ASMA Flashcards
Definição da asma:
- Inflamação crônica (eosinófilos) que promove uma hiperreatividade da via aérea
- A via aérea, portanto, pode receber um estímulo que promove reação exacerbada
- Hiperreatividade se manifesta através de broncoespasmos e hipersecreção de muco
Doença CRÔNICA com OBSTRUÇÃO
OBSTRUÇÃO é REVERSÍVEL
Fisiopatologia da asma:
Inflamação das vias aéreas (alérgenos):
- Resposta inflamatória mediada por Linfócito TCD4
1) C/ resposta TH2 (IL4, IL5 e IL13)
- Resultado IL4: formação de plasmócito -> IgE
- IgE - se ligará ao mastócito - complexo mastócito-IgE
- Ocorre sensibilização: degranulação mastocitária
1) Histamina (bronconstritor), prostaglandina e leucotrienos
- IL5 - estimula formação de eosinófilos
- Resultado: REDUÇÃO DO CALIBRE BRÔNQUICO por:
1) Contração de músculo liso
2) Edema de mucosa
3) Hipersecreção de muco
Fenótipos da asma:
- Alérgica (> 80%) - evitar mofo e umidade
- Não alérgica menor resposta ao corticoide inalatório
- Início tardio:
1) Fenótipo com pior resposta ao corticoide inalatório
2) Necessidade de maiores doses até sendo refratário - Limitação fixa ao fluxo aéreo:
1) Remodelamento da parede brônquica
2) Baixa resposta ao CI - Obesidade:
1) Pouco sinais inflamatório + menor resposta ao CI
Situações especiais:
- Exercício:
1) Pode usar SABA antes do exercício
- Grávida - tratar da mesma forma:
1) Controle da asma é fundamental pro bem-estar do bb
Quadro clínico:
- Broncoespasmos + hipersecreção de muco:
1) Dispneia e sibilância
3) Tosse crônica não ou pouco produtiva - hiperssecreção
4) Desconforto torácico (opressão torácica)
5) Rinite alérgica e/ou dermatite atópica - Inflamação crônica:
1) Variável e intermitente (oscilação do nível de inflamação)
2) Piora à noite - maior exposição aos alérgenos
3) “Gatilhos” - alérgenos, ar frio, exercícios, infecção resp.
Medicações: AAS, BB, IECA (apenas tosse)
Padrão da espirometria:
- Espirometria inicial:
1) VEF1/VCF < 0,7 - padrão obstrutivo - Espiro pós-broncodilatador: avaliar a reversibilidade
1) VEF1 > 12% e > 200 ml VEF1 = reversão
2) Criança: VEF1 > 12%
3) Espiro normal afasta o diagnóstico, mas não o exclui
4) A resposta ao tto após 4 sem é um fator diagnóstico - Se espirometria normal - teste de broncoprovocação:
1) Metacolina: mais comum
2) Negativo: exclui asma - elevado VPN
3) Positivo: não significa asma (hiperreatividade) - Quando solicitar espirometria:
1) Momento do diagnóstico
2) 3-6 meses após iniciar medicações de controle
3) Após 1-2 anos no mínimo, mais freq. em pacientes graves
Identificação de atopia:
- Útil como investigação COMPLEMENTAR
1) Aumenta PROBABILIDADE diagnóstico p/ paciente c/ asma alérgica (existe outros fenótipos) - Útil p/ axuliar na terapia e entender os gatilhos
- Exames: prick test; IgE específica
Determinação do controle da asma
Averigua a intensidade das manifestações clínicas nas ÚLTIMAS 04 SEMANAS - “DELISIA 0033”:
- Despertar - basta um despertar
- Limitação das atividades - basta um episódio de limitação
- Sintomas diurnos ≥ 3x/sem
- Alívio - Medicações de alívio ≥ 3x/semana
OBS: NÃO CONTA SABA ANTES DO EX. FÍSICO
Classificação:
- Controlada: nenhum
- Parcialmente controlada: 1 ou 2
- Não controlada: 3 ou mais
OBS: Exacerbação = asma não controlada
