Direito Empresarial Flashcards
O aviamento, na seara empresarial, consiste na
valorização do estabelecimento decorrente de sua capacidade de geração de lucros, sendo diretamente influenciado por fatores como a organização dos bens, a
clientela e a localização do ponto comercial. No entanto, a doutrina majoritária equipara aviamento e clientela,
tratando-os como sinônimos, uma vez que ambos estão vinculados ao potencial lucrativo da empresa.
ERRADO
O aviamento e a clientela são institutos distintos. O aviamento é um atributo econômico do estabelecimento, correspondente à sua aptidão para gerar lucros, levando em consideração fatores como localização, marca, reputação e organização. Já a clientela refere-se ao conjunto de consumidores que habitualmente adquirem produtos ou serviços da empresa. Embora a clientela seja um dos elementos que influenciam o aviamento, não se pode considerá-los sinônimos, uma vez que este último envolve uma avaliação global da capacidade lucrativa do
estabelecimento.
O condenado por crime falimentar, além de ficar inabilitado para o exercício de atividade empresarial, fica impedido de exercer cargo ou função em conselho de administração, diretoria ou gerência de sociedades e, também, impossibilitado de gerir empresa por mandato
ou por gestão de negócio.
CERTO
O item está correto, refletindo o disposto
no art. 181 da Lei n.º 11.101/2005 (Lei de Falências e
Recuperação de Empresas), que trata das consequências
da condenação por crime falimentar.
Esse dispositivo legal estabelece que o condenado por crime falimentar fica:
➔ inabilitado para o exercício da atividade
empresarial;
➔ impedido de exercer qualquer função de
administração em sociedade empresária, o que inclui
cargos em conselho de administração, diretoria e
gerência; e
➔ impossibilitado de gerir empresa por meio de
mandato ou gestão de negócios.
A norma tem como fundamento a proteção do mercado e da ordem econômica, impedindo que indivíduos condenados por crimes falimentares continuem a atuar
na administração de empresas, o que poderia
A CEBRASPE entende que não há disposição
legal que impeça o condenado por crime falimentar de
ser mero sócio em outra sociedade. O que é vedado é o exercício de cargo ou função de administração, ou seja,
o condenado não poderia atuar como empresário
individual ou como sócio administrador/gerente/gestor
de sociedade empresária. (Cuide, pois isso já foi cobrado no concurso para Delegado da PF de 2018).
Os crimes previstos na Lei 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação de Empresas) são de ação penal pública
incondicionada, podendo qualquer credor habilitado ou, até mesmo, o administrador judicial, oferecer ação penal
privada subsidiária da pública após decorrido o prazo legal sem que o representante do Ministério Público ofereça a denúncia, observado o prazo decadencial de 6
(seis) meses.
CERTO
O item está correto, pois reflete adequadamente as disposições da Lei n.º 11.101/2005 (Lei de Falências e Recuperação de Empresas),
notadamente do artigo 184, caput e parágrafo único.
Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal
pública incondicionada.
Parágrafo único. Decorrido o prazo a que se refere o art.
187, § 1º, sem que o representante do Ministério Público
ofereça denúncia, qualquer credor habilitado ou o
administrador judicial poderá oferecer ação penal
privada subsidiária da pública, observado o prazo
decadencial de 6 (seis) meses.
Art. 187. (…) § 1º O prazo para oferecimento da denúncia regula-se pelo art. 46 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal , salvo se o Ministério Público, estando o réu solto ou afiançado, decidir aguardar a apresentação da exposição
circunstanciada de que trata o art. 186 desta Lei ,
devendo, em seguida, oferecer a denúncia em 15
(quinze) dias.
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços.
CERTO
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente
atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de
bens ou de serviços.
Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza
científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
CERTO
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de
Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Considera-se estabelecimento todo complexo de bens materiais.
ERRADO.
Bens materiais e imateriais.
Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado,
para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária.
Em hipótese nenhum o alienante deverá ter aval dos credores para a venda do estabelecimento.
ERRADO
Art. 1.145. Se ao alienante não restarem bens suficientes para solver o seu passivo, a eficácia da alienação do estabelecimento depende do pagamento de todos os credores, ou do consentimento destes, de modo expresso ou tácito, em trinta dias a partir de sua notificação.
Art. 1.146. O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos
anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o
devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos
créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento.
É nacional a sociedade organizada em conformidade com a lei brasileira.
ERRADO
Art. 1.126. É nacional a sociedade organizada de conformidade com a LEI brasileira e que
tenha no País a SEDE DE SUA ADMINISTRAÇÃO.
Dado o princípio constitucional de livre iniciativa, é permitido ao empresário iniciar suas atividades comerciais concomitantemente com o pedido de sua inscrição no registro público de empresas mercantis.
