Aula 4: Status Epilepticus Flashcards
O que é Status Epilepticus e qual é a sua definição?
O Status Epilepticus, também conhecido como Estado do Mal Epiléptico (EME), é caracterizado por uma atividade clínica ou eletrográfica epiléptica contínua com duração igual ou superior a 5 minutos, ou atividade convulsiva recorrente sem recuperação da consciência entre as crises.
Quais são as principais etiologias associadas ao Status Epilepticus?
uso irregular ou suspensão abrupta de medicação antiepiléptica, intoxicação exógena por substâncias como álcool ou cocaína, neuroinfecções como meningites e encefalites, tumores do sistema nervoso central, traumatismo craniano, entre outros.
O que significa NORSE (new onset refractory status epilepticus) e FIRES (febrile infection-related epilepsy syndrome) em relação ao Status Epilepticus?
R: NORSE (new onset refractory status epilepticus) se refere a um Status Epilepticus generalizado sem uma etiologia específica e sem histórico prévio de epilepsia. Já FIRES (febrile infection-related epilepsy syndrome) ocorre quando há febre entre 24 horas a 2 semanas antes do início do Status Epilepticus.
Quais são as principais complicações clínicas associadas ao Status Epilepticus?
As principais complicações clínicas associadas ao Status Epilepticus incluem hipertermia, hipertensão, arritmias cardíacas, edema pulmonar, acidose láctica, hipercalemia, hiperglicemia, pneumonia aspirativa e hipóxia.
Como é feita a abordagem inicial no tratamento do Status Epilepticus?
A abordagem inicial no tratamento do Status Epilepticus envolve assegurar a respiração adequada, iniciar oxigênio em máscara, medir sinais vitais e temperatura, estabelecer acesso venoso, realizar coleta de sangue para exames e considerar a administração de tiamina seguida por glicose.
Quais são os exames laboratoriais e de imagem solicitados durante a avaliação de um paciente com Status Epilepticus?
Durante a avaliação de um paciente com Status Epilepticus, são solicitados exames como hemograma, eletrólitos séricos e cálcio, gasometria, função hepática e renal, concentração sérica de drogas antiepilépticas, tomografia computadorizada (TC) e eletroencefalograma (EEG). Por exemplo, ao admitir um paciente com Status Epilepticus na emergência, é crucial realizar esses exames para avaliar possíveis desequilíbrios eletrolíticos, disfunções hepáticas ou renais, além de identificar lesões cerebrais.
Quais são as fases e os medicamentos utilizados no tratamento do Status Epilepticus?
O tratamento do Status Epilepticus é dividido em três fases:
- Primeira fase (0 - 5 minutos): administração de diazepam via intravenosa (EV) ou, em caso de acesso difícil, midazolam via intramuscular (IM).
- Segunda fase (5 - 40 minutos): administração de fenitoína, fenobarbital, ácido valpróico, levetiracetam ou outras opções antiepilépticas.
- Terceira fase (40 - 60 minutos): uso de medicamentos como midazolam, propofol, pentobarbital ou tiopental em infusão contínua.
Por exemplo, após a administração inicial de diazepam na primeira fase, o paciente pode receber fenitoína na segunda fase para controlar o Status Epilepticus.
Quais são os cuidados necessários durante o tratamento do Status Epilepticus com medicamentos sedativos?
Durante o tratamento do Status Epilepticus com medicamentos sedativos como midazolam, propofol, pentobarbital ou tiopental, é crucial monitorizar continuamente a função cardiorrespiratória, realizar monitorização EEG até a supressão dos surtos epilépticos, diminuir a infusão gradualmente conforme a melhora do quadro e observar a necessidade de reiniciar a anestesia em caso de recorrência do Status Epilepticus. Por exemplo, ao administrar midazolam em infusão contínua, é essencial monitorizar a pressão arterial, frequência cardíaca e padrões de respiração do paciente para evitar complicações.
Quais são os riscos e complicações associados ao tratamento do Status Epilepticus com medicamentos sedativos?
