Antirretrovirais Flashcards
recomendação de início precoce da TARV considera
(3)
- redução da morbimortalidade
- diminuição da transmissão
- disponibilidade de opções terapêuticas bem toleradas
combinação de diferentes
grupos de fármacos
(5)
- Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos ou Nucleo@deos (substratos)
- Inibidores da Transcriptase Reversa Não Análogos de Nucleosídeos (alostérica)
- Inibidores da Protease
- Inibidores de Fusão/Entrada
- Inibidores da Integrase
Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos ou Nucleotídeos
exs (3)
- Zidovudina (AZT)* → timidina
- Lamivudina (3TC) → citosina
- Tenofovir (TDF) → adenosina
Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos ou Nucleotídeos
mecanismo de ação
interrompem o alongamento do DNA viral (ligam-se no
sítio ativo da transcriptase reversa)
inibição competitiva
Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos ou Nucleotídeos
reações adversas (6)
- Neuropatia periférica
- Pancreatite
- Lipoatrofia
- Toxicidade sobre a medula óssea (anemia e neutropenia)
- Hepatotoxicidade
- Nefrotoxicidade (no caso do TDF)
Inibidores da Transcriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos ou Nucleotídeos
(interações)
não devem ser administrados em conjunto com outros ITRN que sejam análogos do mesmo nucleotídeo (por exemplo, estavudina e zidovudina → ambos são análogos da timidina)
Inibidores da Transcriptase Reversa
Não Análogos de Nucleosídeos
exs (2)
- Efavirenz (ETR) primeira geração
- Rilpivirina (RIL) segunda geração
Inibidores da Transcriptase Reversa
Não Análogos de Nucleosídeos
mecanimos de ação
interrompem o alongamento do DNA viral (ligam-se de forma alostérica à transcriptase reversa)
Inibidores da Transcriptase Reversa
Não Análogos de Nucleosídeos
reações adversas (3)
- Reações de hipersensibilidade (urticária)
- Hepatotoxicidade
- SNC (insônia, depressão, sonhos vívidos, etc.)
Inibidores da Transcriptase Reversa
Não Análogos de Nucleosídeos
interações
relacionadas com o metabolismo hepático via CYPs
Inibidores da Protease
exs (2)
- Atazanavir (ATV)
- Ritonavir (RTV) isoladamente ou em combinação – age como “booster”
Inibidores da Protease
mecanismo de ação
inibem a enzima viral (retropepsina) responsável pela síntese de transcriptase reversa, protease e integrase, bem como de proteínas estruturais
inibidores competitivos
Inibidores da Protease
efeitos adversos (4)
- Parestesias
- Náuseas/Êmese/Diarreia
- Diabetes
- Hipertrigliceridemia/Hipercolesterolemia/Redistribuição de gordura (lipodistrofia)
Inibidores da Protease
interações
relacionadas com o metabolismo hepático via CYPs
Inibidores de Fusão/Entrada
ex (1)
- Enfuvirtida (T-20) (SC)
Inibidores de Fusão/Entrada
mecanismo de ação
polipeptídeo que se liga à gp41 (uma glicoproteína expressa na superfície do vírus que exerce um importante papel na fusão da membrana do vírus com a da célula do hospedeiro), evitando que o processo de fusão ocorra
Inibidores de Fusão/Entrada
efeitos adversos (3)
- dor
- eritema
- nódulos
relacionados com a injeção
Inibidores de Fusão/Entrada
exs (2)
- Maraviroque (MQV)
- Ibalizumabe (IBA) (IV) → é um anticorpo indicado para pacientes com cepas resistentes à múltiplos fármacos (ainda não está disponível no Brasil)
Inibidores de Fusão/Entrada
mecanismo de ação
bloqueia o correceptor CCR5 (que atua junto com a gp41) que facilita a entrada do vírus através da membrana da célula
necessário teste - determinar se a cepa do vírus tem afinidade pelo CCR5
Inibidores de Fusão/Entrada
reações adversos (4)
- infecções do trato respiratório superior
- tosse
- febre
- hepatotoxidade
Inibidores da Integrase
(3)
- Dolutegravir (DTG)
- Raltegravir (RAL)
- Bictegravir (BIC) → alternativa para pacientes renais
Inibidores da Integrase
Mecanismo de ação
inibem a inserção do DNA viral no genoma do hospedeiro.** Alta barreira genética à resistência**
Inibidores da Integrase
efeitos adversos (2)
- cefaleia
- reações gastrointestinais
Inibidores da Integrase
interações - Não devem ser utlizados com (2)
- antiácidos (tomar 6h antes ou 2h depois);
- anticonvulsivantes: fenitoína, fenobarbital, oxicarbamazepina e carbamazepina
*DTG aumenta a concentração plasmática da metformina
Esquemas de Tratamento para Adultos
2 inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeo ou nucleotídeo
+
1 inibidor da integrase (1ª escolha)
OU
1 inibidor da protease + ritonavir (booster)
OU
1 inibidor da transcriptase reverva não análogo de nucleosídeo
Esquemas de Tratamento para Adultos
Os fármacos combinados devem
- não possuir ação antiviral aditiva
- não possuir reações adversas aditivas
Exemplo com combinação de dose fixa
mais utilizado
tenofovir (TDF) 300mg / lamivudina (3TC) 300mg (mesmo comprimido) + dolutegravir (DTG) 50mg
tomados VO juntos 1 vez ao dia
Co-infecção TB/HIV
esquema sugerido
tenofovir (TDF) / lamivudina (3TC) + Efavirenz (ETR)
ou
dobrar a dose de DTG em pacientes em uso de Rifampicina
Contra-indicação ao TDF ↓ da função renal
- teste HLA-B 5701negativo - substituir por Abacavir (ABC)
- teste HLA-B 5701 positivo - substituir por zidovudina (AZT)
Estudo ATLAS (2020)
coformulação injetável (IM) - aprovado pela ANVISA 2023
de cabotegravir (inibidor de integrase) e rilpivirina (um inibidor de transcriptase reversa não análogo de nucleosídeo ou nucleotídeo)
*usada uma vez ao mês, talvez 2x
Prevenção da Transmissão Vertical
esquema principal
TDF + 3TC + DTG*
*2019 consenso sobre a incorporação
Prevenção da Transmissão Vertical
gestante com CV desconhecida, ou detectável na 34ª semana
- parto cesário eletivo, empelicado, a partir da 38ª semana
- AZT injetável EV no parto
Receber orientação para não amamentar!