Conduta: 3 a 6m após início do tratamento e em toda consulta
- Asma não controlada - Step-up
- Asma controlada há > 3 meses - Step-down
Tratamento de manutenção (GINA) - todos os pacientes:
- Aderência ao tto
1) Saber usar medicação e disponibilidade - Cessar tabagismo
- Vacinação p/ influenza
- Atividade física
- Diminuir exposição ao mofo e umidade
- Atenção aos desencadeantes: exercício, ar frio, alérgenos e infecções respiratórias
Tratamento de manutenção (GINA) - ≥ 12 anos
- Etapa 1: sintomas infrequentes (< 2x/mês) sem fatores de risco para exacerbação
1) Escolha: CI dose baixa + formoterol se necessário
2) Alternativo: CI dose baixa sempre que usar SABA - Etapa 2: sint. ou resgate ≥ 2x/sem, mas < 4-5x/semana
1) Escolha: CI dose baixa + formoterol se necessário
2) Alternativo: CI dose baixa fixa + SABA se necessário - Etapa 3: sintomas maioria dos dias ou despertares noturnos 1 ou mais vezes por semana, especialmente se apresentar algum fator de risco p/ exacerbações
1) Escolha: CI dose baixa + formoterol de manutenção e resgate (terapia MART)
2) Alternativo: CI baixa dose + LABA associada à SABA, se necessário - Etapa 4: apresenta inicial c/ exac. ou sintomas graves
1) Escolha: CI em dosa moderada + formoterol manutenção e resgate (terapia MART)
2) Alternativa: CI dose alta OU dose moderada + LABA (adicionar SABA se necessário) - Observações:
1) SABA e LABA isolados - aumento de mortalidade
2) Terapias de escolha fazem resgate c/ baixa dose de CI + formoterol
3) Terapias alternativa fazem resgate c/ SABA
Tratamento de manutenção (GINA) - 6-11 anos
Etapas 1, 2 - alívio é com SABA
- Etapa 1: sintomas < 2x/mês
1) Escolha: CI baixa dose sempre que SABA for tomado
2) Alternativa: CI dose baixa diariamente - Etapa 2: sint. ou resgate ≥ 2x/mês, mas < 4-5x/sem
1) Escolha: CI dose baixa diariamente
2) Alternativa: antileucotrieno OU CI baixa dose sempre que SABA for tomado - Etapa 3: sintomas na maioria dos dias ou acordar ≥ 1x/semana
1) Escolha: CI + LABA dose baixa diária OU CI dose média OU CI + formoterol dose muito baixa p/ manutenção e alívio
2) Alternativa: CI dose baixa + antileucotrieno - Etapa 4:
1) Escolha: CI + LABA dose média diária OU CI + formoterol dose baixa p/ manutenção e alívio
2) Alternativa: adicionar LTRA ou tiotrópio
Tratamento de manutenção (GINA) ≤ 5 anos:
•
Determinando gravidade da asma:
- Refere a quantidade de medicações p/ atingir o controle
- Avaliação retrospectiva alterável ao longo do tempo
1) Avaliar em que etapa o paciente está p/ classificar:
Classificação:
- Leve: controlado c/ etapas 1 e 2
- Moderada: controlado c/ etapas 3 e 4
- Grave: s/ controle à despeito da etapa 5, excluindo fatores modificáveis (adesão, dispositivos, comorbidades)
Observações importantes na gestação:
• Evitar “Step down” durante gestação
• CI não deve ser interrompido
• Corticoterapia sistêmica deve ser evitada - nas exacerbações pode cursar c/ hipoxemia fetal deve administrar, se necessário
Gatilhos comuns de exacerbação:
• Infecção respiratória viral
• Exposição à alérgenos (esporos de fungos, pólen)
• Alergia alimentar
• Poluição no ar
• Mudança climáticas sazonais
• Baixa adesão terapêutica
Diagnóstico da exacerbação de asma:
- É clínico - sintomas principais:
1) Dispneia, sibilância, opressão torácica e tosse