Direito Constitucional Flashcards

1
Q

O Congresso Nacional aprovou projeto de lei ordinária que dispunha sobre direito penitenciário, com
profundas alterações na Lei de Execuções Penais. Remetido ao Presidente da República, houve veto total do
projeto de lei, sob o fundamento de ser inconstitucional. Considerando as disposições da CF/88 sobre
processo legislativo, a apreciação do veto do Presidente da República aos projetos de lei ocorre em sessão conjunta das Casas
Legislativas, podendo ser derrubado pelo Congresso Nacional caso haja a aquiescência da maioria absoluta
dos parlamentares. Ademais, havendo a derrubada dos vetos, o projeto deverá ser enviado novamente ao
Presidente da República, para que haja sua promulgação. Se o Presidente não o fizer em 48 horas, a
promulgação será feita pelo Presidente do Senado Federal:
C OU E

A

CORRETA

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2
Q

O Presidente da República editou a medida provisória nº X, em sentido integralmente contrário ao que
dispunha a lei nº Y. Em 46 dias, a medida provisória nº X foi rejeitada pelo Congresso Nacional.
Sobre as disposições constitucionais e o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca das medidas
provisórias:
- O prazo para apreciação das medidas provisórias pelo Congresso Nacional é de 60 dias, prorrogável
por igual período. Durante o período que esteve em vigência, a medida provisória nº X revogou a lei
Y. Com a rejeição ocorrida pelo Congresso Nacional, contudo, houve a repristinação da lei Y, voltando
a viger no ordenamento jurídico.
C OU E

A

ERRADA
Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a medida provisória pendente de apreciação
pelo Congresso Nacional não revoga lei anterior, mas apenas suspende sua eficácia:
“Medida provisória não revoga lei anterior, mas apenas suspende seus efeitos no ordenamento jurídico,
em face do seu caráter transitório e precário. Assim, aprovada a medida provisória pela Câmara e pelo
Senado, surge nova lei, a qual terá o efeito de revogar lei antecedente. Todavia, caso a medida provisória
seja rejeitada (expressa ou tacitamente), a lei primeira vigente no ordenamento, e que estava suspensa,
volta a ter eficácia. [ADI 5.709, ADI 5.716, ADI 5.717 e ADI 5.727, rel. min. Rosa Weber, j. 27-3-2019, P, DJE
de 28-6-2019.]”

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3
Q

O Presidente da República editou a medida provisória nº X, em sentido integralmente contrário ao que
dispunha a lei nº Y. Em 46 dias, a medida provisória nº X foi rejeitada pelo Congresso Nacional.
Sobre as disposições constitucionais e o entendimento do Supremo Tribunal Federal acerca das medidas
provisórias:
- O prazo para apreciação das medidas provisórias pelo Congresso Nacional é de 60 dias, prorrogável
por igual período. Durante o período que esteve em vigência, a medida provisória nº X suspendeu os
efeitos da lei Y. Com a rejeição ocorrida pelo Congresso Nacional, os efeitos foram retomados e a lei
Y voltou a viger no ordenamento jurídico. C OU E

A

CORRETA
O prazo para apreciação das medidas provisórias pelo Congresso Nacional é de 60 dias,
prorrogáveis por igual período. Se houver a transposição do prazo de 45 dias, a medida provisória entrará
em regime de urgência para que seja apreciada:
CF/88 - Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a
edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma
vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações
jurídicas delas decorrentes.
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendose durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua
publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso
Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da
Casa em que estiver tramitando.
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no
prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do
Congresso Nacional.

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4
Q

Não há qualquer vedação da CF/88 para o exercício simultâneo da Chefia de Poderes do mesmo ente
federativo por parte de cônjuges e familiares. Como Governador e Presidente da Assembleia Legislativa ou Prefeito e Presidente da Câmara Municipal. C OU E

A

CORRETA
Não há qualquer vedação da CF/88 para o exercício simultâneo da Chefia de Poderes do mesmo ente
federativo por parte de cônjuges e familiares. É o recente entendimento do STF:
“Cônjuges, companheiros ou parentes podem ocupar, ao mesmo tempo, os cargos de Governador do
Estado e de Presidente da Assembleia Legislativa ou de Prefeito e de Presidente da Câmara Municipal; a
Constituição não proíbe essa prática
A inelegibilidade por parentesco (art. 14, § 7º, CF/88) não impede que cônjuges, companheiros ou parentes
em linha reta, colateral ou por afinidade, até o segundo grau, ocupem, concomitantemente e na mesma
unidade da Federação, os cargos de chefe do Poder Executivo e de presidente da Casa Legislativa. Esse
dispositivo constitucional, por veicular regra de inelegibilidade reflexa, limita o exercício dos direitos políticos
fundamentais, razão pela qual deve ser interpretado restritivamente. Compete ao Poder Legislativo definir
novas hipóteses de inelegibilidade, de modo que o Poder Judiciário não pode atuar como legislador positivo
e editar norma geral e abstrata referente ao processo eleitoral, sob pena de ofensa ao princípio da separação
dos Poderes. A ocupação simultânea das chefias do Poder Executivo e do Poder Legislativo nos âmbitos
municipal, estadual e federal, por pessoas com alguma relação familiar, não representa, por si só, prejuízo à
fiscalização dos atos do Executivo pelo Legislativo ou comprometimento do equilíbrio entre os Poderes,
notadamente porque essa responsabilidade fiscalizatória cabe a todos os parlamentares da respectiva Casa
Legislativa. STF. Plenário. ADPF 1.089/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 05/06/2024 (Info 1140).”

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5
Q

Dentre os legitimados a propor a ação direta de inconstitucionalidade, estão o Presidente da
República, os Governadores dos Estados, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da
União.
C OU E

A

ERRADA
A Lei nº 9.868/1999 prevê, em seu art. 2º, os legitimados a propor a ADI, NÃO estando presente em seu
rol o Advogado-Geral da União:
Art. 2o Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou a Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou o Governador do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.

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6
Q

A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente
será tomada se presentes na sessão pelo menos cinco Ministros. C OU E

A

A Lei nº 9.868/1999 prevê, em seu art. 22, que a decisão sobre a constitucionalidade ou a
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos
oito Ministros:
Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo
somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros.

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7
Q

O controle de constitucionalidade difuso/concreto possui origem nos Estados Unidos da América, no
caso Marbury x Madison, gera efeito interpartes (em regra), tem a inconstitucionalidade como causa
de pedir e é adotado no Brasil desde a primeira Constituição da República, em 1891. C OU E

A

CORRETA
Todas as características elencadas na assertiva “A” acerca do controle difuso de constitucionalidade estão
corretas. Nos ensinamentos da doutrina especializada:
“Pode-se, assim, afirmar que a noção e a ideia de controle difuso de constitucionalidade, historicamente,
devem-se ao famoso caso julgado pelo Juiz John Marshall da Suprema Corte norte-americana, que,
apreciando o precedente Marbury v. Madison, em 1803, decidiu que, havendo conflito entre a aplicação
de uma lei em um caso concreto e a Constituição, deve prevalecer a Constituição, por ser hierarquicamente
superior. […] No momento que a sentença declara ser a lei inconstitucional (controle difuso realizado
incidentalmente), produz efeitos pretéritos, atingindo a lei desde a sua edição, tornando-a nula de pleno
direito. Produz, portanto, efeitos retroativos. Assim, no controle difuso, para as partes os efeitos serão
(regra):
■ inter partes: a decisão está limitada às partes do processo […]
Como se sabe, no controle difuso a declaração de inconstitucionalidade se dá de modo incidental e se
caracteriza como questão prejudicial incidental. Ou seja, julga-se procedente ou improcedente o pedido
formulado tendo em vista a inconstitucionalidade ou constitucionalidade de uma lei ou ato normativo. A
inconstitucionalidade, nesse caso, não é o pedido, mas a causa de pedir.
Fonte: Direito constitucional / Pedro Lenza. – 25. ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 2021.
“Retomando-se o que foi dito no início da exposição, foi sob a égide da Constituição republicana de 1891
que surgiu o controle de constitucionalidade dos atos normativos no Brasil. Em sintonia com o sistema
norte-americano, de controle difuso, ou por via de exceção, cumpria a todos os órgãos do Poder Judiciário,
na apreciação de casos concretos, verificar a conformidade das leis e dos atos dos Governos com a
Constituição”.
Fonte: Evolução do instituto do controle de constitucionalidade no Brasil Da Constituição Imperial à
Emenda Constitucional no 45/2004 - Andreo Aleksandro Nobre Marques, Junho/2006.

