Aula 6 :Acidente Vascular Encefálico Hemorrágico Flashcards

1
Q

Quais são as principais classificações do acidente vascular encefálico hemorrágico?

A

O acidente vascular encefálico hemorrágico é classificado em:
1-hemorragia epidural
2-subdural,
3-subaracnoidea
4-intraparenquimatosa.
Essas classificações se baseiam na localização e na causa específica da hemorragia dentro do tecido cerebral.

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2
Q

Quais são as artérias cerebrais mais propensas à hemorragia e por quê?

A

As artérias cerebrais são propensas à hemorragia devido à ausência da lâmina elástica em sua estrutura, o que as torna menos flexíveis e mais propensas a rupturas. Isso é especialmente evidente em áreas como as regiões frontotemporais, onde a ruptura da artéria meníngea média ou de seus ramos pode resultar em sangramento epidural.

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3
Q

Como ocorre o sangramento epidural e qual a consequência de sua ruptura?

A

O sangramento epidural ocorre geralmente devido à ruptura da artéria meníngea média ou de seus ramos, resultando em acúmulo de sangue entre o crânio e a dura-máter. Isso pode causar sinais de instalação rápida, elevação da pressão intracraniana (PIC), herniação do úncus e compressão do tronco cerebral, o que pode levar a óbito se não for tratado rapidamente.

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4
Q

Quais são os sinais clínicos característicos de um hematoma epidural?

A

Os sinais clínicos de um hematoma epidural incluem breve perda de consciência pós-traumática, cefaleia intensa, convulsões, obnubilação, hemiparesia contralateral e dilatação pupilar ipsilateral. Um achado específico é a Pupila de Hutchinson, que é caracterizada pela pupila ipsilateral dilatada associada à hemiparesia contralateral.

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5
Q

Qual é a importância do RX de crânio no diagnóstico de hematoma epidural?

A

O RX de crânio pode ser normal em até 40% dos casos de hematomas epidurais. No entanto, em casos em que há presença de hematoma, pode-se observar uma imagem biconvexa de alta densidade, que é um achado sugestivo de hematoma epidural.

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6
Q

Explique as diferenças entre hematoma subdural agudo, subagudo e crônico.

A

O hematoma subdural agudo é hiperdenso e ocorre de 1 a 3 dias após a lesão. O subagudo é isodenso e pode surgir de 4 dias a 3 semanas após a lesão. Já o crônico é hipodenso e pode ser identificado após mais de 3 semanas da lesão.

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7
Q

Quais são as causas mais comuns de hematoma subdural agudo?

A

O hematoma subdural agudo é frequentemente causado por lesões traumáticas na cabeça, sendo especialmente comum em idosos anticoagulados. Essas lesões podem resultar em sangramento entre a dura-máter e o aracnoide, levando à formação do hematoma.

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8
Q

Quais são os achados clínicos e radiológicos associados ao hematoma subdural agudo?

A

Os achados clínicos incluem coma logo após o trauma, piora clínica progressiva, hemiplegia, pupila de Hutchinson e, muitas vezes, uma lesão cerebral associada, como contusões, hematomas ou lesões axonais difusas. Na radiografia, pode-se observar uma massa em forma de crescente de atenuação aumentada adjacente à tábua interna do crânio.

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9
Q

Como é feito o tratamento do hematoma subdural agudo?

A

O tratamento do hematoma subdural agudo envolve geralmente a drenagem cirúrgica do hematoma para aliviar a pressão intracraniana e prevenir complicações graves como herniação cerebral.

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10
Q

Quais são os fatores de risco associados à hemorragia subaracnoide?

A

Os fatores de risco para hemorragia subaracnoide incluem traumatismo craniano, abuso de álcool, convulsões, coagulopatias e quedas. Esses fatores podem aumentar a fragilidade dos vasos sanguíneos cerebrais, predispondo-os a rupturas e consequente hemorragia subaracnoide.

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11
Q

Explique a fisiopatologia da hemorragia subaracnoide.

A

A hemorragia subaracnoide geralmente tem origem em hematomas subdurais agudos. O sangramento inicial causa inflamação e migração de fibroblastos, levando à formação de novas membranas e vasos sanguíneos, seguido por ressangramento e absorção de líquidos. Isso resulta em um processo contínuo de crescimento do hematoma, mesmo na ausência de sangramento ativo.

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12
Q

Qual é o papel da arteriografia cerebral no diagnóstico de hemorragia subaracnoide?

A

A arteriografia cerebral é considerada o padrão ouro no diagnóstico de hemorragia subaracnoide, pois permite visualizar de forma detalhada a anatomia dos vasos cerebrais e identificar aneurismas ou outras anormalidades que possam estar causando a hemorragia.

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13
Q

Quais são as complicações mais comuns da hemorragia subaracnoide?

A

As complicações mais comuns da hemorragia subaracnoide incluem ressangramento, hidrocefalia e vasoespasmo. O vasoespasmo é uma complicação particularmente preocupante, pois pode levar à constrição das artérias cerebrais e resultar em isquemia e danos adicionais ao tecido cerebral.