ERRADO
O registe deve ocorrer antes do início da atividade.
A firma, além de identificar o exercente de atividade empresarial, funciona como assinatura do empresário ou da sociedade empresária.
CERTO
A firma individual ou social possui a função específica de servir como a própria assinatura do empresário individual ou da sociedade empresária, respectivamente. Já a denominação, por sua vez, não funciona como assinatura.
Art. 1.156. O empresário opera sob firma constituída por seu nome, completo ou abreviado, aditando-lhe, se quiser, designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de atividade.
A lei veda a alienação do nome empresarial.
De acordo com o art. 1.164 do Código Civil, o nome empresarial é inalienável, o que significa que ele não pode ser transferido ou vendido. O nome empresarial é um elemento que identifica a empresa e está relacionado à sua reputação e identidade no mercado. Assim, a alienação do nome empresarial é vedada, pois faz parte da personalidade jurídica da empresa.
A inscrição do nome empresarial somente será cancelada a requerimento do seu titular, mesmo quando cessado o exercício da atividade para que foi adotado.
ERRADO
A inscrição do nome empresarial será cancelada, a requerimento de
qualquer interessado, quando cessar o exercício da atividade para que foi adotado, ou
quando ultimar-se a liquidação da sociedade que o inscreveu.
A marca empresarial tem proteção constitucional, razão pela qual o nome e outros sinais distintivos das empresas devem ser garantidos pela lei, dados o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.
CERTO
CF, Art. 5º, XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
Caso um credor observe que o devedor, pessoa física, vem transferindo seu patrimônio pessoal para uma pessoa jurídica da qual é sócio, a fim de dificultar a cobrança, pode esse credor buscar a desconsideração inversa da personalidade jurídica
CERTO
-DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA - Atinge bens da sociedade para saldar dívidas de cunho particular.
-Visando a coibir abusos, surgiu a figura da teoria da desconsideração/teoria do levantamento do véu/teoria da penetração na pessoa física – com isso se alcançam pessoas e bens que se escondem dentro de uma PJ p/ fins ilícitos ou abusivos
A efervescência do mercado, sobretudo após a Revolução Industrial, fez surgir diversas atividades econômicas relevantes que não estavam compreendidas no conceito de atos de comércio ou de mercancia, razão pela qual a noção do direito comercial fundada exclusivamente na figura dos atos do comércio se mostrou totalmente ultrapassada.
CERTO
Após a Revolução Industrial, o conceito de direito comercial evoluiu além dos atos de comércio, passando a abranger uma série de atividades econômicas que não se encaixavam na definição tradicional. O direito comercial passou a ser visto sob a ótica da empresa, não apenas dos atos de mercancia.
O direito comercial deixou de ser o direito do comerciante para tornar-se o direito da empresa, abrangendo uma gama muito maior de relações jurídicas.
CERTO
O Código Civil de 2002 adotou a teoria francesa dos atos de comércio.
ERRADO
O CC de2002 não adota a teoria dos atos de comércio, mas sim a TEORIDA DA EMPRESA. Isso significa que o foco não é mais nos atos específicos de comércio, mas na atividade empresarial como um todo.
Faculta-se ao empresário a decisão de tornar público o seu objeto social.
ERRADO
CC: Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;
III - o capital;
IV - o objeto e a sede da empresa.
§ 1º Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
O gerente de empresa poderá delegar poderes de representação, uma vez que as prerrogativas a ele conferidas, embora pessoais, são transferíveis.
ERRADO.
Art. 1.169. O preposto não pode, sem autorização escrita, fazer-se substituir no desempenho da preposição, sob pena de responder pessoalmente pelos atos do substituto e pelas obrigações por ele contraídas.
No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante terceiros, pelos atos culposos.
ERRADO
Art. 1.177. …
Parágrafo único. No exercício de suas funções, os prepostos são pessoalmente responsáveis, perante os preponentes, pelos atos culposos; e, perante terceiros, solidariamente com o preponente, pelos atos dolosos.
O empresário casado pode alienar os bens imóveis que integram o patrimônio da empresa sem outorga conjugal.
CERTO
Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real.
Conforme entendimento dominante do STJ, a finalidade lucrativa não é requisito para que determinada atividade seja considerada empresária.
ERRADO
É sim requisito, atividade econômica para dividir lucros com os sócios.
A pessoa legalmente impedida de exercer atividade empresarial não responde pelas obrigações contraídas.
ERRADO
Art. 973. A pessoa legalmente impedida de exercer atividade própria de empresário, se a exercer, responderá pelas obrigações contraídas.
O empresário individual não dependerá de outorga conjugal para alienar imóvel utilizado no exercício da empresa, desde que exista prévia autorização do cônjuge referente à destinação do imóvel ao patrimônio empresarial.
CERTO