Aula2: Epilepsias Flashcards
O que caracteriza uma crise epiléptica?
Uma crise epiléptica é definida como uma ocorrência transitória de sinais e/ou sintomas resultantes de atividade neuronal síncrona ou excessiva no cérebro, levando a uma comunicação neural prejudicada.
Como a epilepsia é definida e quais critérios são necessários para seu diagnóstico?
A epilepsia é um distúrbio do sistema nervoso central (SNC) caracterizado por uma predisposição sustentada a ter crises epilépticas. Para diagnosticar epilepsia, são necessários dois critérios: a ocorrência de duas ou mais crises epilépticas não provocadas, ou uma única crise epiléptica não provocada em uma pessoa cujo risco de recorrência seja de pelo menos 60% nos próximos 10 anos, ou o diagnóstico de uma síndrome epiléptica conhecida.
Quais são as principais causas de crises focais em adultos?
As principais causas de crises focais em adultos incluem esclerose mesial temporal e displasia cortical focal.
O que significa hiperexcitação do cérebro na epilepsia e quais são os mecanismos envolvidos?
Hiperexcitação do cérebro na epilepsia refere-se a um desequilíbrio entre os mecanismos de excitação (glutamato) e inibição (GABA) do SNC, resultando em descargas elétricas neuronais excessivas. Isso pode ser causado por hipersincronia local ou generalizada, novas fibras excitatórias glutamatérgicas e perda de neurônios gabaérgicos.
Explique o que é a polimicrogenia e como ela está relacionada à epilepsia.
Polimicrogenia é uma malformação do desenvolvimento do córtex caracterizada por um defeito de migração neuronal que leva à formação de giros pequenos. Essa condição está relacionada à epilepsia, pois pode contribuir para a ocorrência de crises focais.
Quais são as principais características das crises de início focal e como elas podem ser subdivididas?
As crises de início focal podem ser subdivididas quanto à consciência (perceptivas e disperceptivas) e quanto ao início (motoras e não motoras).
Explique as características das crises tônicas, clônicas e tônico-clônicas.
As crises tônicas são caracterizadas por um aumento do tônus muscular, as clônicas envolvem abalos musculares repetitivos, e as tônico-clônicas (grande mal) começam com uma contração tônica seguida por uma fase clônica.
O que é o período pós-ictal e como ele se manifesta?
O período pós-ictal é o período após uma crise epiléptica, durante o qual o paciente pode experimentar confusão e sonolência.
Descreva as crises atônicas e mioclônicas.
As crises atônicas são caracterizadas pela perda súbita do tônus muscular, muitas vezes resultando em queda, enquanto as crises mioclônicas envolvem contrações musculares súbitas e breves, sem perda de consciência.
Quais são os passos para um diagnóstico correto de epilepsia e por que cada etapa é importante?
Os passos incluem identificar o tipo de crise, o tipo de epilepsia, as síndromes epilépticas e a etiologia da epilepsia. Cada etapa é importante para determinar o tratamento adequado e compreender melhor a condição do paciente.
Quais são as principais comorbidades cognitivas associadas à epilepsia?
Uma das principais comorbidades cognitivas associadas à epilepsia é a síndrome de West, caracterizada por desenvolvimento psicomotor anormal e espasmos infantis.
Quais são os fatores de risco e desencadeantes comuns para crises mioclônicas?
Os fatores de risco e desencadeantes comuns para crises mioclônicas incluem privação do sono, despertar ou adormecer, uso de álcool, estresse e estímulos luminosos.
Como as crises de início focal podem evoluir para uma crise generalizada?
As crises de início focal podem evoluir para uma crise generalizada, principalmente a crise tônico-clônica bilateral, onde a atividade epiléptica se espalha de um ponto focal para envolver ambos os hemisférios cerebrais.
Quais são as etapas do diagnóstico correto de epilepsia e por que são importantes?
As etapas incluem identificar o tipo de crise, o tipo de epilepsia, as síndromes epilépticas e a etiologia da epilepsia. Essas etapas são cruciais para determinar o tratamento adequado, entender melhor a condição do paciente e prever o prognóstico.
Quais são os critérios para considerar um paciente “curado” de epilepsia?
Um paciente pode ser considerado “curado” de epilepsia se estiver sem novas crises por 10 anos e sem o uso de medicamentos por 5 anos, ou se estiver acima da idade de desenvolvimento da síndrome epiléptica e não apresentar mais crises.