Dermatoses reativas Flashcards

1
Q
Feridas cutâneas
Classificadas:
1. a maneira como foram produzidas, em:
‒ incisas/ cirúrgicas;
‒ contusas/ traumáticas;
‒ laceradas;
‒ perfurantes.
2. o grau de contaminação, em:
(classificação particularmente importante na pequena cirurgia)
‒ limpas;
‒ limpas contaminadas;
‒ contaminadas;
‒ infetadas.
  1. o comprometimento tecidual, em:
    (classificação particularmente relevante na dermatologia)
    ‒ estádio I: comprometimento apenas da epiderme (erosão);
    ‒ estádio II: abrasão ou úlcera, em que ocorre perda tecidual e comprometimento da
    epiderme, derme ou ambas;
    ‒ estádio III: úlcera profunda, com comprometimento total da pele e necrose de tecido
    subcutâneo, sem que a lesão se estenda até a fáscia muscular;
    ‒ estádio IV: extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou muscular.
  2. o tempo de evolução, em:
    ‒ agudas: ferida com duração ≤ 4/6 semanas;
    ‒ crónicas: > 4/6 semanas.
  3. a cicatrização, em de:
    ‒ primeira intenção;
    ‒ segunda intenção;
    ‒ terceira intenção;
A

.

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2
Q

Diferença entre erosão e úlcera

A

Erosão:
‒ o comprometimento tecidual ocorre apenas ao
nível da epiderme;
‒ lesão mais superficial e de mais fácil cicatrização.

Úlcera:
‒ a perda de tecido ultrapassa a junção dermo-
epidérmica;
‒ afeta epiderme e a derme.

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3
Q

Úlcera da perna
Definição

Epidemiologia

Etiologia

A

Definição:
‒ Perda da integridade cutânea abaixo do joelho e cuja cicatrização se estende para além das 4 (ou 6, conforme autores) semanas;
‒ Ausência de tendência para cicatrização, apesar de terapêutica.

Epidemiologia:
‒ 0,7-1,4/1000 habitantes em Portugal (1% população ocidental);
‒ Prevalência aumenta com a idade;
‒ Elevada morbilidade: baixa qualidade de vida, isolamento social, dor crónica, tratamentos
crónicos;
‒ Elevadíssimos custos diretos e indiretos;
‒ Escassa formação dos profissionais de saúde.

Etiologia
‒ Insuficiência venosa periférica (45-80%);
‒ Mista (20%);
‒ Doença arterial periférica (5-10%)

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4
Q

Úlcera venosa
FR
Etiologia

A

FR: sexo feminino, idade, hereditariedade, obesidade, TVP/ flebite, gravidez,
muito tempo em pé, imobilização prolongada.

Etiologia:
Insuficiência valvular primária
(profunda, superficial ou de perfurantes)
Enfraquecimento da parede venosa
Anastomoses arteriovenosas Fenómenos trombóticos
Malformações congénitas Compressão / obstrução varicosa extrínseca

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5
Q

Úlcera venosa

Características e TTO

A

Características:
‒ Localização perimaleolar (mais frequente no maléolo interno);
‒ Bordos arredondados e regulares (com a evolução podem tornar-se irregulares);
‒ Expansão à superfície;
‒ Leito com tecido de granulação e fibrina;
‒ Exsudado abundante.

Tratamento:
‒ Contenção com tendência a recidivas frequentes.

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6
Q

Veias varicosas

A

Severidade variável

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7
Q

Coroa flebectásica

A

Placa de vénu las intradérmicas dilatadas na área do tornezelo

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8
Q

Atrofia branca

A

‒ Cicatrizes branco-nacaradas, atróficas e estreladas.