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8
Q

Dentre as alternativas abaixo, NÃO É hipótese
autorizativa da intervenção federal nos estados:
a) Repelir invasão de uma unidade da Federação em outra.
b) Garantir o livre exercício do Poder Legislativo Estadual.
c) Assegurar a observância dos princípios constitucionais sensíveis.
d) Reorganizar as finanças da unidade da Federação que não cumprir as metas da Lei de
Responsabilidade Fiscal.
e) Tentativa de secessão de determinado estado da federação.

A

D- O não cumprimento das metas previstas na Lei de Responsabilidade Fiscal não autoriza o manejo da
intervenção federal nos estados, carecendo de qualquer previsão constitucional.

Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente
de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

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9
Q

O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no máximo, trinta e três Ministros. C OU E

A

ERRADA
O STJ será composto, no mínimo, de 33 (trinta e três) ministros:
CF/88 - Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.

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10
Q

O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de
trinta e cinco e menos de setenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
C OU E

A

ERRADA
A idade máxima permitida para a escolha de cidadão brasileiro que preencha os requisitos para integrar
os quadros de ministros do STF é de 70 (setenta) anos:
CF/88 - Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos
com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e reputação
ilibada. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022).

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11
Q

Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar os mandados de segurança e os habeas data contra ato
de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. C OU E

A

ERRADA
O julgamento dos mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica compete ao STJ:
CF/88 - Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da
Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 23, de 1999).

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12
Q

Compete ao Supremo Tribunal Federal julgar eventual litígio entre a Organizações das Nações Unidas
e Território Federal. C OU E

A

CORRETA
Havendo litígio entre a ONU e Território Federal (caso venha a ser novamente criado), a competência
originária será do STF:
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal
ou o Território;

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13
Q

Compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, nas infrações penais comuns, os chefes de missão
diplomática de caráter permanente.
C OU E

A

ERRADA
Compete ao STF julgar, nas infrações penais comuns, os chefes de missão diplomática de caráter
permanente:
CF/88 - Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter
permanente;

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14
Q

São gratuitas as ações de habeas-corpus, habeas-data e mandado de segurança, e, na forma da lei,
os atos necessários ao exercício da cidadania.
C OU E

A

ERRADA
O mandado de segurança NÃO POSSUI GRATUIDADE constitucionalmente garantida:
CF/88 - Art. 5º LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “habeas-data”, e, na forma da lei, os
atos necessários ao exercício da cidadania.

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15
Q

A lei regulará a individualização da pena e adotará a perda de bens como uma das espécies de pena. C OU E

A

CORRETA
A perda de bens está expressamente prevista como uma das espécies de pena a ser adotada pelo Brasil:
CF/88 - Art. 5º, XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
b) perda de bens;

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16
Q

O preso tem direito à identificação dos responsáveis por seu interrogatório policial. C OU E

A

CORRETO
O preso possui direito à identificação dos responsáveis pela realização de seu interrogatório policial, por
expressa previsão constitucional:
CF/88 - Art. 5º LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;

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17
Q

Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes
da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins,
na forma da lei. C OU E

A

CORRETA
Previsão literal do art. 5º, LI da CF/88:
CF/88 - Art. 5º - LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins, na forma da lei;

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18
Q

A proteção aos dados pessoais, inclusive em meios digitais, é expressamente prevista como direito
fundamental. C OU E

A

CORRETO
Os dados pessoais foram expressamente inseridos no rol de direitos fundamentais do art. 5º da CF/88,
através da EC nº 115/2022:
CF/88 - Art. 5º - LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive
nos meios digitais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115, de 2022)

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19
Q

Como podemos definir a constituição?

A

(…) a lei fundamental e suprema de um Estado, que contém normas referentes: à
estruturação do Estado; à formação dos poderes públicos; forma de governo e
aquisição do poder de governar; distribuição de competências e; direitos, garantias
e deveres do cidadão.
(MORAES. Alexandre de. Direito Constitucional. 8ª Ed. Editora Atlas, 2000, p. 34) e
(HOLTHER. Leo Van. Direito Constitucional. 4ª Ed. Jus Podivm. 2008, p. 34).

DICA: para não esquecer o conceito, lembrem-se dos objetivos das constituições,
começando pela limitação de poderes e estruturação do Estado.

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20
Q

Quais são os objetivos da CF/88?

A

Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;

II - garantir o desenvolvimento nacional;

III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;

IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

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21
Q

O conceito moderno de Constituição pressupõe uma norma jurídico-política que prevê
direitos fundamentais e que organiza os poderes políticos. C OU E

A

CORRETA

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22
Q

Sob o olhar da concepção sociológica, qual seria a definição de Constituição?

A

Concepção SocioLógica (Ferdinand Lassale, em seu livro ¿Qué es una Constitución?):

uma Constituição
só seria legítima se representasse o efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder,
do contrário seria uma simples “folha de papel”. Portanto, a Constituição, segundo Lassale, seria a somatória
dos fatores reais do poder dentro de uma sociedade.

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23
Q

Carl SchimiTt definiria de que forma a Constituição?

A

Concepção PolíTica (Carl SchimiTt): A Constituição seria a decisão política fundamental, emanada do
titular do poder constituinte, enquanto a lei constitucional representaria os demais dispositivos que estão
inseridos no texto constitucional e que não contém matéria de decisão política fundamental. Faz a distinção
entre Constituição (decisão política fundamental) e lei constitucional (lei formalmente constitucional).
Conforme Pedro Lenza, “pode-se afirmar, portanto, em complemento, que, na visão de Carl Schmitt, em
razão de ser a Constituição produto de certa decisão política, ela seria, nesse sentido, a decisão política do
titular do poder constituinte.”

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24
Q

Como Hans Kelsen definiria a constituição?

A

Concepção Jurídica (Hans Kelsen): A Constituição é norma pura, dever-ser, dissociada de qualquer
fundamento sociológico, político ou filosófico (Constituição no mundo do dever-ser, e não no mundo do ser,
caracterizando-a como fruto da vontade racional do homem, e não das leis naturais). Kelsen dá dois sentidos
à palavra Constituição:
● SENTIDO LÓGICO-JURÍDICO – a Constituição é a NORMA HIPOTÉTICA FUNDAMENTAL, responsável
por dar sustentação ao sistema posto, e é o fundamento de validade de todas as outras leis.
● SENTIDO JURÍDICO-POSITIVO - é a Constituição positiva, conjunto de normas que regulam a criação
de outras normas, da qual todas as outras normas infraconstitucionais extraem seu fundamento de
validade. Logo, a Constituição é a lei máxima do direito positivo e encontra-se no topo da pirâmide
normativa.
Esquematizando:

PLANO LÓGICO-JURÍDICO:
■ norma fundamental hipotética
■ plano do suposto
■ fundamento lógico transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva

PLANO JURÍDICO-POSITIVO
■ norma posta, positivada
■ norma positivada suprema

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25
A Concepção Culturalista de Constituição, definida por Meirelles Teixeira e José Afonso da Silva, define a constituição como um FATO CULTURAL? C OU E
CORRETO Concepção Culturalista (Meirelles Teixeira e José Afonso da Silva): A Constituição é produto de um FATO CULTURAL, produzido pela sociedade e que sobre ela pode influir.
26
A Constituição brasileira de 1988 e a portuguesa de 1976 são constituições compromissórias. C OU E
CORRETA Constituição Compromissória: É a constituição que reflete a pluralidade das forças políticas e sociais. Típica da sociedade plural e complexa em que vivemos, ela é fruto de conflitos profundos. O procedimento constituinte de elaboração das constituições compromissórias é tumultuado pelas correntes convergentes e divergentes de pensamento, mas que ao fim encontram o consenso (compromisso A Constituição brasileira de 1988 e a portuguesa de 1976 são constituições compromissórias.
27
A Revolução Francesa pode ser considerada uma referência para o surgimento das constituições escritas, ao ter defendido, de maneira expressa, que o Estado estivesse formalizado em um documento escrito que previsse a separação do poder estatal e uma declaração de direitos do homem. C OU E
CORRETA
28
Toda constituição escrita é formal?
NÃO, porque a constituição formal vai muito além de ser escrita, exigindo supralegalidade/supremacia e procedimentos especiais para modificação. Logo, é possível uma constituição escrita (textos constitucionais) que não seja formal (não goza de processo legislativo especial para sua alteração).
29
A Constituição normativa é a que logra ser fielmente cumprida por todos os interessados, limitando, efetivamente o poder, enquanto a semântica é a formalização do poder de quem o detém no momento. C OU E
CORRETA Classificação ontológica/essência, pois analisa o MODO DE SER das Constituições, conforme adequação à realidade social e política (o critério utilizado é a forma de correspondência recíproca entre a norma da constituição e o poder político do Estado -processo de poder). ● Normativas (máxima eficácia, regulando todos os aspectos da vida social): são aquelas em que o poder estatal está de tal forma disciplinado que as relações políticas e os agentes do poder subordinam-se às determinações do seu conteúdo e do seu controle procedimental. Se adequa à realidade, eis que pretende e consegue guiar o processo político. O texto se alinha com a realidade política; ● Nominalistas: visa limitar a atuação dos detentores do poder econômico, político e social, mas essa limitação NÃO se efetiva. Não corresponde à realidade, já que, apesar de pretender regular o processo político, NÃO consegue fazê-lo. Não conseguem ser implementadas pois em descompasso com a realidade política; ● Semânticas (existe só no papel, não sendo adequada à realidade social): a Constituição serve de manutenção do poder pela classe dominante, mas NÃO objetiva alterar coisa alguma. Não tem por fim regular a vida política do Estado, busca somente formalizar e manter o poder político vigente.
30
A ideia de constituição dirigente representa a concepção de que a constituição de um país deve ser instrumento de transformação da realidade social e econômica. C OU E
CORRRETA As constituições dirigentes não se bastam com dispor sobre o estatuto do poder. Elas também traçam metas, programas de ação e objetivos para as atividades do Estado nos domínios social, cultural e econômico. De toda sorte, associa-se a constituição-garantia a uma concepção liberal da política, enquanto a constituição programática remete-se ao ideário do Estado social de direito. A Constituição brasileira de 1988 tem induvidosa propensão dirigente.
31
A Constituição Federal brasileira de 1988 classifica-se quanto à origem, ao modo de elaboração, à alterabilidade, à dogmática e ao critério ontológico de Karl Loewenstein, respectivamente, em: promulgada, dogmática, rígida, eclética e normativa. C OU E
CORRETA
32
Qual é a diferença entre as normas constitucionais de eficácia plena em face das contidas (ou prospectivas)?
A norma constitucional de eficácia plena, não necessita de complementação para produzir efeitos, possui aplicabilidade integral e imediata. Já as normas constitucionais de eficácia contida, também possuem aplicabilidade integral e imediata, porém PODEM ter sua abrangência limitada por norma infraconstitucional. Exemplos: os artigos: 5º, incisos XIII (sobre a regulamentação de profissões) e VIII (escusa de consciência):Art. 5º, XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;
33
O que seriam normas constitucionais de eficácia limitada?
Ao contrário das normas constitucionais de eficácia plena e contida, a de eficácia limitada, necessita integração de norma infraconstitucional para produzir efeito jurídico, pois dependem de complementação infraconstitucional para possuírem aplicabilidade direta.
34
Métodos de interpretação, o jurídico ou hermenêutico clássico? Quem foi o autor?
[SAVIGNY] Parte da consideração de que a Constituição é uma lei, de modo que a interpretação da Constituição não deixa de ser uma interpretação da lei. => TESE DA IDENTIDADE DA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL E INTERPRETAÇÃO LEGAL.
35
Métodos de interpretação. O método Tópico-problemático foi criado por quem?
Theodor Viehweg – “Tópica e Jurisprudência”. Para o autor, a tópica seria uma técnica de pensar o problema, ou seja, uma técnica mental que se orienta para a solução do problema. O método segue as seguintes premissas: ● Caráter Prático da interpretação: toda a interpretação se destina a solucionar problemas práticos e concretos; ● Caráter Aberto, fragmentário ou indeterminado das normas constitucionais, em razão de sua estrutura normativo-material; ● Preferência pela discussão do problema em razão da abertura das normas constitucionais que não permitem qualquer subsunção a partir delas próprias. Conclusão: A interpretação constitucional leva a um processo aberto de argumentação entre os vários partícipes ou intérpretes para se adaptar a norma constitucional ao problema concreto para, só ao final, se identificar a norma adequada.
36
Quem é o autor do método de interpretação Hermenêutico-concretizador ou concretista?
[HESSE] O método considera a interpretação constitucional como uma atividade de concretização da Constituição, circunstância que permite ao intérprete determinar o próprio conteúdo material da norma.
37
Quem é o autor do método de interpretação normativo-estruturante?
Parte da premissa de que existe uma relação necessária entre o texto e a realidade. Foi idealizado por Friederich Müller, que afirma que o texto é apenas a ponta do iceberg, não compreendendo a norma apenas o texto, mas também um pedaço da realidade social. É um método também concretista, diferenciando-se dele, porém, na medida em que a norma a ser concretizada não está inteiramente no texto, sendo o resultado entre este e a realidade.
38
Quem é o autor do método de interpretação científico-espiritual?
Idealizado por Rudolf Smend, este método dispõe que a interpretação constitucional deve levar em consideração a compreensão da Constituição como uma ordem de valores e como elemento do processo de integração. Assim, a interpretação deve aprofundar-se na pesquisa do conteúdo axiológico subjacente ao texto, pois só o recurso à ordem de valores obriga a uma captação espiritual desse conteúdo axiológico último da Constituição.
39
Em razão do que preceitua o princípio da concordância prática, pode-se dizer que, na ocorrência de conflito entre bens jurídicos garantidos por normas constitucionais, o intérprete deve priorizar a decisão que melhor os harmonize, de forma a conceder a cada um dos direitos a maior amplitude possível, sem que um deles acabe por impor a supressão do outro. C OU E
CORRETO. Em suma, o princípio da concordância prática objetiva, diante da hipótese de colisão entre direitos fundamentais, impedir o sacrifício total de um em relação ao outro, estabelecendo limites à restrição imposta ao direito fundamental subjugado, por meio, por exemplo, da proteção do núcleo essencial.
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O direito constitucional reclama a existência de princípios específicos, que compõem a denominada metodologia constitucional, para que a Constituição Federal de 1988 seja interpretada. Um dos referidos princípios prevê que, sempre que possível, deve o intérprete buscar a interpretação menos óbvia do enunciado normativo, fixando-a como norma, de modo a salvar a sua constitucionalidade. C OU E
