Aula 5 - A Escrita Acadêmica Flashcards

1
Q

1 Por que escrever, por que não escrever? Decálogo do bom escritor (acadêmico)

A

Dificilmente escrevemos para nós mesmos, mas sim para transmitir uma mensagem para alguém. Em outras palavras, escrevemos para nos comunicar.
E podemos fazer isso de formas diversas, mais ou menos adequadas. Se o objetivo é que a mensagem atinja o interlocutor e ele reaja ao que foi comunicado, esse objetivo pode ou não ser alcançado e há métodos e técnicas para se propiciar o seu alcance.
O primeiro aspecto a ser observado é a adequação da linguagem. Cada ocasião tem as suas recomendações.
O mesmo acontece com a escrita. A forma de escrever depende muito dos objetivos do que você quer escrever.
Vamos iniciar nos referindo a um decálogo da boa redação, esse decálogo deve servir, antes de qualquer coisa, para trazer parâmetros sobre condições gerais
de escrita acadêmica, mas não se preocupa em esgotar todas as situações possíveis.

[FIGURA 2]

1.1 Não usarás palavras difíceis.

A escrita acadêmica também deve usar os termos técnicos da área, para que os interlocutores, percebam que você os domina. Então, uma saída para unir o linguajar técnico com o respeito ao leitor é usar notas de rodapé explicativas da terminologia específica, ou, o que dá um pouco mais de trabalho, elaborar um glossário no final do texto.

1.2 Não escreverás frases longas

Uma frase não deve ter mais de 12 ou 14 palavras em média, e deve-se evitar ao máximo aquelas com 30 a 40 palavras. E as sentenças intermináveis podem ser sinal de prolixidade, ou seja, de falar em demasia, sem ter muito o que dizer em essência. Isso pode indicar falta de
objetividade e até de humildade, quando se quer impressionar com a efusão de palavras.

1.3 Não usarás palavras pessoais.

O acadêmico caracteriza-se pelo distanciamento e o esforço por objetividade e certa neutralidade. Ou seja, deve-se usar uma linguagem descritiva e menos subjetiva possível.

1.4 Não usarás frases pessoais.

Outro ponto totalmente oposto entre o texto popular e o texto acadêmico são frases
pessoais, como “eu acho que…”, que são terminantemente proibidas, também chamadas de
“achismos”. O mesmo vale para o dirigir-se diretamente ao leitor.

1.5 Não usarás muitos adjetivos.

O que se deve evitar acima de tudo são advérbios absolutos, como “sempre”, “nunca”,
“indubitavelmente” ou “sem dúvida”, “é certo que”, etc., pois os absolutos são muito raros e
não é nossa tarefa, enquanto estudantes e pesquisadores, defendê-los. Além disso, esse tipo
de palavra cria generalizações que não combinam com a escrita acadêmica.

1.6 Não usarás verbos fracos

Por verbos fracos se entende “ser, estar, fazer, falar”. Esses verbos são tão usados na
linguagem cotidiana e corriqueira que estão bastante desgastados. O “gerundismo” não configura apenas mau uso da norma culta, mas também deixar de
usar a construção mais rica em possibilidades e sentidos. Muitas vezes o mau uso do gerúndio
reflete ações mal ou não concluídas, o que pode, de certa forma, expressar displiscência ou
falta de compromisso com a conclusão das ações.

1.7 Evitarás figuras de linguagem.

Em um trabalho acadêmico, privilegia-se a linguagem objetiva, sendo que a metáfora e a analogia só são usadas quando se tornam necessárias para a melhor
compreensão de algum conceito ou fenômeno.

1.8 Não usarás chavões.

Esse ponto é crucial na escrita acadêmica. É preciso evitar ao máximo o uso de frases
feitas, lugares-comuns, provérbios inadequados ou clichês.

1.9 Eliminarás palavras desnecessárias.

Vale aqui a lei da parcimônia ou economia.

1.10 Não cobiçarás parágrafos compridos.

Recomenda-se use no máximo cinco a seis linhas de 25 a 30 palavras e de forma ideal quatro a seis linhas
de 60 caracteres. Lembramos ainda que um parágrafo é o desenvolvimento de uma ideia só (e não mais) e que se deve mudá-lo quando se parte para outra ideia.

Não repetirás palavras ou expressões na mesma frase, parágrafo ou no início de um parágrafo e no parágrafo seguinte.

Seja breve e conciso. Ninguém gosta que se fale demais para dizer de menos.

Evite linguajar apelativo. Mostre a evidência a partir da argumentação ou dos dados colhidos na pesquisa.

Não economize nos exemplos. Os exemplos podem clarear muito determinado conceito ou fenômeno que se queira explicar. E o ideal é que eles sejam claros, objetivos e apropriados para ilustrar o conceito ou fenômeno em questão.

Ilustrações e tabelas também são bem-vindas, que podem ser figuras, quadros, gráficos, fotos e qualquer tipo de imagem; e que são informações de leitura horizontal e vertical combinadas, em que predominam números.

Seja claro. A clareza é um ideal a ser perseguido por todo aquele que queira escrever
de forma acadêmica.

Dicas importantes sobre a escrita acadêmica:
• Encadeamento hierárquico das orações por coordenação e subordinação;
• Organização do período em orações principais e orações secundárias;
• Indicação das circunstâncias acidentais e dos pormenores como forma de completar
e ilustrar o pensamento;
• Qualidades essenciais da frase, unidade, coerência e ênfase.

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2
Q

2 Guia de Normalização do Senac

A

Lembramos que não se trata de uma norma a mais em relação à ABNT, mas de um resumo das principais regras junto com um detalhamento ou aplicação feita ao caso específico do Senac, que é coerente com a norma-padrão.
Em outras palavras, em vez de ser uma disciplina separada das demais, a de Pesquisa, Tecnologia e Sociedade tem um caráter inter-relacionado com todas as outras, e seu princípio e metodologia, tanto da prática de pesquisa quanto da prática pedagógica de sala de aula, perfazem uma verdadeira filosofia da educação, com a cara do Senac.
Na introdução, o Guia traz o fluxograma de entrega de todo tipo de trabalho acadêmico, desde monografias até artigos científicos. Depois temos os objetivos do material, a estrutura dos trabalhos acadêmicos, dicas quanto ao formato e configuração dos textos, formas de
citação e um capítulo especial para as referências, com vários exemplos para facilitar a compreensão. Há ainda um modelo muito útil no anexo.

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