Câncer de Colo Flashcards
Subtipos mais oncogênicos do câncer de colo:
- 16 (principal)
- 18
Vacinação:
- partícula viral
- quadrivalente: 6, 11, 16 e 18
- indicações:
. meninas de 9-14 anos
. meninos de 11-14 anos - 2 doses: 0 e 6 meses
Condições especiais para vacinação:
- pacientes HIV+, transplantados e pacientes oncológicos
- faixas etárias:
. meninas: 9-45 anos
. meninos: 9-26 anos - três doses: 0, 2 e 6 meses
Fatores de risco para HPV:
- infecção pelo HPV (comportamento sexual de risco)
- tabagismo
- imunodepressão
Manifestações clínicas da infecção pelo HPV:
- apenas nos estágios avançados da doença
- dor, corrimento, sangramento
Rastreamento das lesões precursoras:
- colpocitologia
Quando começar a colher:
- a partir dos 25 anos
obs: somente após a sexarca (não colher na paciente virgem!) - até os 64 anos
Com que frequência colher:
- 1x / ano
- após 2 resultados negativos = a cada 3 anos
Orientações para colpocitologia nas gestantes:
- mesmas recomendações da população normal
Orientações para colpocitologia nas pacientes HIV+ (ou imunodeprimidas):
- quando começar a colher:
a partir da sexarca - com que frequência colher:
de 6 em 6 meses no 1º ano ou enquanto CD4 < 200
após: anualmente
Como colher:
- coleta dupla: ectocervical + endocervical
Resultados possíveis da colpocitologia:
- LIE-BG (LSIL): lesão intraepitelial de baixo grau
- ASC-US: atipia escamosa de significado indeterminado, provavelmente não-neoplásica
- ASC-H: atipia escamosa de significado indeterminado, possivelmente neoplásica
- AGC: atipia glandular de significado indeterminado
- LIE-AG (HSIL): lesão intraepitelial de alto grau
- carcinoma invasor
Conduta na LIE-BG (LSIL):
- repetir colpocitologia
- 25 anos ou mais: em 6 meses
- < 25 anos: em 3 anos
Conduta na ASC-US:
- repetir colpocitologia, corrigindo possíveis causas da ASC-US
- 30 anos ou mais: em 6 meses
- 25-30 anos: em 1 ano
- < 25 anos: em 3 anos
Conduta na ASC-H, AGC e LIE-AG:
- colposcopia
- obs: na AGC, avaliar também canal endocervical
Outras indicações de colposcopia:
- paciente HIV+/imunodeprimida (independente do resultado da colpocitologia)
- 2 LIE-BG ou 2 ASC-US consecutivas
- atipia de origem indeterminada (AOI)
- lesão que macroscopicamente parece câncer
Colpocitologia em pacientes histerectomizadas:
- se histerectomia por causas benignas, sem história prévia de diagnóstico ou tratamento de lesões cervicais de alto grau: paciente pode ser excluída do rastreamento
Correspondência NIC/nomenclatura brasileira:
- NIC I:
LIE-BG (LSIL) - NIC II:
LIE-AG (HSIL) - NIC III:
LIE-AG (HSIL)
carcinoma in situ - carcinoma invasor
OBS = ainda existem as atipias escamosas e glandulares de significado indeterminado e as atipias de origem indefinida
Utilidades da colposcopia:
- identifica a área acometida
- orienta o local da bíopsia
- contribui para o planejamento do tratamento adequado
Ácido Acético:
- áreas com maior atividade proteica ficam acetobrancas
Teste de Schiller (Lugol):
- áreas com pouco glicogênio não se coram pelo iodo (áreas iodo-negativas)»_space;> teste de Schiller +
Colposcopia insatisfatória:
- JEC não-visível
- atrofia intensa
- colpite intensa
- colo não visualizado
Alterações colposcópicas que indicam biópsia:
- epitélio acetobranco denso
- áreas iodo-negativas (Schiller+)
- mosaico grosseiro
- pontilhado grosseiro
- vasos atípicos (achado mais sugestivo de invasão)
Como avaliar o canal endocervical:
- escovado
- curetagem
- histeroscopia
Como melhorar a visualização da JEC:
- abrir mais o espéculo
- espéculo endocervical
- estrogênio
Resultados possíveis na biópsia:
- lesões intraepiteliais (NICs)
- câncer cervical
Tipos de EZT:
- tipo I:
exérese de uma ZT do tipo 1 (completamente ectocervical, totalmente visível) - tipo II:
exérese de uma ZT do tipo 2 (componente endocervical, mas totalmente visível) - tipo III (conização):
exérese de uma ZT do tipo 3 (componente endocervical não é totalmente visível)
Conduta nas lesões intraepiteliais (NICs):
- NIC I:
acompanhamento por 2 anos (espera-se regressão espontânea)
se > 2 anos de acompanhamento = destruição com crioterapia ou cauterização - NIC II ou III:
EZT (qual tipo? depende do tipo da EZT)
Tipos mais comuns de CA cervical:
- mais comum = escamoso (espinocelular/epidermoide)
- 2º mais comum = adenocarcinoma (mais relacionado ao subtipo 18)
Tratamento do Câncer de Colo:
- IA1:
padrão = histerectomia tipo 1
desejo de gestar = EZT tipo 3 - IA2:
histerectomia tipo 2 + linfadenectomia pélvica - IB1 e IB2:
Wertheim-Meigs - IB3 e IIA1:
Wertheim-Meigs ou
quimiorradioterapia - IIA2 para frente:
quimiorradioterapia
Cirurgia de Wertheim-Meigs:
- histerectomia total +
- retirada de paramétrios e uterossacros +
- retirada do terço superior da vagina +
- linfadenectomia pélvica
- (anexectomia não é obrigatória)
Método “Ver e Tratar”:
- diagnóstico citológico de LIE-AG
- colposcopia adequada, JEC visível e no máximo até 1cm do canal endocervical
- presença de achados anormais maiores na colposcopia
- sem suspeita de invasão ou doença glandular
- já pode realizar a EZT tipo III direto, sem necessidade de biópsia