cardiovascular 6 Flashcards
Como podemos dividir os fatores que afetam a resistência arteriolar?
Dividimos em fatores intrínsecos e extrínsecos.
Os mecanismos de controle extrínsecos atuam através da inervação ou por ação endócrina. O controle intrínseco depende de mecanismos locais no seio do tecido.
Dá exemplos de fatores extrínsecos e fatores intrínsecos.
A histamina é um fator intrínseco. É libertada pelos mastócitos em resposta a lesões ou durante reações alérgicas, funcionando como um agente pro-inflamatório. Atua localmente no músculo liso arteriolar promovendo o seu relaxamento. A dilatação das arteríolas diminui a sua resistência, aumentando o fluxo de sangue para o tecido, ou seja, hiperémia.
Um exemplo de fator extrínseco é a secreção parácrina. Uma substância secretada por um tipo de célula de um tecido que atua sobre outro tipo de célula do mesmo tecido alterando a sua função.
Onde predominam os mecanismos extrínsecos e os mecanismos intrínsecos?
Os mecanismos intrínsecos predominam nos tecidos críticos que necessitam de sangue suficiente para suprir as suas necessidades metabólicas. Estes tecidos incluem as arteríolas da circulação coronária, do cérebro e do músculo esquelético em atividade.
Os mecanismos extrínsecos predominam em tecidos que podem resistir a reduções temporárias de fluxo sanguíneo, de forma a possibilitar um aporte sanguíneo extra para os tecidos críticos. Incluem a circulação dos rins, dos órgãos esplâncnicos e do músculo esquelético em repouso.
Caracteriza o controle metabólico do fluxo sanguíneo.
É um mecanismo local capaz de adequar o fluxo de sangue de um tecido à sua taxa metabólica. Um maior metabolismo implica um maior fluxo.
Este controle é exercido através de alterações químicas no tecido.
É responsável pelo aumento do fluxo sanguíneo no músculo esquelético à medida que este passa do estado de repouso para o de atividade física máxima.
O que é a hiperémia ativa?
Ocorre quando há um aumento no fluxo de sangue de um tecido em resposta à taxa metabólica aumentada.
O que ocorre quando o ritmo metabólico de um tecido aumenta?
Quando o ritmo metabólico de um tecido aumenta, aumenta o consumo de oxigénio e a taxa de produção de metabolitos, incluindo dióxido de carbono, adenosina e ácido lático. Algum K+ desloca-se do fluido intracelular para o fluido intersticial, hiperpolarizando a célula.
Todas estas alterações têm como efeito o relaxamento do músculo liso arteriolar.
Explica o mecanismo do controle metabólico do fluxo sanguíneo.
Envolve mecanismos de feedback negativo.
A acumulação de produtos metabólicos e a falta de oxigénio iniciam a vasodilatação e aumentam o fluxo sanguíneo, removendo os produtos metabólicos acumulados e fornecendo oxigénio adicional.
É alcançado um novo equilíbrio quando o fluxo sanguíneo aumentando se torna ajustado às necessidades metabólicas aumentadas do tecido.
Como é feita a autoregulação do fluxo de sangue num órgão?
A autoregulação é independente de mudanças na pressão de perfusão.
Se o ritmo metabólico de um órgão não se altera mas a pressão de perfusão sobe acima do normal, a pressão aumentada força o fluxo adicional de sangue através do órgão. O fluxo sanguíneo adicional acelera a remoção de produtos metabólicos e aumenta o aporte de oxigénio para o fluido intersticial. A concentração de produtos metabólicos vasodilatadores diminui e a concentração de oxigénio aumenta. Estas alterações determinam a constrição das arteríolas do tecido, aumentando a resistência vascular e diminuindo o fluxo sanguíneo até ao seu valor inicial, apesar da persistência da pressão de perfusão elevada.
Qual é o efeito da pressão mecânica no fluxo sanguíneo coronário esquerdo?
O fluxo sanguíneo coronário esquerdo está deprimido durante a sístole e mais alto na diástole. O facto deste fluxo ser mais baixo na sístole, apesar da pressão de perfusão ser mais alta, implica que a resistência das coronárias tem de ser superior na sístole do que na diástole.
A resistência das coronárias é alta durante a sístole porque os músculos ventriculares em contração pressionam estes vasos, ao contrário da diástole, onde não são restringidas. Consequentemente, a resistência vascular coronária diminui drasticamente e o fluxo sanguíneo aumenta durante a diástole.
Qual é o efeito da pressão mecânica no fluxo sanguíneo coronário direito?
A compressão mecânica não exerce muita influência no fluxo sanguíneo coronário direito. O fluxo sanguíneo vai ser mais alto durante a sístole do que durante a diástole.
A razão deste acontecimento é o facto de o ventrículo direito contrair com menos força que o ventrículo esquerdo, não desenvolvendo força de compressão suficiente para restringir os próprios vasos.