 STF
215
É possível desarquivar IP que foi arquivado baseado na ATIPICIDADE da conduta?
Não.
216
Quem é o responsável pelo desarquivamento pelo IP?
O responsável pelo desarquivamento do inquérito policial é o Ministério Público. Caso surjam novas provas relevantes após o arquivamento, a autoridade policial pode comunicar ou representar ao Ministério Público sobre esses novos elementos, mas somente o Ministério Público pode requerer ao juiz o desarquivamento do inquérito para retomada das investigações. A autoridade policial não tem competência para desarquivar o inquérito por conta própria. Esse procedimento está previsto no artigo 18 do Código de Processo Penal e consolidado na Súmula 524 do STF: “Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas”. Portanto, o fluxo correto é: Surgimento de novas provas → comunicação à autoridade policial → representação ao Ministério Público → requerimento do desarquivamento ao Judiciário pelo Ministério Público
217
O que são excludentes de culpabilidade?
São circunstâncias que afastam a possibilidade de responsabilização penal do agente, mesmo que o fato seja típico e ilícito, por faltar algum dos elementos da culpabilidade. ## Footnote Fonte: CP, arts. 21, 22, 26, 27, 28.
218
Quais são os elementos da culpabilidade segundo a doutrina majoritária?
Imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa. ## Footnote Fonte: Nucci; Greco.
219
Cite as principais excludentes de culpabilidade previstas no Código Penal.
Inimputabilidade (doença mental, menoridade, embriaguez completa involuntária), erro de proibição inevitável, coação moral irresistível e obediência hierárquica. ## Footnote Fonte: CP, arts. 21, 22, 26, 27, 28.
220
O que é inimputabilidade penal?
É a incapacidade do agente de entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar conforme esse entendimento, por doença mental, desenvolvimento mental incompleto/retardado, menoridade ou embriaguez completa involuntária. ## Footnote Fonte: CP, arts. 26, 27, 28, §1º.
221
Qual a diferença entre erro de tipo e erro de proibição?
Erro de tipo exclui o dolo e pode excluir a culpa; erro de proibição pode excluir a culpabilidade se for inevitável (erro invencível). ## Footnote Fonte: CP, arts. 20 e 21; Greco.
222
O que é coação moral irresistível e como atua como excludente de culpabilidade?
É a ameaça grave que torna impossível ao agente resistir, obrigando-o a praticar o fato. Nessa hipótese, só responde o autor da coação. ## Footnote Fonte: CP, art. 22.
223
A obediência hierárquica pode excluir a culpabilidade? Em que condições?
Sim, quando o agente cumpre ordem de superior hierárquico, não manifestamente ilegal, no âmbito da subordinação. ## Footnote Fonte: CP, art. 22.
224
A embriaguez pode excluir a culpabilidade? Em que hipóteses?
Apenas a embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior (involuntária), pode excluir a imputabilidade. ## Footnote Fonte: CP, art. 28, §1º.
225
O que acontece se a excludente de culpabilidade for reconhecida?
O agente é considerado inimputável e, em regra, é absolvido; podendo ser aplicada medida de segurança, se for o caso. ## Footnote Fonte: CP, art. 26, parágrafo único.
226
A inexigibilidade de conduta diversa é sempre expressa na lei?
Não. Embora prevista nos casos de coação moral irresistível e obediência hierárquica, pode ser reconhecida em situações não tipificadas, desde que comprovada a impossibilidade de agir de outro modo. ## Footnote Fonte: Doutrina (Guilherme de Souza Nucci).
227
Em regra, cabe à justiça federal processar e julgar os crimes contra o meio ambiente. C OU E
GABARITO: ERRADO. Em regra, a competência para processar e julgar os crimes contra o meio ambiente é da justiça ESTADUAL. Será da justiça federal quando houver interesse da União. "AGRAVO REGIMENTAL NO CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME AMBIENTAL. PESCA COM USO DE MOLINETE EM LOCAL PROIBIDO EM RIO QUE BANHA MAIS DE UM ESTADO DA FEDERAÇÃO. AUSÊNCIA DE OFENSA A BENS, SERVIÇOS OU INTERESSES DA UNIÃO. PREJUÍZO LOCAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO ESTADUAL. I - Os crimes ambientais, embora praticados em face de bem comum e de grande relevância, que atinge direitos intergeracionais, não atraem, por si só, a competência da União para processamento e julgamento. II - No caso em análise, em razão da ausência de apreensão de pescado, bem como pelos materiais apreendidos, que não teriam potencial de ferir os interesses da União, limitando-se ao interesse do local da apreensão, não se vislumbra qualquer interesse da União a ponto de o feito ser decidido pela Justiça Federal. Agravo Regimental desprovido. (STJ - AgRg no CC: 168657 MG 2019/0297766-0, Relator: Ministro LEOPOLDO DE ARRUDA RAPOSO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/PE), Data de Julgamento: 27/11/2019, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 03/12/2019)"
228
A confissão do acusado não dispensa a realização do exame de corpo de delito nos casos de crimes não transeuntes. C OU E
GABARITO: CERTO. Nos termos do Art. 158 do Código de Processo Penal, quando a infração deixar vestígios, isto é, infrações NÃO TRANSEUNTES, será INDISPENSÁVEL o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
229
Quanto à prova criminal, julgue os itens que se seguem. É nula a decisão judicial que indefere a oitiva das vítimas do crime arroladas pela defesa. C OU E
Errado. Entende o Supremo Tribunal Federal que não há nulidade na decisão do Juiz que indefere, de modo fundamentado, a oitiva das vítimas do crime, ainda que arroladas pela defesa, sob o fundamento de que não há direito absoluto à produção de prova. É cediço que a análise quanto à obrigatoriedade de oitiva da vítima deve ser feita à luz da razoabilidade e da utilidade prática da colheita da referida prova. Assim, pode o magistrado, em observância ao sistema da persuasão racional, proferir decisão motivada dispensando a oitiva das vítimas. Vejamos o referido julgado: Não há direito absoluto à produção de prova. Em casos complexos, há que se confiar no prudente arbítrio do juiz da causa, mais próximo dos fatos, quanto à avaliação da pertinência e relevância das provas requeridas pelas partes. Assim, não há nulidade se o juiz indefere, de modo fundamentado, a oitiva das vítimas do crime. STF. 1ª Turma. HC 131158/RS, Rel. Min. Edson Fachin, julgado em 26/4/2016 (Info 823).
