Clinica 3 anest 3 ( avaliação pré operação Flashcards

1
Q

INTRODUÇÃO da avaliação pré anestésica

A


Deve ser feita antes de toda cirurgia, porém, mais utilizada nas cirurgias eletivas.

O ideal é que deve ser realizada ambulatorialmente, antes da cirurgia

Diminuir atrasos e suspensão de cirurgias

Pode ser feita na Sala Cirúrgica (urgências)

Relação médico-paciente: da mais segurança ao paciente, permite tirar dúvidas e esclarecimentos

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2
Q

OBJETIVOS da APA

A

Reduzir morbi mortalidade:

Determinar as condições físicas do paciente

Estimar o risco anestésico-cirúrgico

Paciente está na sua melhor condição?

Exames complementares

Otimizar medicações

Orientações

Solicitar avaliações (cardio, pneumo, endócrino, neuro)

Reduzir a ansiedade

Medicação pré-anestésica

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3
Q

ANAMNESE

A

Doenças e medicações em uso – alguns pacientes fazem uso de medicação que influenciam na conduta anestésica

Já recebeu alguma anestesia?

Que tipo?

Intercorrências?

Alguém na família já teve problemas com anestesia?

Hipertermia maligna – associada ao uso de halotano e succinil colina em pacientes com predisposição genética. Patologia grave que leva a óbito por consumo de oxigênio. Dantrolene é a medicação usada para tratar hipertermia maligna

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4
Q

HÁBITOS

A

O tabagista costuma ter hemoglobina reduzida que ao invés de carrear oxigênio carreia dióxido de carbono = paciente mal
oxigenado
DPOC = via aérea reativa que prejudica a retirada do tubo.

Aumenta as chances de complicações respiratórias no pós-operatório

Ideal ➔ suspender 6 semanas antes da cirurgia

Suspender na véspera

benefício = diminui os níveis de carboxihemoglobina melhorando a disponibilidade de O2 aos tecidos.

Alcoolismo

Uso crônico

indução enzimática (citocromo P450 produzidas em maior quantidade) com maior metabolismo das drogas → maior dose de anestésicos

cirrose hepática (insuficiência Hepática): não produção do P450 com metabolização lenta de drogas sendo necessário reduzir a dose do medicamento

Uso agudo

Efeito deletério no fígado com redução da síntese enzimática

Menor dose de anestésicos

Cocaína

Diminui a recaptação de noradrenalina na fenda sináptica

Pode causar arritmias e resposta exageradas aos vasopressors → infarto, AVC, rompimento de aneurismas

Evitar drogas arritmogênicas como halotano, pancurônio e cetamina

Hepatite? HIV +??

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5
Q

DATA DA ÚLTIMA MENSTRUAÇÃO

A

Atraso menstrual → beta HCG

Possibilidade de teratogênese e abortamento no primeiro trimestre de gravidez.

Se cirurgia eletiva → suspensão

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6
Q

ALERGIAS

A

Mais comuns:
*
Antibióticos (penicilinas) – cuidado com reação cruzada
*
AINH
*
Dipirona
Cuidado com alergia ao látex:
*
Muito mais comum do que se imagina

Em crianças com espinha bífida e anormalidades urogenitais, o risco de alergia ao látex é maior

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7
Q

SISTEMA CARDIOVASCULAR

A

HAS? ICC? ICo? Arritmia?

Quando paciente apresenta complicações, as do sistema cardiovascular são frequentes

Questionar dispnéia aos esforços, dor precordial, palpitação, arritmias e edema

Capacidade Funcional é bom parâmetro de reserva cardiovascular

Tomar banho, caminhar, subir escadas, etc

HAS
*
Doença muito frequente
*
Medicações em uso – NÃO SUSPENDER!!!! (especialmente beta-bloqueador → rebote no uso de drogas que aumentam a FC)
*
Pressão arterial bem controlada?
*
Manter antihipertensivos INCLUSIVE no dia da cirurgia (se necessário PODE tomar um gole de água para tomar o comprimido)
*
Se hipertensão descontrolada (acima de 180X110), SUSPENDER cirurgia → aumenta risco de complicações

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8
Q

SISTEMA RESPIRATÓRIO

A

Asma ? DPOC ?

Tosse, dispnéia, expectoração, chiado e história pregressa de asma brônquica

Na asma em crise ou crise recente, qualquer estimulação leva a broncoconstrição = choque anafilático e broncoespasmos

Paciente está na sua melhor condição possível?

Pacientes com resfriado comum (IVAS)

postergar a cirurgia, principalmente em crianças

Remarcar no mínimo após 15 dias (mantém hiperreatividade brônquica)

Risco maior de complicações respiratórias (broncoespasmo, laringoespasmo)

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9
Q

SISTEMA ENDÓCRINO

A

Diabetes

Doença muito frequente → ↑ risco cardiovascular

Nefropatia (IRC), aterosclerose precoce

dificuldade para movimentação do pescoço.

suspender hipoglicemiante oral e insulina NPH no dia da cirurgia. A correção da glicemia é feita de acordo com o desvio para cima (insulina) e para baixo (glicose)
*
Hipotireoidismo – reposição
Tendencia a acumular líquidos, durante a cirurgia são administrados fluídos que pioram o edema e por isso é rigoroso o controle hídrico desses pacientes.