CORRETA Trata-se do princípio de: interpretação conforme a Constituição. no caso de normas plurissignificativas (vários significados), deve-se preferir aquela que mais se aproxime da Constituição. Aqui não há declaração de inconstitucionalidade. Pelo contrário, busca-se preservar a constitucionalidade da norma de modo a evitar que ela seja expurgada do Ordenamento Jurídico. Nas palavras do professor Marcelo Novelino: “na interpretação conforme, exclui-se uma interpretação do dispositivo que seja possível, mas que, se empregada, violaria a Constituição. Seria, no caso, um tipo de situação constitucional imperfeita (ADI 2415)”.
41
Em recente julgamento nos autos da ADPF n 132, o Supremo Tribunal Federal, diante da possibilidade de duas ou mais interpretações razoáveis sobre o art. 1.723 do Código Civil, que trata sobre a união estável entre homem e mulher, reconheceu a união homoafetiva como família. Nesse caso, é correto afirmar que a técnica de interpretação utilizada foi a ...?
- Interpretação conforme. Fundamentação: Como visto, a interpretação conforme a Constituição é aplicável diante de normas que possuam mais de um significado, como no caso do termo “família”. Nesse contexto, o STF adotou a interpretação que mais se aproximava da Constituição, ou seja, aquela que reconhece a união homoafetiva como família.
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Segundo a doutrina majoritária, quem é o titular do Poder Constituinte ORIGINÁRIO.
Soberania do povo.
43
O Poder Constituinte Derivado Reformador pode alterar cláusulas pétreas?
Não. Tem o poder ou competência para modificar a Constituição por meio de um procedimento específico, estabelecido pelo Poder Constituinte Originário. Ao contrário deste, que é um poder político, o Poder Constituinte Derivado Reformador tem natureza jurídica, pois deve obedecer às limitações impostas pelo Originário. Em princípio, o Poder Constituinte de Reforma NÃO pode criar cláusulas pétreas: somente o Poder Constituinte Originário pode fazê-las. No entanto, pode ampliar o catálogo dos direitos fundamentais criados pelo Poder Constituinte Originário.
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Cláusulas pétreas são: consideradas limites materiais para emendas à Constituição, pois constituem conteúdo que não pode ser modificado no texto constitucional no sentido de o abolir (extinguir) ou tender a tanto. C OU E
CORRETA. Expressos: são as cláusulas de intangibilidade ou cláusulas pétreas do art. 60, § 4º da CF. Tutela-se a proposta tendente a ABOLIR. Impede-se que haja a DELIBERAÇÃO da emenda. O STF entende possível a impetração de MS por parlamentar (controle de constitucionalidade preventivo judicial); Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais.
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Como podemos definir os Princípios Sensíveis?
Princípios sensíveis: essência da organização constitucional da Federação brasileira - art. 34, VII da CF - se violados ensejam intervenção federal; Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS SENSÍVEIS a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
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O poder constituinte derivado revisor está determinado em qual artigo do ADCT?
está no art. 3º dos ATOS DE DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS: Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, em sessão unicameral.
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Ao julgar o RE nº 251.445/GO, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o termo “casa”, resguardado pela inviolabilidade conferida pelo art. 5º , inciso XI, da Constituição Federal e antes restrito a domicílio e residência, revela-se abrangente, devendo, portanto, se estender também a qualquer compartimento privado onde alguém exerça profissão ou atividade. Essa fixação de novo entendimento pelo Supremo Tribunal Federal que acarretou num processo de alteração do sentido da norma constitucional, sem alteração do texto, é denominada pela hermenêutica constitucional de: mutação constitucional informal. C OU E
CORRETA A mutação constitucional é um processo informal de modificação da Constituição, que ocorre por meio da interpretação das normas. É importante notar que a interpretação conforme a Constituição não poderia ser aplicada ao caso, pois o seu âmbito de aplicabilidade fica restrito às normas infraconstitucionais. Portanto, ao adotar um novo sentido para o termo “casa”, o STF promoveu uma mutação constitucional.
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Sobre os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, julgue o item abaixo: A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.
Art. 5, CF: XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; GABARITO: Certo
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Sobre os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal, julgue o item abaixo: A lei considerará crimes inafiançáveis e imprescritíveis a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins.
Art. 5, CF: XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
50
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e as normas constitucionais acerca dos direitos fundamentais, julgue o item abaixo: O STF declarou a constitucionalidade de lei que reserva a pessoas negras 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública federal direta e indireta, sendo legítima a utilização, além da autodeclaração, de critérios subsidiários de heteroidentificação.
GABARITO: Certo
51
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e as normas constitucionais acerca dos direitos fundamentais, julgue o item abaixo: Além de não caber ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia, sabe-se que é da iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo as leis que disponham sobre aumento de remuneração de seus servidores públicos.
STF – SÚMULA 339 - Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia. GABARITO: Certo
52
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e as normas constitucionais acerca dos direitos fundamentais, julgue o item abaixo: Segundo a CF/88, a lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade, razão pela qual o STF entende que as normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor.
STF – “Nos termos do art. 178 da CR, as normas e os tratados internacionais limitadores da responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor”. [RE 636.331, rel. min. Gilmar Mendes, j. 25-5-2017, P, DJE de 13-11-2017, Tema 210.] CF/88 – Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da reciprocidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995) CF/88 – Art. 5º, XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; GABARITO: Certo
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Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e as normas constitucionais acerca dos direitos fundamentais, julgue o item abaixo: A prática do racismo constitui crime inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.
O racismo é realmente inafiançável e imprescritível, bem como sujeito à pena de reclusão, contudo, a CF/88 não impõe que seja insuscetível de graça ou anistia, sendo a vedação imposta aos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e os definidos como crimes hediondos. CF/88 - Art. 5º, XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; GABARITO: Errado
54
Considerando a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal e as normas constitucionais acerca dos direitos fundamentais, julgue o item abaixo: A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
CF/88 – Art. 5º, XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; GABARITO: Certo
55
De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores a respeito do fornecimento de medicamentos, julgue o item abaixo: É cabível a atribuição de efeitos erga omnes à decisão de procedência proferida em ação civil pública relativa ao fornecimento de medicamentos, incumbindo a cada titular do direito o ônus de comprovar o seu enquadramento na hipótese prevista pela sentença.
EDIÇÃO N. 168: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO PELO PODER PÚBLICO – I 3) É cabível a atribuição de efeitos erga omnes à decisão de procedência proferida em ação civil pública relativa ao fornecimento de medicamentos, incumbindo a cada titular do direito o ônus de comprovar o seu enquadramento na hipótese prevista pela sentença. GABARITO: Certo
56
De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores a respeito do fornecimento de medicamentos, julgue o item abaixo: A responsabilidade dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), nas ações que buscam o fornecimento de medicamentos, é subsidiária.
EDIÇÃO N. 168: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO PELO PODER PÚBLICO – I 5) A responsabilidade dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), nas ações que buscam o fornecimento de medicamentos, é solidária, podendo figurar no polo passivo qualquer um deles em conjunto ou isoladamente. GABARITO: Errado