Prevenção da Transmissão Vertical
gestante com CV detectável, porém menor que 1.000 cópias/ml na 34ª sem.
- Parto segundo indicação obstrética; pode ser vaginal
- AZT injetável no parto
Receber orientação para não amamentar!
Prevenção da Transmissão Vertical
gestante com CV indetectável na 34ª sem
- Parto segundo indicação obstétrica, preferencialmente vaginal
- Manter TARV habitual via oral
Receber orientação para não amamentar!
Quimioprofilaxia do recém-nascido exposto ao HIV
baixo risco
AZT=zidovudina (28 dias)
iniciar preferencialmente nas primeiras 4 hrs de vida
Quimioprofilaxia do recém-nascido exposto ao HIV
alto risco - 37 semanas ou mais
AZT=zidovudina (28 dias); 3TC=lamivudina (28 dias); RAL=raltegravir (28 dias)
Quimioprofilaxia do recém-nascido exposto ao HIV
alto risco - 34 a 37 semanas
AZT=zidovudina (28 dias); 3TC=lamivudina (28 dias); NVP=nevirapina (14 dias)
Quimioprofilaxia do recém-nascido exposto ao HIV
alto risco - < 34 semanas
AZT=zidovudina (28 dias)
Profilaxia Pós-exposição ao HIV (PEP) - SIM para 4 perguntas
O tipo de material biológico é de risco para a transmissão do HIV?
*presença de sangue na saliva torna-a material infectante
Profilaxia Pós-exposição ao HIV (PEP) - SIM para 4 perguntas
O tipo de exposição é de risco para a transmissão do HIV?
Profilaxia Pós-exposição ao HIV (PEP) - SIM para 4 perguntas
tempo transcorrido
entre a exposição e o atendimento é menor que 72 h?
Profilaxia Pós-exposição ao HIV (PEP) - SIM para 4 perguntas
momento do atendimento
A pessoa é não reagente para o HIV?
no teste rápido
Profilaxia Pós-exposição ao HIV (PEP)
Esquema preferencial
1 comprimido coformulado de tenofovir (TDF) 300 mg / lamivudina (3TC) 300 mg + 1 comprimido de dolutegravir (DTG) 50 mg
tomados VO juntos 1 vez ao dia
durante 28 dias, depois fazer novo teste
Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP)
deve ser considerada para pessoas
- a partir de 15 anos,
- com peso corporal igual ou superior a 35 kg,
- sexualmente ativas e
- que apresentem contextos de risco aumentado de aquisição da infecção pelo HIV
Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP)
esquema padrão SUS
tenofovir (TDF) 300 mg + entricitabina (FTC) 200 mg na posologia de 1 comprimido diário
*Utilizar dose de ataque de 2 cps no primeiro dia
entricitabina = ITRN análogo da cistidina
Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP)
esquema alternativo - aprovado pela ANVISA 2023
cabotegravir (CAB) na posologia de 1 injeção IM mensal
inibidor da integrase
Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP)
sob demanda deve ser considerada para
1) homens cisgêneros heterossexuais, bissexuais, gays e outros HSH, pessoas não binárias designadas como do sexo masculino ao nascer, travestis e mulheres transexuais - que não
estejam em uso de hormônios à base de estradiol;
2) que tenham habitualmente relação sexual anal com frequência menor do que 2 (duas) vezes por semana, e que
3) consigam planejar quando a relação sexual ocorrerá e/ou possam antecipar (ou retardar) a relação sexual, para permitir o uso da dose inicial recomendada entre 2 a 24 horas antes da relação sexual.
Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP)
Esquema (SUS) - sob demanda
-2 + 1 + 1
- 2 (2 a 24 antes do sexo); 1 (24 horas após dose inicial); 1 (24 horas após segunda dose)