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14
Q

Como é a apresentação clínica típica da hemorragia intraparenquimatosa?

A

A apresentação clínica da hemorragia intraparenquimatosa depende da localização e do tamanho do sangramento. Os sintomas podem incluir fraqueza, parestesia, tontura, náusea, vômitos, dificuldade de fala, dificuldade visual, diplopia, confusão e cefaleia.

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15
Q

Quais são as causas primárias e secundárias de hemorragia intraparenquimatosa?

A

As causas primárias de hemorragia intraparenquimatosa incluem hipertensão arterial sistêmica (40 a 70% dos casos) e angiopatia cerebral amilóide (5 a 10%). Já as causas secundárias podem ser malformações vasculares, neoplasias intracranianas, uso de anticoagulantes, trombose venosa cerebral, vasculites, entre outras.

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16
Q

Como é feito o tratamento da trombose venosa cerebral?

A

O tratamento da trombose venosa cerebral geralmente envolve a anticoagulação, utilizando inibidores de vitamina K inicialmente, seguidos pelo uso de warfarina por um período de seis meses. Em casos de trombofilia, a anticoagulação pode ser mantida indefinidamente para prevenir recorrências.

17
Q

Quais são as principais etiologias da trombose venosa cerebral?

A

As principais etiologias da trombose venosa cerebral incluem deficiência de antitrombina III, deficiência de proteína C ou S, mutações genéticas como a do fator V de Leiden e do gene da protrombina, síndrome do anticorpo antifosfolípede, hiperhomocisteinemia, infecções e doenças inflamatórias.

18
Q

O que é a angiopatia amiloide e como ela se apresenta clinicamente?

A

A angiopatia amiloide é caracterizada pela deposição de beta-amilóide nas camadas média e adventícia de artérias de pequeno e médio calibre no cérebro. Clinicamente, ela se apresenta como hemorragias intraparenquimatosas lobar em pacientes normotensos, especialmente nas regiões frontoparietais e na junção corticomedular.

19
Q

Qual é o tratamento indicado para a angiopatia amiloide?

A

O tratamento da angiopatia amiloide envolve principalmente drenagem dos hematomas intraparenquimatosos com volume adequado e o controle da deterioração do nível de consciência do paciente, se presente.

20
Q

Como é feito o diagnóstico diferencial entre diferentes tipos de hemorragia intraparenquimatosa?

A

O diagnóstico diferencial entre os diferentes tipos de hemorragia intraparenquimatosa é feito com base nos achados clínicos, radiológicos e fatores de risco. Por exemplo, a hemorragia de Putâmen é caracterizada por hemiparesia contralateral, enquanto a hemorragia Talâmica pode apresentar perda hemisensitiva contralateral e outros sintomas neurológicos específicos.

21
Q

Quais são as estratégias de tratamento para evitar o vasoespasmo após uma hemorragia subaracnoide?

A

Para evitar o vasoespasmo após uma hemorragia subaracnoide, são utilizadas estratégias como manter a hipertensão arterial controlada, a hipervolemia e a hemodiluição. Além disso, o uso de bloqueadores de canal de cálcio, como nimodipina e cilostazol, também é recomendado para prevenir complicações relacionadas ao vasoespasmo.

22
Q

Quais são os sinais clínicos que indicam a necessidade de intervenção cirúrgica em casos de hemorragia intraparenquimatosa?

A

Os sinais clínicos que indicam a necessidade de intervenção cirúrgica em casos de hemorragia intraparenquimatosa incluem deterioração neurológica progressiva, compressão do tronco cerebral, aumento significativo do volume do hematoma, presença de hidrocefalia obstrutiva e risco iminente de herniação cerebral.

23
Q

Como é o manejo da pressão arterial em pacientes com hemorragia intraparenquimatosa?

A

O manejo da pressão arterial em pacientes com hemorragia intraparenquimatosa é crucial para prevenir complicações. Geralmente, busca-se manter a pressão arterial sistólica entre 140-160 mmHg, evitando hipertensão que possa aumentar o risco de sangramento, mas também garantindo uma perfusão cerebral adequada.

24
Q

Qual é a importância do monitoramento neurológico contínuo em pacientes com acidente vascular encefálico hemorrágico?

A

O monitoramento neurológico contínuo em pacientes com acidente vascular encefálico hemorrágico é essencial para detectar precocemente mudanças no estado neurológico, sinais de deterioração e complicações como edema cerebral, herniação cerebral, vasoespasmo e alterações na pressão intracraniana.

25
Q

Quais são os cuidados pós-tratamento indicados para pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico hemorrágico?

A

Os cuidados pós-tratamento para pacientes que sofreram um acidente vascular encefálico hemorrágico incluem monitoramento neurológico regular, fisioterapia e reabilitação para recuperar funções motoras e cognitivas, controle da pressão arterial, prevenção de complicações como infecções e seguimento clínico para avaliação do prognóstico a longo prazo.