230
A ação controlada na investigação da organização criminosa independe de prévia autorização judicial e parecer ministerial. C OU E
CERTO. Para solucionar a questão, bastaria o candidato conhecer o art. 8º da lei 12.850/13. Vejamos: Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. § 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. § 2º A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a operação a ser efetuada. § 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações. § 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada. Art. 9º Se a ação controlada envolver transposição de fronteiras, o retardamento da intervenção policial ou administrativa somente poderá ocorrer com a cooperação das autoridades dos países que figurem como provável itinerário ou destino do investigado, de modo a reduzir os riscos de fuga e extravio do produto, objeto, instrumento ou proveito do crime.
231
De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a entrevista informalmente conduzida pelo delegado durante a realização da busca domiciliar viola as garantias individuais dos presos. C OU E
CERTO. Para solucionar a questão, bastaria o candidato conhecer o entendimento do STF acerca do tema. Vejamos: "Houve violação do direito ao silêncio e à não autoincriminação na realização desse “interrogatório travestido de entrevista”. Não se assegurou ao investigado o direito à prévia consulta a seu advogado. Além disso, ele não foi comunicado sobre seu direito ao silêncio e de não produzir provas contra si mesmo.” (STF. 2ª Turma. Rcl 33711/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 11/6/2019 (Info 944).) Diante do exposto, conclui-se que a assertiva está CORRETA.
232
Os crimes com a pena máxima inferior a 4 anos e superior a 2, serão julgados pelo procedimento sumário, ainda que trate de crimes tipificados no Estatuto do Idoso.
ERRADO. Por serem sobre os crimes do Estatuto do Idoso, os crimes com a pena máxima inferior a 4 anos e superior a 2 anos, serão julgados pelo procedimento SUMARÍSSIMO, porém sem a aplicação dos institutos despenalizadores. * Os institutos despenalizadores só estarão presente nos crimes com a pena máxima igual ou inferior a 2 anos.
233
A Lei Maria da Penha e a Lei das Organizações Criminosas vedam a aplicação dos institutos despenalizadores da Lei 9.099/95. C OU E
ERRADO. Apenas a Lei Maria da Penha veda a aplicação dos institutos despenalizadores.
234
Os crimes da Lei das Organizações Criminosas podem ser julgadas pelos procedimentos sumário e ordinário. C OU E
ERRADO. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais conexas serão apurados mediante procedimento **ordinário** previsto no Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), observado o disposto no parágrafo único deste artigo.
235
De acordo com a jurisprudência, quando cessa a competência do Juiz das Garantias? No recebimento da denúncia?
Não. No OFERECIMENTO da denúncia.
236
As infrações de menor potencial ofensivo são abrangidas pela competência do Juiz das Garantias?
NÃO.
237
O que são infrações de menor potencial ofensivo, segundo a Lei 9.099/95?
São os crimes a que a lei comina pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa, bem como as contravenções penais.
238
Qual é o critério legal para definir infrações de menor potencial ofensivo?
A pena máxima cominada abstratamente, igual ou inferior a 2 anos, cumulada ou não com multa.
239
Segundo a doutrina de Guilherme de Souza Nucci, o que são infrações de menor potencial ofensivo?
São as contravenções penais e os crimes cuja pena máxima não ultrapasse dois anos, cumulada ou não com multa, conforme o art. 61 da Lei 9.099/95.
240
Como os tribunais superiores (STF/STJ) têm interpretado o critério para identificar infrações de menor potencial ofensivo?
Consideram apenas a pena máxima abstratamente cominada, sem considerar causas de aumento ou diminuição.
241
Qual a importância prática das infrações de menor potencial ofensivo?
São processadas nos Juizados Especiais Criminais, com possibilidade de transação penal, composição civil dos danos e suspensão condicional do processo.
242
Os prazos em matéria processual penal, computam-se o dia do começo, excluindo o dia do vencimento. C OU E
ERRADO. Não se computará o dia do começo, mas será incluído o dia do vencimento. §1º do art. 798 do CPP.
243
Qual a diferença de prazo entre o procedimento comum ordinário e o sumário?
Comum ordinário: 60 duas para a realização da audiência de instrução e julgamento. Sumário: 30 dias para a mesma situação.
244
Qual a diferença em números de testemunhas entre o procedimento comum ordinário e o sumário?
ordinário: 8 sumário 5
245
A lei processual penal no caso dos crimes funcionais, antecipa o contraditório quando permite a defesa preliminar?
Sim.
246
No procedimento dos crimes contra a honra, há previsão de audiência de conciliação, antes do recebimento da queixa. C OU E
CORRETO. art. 520 CPP