Carcinoma de Pâncreas Flashcards

1
Q

Neoplasia maligna do pâncreas mais frequente

A

Adenocarcinoma ductal de pâncreas (ADP)

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Q

Local de ocorrência mais frequente

A

CABEÇA (70%)
Corpo (20%)
Cauda (10%)

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Q

Fatores de risco

A
Idade avançada
Sexo masculino
Raça negra
Tabagismo
HF de CA de pâncreas
Pancreatite crônica
Obesidade 
DM
Síndromes genéticas: PAF, Peutz-Jeghers, câncer colorretal hereditário não polipótico (Lynch tipo II), melanoma múltiplo familiar, ataxia-telangiectasia.
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4
Q

Quadro clínico

A
  • Icterícia colestática verdínica (cabeça) progressiva
  • Emagrecimento
  • Dor abdominal (se persistente e com irradiação posterior indica doença avançada) → dor relacionada a invasão do plexo celíaco
  • Anorexia
  • Prurido (cabeça)
  • DM (50% dos pacientes)
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5
Q

Sinais semiológicos clássicos

A
  • Vesícula palpável e indolor ou vesícula de Courvoisier-Terrier - presente em 25% dos casos (cabeça)
  • Massa abdominal e/ou ascite (20% dos casos).
  • Hepatomegalia
  • Linfonodo supraclavicular esquerdo (nódulo de Virchow); linfonodomegalias perirretais perceptíveis ao toque (prateleira de Blummer); nódulo periumbilical (nódulo da Irmã Maria José) ➝ todos esses sinais indicam doença avançada e incurável
  • Tromboflebite superficial migratória (síndrome de Trousseau)
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6
Q

Sinais de doença avançada

A
  • Nódulos/metástases hepáticos
  • Linfadenomegalias
  • Ascite
  • Trombose venosa mesentérico-portal
  • Tumores de corpo-cauda
  • Tumores cefálicos > 3cm
  • CA sérico > 100 unidades/mL
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7
Q

Exames laboratoriais

A
  • Elevações das bilirrubinas séricas (BD), da fosfatase alcalina e da gamaglutamiltransferase
  • Elevação discreta das transaminases
  • Doença avançada: anemia, hipoalbunemia e transferrina baixa
    CA 19.9 (valor limitado) = marcador tumoral
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8
Q

Exames de imagem

A

US: avaliação inicial
* Visualização do tumor, sinais de doença avançada, dx diferencial
* Medcurso 2021: US endoscópico.
TC de abdome com contraste: diagnóstico e tratamento
* Visualização do tumor e invasão de estruturas vizinhas
RM: não é superior a TC, usada em casos que a TC não é conclusiva, tumores isodensos à TC
CRPE: resultados inconclusivos em outros exames de imagem e alta suspeição de CA de papila, dx diferencial com coledocolitíase ou pancratite crônica
* Sinal do duplo ducto do ADP
US endoscópica: alta sensibilidade para detecção de lesões pancreáticas, casos nos quais os resultados não foram conclusivos por outros exames

US (avaliação inicial) → TC (diagnóstico) → RM → CPRE ou US endoscópica → laparotomia com biópsia

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9
Q

Indicação de laparoscopia

A
  • Laparoscopia de estadiamento: casos com maior probalidade de doença avançada
  • Quando exames de imagem indicam tumor de corpo ou cauda localizado
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10
Q

Indicação de punção aspirativa percutânea

A
  • Doença incurável
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11
Q

Diagnóstico diferencial

A
  • Pancreatite crônica com formação de massa focal (pseudotumor)
  • Pancreatite autoimune (presença de IgG4 sérica elevada)
  • Sequelas de pancreatite

Análise de material por punção via US endoscópia ajuda na definição do dx

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12
Q

Critérios tomográficos de irrecabilidade do CA de pâncreas: sinais de certeza

A
  • Envolvimento ≥ 180° do tronco celíaco, artéria hepática e/ou artéria mesentérica superior.
  • Linfonodomegalia além das margens de ressecção (ex.: hilo hepático).
  • Ascite.
  • Metástases à distância (ex.: fígado).
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13
Q

Critérios tomográficos de irressecabilidade do CA de pâncreas: sinais “borderline”

A
  • Envolvimento < 180º do tronco celíaco, artéria hepática e/ou artéria mesentérica
    superior.
  • Envolvimento venoso (veia porta, veia mesentérica superior) com oclusão de pequenos segmentos de seu lúmen.
  • Lesões hepáticas ≤ 1 mm (dúvida se é metástase ou não).
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14
Q

Conduta para pacientes incuráveis com CA de cabeça de pâncreas

A
  • Biópsia - punção aspirativa do tumor por via percutânea ou transluminal
  • Descompressão biliar por meio de prótese endoscópica (stent)
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15
Q

Conduta para pacientes potencialmente curavéis com CA de cabeça de pâncreas

A

Laparotomia exploradora

  • se confirmada ressecabilidade: duodenopancreatectomia
  • se não confirmada: procedimento de paliação cirúrgica
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16
Q

Conduta para “pacientes de ressecção limítrofe”

A
  • Tratamento neoadjuvante tentativa de conversão para paciente potencialmente ressecáveis
17
Q

Tratamento curativo do CA de pâncreas (20% dos casos)

A
  • Cirurgia:
  • Tumor em cabeça: Whipple (pancreatoduodenectomia)
  • Tumor em corpo ou cauda: Child (pancreatectomia distal subtotal + esplenectomia)
  • Linfadenectomia estendida não parece melhorar sobrevida
  • QT e RT neoadjuvante e adjuvante
18
Q

Tratamento paliativo do CA de pâncreas (80% dos casos)

A

T4/ N/ M1
* Sem condição cirúrgica:
- Stents em colédoco e/ ou duodeno
* Com condição cirúrgica
- coledocojejunostomia (derivação biliodigestiva): 🠓 icterícia
- gastrojejunostomia: 🠓 obstrução duodenal
* QT + RT adjuvante
* Controle da dor
- analgésicos de forma escalonada
- casos refratários: bloqueio do plexo celíaco

19
Q

Prognóstico

A
  • Apenas 8,2% do total de pacientes atingem 5 anos de sobrevida