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De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores a respeito do fornecimento de medicamentos, julgue o item abaixo: Não é possível conceder a antecipação dos efeitos da tutela contra a Fazenda Pública para obrigá-la ao fornecimento de medicamento por violar o sistema de precatório.
EDIÇÃO N. 168: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO PELO PODER PÚBLICO – I É possível conceder a antecipação dos efeitos da tutela contra a Fazenda Pública para obrigá-la ao fornecimento de medicamento. GABARITO: Errado
58
De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores a respeito do fornecimento de medicamentos, julgue o item abaixo: Não é possível o fornecimento de medicamentos não incorporados em atos normativos do Sistema Único de Saúde - SUS mediante protocolos clínicos.
EDIÇÃO N. 169: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO PELO PODER PÚBLICO – II 1) É possível o fornecimento de medicamentos não incorporados em atos normativos do Sistema Único de Saúde - SUS mediante protocolos clínicos, quando comprovada a imprescindibilidade do tratamento prescrito, nos processos iniciados antes de 4/5/2018. GABARITO: Errado
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De acordo com a jurisprudência dos tribunais superiores a respeito do fornecimento de medicamentos, julgue o item abaixo: O Ministério Público não é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos, quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados.
EDIÇÃO N. 168: FORNECIMENTO DE MEDICAMENTO PELO PODER PÚBLICO – I 1) O Ministério Público é parte legítima para pleitear tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério Público). (Tese julgada sob o rito do art. 1.036 do CPC/2015 - TEMA 766). GABARITO: Errado
60
A respeito do habeas data, julgue o item abaixo: Não cabe o habeas data se não houve recusa de informações por parte da autoridade administrativa.
Trata-se da Súmula nº 2 do STJ, que corrobora o disposto na Lei 9.507/1997. Vejamos: Art. 8° A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na segunda. Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova: I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de dez dias sem decisão; II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de quinze dias, sem decisão; ou III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2° do art. 4° ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão. GABARITO: Certo
61
Contra a sentença caberá apelação, que terá efeito suspensivo.
Segundo o CPC: Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. § 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: I - homologa divisão ou demarcação de terras; II - condena a pagar alimentos; III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; VI - decreta a interdição. A Lei 9.507/1997 dispõe: Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe apelação. Parágrafo único. Quando a sentença conceder o habeas data, o recurso terá efeito meramente devolutivo. A regra geral é a de que a apelação possui efeito devolutivo e suspensivo, mas nem sempre a apelação terá efeito suspensivo. A lei traz exceções e a Lei 9.507/1997 possui uma exceção específica prevista no art. 15, parágrafo único. Ou seja, concedida a ordem, a apelação no rito do habeas data terá efeito meramente devolutivo.
62
A respeito do mandado de injunção, julgue o item abaixo: Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá agravo, em 15 dias, para o órgão colegiado competente para o julgamento da impetra.
Em regra, o prazo para a interposição de agravo é de 15 dias, conforme art. 1.003, § 5º do CPC, mas a Lei 13.300/2016 possui prazo específico: Art. 6º A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for manifestamente incabível ou manifestamente improcedente. Parágrafo único. Da decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá agravo, em 5 (cinco) dias, para o órgão colegiado competente para o julgamento da impetração. GABARITO: Errado
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A respeito do mandado de injunção, julgue o item abaixo: A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora.
Segundo a Lei 13.300/2016: Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o advento da norma regulamentadora. GABARITO: Certo
64
A respeito do mandado de injunção, julgue o item abaixo: Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator.
Segundo a Lei 13.300/2016: Art. 9º, § 2º Transitada em julgado a decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão monocrática do relator. GABARITO: Certo
65
A respeito do mandado de injunção, julgue o item abaixo: A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável.
Segundo a Lei 13.300/2016: Art. 11.  A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma editada lhes for mais favorável. GABARITO: Certo
66
A respeito dos remédios constitucionais, julgue o item abaixo: Não é possível a impetração de Habeas Corpus contra ações de improbidade administrativa.
“Ainda que se admita que a ação de improbidade administrativa tem natureza penal, não há como trancála em habeas corpus, porquanto as sanções previstas na Lei 8.429/1992 não consubstanciam risco à liberdade de locomoção”. (HC 100.244 AgR, rel. min. Eros Grau, j. 24/11/2009). GABARITO: Certo
67
A respeito dos remédios constitucionais, julgue o item abaixo: É possível o manejo do habeas data para a obtenção dos dados concernentes ao pagamento de tributos do próprio contribuinte constantes dos sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos da administração fazendária dos entes estatais.
“O habeas data é a garantia constitucional adequada para a obtenção, pelo próprio contribuinte, dos dados concernentes ao pagamento de tributos constantes de sistemas informatizados de apoio à arrecadação dos órgãos administração fazendária dos entes estatais”. (Info 790 - RE 673.707, rel. min. Luiz Fux, j. 17-6-2015 - Repercussão Geral). GABARITO: Certo
68
A respeito dos remédios constitucionais, julgue o item abaixo: Qualquer pessoa é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
CF 88 Art. 5º (...) LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. GABARITO: Errado
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A respeito dos remédios constitucionais, julgue o item abaixo: São legitimados à propositura do mandado de segurança coletivo: os partidos políticos, as organizações sindicais e as entidades de classe ou associações constituídas e em funcionamento há, no mínimo, um ano.
CF 88 Art. 5º (...) LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; GABARITO: certo
70
Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo: São brasileiros natos os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira.
CF/88: Art. 12. São brasileiros: I- natos: (...) b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; GABARITO: Errado
71
Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo: São brasileiros natos os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros.
CF/88: Art. 12. São brasileiros: I- natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; GABARITO: Errado
72
Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo: A lei e a Constituição Federal não poderão estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados.
CF/88: Art. 12. § 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. GABARITO: Errado
73
Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo: São privativos de brasileiros natos os cargos de oficial das Forças Armadas e de Ministro de Estado da Justiça.
CF/88: Art. 12. § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa. GABARITO: Errado
74
Acerca dos direitos da nacionalidade, julgue o item abaixo: Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira.
CF/88: Art. 12. § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: (...) II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; GABARITO: Certo
75
Acerca dos direitos políticos e partidos políticos, julgue o item abaixo: O militar alistável é elegível e, se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade.
Art. 14, § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. GABARITO: Certo
76
Acerca dos direitos políticos, julgue o item abaixo: A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, pelo plebiscito e referendo, apenas.
Art. 14, A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II - referendo; III - iniciativa popular. GABARITO: Errado
77
Acerca dos direitos políticos, julgue o item abaixo: São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Art. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. GABARITO: Errado
78
Acerca dos direitos políticos, julgue o item abaixo: Para que o candidato possua capacidade eleitoral passiva plena, ele deve preencher pelo menos uma das condições de elegibilidade, dentre as quais, a nacionalidade brasileira, o pleno exercício dos direitos políticos, o alistamento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária e a idade mínima exigida para cargo, segundo as regras constitucionais.