O tratamento do Status Epilepticus com medicamentos sedativos apresenta alguns riscos e complicações, como taquifilaxia (diminuição da resposta ao medicamento ao longo do tempo), hipotensão, depressão respiratória e até mesmo síndrome da infusão do propofol, caracterizada por hipertrigliceridemia, rabdomiólise e insuficiência cardíaca. Por exemplo, ao administrar propofol para controlar o Status Epilepticus, é necessário monitorizar cuidadosamente os sinais vitais do paciente e estar preparado para interromper a infusão se ocorrerem complicações.
Qual é o protocolo de tratamento recomendado para o Status Epilepticus refratário?
O protocolo de tratamento para o Status Epilepticus refratário envolve o uso de agentes anestésicos como midazolam, propofol, pentobarbital ou tiopental em infusão contínua, juntamente com monitorização EEG contínua até a supressão dos surtos epilépticos. Além disso, é importante reduzir gradualmente a infusão desses agentes após 24 horas e observar qualquer recorrência da atividade epiléptica. Por exemplo, se um paciente não responde aos tratamentos convencionais, é necessário iniciar terapias anestésicas para controlar o Status Epilepticus refratário.
Quais são os cuidados específicos ao utilizar o fenitoína no tratamento do Status Epilepticus?
Ao utilizar a fenitoína no tratamento do Status Epilepticus, é importante considerar o risco de hipotensão e arritmias cardíacas durante a administração do medicamento. Além disso, a fenitoína deve ser infundida em velocidade adequada para evitar complicações, como flebite ou extravasamento. Por exemplo, ao administrar fenitoína, é crucial monitorizar continuamente a pressão arterial do paciente e garantir a infusão adequada conforme a dosagem calculada.
Quais são os sinais e sintomas que indicam a necessidade de tratamento imediato para o Status Epilepticus?
Os sinais e sintomas que indicam a necessidade de tratamento imediato para o Status Epilepticus incluem convulsões contínuas por mais de 5 minutos, convulsões recorrentes sem recuperação da consciência entre as crises, dificuldade respiratória durante ou após as convulsões, alterações na pressão arterial e frequência cardíaca, além de sinais de hipertermia. Por exemplo, se um paciente apresentar convulsões prolongadas acompanhadas de dificuldade respiratória e aumento da temperatura corporal, é essencial iniciar o tratamento imediatamente para evitar complicações.
Como é feita a avaliação inicial de um paciente com suspeita de Status Epilepticus?
A avaliação inicial de um paciente com suspeita de Status Epilepticus envolve a verificação dos sinais vitais, avaliação do nível de consciência e observação das características das convulsões. Além disso, é importante coletar informações sobre o histórico médico, incluindo o uso de medicações antiepilépticas, e realizar exames laboratoriais e de imagem para identificar possíveis causas subjacentes. Por exemplo, ao admitir um paciente na emergência com suspeita de Status Epilepticus, é necessário realizar uma avaliação rápida e abrangente para iniciar o tratamento adequado.
Quais são os principais objetivos do tratamento do Status Epilepticus?
Os principais objetivos do tratamento do Status Epilepticus são interromper as convulsões de forma rápida e eficaz, prevenir danos cerebrais permanentes, manter a estabilidade dos sinais vitais do paciente, identificar e tratar possíveis causas subjacentes e prevenir recorrências. Por exemplo, ao administrar medicamentos antiepilépticos durante o tratamento do Status Epilepticus, o objetivo é controlar as convulsões para evitar complicações neurológicas.
Quais são as principais complicações neurológicas associadas ao Status Epilepticus?
As principais complicações neurológicas associadas ao Status Epilepticus incluem danos cerebrais permanentes devido à hipoxia cerebral durante as convulsões prolongadas, desenvolvimento de epilepsia refratária, disfunção cognitiva e alterações no comportamento. Por exemplo, um paciente que experimenta Status Epilepticus prolongado pode apresentar sequelas neurológicas significativas, como déficits de memória e dificuldades de aprendizado.