Afecções Benignas e Malignas dos Ovários Flashcards

1
Q

Como os Tumores Ovarianos Benignos são classificados?

A

Tumores Não Neoplásicos:

Cistos funcionais:

  • Cistos foliCulares
  • Cistos do Corpo lúteo
  • Cistos tecaluteínicos

Endometriomas

Abscesso tubo-ovariano

Ovários policísticos

Tumores Proliferativos (Neoplásicos):

Tumores epiteliais:

  • Cistoadenoma seroso
  • Cistoadenoma mucinoso

Tumores de Células Germinativas

  • Teratoma Cístico Benigno

Tumores Sólidos Benignos:

Fibroma
Tumor de Brenner (Tumores epiteliais neoplásicos)
Luteoma da Gravidez

Tumores Funcionantes:

Feminilizantes:

  • Tecomas
  • Tumores de Células hilares
  • Gonadoblastomas

Virilizantes

Struma ovarii

Tumores Limítrofes

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2
Q

Quais as causas de massa anexial de acordo com as faixas etárias?

A

Infância

  • Tumor de células germinativas
  • Cisto funcional

Adolescência

  • Cisto funcional
  • Gravidez ectópica
  • Teratoma cístico benigno ou outro tumor de células germinativas
  • Tumor ovariano epitelial

Menacme

  • Cisto funcional
  • Gravidez ectópica
  • Tumor ovariano epitelial

Perimenopausa

  • Tumor ovariano epitelial
  • Cisto funcional

Pós-Menopausa

  • Tumor ovariano (maligno ou benigno)
  • Cisto funcional
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3
Q

Descreva sobre o Cisto Folicular

A
  1. É o cisto funcional mais comum.
  2. Cisto simples com mais que 3 cm e menos que 8 cm no maior diâmetro.
  3. Origina-se de folículo estimulado pelas gonadotrofinas hipofisárias, que não se rompeu durante o ciclo menstrual.
  4. Dependem da estimulação cíclica dos ovários (frequentes nas que menstruam e raros nas menopausadas).
  5. Normalmente, se resolvem em 4 a 8 semanas com conduta expectante.
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4
Q

Qual o cisto funcional mais comum?

A

Cisto Folicular

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5
Q

Descreva sobre o cisto luteínico.

A
  1. Resulta do corpo amarelo que se tornou cístico devido à hemorragia excessiva na cavidade folicular.
  2. Pode ser causado por acúmulo de líquido cístico, devido estímulo excessivo do LH.
  3. Sua rotura e consequente hemorragia são mais comuns devido à vascularização de sua parede.
  4. Os cistos não rotos podem causar dor, devido ao sangramento para a cavidade fechada do cisto.
  5. Os sinais de rotura e hemorragia incluem hipersensibilidade bilateral ao exame pélvico.
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6
Q

Quais são os cistos funcionais menos comuns?

A

Cistos Tecaluteínicos

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7
Q

Descreva sobre os cistos tecaluteínicos.

A
  1. São os cistos funcionais menos comuns.
  2. São bilaterais e incidem na gravidez (1/4 das gestações molares e 10% dos coriocarcinomas).
  3. São multicísticos, podem atingir grandes dimensões (até 30 cm), e tendem a regredir espontaneamente.
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8
Q

Quais são os Tumores Epiteliais?

A

Cistoadenoma Seroso

Cistoadenoma Mucoso

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9
Q

Descreva sobre o Cistoadenoma Seroso.

A
  1. Originam-se do epitélio superficial do ovário
  2. Representam 15% a 25% dos tumores benignos e são bilaterais em 7% a 12% dos casos.
  3. Acomete pcts entre 20 e 50 anos.
  4. São multiloculares, raramente com septações grosseiras, podendo apresentar projeções papilares e calcificações
  5. Ao corte, mostram conteúdo claro ou acastanhado.
  6. Possuem consistência firme, base larga e coloração pálida, medindo de 5 a 15 centímetros.
  7. Corpos de Psammoma (áreas de granulações calcificadas) podem estar espalhados pelo tumor e identificados pelos raios X.
  8. Aproximadamente 20% dos cistoadenomas serosos são malignos, e 5 a 10% dos tumores epiteliais são limítrofes.
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10
Q

Descreva sobre Cistoadenoma Mucinoso.

A
  1. Representa 15% dos tumores benignos. São bilaterais em 5% a 7% dos casos.
  2. Constitui os grandes tumores abdominais, chegando até a 50 cm de diâmetro.
  3. Incidência na terceira e quarta décadas.
  4. São geralmente multilobulados, císticos, de conteúdo mucoide e acastanhados ao corte.
  5. Complicação = Pseudomixoma peritoneal (secreção de material mucinoso e gelatinoso, formando ascite que recidiva após o tratamento cirúrgico).
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11
Q

Descreva sobre os Teratomas Císticos Benignos

A
  1. Representam 10% a 15% de todos os tumores ovarianos.
  2. Normalmente unilaterais. Bilateral em 10% a 12% dos casos.
  3. O risco de se tornar maligno é raro (1%) e maior na pós-menopausa.
  4. O período etário = menacme (idade reprodutiva), com pico maior em torno dos 30 anos.
  5. A torção do pedículo é a complicação mais frequente e incide em 3,5%.
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12
Q

Quais são os Tumores Sólidos Benignos?