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10
Q

SISTEMA HEMATOLÓGICO

A

Anemia

Comum, geralmente ferropriva ou por perdas

Se necessário corrigir antes da cirurgia (ferro)

Evitar transfusões desnecessárias

Hb mínimo depende do paciente e da cirurgia

Usar o bom senso

Coagulopatias

A anamnese é fundamental

Interrogar sangramentos, hematomas e história familiar

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11
Q

SISTEMA GASTROINTESTINAL

A


“Estômago Cheio”

Risco de aspiração pulmonar

Doenças do esôfago e obstruções intestinais

Obesidade, diabetes, gestante

História de hepatopatia crônica

Coagulopatia

Ascite

↓ metabolização de drogas

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12
Q

SISTEMA MUSCULO ESQUELÉTICO

A

Espondilite anquilosante

Mobilidade cervical ➔ Intubação difícil
*
Doenças neuromusculares

evitar succinilcolina

liberação de potássio

Hipertermia maligna

SISTEMA NERVOSO CENTRAL
*
Questionar cefaléia, convulsões e neuropatias
*
Alterações neurológicas recentes

contra-indicação relativa de anestesia regional (raqui, peridural)
*
Doenças neurológicas não evolutivas (paraplegia por lesão medular traumática)

Não há contraindicação de anestesia regional

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13
Q

OBESIDADE

A


Problemas de ventilação e intubação (hipoxemia)

Relaxamento abdominal

Acúmulo de drogas lipossolúveis retardando o despertar do paciente


Associação

hipertensão e DM

maior volume de suco gástrico (risco de aspiração)

maior risco cardiovascular

maior mortalidade

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14
Q

EXAME FÍSICO

A


Boca,nariz e orofaringe

dentes frouxos, prótese dentária, macroglossia, macrognatia, abertura de boca

Sistema Respiratório

roncos, sibilos e estertores

Sistema Cardiovascular

pressão arterial, pulsos

sopros na ausculta → avaliação

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15
Q

PREVISÃO DE INTUBAÇÃO DIFÍCIL

A

*
Trauma de vias aéreas ou face
*
Instabilidade da coluna cervical (colar)
*
Pequena abertura da boca
*
Pescoço curto e musculoso (obesidade)
*
Sequela de queimadura cervical – não permite hiperextensão
*
Tumores de pescoço
*
História prévia de intubação difícil
*
Distância Tireo-Mentoniana – da tireoide até o mento, se couber 4 dedos ou mais a tendencia é que seja possível uma boa hiperextensão com tendência a ser uma via aérea fácil
*
Mallampati – correlaciona o tamanho da língua com o tamanho da boca. Avaliada com o paciente sentado ou em pé e língua para fora sem fazer som

Classificação de Mallampati

Relação entre tamanho da língua com o da faringe.

Paciente na posição sentada, cabeça em posição neutra, boca aberta e língua protruída

A classificação depende das estruturas visíveis nesta posição.

Fonação melhora falsamente a visibilização
I.
Visibilização do palato mole, úvula, pilares anterior e posterior.
II.
Visibilização do palato mole e úvula, fauces
III.
Visibilização do palato mole e da base da úvula
IV.
Somente palate duro é visível

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16
Q

CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

A

Estado Físico – ASA
*
Leva em conta somente as doenças prévias do paciente, excluindo a doença cirúrgica
*
Elaborada pela Sociedade Americana de Anestesiologia(1941) e Modificada em 2014 (ASA Physical Status Classification System)
*
Correlação com mortalidade
*
ASA I (menos grave) → ASA V (muito grave)
ASA PS1
o
Paciente sadio sem doenças prévias (exceto a cirúrgica) Inclui tabagismo e consumo mínimo de álcool.
ASA PS2
o
Distúrbio sistêmico leve e ausência de limitação funcional. EX: DM, HAS,

Fumantes,
etilista social, gravidez, obesidade e doença pulmonar leve.
ASA PS3
o
Distúrbio sistêmico moderado(s)/Graves com limitação funcional. EX: HAS E DM descontrolados, DPOC, Obesidade mórbida IMC >40, hepatite ativa, dependência de álcool, marca-passo, IAM mais de 3meses, AVC.
ASA PS4
o
Distúrbio sistêmico grave com risco de vida. EX: IAM <3 MESES, Disfunção valvar atual, sepse, CIVD, Insuficiência respiratória aguda, doença renal terminal.
ASA PS5
o
Paciente moribundo com pouca chance de sobrevida cuja expectativa de vida é representada pela cirurgia
o
Exemplo: choque séptico, intubado e instável, CHOQUE SÉPTICO, Isquemia mesentérica, sangramento intracraniano com efeito de massa, insuficiência de múltiplos órgãos.

ASA PS6
o
Paciente com morte cerebral para doação de órgãos. Acrescenta “E” para indicar cirurgia de Emergência.

17
Q

JEJUM

A


Prevenção da aspiração pulmonar de conteúdo gástrico

Anestesia geral, regional ou local

Obrigatório em cirurgias eletivas

Em urgências-emergências sem jejum

Anestesia regional

Anestesia Geral → Indução em sequência rápida com manobra de Sellick ou IOT acordado

18
Q

SUSPENSÃO DE MEDICAÇÃO

A


A maioria deve ser mantida

AAS e raquianestesia – Não suspender

Não aumenta incidência de hematoma espinhal

Inibidores da MAO,”enzima moamina oxidase”(Fenelzina,isocarboxazida,)

Suspender 3 semanas antes

Cuidado com fitoterápicos

Ginseng e gingko biloba → antiagregante plaquetário

Hipoglicemiante Oral

Anticoagulantes (marevan, clexane)

Esquema alternativo → avaliação do especialista

19
Q

TERMO DE CONSENTIMENTO

A


Código de Ética Médica

Resolução CFM 2.174/2017

Explicar ao paciente prós e contras do procedimento anestésico

Risco X Benefício

Decisão consciente → o paciente deve tomar as decisões relativas ao seu tratamento