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9
Q

Púrpura Ocre:

A

‒ Em virtude do aumento da pressão hidrostática intracapilar, há o extravasamento de hemácias, com deposição de hemossiderina, originando áreas de hiperpigmentação castanhas;

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10
Q

Lipodermatosclore:

A

Processo progressivo de induração da pele e tecido subcutâneo
Pele espessa, dura, tonalidade castanha ou arroxeada

Com períodos de agudização (lipodermatosclerose
aguda), marcados pela presença de sinais inflamatórios como eritema mal delimitado, dor
intensa, induração e aumento da temperatura local

Confundida com erisipela ou celulite - evolução circular - garrafa de champanhe invertida

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11
Q

Úlcera Arterial:

A

‒ Frequentemente de componente mista, mas arteriais exclusivas em 15-20%;
‒ Fatores risco: sexo masculino, dislipidémia, tabagismo, doença coronária/ cerebrovascular;
‒ Indicadores: claudicação intermitente, dor com a elevação e alívio com pendência (muitas
vezes inexistentes, se numa face inicial e se coexistente com diabetes);
‒ Cicatrização difícil;
‒ Pode conduzir a amputação minor/ major;

Características:
‒ Localização: dedos, maléolo e outras proeminências ósseas;
‒ Bordos a pique;
‒ Expansão em profundidade;
‒ Leito circular, bem demarcado;
‒ Leito com tecido necrosado;
‒ Úlcera dolorosa.

Tratamento:
‒ Revascularização é o ideal, mas nem sempre possível.

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12
Q

Úlceras - tabela ver

A

.

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13
Q

Pé Diabético - neuropático

A

‒ Neuropatia sensitiva: condiciona alteração da sensibilidade com interferência nos mecanismos de proteção normais → trauma sem reconhecimento da lesão (ex: prego espetado no pé; queimaduras pelos sacos de água quente);

‒ Neuropatia motora: provoca atrofia muscular dos músculos intrínsecos do pé, dando origem a alterações estruturais da arquitetura do pé (por exemplo: dedos em garra, subluxações palmo-plantares e, em última instância, pé de Charcot),

‒ Neuropatia autonómica: responsável pela diminuição ou total ausência da secreção sudorípara, levando à secura da pele, o que favorece a formação de fissuras e possíveis “portas de entrada” para bactérias. Além disso, há um aumento do fluxo sanguíneo (por perda do tónus vascular), através da abertura dos shunts pré-capilares, resultando no aquecimento
e edema do pé e a desidratação da pele.

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14
Q

Pé diabético - isquémico

A

‒ Isquémia / gangrena distal, em áreas de pressão e em eminências ósseas;
‒ Calcificação e ateromatose distal.

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15
Q

Mal perfuraste plantar - EMERGÊNCIA MÉDICA

A

.

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16
Q

Pé diabético

Apresentação clínica

A

Zonas de pressão, já ulceradas ou não, de fissuras interdigitais, de formações hiperqueratósidas (calos), bem como de deformações que condicionem um contacto defeituoso do pé com o solo e com os sapatos que o doente usa.

O desbridamento da hiperqueratose é particularmente importante para evitar que a proliferação córnea dos seus bordos encerre a úlcera antes que ocorra a cicatrização do fundo da úlcera e para evitar que as bactérias dessa pele migrem para a úlcera e originem uma infeção profunda no pé.

17
Q

Mal perfurante

A

‒ Fase inicial da infeção, o doente refere dor quando faz carga no pé, por aumento da tensão sobre os tecidos.
‒ De seguida surge edema e rubor;
‒ Na fase mais tardia, pode originar uma interrupção da circulação arterial com necrose
transparietal dos tecidos, incluindo da própria pele, constituindo-se uma síndrome compartimental.

18
Q

Vasculite - esclerodermia sistémica

A

Características:
‒ Podem ser dolorosas;
‒ Podem apresentar atrofia branca;

19
Q

Pioderma gangrenoso

Características

TTO

IMP

A

Dermatose neutrofílica (mediada por neutrófilos), não infeciosa, que geralmente evolui para ulcerações cutâneas de rápida evolução.