Segundo Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado – 2017), “A capacidade eleitoral passiva nada mais é que a possibilidade de se eleger, concorrendo a um mandato eletivo. O direito de ser votado, no entanto, só se torna absoluto se o eventual candidato preencher todas as condições de elegibilidade para o cargo ao qual se candidata e, ainda, não incidir em nenhum dos impedimentos constitucionalmente previstos, quais sejam, os direitos políticos negativos, que veremos mais adiante”. CF/88 – Art. 14, § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. GABARITO: Errado
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Acerca dos direitos políticos, julgue o item abaixo: Os direitos políticos negativos individualizam-se ao definirem formulações constitucionais restritivas e impeditivas das atividades político-partidárias, privando o cidadão do exercício de seus direitos políticos, bem como impedindo-o de eleger um candidato (capacidade eleitoral ativa) ou de ser eleito (capacidade eleitoral passiva).
Segundo Pedro Lenza (Direito Constitucional Esquematizado – 2017), “Ao contrário dos direitos políticos positivos, os direitos políticos negativos individualizam-se ao definirem formulações constitucionais restritivas e impeditivas das atividades político-partidárias, privando o cidadão do exercício de seus direitos políticos, bem como impedindo-o de eleger um candidato (capacidade eleitoral ativa) ou de ser eleito (capacidade eleitoral passiva). Comecemos pelas inelegibilidades para depois analisarmos as situações em que os direitos políticos ficam suspensos ou são perdidos (privação dos direitos políticos)”. GABARITO: Certo
80
De quem é a competência para julgar HC ou MS impetrados contra as CPIs constituídas no âmbito do Congresso Nacional?
O STF.
81
Municípios podem criar CPI e podem determinar a quebra de sigilo bancário. C OU E
ERRADO. Podem criar CPI mas não podem determinar a quebra de sigilo bancário.
82
Não é necessária a aprovação da respectiva casa legislativa para a manutenção de prisão em flagrante de delito de crime inafiançável. C OU E
ERRADO. É sim necessária a aprovação da respectiva casa. E só pode ser preso em flagrante em caso de crimes inafiançáveis.
83
Os parlamentares municipais gozam de imunidade formal (prisional ou processual)??
Não. É possível que o Juiz de primeiro grau, fundamentadamente, imponha aos parlamentares municipais as medidas cautelares de afastamento de suas funções legislativas sem necessidade de remessa à Casa respectiva para deliberação.
84
O PR pode expedir "decretos autônomos" e delegar aos Ministros de Estado, ao PGR e ao AGU a atribuição de conceder indulto e comutar penas??
SIM.
85
Manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos é uma função do chefe de estado ou de governo?
É uma função do chefe de ESTADO. art. 84 inciso VII da CF.
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Quais os requisitos para ser nomeado como Ministro da Defesa pelo PR?
Maior de 21; Brasileiro NATO, não pode ser naturalizado; No gozo de seus direitos políticos.
87
Não participam do CONSELHO DA REPÚBLICA os líderes da maioria e da minoria no Câmara dos Deputados, apenas do Senado. C OU E
ERRADO. Os líderes da maioria e da minoria do senado e da câmara participam do Conselho da República.
88
O município é competente para definir o horário de atendimento dos bancos?
Não, apenas a União. Súmula 19 STJ
89
Não ofende o princípio da livre concorrência a lei municipal que impede instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área. C OU E
ERRADO, viola o princípio da ampla concorrência e livre comércio. SV 49 STF
90
91
Quem pode propor ADI ou ADC segundo o art. 103 da CF?
Presidente da República, Mesas da Câmara e do Senado, Mesas das Assembleias Legislativas ou da CLDF, Governadores, PGR, OAB, Partidos com representação no Congresso, Confederações sindicais e entidades de classe de âmbito nacional.
92
O Presidente da República pode propor ADI e ADC?
Sim. É um dos legitimados pelo art. 103 da CF.
93
Partido político sem representação no Congresso pode propor ADI ou ADC?
Não. Apenas partidos com representação no Congresso Nacional podem propor.
94
Entidade de classe estadual pode propor ADI ou ADC?
Não. Apenas entidades de classe de âmbito nacional têm legitimidade.
95
O Conselho Federal da OAB é legitimado para propor ADI e ADC?
Sim. É um dos legitimados previstos no art. 103 da CF.
96
Qual recurso cabe contra a decisão que considerou a petição inepta na ação direta de inconstitucionalidade?
L 9868/99 Art. 4o A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão que indeferir a petição inicial.
97
Não viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte. C OU E
ERRADO. Súmula Vinculante 10: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, art. 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta a sua incidência no todo ou em parte.
98
Somente o Procurador-Geral da Justiça tem legitimidade para propor ação direta interventiva por inconstitucionalidade de Lei Municipal. c ou e
CORRETA. Súmula 614 STF.
99
Como podemos definir o controle de constitucionalidade?
Nas palavras do professor Bernardo Gonçalves: “O controle de constitucionalidade visa a garantir a supremacia e a defesa das normas constitucionais (explícitas ou implícitas) frente a possíveis usurpações, devendo ser entendido como a verificação de compatibilidade (ou adequação) de leis ou atos normativos em relação a uma Constituição/ no que tange ao preenchimento de requisitos formais e materiais que as leis ou atos normativos devem necessariamente observar.”
100
A CF é dividida em quantas partes?
Em 3. 1 Preâmbulo 2 Normas Permanentes 3 ADCT - Atos de Disposições Constitucionais Transitórias OBS: Só pode haver declaração de inconstitucionalidade nas normas permanentes e no ADCT.
101
Quantos tratados foram aprovados segundo a regra do §3º do art. 5º da CF?
Atualmente, temos apenas 4 tratados que foram aprovados nestes moldes e, portanto, têm status constitucional: (i) Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoa com Deficiência; (ii) Seu Protocolo adicional à Convenção da ONU sobre o Direito das Pessoa com Deficiência; (iii) Tratado de Marraqueche (tem por objetivo de facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto impresso); obs. o Decreto nº 9.522/2018 utiliza a grafia “Marraqueche”, ou seja, com “CH”. (iv) Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância.
102
O que é controle de constitucionalidade?
É a verificação da compatibilidade das leis e atos normativos com a Constituição, decorrente da supremacia constitucional e pressuposto de validade de todas as leis.
103
Quais são os tipos de controle de constitucionalidade?
Controle preventivo (antes da promulgação da norma) e controle repressivo (após a promulgação).
104
Quem realiza o controle preventivo de constitucionalidade?
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, durante o processo legislativo.
105
Quem realiza o controle repressivo de constitucionalidade?
Principalmente o Poder Judiciário, por meio do controle difuso ou concentrado.
106
O que é controle difuso de constitucionalidade?
É realizado por qualquer juiz ou tribunal, no caso concreto, podendo declarar a inconstitucionalidade de uma norma.
107
O que é controle concentrado de constitucionalidade?
É realizado por um órgão específico, como o Supremo Tribunal Federal, por meio de ações diretas de inconstitucionalidade.
108
O delegado de polícia pode realizar controle de constitucionalidade?
Sim, embora de forma excepcional, o delegado pode deixar de aplicar normas flagrantemente inconstitucionais, especialmente quando já declaradas pelo STF.
109
O que é controle de convencionalidade?
É a análise da compatibilidade das normas internas com tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil.
110
O delegado de polícia pode realizar controle de convencionalidade?
Sim, deve avaliar a compatibilidade das normas internas com tratados internacionais de direitos humanos, especialmente na fase de investigação.
111
Qual o papel do delegado no controle de constitucionalidade e convencionalidade?
Atuar como garantidor dos direitos fundamentais, podendo afastar normas inconstitucionais ou inconvencionais no caso concreto.
112
Qual a importância da jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos para o delegado?
Serve como parâmetro para o controle de convencionalidade, orientando a atuação do delegado na proteção dos direitos humanos.
113
O que diz a Súmula 347 do STF sobre controle de constitucionalidade?
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
114
Qual a posição de Peter Häberle sobre a interpretação constitucional?
