Aula 8 - Pesquisa e sua Estrutura Flashcards
1 Estrutura dos trabalhos de pesquisa
Um projeto de pesquisa é o planejamento do trabalho acadêmico. Ele é o primeiro nível
ou patamar a ser atingido. Trata-se de um roteiro que descreve as fases pelas quais o processo
de investigação pretendido passará até chegar ao resultado final.
O seu objetivo é traçar um caminho que evite os obstáculos e desvios que possam
aparecer pela frente, conduzindo o trabalho por metodologias e técnicas bastante seguras e
previamente testadas (porém não garantidas, pois isso não existe em pesquisa; o pesquisador
sempre terá que contar com o imprevisto).
[FIGURA 1]
O anexo é uma parte não elaborada por você, mas extraída de outra fonte, que ilustra, fundamenta e complementa o trabalho, como um mapa, uma descrição detalhada de um aparelho usado na experiência, etc., mas não cabe no corpo do texto, ou por falta de espaço
ou porque quebra o fluxo de ideias. Já o apêndice é um material que você mesmo elaborou, como fotos, uma bio-bibliografia de um autor, e que também não cabe no corpo do texto.
Tanto apêndices como anexos são numerados em sequência (Anexo I, Anexo II,…; Apêndice I,
Apêndice II,…), mas não paginados.
Os elementos textuais seguem as mesmas margens, com recuo na primeira linha,
espaço um e meio entre as linhas e alinhamento à direita, e as referências ficam em espaço
simples entre as linhas, espaço duplo entre uma e outra, sem recuo na primeira linha e com
alinhamento à esquerda.
2 Detalhamento de como iniciar o projeto de pesquisa
2.1 Tema e panorama da pesquisa
De posse do tema, é preciso delimitá-lo. O estabelecimento de relações entre dois conceitos, ideias ou fenômenos sempre
é bem-vindo na definição e delimitação de um tema. Da mesma forma, também é bem
comum e ótima estratégia de delimitação estudar uma ideia ou conceito específico, obra
de determinado autor ou pesquisador ou escola de autores com ideias semelhantes. No
caso de pesquisa de campo, é interessante observar determinado fenômeno, mesmo que
estudado em sua relação com outros. Nesse caso, é interessante fazer uma primeira pesquisa
nas revistas científicas sobre o que se tem pesquisado sobre esse fenômeno, para delimitar
melhor o tema.
2.2 Recorte, perspectiva ou objeto da pesquisa
E cada perspectiva me dará uma visão diferente. É importante, numa monografia ou mesmo num artigo, que você escolha uma só perspectiva do objeto e que você a especifique na introdução, ou no máximo
estabeleça as relações entre dois aspectos, para não cair no problema da dispersão ou falta de foco do trabalho. Observe que são mencionados o tema , que já foi delimitado a partir do assunto mais amplo, a realidade mais ampla a ser analisada, e a época. Em seguida,
é traçado um breve panorama do assunto, ou seja, ele é contextualizado para que o leitor tenha uma ideia geral inicial dele, sua extensão, importância e implicações.
2.3 Problema a ser pesquisado
É preciso que o problema seja contextualizado, da mesma forma que o tema o foi. Assim, é mais interessante e prático formular o problema em forma de questão, pois é o modo mais fácil de permitir uma abordagem adequada do assunto.
Procuraremos também evitar perguntas que comecem com “como” ou “de que forma/
maneira”, pois elas pedem uma resposta única e inquestionável, uma “receita de bolo” que
ignora o critério da refutabilidade.
2.4 Hipóteses (se houver)
Nem toda pergunta-problema admite uma hipótese, principalmente quando não se tem
realmente nenhuma pista para a resposta e se vai investigar diretamente a realidade para
obter essa resposta. Portanto, essa parte da introdução não é obrigatória. Há de se considerar ainda que um pesquisador que testou uma hipótese que deu errado
contribuiu para a comunidade científica, porque ninguém mais precisará testar essa hipótese
a partir do caminho que ele traçou. Isso contribui muito para o debate e representa um ótimo
avanço.