Características:
‒ Bordos eritemato-violáceos, irregulares e elevados;
‒ Circundada por halo eritematoso;
‒ Aspeto conspurcado: não é infeção são infiltrados de
neutrófilos;
‒ Intensamente dolorosa;
‒ Associada a fenómeno de patergia: as
desbridamento cirúrgico,
exacerba as lesões;
‒ Associação a doença de Crohn, colite ulcerativa, artrite
reumatoide e doenças hematológicas;
‒ Evolui para uma cicatrização cribiforme.

Tratamento: corticoterapia sistémica em dose imunossupressora.

Importante: comumente é confundida com doenças bacterianas, sendo tratado com antibioterapia e submetida a desdridamento cirúrgico,

20
Q

Úlcera Marjolin

A
Úlcera de perna associada a Carcinoma Espinocelular. É
Suspeitar quando:
‒ Úlceras não cicatrizam;
‒ Aumento da consistência da lesão;
‒ Surgimento de vegetação.
Biopsar úlceras atípicas.
21
Q

Úlcera Depranocítica

A

adultos com doença falciforme:
‒ para além dos fenómenos de vaso-oclusão típicos, provocados pelos eritrócitos, no baço, estes ocorrem também na pele, originando hipóxia tecidual e ulceração.

22
Q

Úlcera Secundária a Hidroxiureia

A

‒ Úlceras pequenas mas muito dolorosas, cobertas por fibrina;
‒ Resolução com suspensão do fármaco.

23
Q

Complicações
1. Infecção da úlcera
! Aumento da dor
! Paragem na cicatrização ou retrocesso clínico
! Cheiro intenso / fécdo, associado a exsudado
! Tecido de granulação friável, escuro, pálido ou hipergranulação
! Sinais inflamatórios locais
! Sinais e sintomas sistémicos de infecção

A

.

24
Q

Complicações pé diabético
Infecção da úlcera
- Exame microbiológico com teste sensibilidade aos ancmicrobianos com zaragatoa
- Antibioterapia sistémica empírica”dirigida
- Ajuste de penso

A

.

25
Q

Complicações pé diabético
Dermo-hipodermite aguda
Outras: fleimão, abcesso, osteomielite, fasceíte…

A

.

26
Q

TTO - dermite estase

‒ Acompanha sobretudo as úlceras venosas;
‒ Contenção elástica ou inelástica;
‒ Dermocorticóide: a sua evolução leva a um prurido incomodativo

A

.

27
Q

TTO - Eczema asteatótico ou craquelé:

‒ Tratamento: dermocorticóide e emoliente.

A

.

28
Q

TTO - úlceras

  1. Determinação da causa
    Antes de tudo, o exame objetivo é primordial. Pode ainda recorrer-se a:
    ‒ Biopsia cutânea: se suspeita de causa não vascular;
    ‒ Exame microbiológico: se suspeita de úlcera infetada ou em casos mais atípicos em que
    a úlcera é de origem bacteriana ou viral;
    ‒ Estudo analítico: se suspeita de vasculite ou Diabetes;
    ‒ Ecografia com Doppler venoso e arterial: mesmo que se suspeite que seja apenas uma
    úlcera arterial, uma vez que pode ser mista;
    ‒ Angiografia / AngioTC dos membros inferiores;
    ‒ Testes epicutâneos: se suspeita de dermite de contacto alérgica.
A

.

29
Q

TTO - úlceras

  1. TerapêuticaSistémica
    Quando necessário:
    ‒ Infeção: antibioterapia SISTÉMICA (não tópica!);
    ‒ Tratamento da doença de base, como por exemplo:
     Pentoxifilina, antiagregação, hipocoagulação…
     Controlo da glicémia, redução peso, cessação tabágica, corticoterapia ou
    imunossupressão nas doenças inflamatórias sistémicas, …
     Técnicas cirúrgicas de revascularização, cirurgia de varizes, enxerto.
A

.

30
Q

TTO - úlceras

Prescrição do penso:
‒ Prevenção ou tratamento de infeções;
‒ Temperatura adequada;
‒ Ambiente húmido (q.b.);
‒ Promoção da granulação.
A

.