Defende que todos os órgãos públicos e cidadãos são intérpretes da Constituição, promovendo uma sociedade aberta dos intérpretes.
115
Em que situações o delegado deve exercer o controle de constitucionalidade?
Quando se deparar com normas flagrantemente inconstitucionais, especialmente aquelas já declaradas inconstitucionais pelo STF.
116
Qual a relevância do controle de convencionalidade na atuação do delegado?
Permite que o delegado assegure a aplicação dos tratados internacionais de direitos humanos, fortalecendo a proteção dos direitos fundamentais.
117
De que se trata o Fenômeno da Erosão da Consciência Constitucional?
Fenômeno Da Erosão Da Consciência Constitucional (Lowenstein - Celso de Mello) É o preocupante processo de desvalorização funcional da Constituição escrita, de modo que, quando a Constituição impõe um dever ao Poder Público e ele se omite, implica na perda de credibilidade da própria Constituição. Fenômeno aplicável nos casos de omissão.
118
Quando ocorre a inconstitucionalidade superveniente?
A norma nasce constitucional, mas caminha por um processo de inconstitucionalização, em razão de alteração do parâmetro. (quando o texto constitucional é alterado por meio de emenda constitucional).
119
A respeito da figura denominada Estado de coisas inconstitucional, é correto afirmar que encontra fundamento nos casos de inadimplemento reiterado de direitos fundamentais pelos poderes do Estado, sem que haja possibilidade de remédio para vias tradicionais, ocasião em que o tribunal assume o papel de coordenador de políticas públicas por meio da denominada tutela estruturante. C OU E
CORRETA.
120
É possível que o STF, ao julgar MS impetrado por parlamentar, exerça controle de constitucionalidade de projeto que tramita no Congresso Nacional e o declare inconstitucional, determinando seu arquivamento?
Não.
121
O STF admite proposição de ADI questionando lei antes de ser publicada?
Em regra, o STF só admite que a ação direta tenha como objeto juridicamente idôneo, leis e atos normativos, federais ou estaduais, já promulgados, editados e publicados. Excepcionalmente, o Supremo admite a propositura de ADI questionando uma lei, antes de ela ser publicada, desde que, até o julgamento da ação, a publicação tenha ocorrido.
122
Quais são as principais características do controle difuso?
As principais características do controle difuso são: não ter como objeto a norma abstratamente considerada, devendo ela ser aplicada a uma situação concreta; caber a todos os juízes e tribunais do país, desde que atendidas as normas processuais; poder ser suscitado por qualquer parte ou sujeito processual; não formular a questão de constitucionalidade como objeto principal do processo, mas como questão incidental; não implicar a retirada da norma do ordenamento jurídico, mas apenas deixar de aplicá-la ao caso concreto; possuir efeito apenas para as partes de um processo e, em geral, de forma não vinculante para as demais pessoas.
123
Qualquer lei/ato normativo pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade?
R.: NÃO! Para que as leis ou atos normativos sejam objeto de ADI, é necessário observar alguns requisitos: i. Caráter primário, ou seja, deve retirar seu fundamento de validade diretamente da CF/88; ii. Dotado de abstração, generalidade, impessoalidade; O fato de uma lei possuir destinatários determináveis não retira seu caráter abstrato e geral, tampouco a transforma em norma de efeitos concretos. STF. 1ª Turma. RE 1186465 AgR/TO, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 8/10/2019 (Info 955). iii. Estar em pleno regime de vigência; iv. Ter sido editado após da CF/88.
124
As principais características do controle concentrado são?
Ter como objeto a norma abstratamente considerada, independentemente de aplicação a situação concreta; caber apenas ao Supremo Tribunal Federal (na esfera federal) ou aos tribunais de justiça (na esfera estadual); poder ser suscitado apenas por sujeitos legitimados na legislação; formular a questão de constitucionalidade como objeto principal do processo; implicar a suspensão de eficácia da norma no ordenamento jurídico, com efeitos vinculantes e erga omnes.
125
Existe diferença entre Emenda constitucional vs. Revisão constitucional?
: Emenda constitucional e revisão da constituição são usualmente consideradas espécies do gênero “reforma da constituição”. A revisão constitucional costuma ser mais ampla do que as emendas, do ponto de vista da quantidade de normas atingidas, pois a revisão pode modificar, em princípio, toda a extensão da constituição. As emendas constitucionais tendem a ser mais limitadas, mais pontuais, geralmente centradas em alterar normas sobre determinado tema (ainda que esse não seja um critério objetivo, mas apenas empírico). Quanto aos procedimentos, usualmente as revisões se submetem a requisitos formais mais simples do que os aplicáveis às emendas constitucionais, pois para as revisões se exige quórum mais simples do que para as emendas constitucionais, em particular nos países de constituição rígida, como o Brasil. A Constituição de 1988 previu expressamente a possibilidade de sua revisão no art. 3.º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), para cinco anos após a promulgação de seu texto, isto é, em 1993. Não há outra norma constitucional que autorize novo processo de revisão, motivo pelo qual a doutrina majoritária entende não mais ser possível haver processo de revisão após aquele ocorrido em 1993, uma vez que a eficácia daquele dispositivo do ADCT está exaurida. Na linha do padrão de resposta acima, cf., por exemplo, SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de direito constitucional. 11. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2022. Livro eletrônico, p. 266.
126
Qual a classificação da CF/88?
PEDRA FAND Promulgada Escrita Dogmática Rígida Analítica Formal Autônoma Normativa Dirigente
127
Ao tratar dos princípios fundamentais, a CF estabelece, em seu art. 1.º, A a forma republicana de Estado, cláusula pétrea expressa, caracterizada pela eletividade, temporariedade e responsabilidade do governante. B a forma republicana de governo, caracterizada pela eletividade, temporariedade e responsabilidade do governante. C a forma federativa de Estado, cláusula pétrea implícita, caracterizada pela tripartição dos poderes da União. D a forma federativa de Estado e o sistema presidencialista de governo. E a forma republicana de governo e a forma federativa de Estado, cláusulas pétreas expressas.
*LETRA B* A) INCORRETA. A forma federativa que é cláusula pétrea expressa. B) CORRETA. C) INCORRETA. A forma federativa é cláusula pétrea explícita, conforme dispõe o artigo 60, parágrafo 4º, inciso I, da CF. D) INCORRETA. No artigo 1º não trata do presidencialismo. E) INCORRETA. A forma republicana de governo não é cláusula pétrea expressa, é um princípio sensível. MACETE! O ESTADO FEDE forma de estado é federalismo A REPÚBLICA É FOGO forma de governo republicano O PRESIDENTE É SISTEMÁTICO sistema de governo presidencialista O REGIME É DEMOCRÁTICO regime de governo democracia
128
A obrigatoriedade do voto está dentro das cláusulas pétras?
NÃO.
129
Cabe MS contra atos praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública?
* Súmula nº 333, STJ. Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública. ↳ A súmula refere-se a atos administrativos e não a atos de gestão, razão pela qual permanece válida.
130
É desnecessária a oitiva do MP para opinar em processos de Mandado de Segurança quando o Tribunal já tem jurisprudência firmada acerca da matéria objeto da controvérsia?
Sim. Em regra, é indispensável a intimação do Ministério Público para opinar nos processos de mandado de segurança, conforme previsto no art. 12 da Lei nº 12.016/2009. No entanto, a oitiva do Ministério Público é desnecessária quando se tratar de controvérsia acerca da qual o tribunal já tenha firmado jurisprudência. Assim, não há qualquer vício na ausência de remessa dos autos ao Parquet que enseje nulidade processual se já houver posicionamento sólido do Tribunal. Nesses casos, é legítima a apreciação de pronto pelo relator. STF. 2ª Turma. RMS 32482/DF, rel. orig. Min. Teori Zavaski, red. p/ o ac. Min. Edson Fachin, julgado em 21/8/2018 (Info 912).
131
Qual é o prazo decadencial para impetração de mandado de segurança?
Prazo de 120 dias contados a partir da ciência, pelo interessado, do ato impugnado. art 23. L 12.016/09
132
Quais são os direitos fundamentais de 1,2,3,4 e 5ª geração
1 LIBERDADE 2 IGUALDADE 3 FRATERNIDADE 4 GLOBALIZAÇÃO POLÍTICA 5 PAZ
133
Quais são os crimes previstos na CF/88 inafiançáveis e imprescritiveis?
R AÇÃO? Racismo e AÇÃO de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
134
Quais são os crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça e anistia?
3TH Tortura Terrorismo Tráfico Ilícito de entorpecentes e Drogas afins Hediondos
135
Em quais casos pode ocorrer a extradição de brasileiro nato?
em 2 casos: a) prática de crime comum ANTES da naturalização; b) comprovado envolvimento com o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, ANTES OU DEPOIS da naturalização.
136
Todo estrangeiro pode ser extraditado?
Sim, só não pode ser extraditado em razão de crime político ou de opinião.
137
Cabe habeas corpus contra decisão monocrática de Ministro do STF?
NÃO. Não cave pedido de HC originário para o Tribunal Pleno contra ato de Ministro ou outro órgão fracionário da Corte.
138
Cabe condenação em honorários advocatícios na ação de mandado de segurança?
NÃO.
139
o MI é concedido sem que há falta de norma reguladora relativa à quais direitos?
NSC Neymar, Suares e Cristiano ronaldo Nacionalidade; Soberania; Cidadania.
140
Quem pode promover o Mandado de Injunção?
Toda pessoa física e jurídica.
141
Quem pode promover o Mandado de Injunção Coletivo?
O MP, Partido Político com representação no CN, e Organização sindical, entidade de classe, em funcionamento há pelo menos UM ano e com finalidades pertinentes. Defensoria pública também pode.
142
O controle no Mandado de Injunção é abstrato?
Não, há controle concreto de constitucionalidade.
143
A lesão ao patrimônio público é um dos pressupostos de qual ação?
AÇÃO POPULAR.
144
Como o cidadão pode provar a sua cidadania para ingressar com a Ação Popular?
Com o título de eleitor ou documento que ele corresponda.
145
Qual é a origem da Constituição Federal de 1988?
Promulgada
146
Qual é a forma da Constituição Federal de 1988?
Escrita
147
Qual é a elaboração da Constituição Federal de 1988?
Dogmática
148
Qual é a alterabilidade da Constituição Federal de 1988?
Rígida
149
Qual é a extensão da Constituição Federal de 1988?
Analítica
150
Qual é o conteúdo da Constituição Federal de 1988?
Formal
151
Qual é o local de decretação da Constituição Federal de 1988?
Autônoma
152
Qual é a ontologia da Constituição Federal de 1988?
Normativa (pretende ser normativa)
153
Qual é a finalidade da Constituição Federal de 1988?
Dirigente
154
Apenas a Constituição Federal de 1988 pode prever modalidades de controle externo. C OU E
CORRETA. "Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:(...)" Dessa forma, as Constituições estaduais e leis orgânicas, ao tratar do controle externo, deverão trazer modelo equânime, sob risco de prejudicar o modelo de controle estatuído pela Constituição da República. Por isso, é correto dizer que somente a Constituição Federal pode prever modalidades de controle externo.
155
O Poder Judiciário pode revogar atos praticados pelo Poder Executivo eivados de ilegalidade. C OU E
ERRADO. O item TROCA, incorretamente, o instituto da anulação, que é medida a ser adotada pela Administração Pública (autotutela) ou pelo Poder Judiciário em casos de ilegalidade (como é o caso do enunciado), pela revogação, que, diferentemente do que aduz a questão, aplica-se em casos de conveniência ou oportunidade, isto é, quando se tratar de mérito administrativo (que não foi o caso em comento).
156
Acerca dos sentidos e das concepções de constituição e da posição clássica e majoritária da doutrina constitucionalista, julgue os itens que se seguem. A Constituição Federal brasileira pode ser considerada uma constituição-garantia, pois regulamenta, de forma analítica, os assuntos mais relevantes à formação, à destinação e ao funcionamento do Estado. C OU E
As chamadas Constituições-garantias podem ser entendidas como aquelas que se destinam a limitar o Poder Estatal, assegurando a liberdade dos direitos individuais e coletivos. Assim, esse tipo de Constituição serve de garantia aos indivíduos contra os atos opressivos do Estado. No entanto, nossa Constituição Federal de 1988 é uma constituição dirigente, uma vez que dirige programas institucionais para o Estado, logo, ela preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. FONTE: GRAN CURSOS ONLINE. DIREITO CONSTITUCIONAL. Classificação e Elementos da Constituição e a História Constitucional. Luciano Dutra.
157
Quanto ao objeto das constituições, são exemplos tradicionais o estabelecimento do modo de aquisição do poder e a forma de seu exercício. C OU E
A assertiva está correta. Vejamos: A Constituição é, em breve síntese, o conjunto de normas jurídicas que cria o Estado, organizando os seus elementos constitutivos (povo, território, governo, soberania e finalidade), perfazendo sua lei fundamental. Assim, é possível concluir que as Constituições estabelecem, essencialmente, direitos garantias dos cidadãos, deveres do Estado, organização político-administrativa do Estado, o que inclui, portanto, modo de aquisição do poder e a forma de seu exercício. Portanto, está certo dizer que, quanto ao objeto das constituições, são exemplos tradicionais o estabelecimento do modo de aquisição do poder e a forma de seu exercício
158
Sob a ótica da constituição política, um Estado pode ter uma constituição material sem que tenha uma constituição escrita que descreva a sua organização de poder. C OU E
No conceito político desenvolvido por Carl Schmitt, a Constituição significa a decisão política fundamental, vale dizer, a decisão concreta sobre o modo e a forma de existência da unidade política (o Estado). Assim, a Constituição representa o resultado da vontade política fundamental do Poder Constituinte originário quanto aos temas ligados à estruturação do Estado. Por isso, considera-se que a decisão política tem existência autônoma e não se subordina, necessariamente, à Lei organizadora do Estado. O autor diferencia Constituição de Leis Constitucionais. Com efeito, no texto constitucional, haveria normas que se destacariam pela enorme relevância política, por dizerem respeito à estrutura do Estado, aos direitos e garantias fundamentais, ao regime político, à organização dos Poderes etc. (Constituição, segundo Schmitt). Por outro lado, haveria normas que não apresentariam essa relevância, que só se encontrariam inseridas na Constituição para adquirirem maior estabilidade jurídica (Leis constitucionais, segundo Schmitt).
159
Cabe originariamente ao STF processar e julgar habeas data contra ato de ministro de estado. C OU E
Errado. Comentários: Nos termos do art. 105, inciso I, alínea b, da CF/88: “Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal;”
160
Cumpre ao STF julgar o recurso ordinário de habeas corpus decidido em única instância pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). C OU E
Certo. Comentários: Nos termos do art. 102, inciso II, alínea a, da CF/88: “Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: II - julgar, em recurso ordinário: a) o habeas corpus , o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;”
161
Compete à Advocacia-Geral da União exercer as atividades de consultoria e assessoramento jurídico à Polícia Federal. C OU E
Certo. Comentários: Nos termos do art. 131, caput, da CF/88: “Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo”. Ademais, conforme art. 2º-A da Lei 9.266/96: “Art. 2º-A. A Polícia Federal, órgão permanente de Estado, organizado e mantido pela União, para o exercício de suas competências previstas no § 1º do art. 144 da Constituição Federal, fundada na hierarquia e disciplina, é integrante da estrutura básica do Ministério da Justiça.”
162
Conforme o conceito de bloco de constitucionalidade, há normas constitucionais não expressamente incluídas no texto da CF que podem servir como paradigma para o exercício de controle de constitucionalidade. C OU E
CORRETO. Como os Tratados Internacionais que foram aprovados pelas 2 casas do CN com votações de 2/3.
163
Para o efeito do conhecimento da reclamação constitucional, o STF admite o uso da teoria da transcendência dos motivos determinantes das ações julgadas em sede de controle concentrado. C OU E
Gabarito Errado. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é clara no sentido de não admitir a teoria dos motivos determinantes em acórdão com efeitos vinculantes. Na verdade, o STF adotou a teoria restritiva segundo a qual somente o dispositivo (e não os motivos) da decisão produz efeitos vinculantes.
164
É vedado ao Poder Legislativo efetuar o controle de constitucionalidade repressivo de normas em abstrato. C OU E
ERRADA. Tal espécie de controle - repressivo, uma vez que posterior a edição do ato normativo impugnado; e em abstrato, uma vez que realizado de forma não casuística - vem previsto no texto constitucional em pelo menos duas passagens: competência conferida ao Congresso Nacional para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem os limites da delegação legislativa ou de seu poder regulamentar (art. 49, V, CRFB/88) e o controle dos requisitos constitucionais para a edição de medida provisória (art. 62, § 5º, CRFB/88). Perceba, portanto, que se faz possível falar no Poder Legislativo exercendo o controle de constitucionalidade repressivo em abstrato.
165