A
  1. Fibroma
  2. Tumor de Brenner
  3. Luteoma da Gravidez
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13
Q

Descreva sobre o Fibroma.

A
  1. São os tumores do cordão sexual mais comuns.
  2. Não apresentam atividade hormonal.
  3. Possui aspecto firme, espiralado, branco na superfície e raramente apresenta sinais de degeneração.
  4. Associação com ascite (10 a 15%) e hidrotórax (1%), o que caracteriza a Síndrome de Meigs.
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14
Q

Descreva sobre o Tumor de Brenner.

A
  1. Possui células cuboides claras, os chamados ninhos de células de Walthard.
  2. São tumores epiteliais benignos. Raramente ocorre transformação maligna.

3. Pode estar associado à síndrome de Meigs.

  1. Pode estar associado a um cistoadenoma mucinoso, assemelhando-se ao quadro de um tumor maligno.
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15
Q

Descreva sobre o Luteoma da Gravidez.

A
  1. Raro, sólido, que pode ser bilateral e levar ao aumento do ovário em até 12 centímetros.
  2. Em aproximadamente 25% dos casos, associam-se com virilização, que tem início no segundo trimestre da gestação, produzindo testosterona.
  3. Com isso, a masculinização de um feto do sexo feminino pode ocorrer.
  4. A maioria dos casos regride espontaneamente, mas o aumento persistente do tumor indica a cirurgia.
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16
Q

Quais são os Tumores Funcionantes (Tumores do Estroma Gonádico)?

A

Feminilizantes:

  • Tecomas
  • Tumores de Células hilares

Virilizantes

  • Gonadoblastomas

Struma ovarii

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17
Q

Descreva sobre os Tecomas.

A
  1. Originam-se do estroma cortical dos ovários.
  2. São geralmente unilaterais e raramente malignos.
  3. Representam 2% dos tumores ovarianos, com predomínio na pós-menopausa. Durante o período reprodutivo é raro.
  4. Frequentemente (75% dos casos), produzem estrógenos.
  5. Sintomas correlacionam-se com sua indução estrogênica e incluem sangramento genital e hiperplasia endometrial na pós-menopausa.
18
Q

Descreva sobre os Gonadoblastomas.

A
  1. É um tumor misto, constituído por elementos germinativos e elementos do cordão sexual.
  2. Logo, podem produzir androgênios e estrogênios.
  3. O tratamento recomendado é a ooforectomia.
  4. Pacientes com disgenesia gonadal e presença de cromossoma Y são consideradas de alto risco para o tumor.
  5. Nestes casos, a conduta é a gonadectomia.
19
Q

Descreva sobre o Struma Ovarii.

A
  1. É variante do teratoma cístico maduro
  2. Se observa predomínio de mais de 50% de tecido tireoidiano (20% dos teratomas têm pequenos focos).
  3. Por esta razão, caracteriza-se pela produção ectópica de hormônios tireoidianos.
  4. Em 5% dos casos desenvolve sintomas de tireotoxicose.
  5. Possui baixo potencial de malignidade.
20
Q

Descreva sobre Tumores Limítrofes de Ovário.

A
  1. Respondem por 10% a 15% dos tumores epiteliais.
  2. São um grupo especial de neoplasias, cujo comportamento biológico e aspecto histopatológico os coloca entre os tumores benignos e os francamente malignos.
  3. Permanecem limitados aos ovários com baixo potencial de crescimento e invasão (bom prognóstico).

4. Predominantemente antes da menopausa, em mulheres entre 30 e 50 anos

  1. 20 a 25% disseminam-se além do ovário. São capazes de se metastatizar, porém não apresentam invasão estromal.
21
Q

Quais são os critérios para diagnóstico de tumores limítrofes?

A
  • Hiperplasia epitelial com pseudoestratificação em tufo, cribiforme e micropapilar;
  • Atipia nuclear e aumento da atividade mitótica;
  • Grupos celulares isolados;
  • Ausência de invasão verdadeira do estroma,

ou seja, sem destruição tecidual.

22
Q

Qual a conduta básica diante de uma massa anexial?

A
  1. Anamnese e exame físico
  2. USGTV
  3. Doppler fluxometria
  4. CA 125
  5. Outros: Tomografia Computadorizada (TC) / Ressonância Magnética (RM) / outros marcadores (alfafetoproteína, hCG, LDH, CA 19-9)
  6. Cirurgia
23
Q

Na anamnese e exame físico da paciente com massa anexial, quais os dados mais importantes?

A

IDADE

Cistos na pré-menopausa são comuns e usualmente benignos, incluindo os cistos funcionais, os endometriomas e os ovários policísticos.

O risco de malignidade aumenta com a idade.

SINTOMAS

Nenhum ou poucos sintomas vagos e inespecíficos.

Logo, apenas 25% das mulheres são diagnosticadas com a doença maligna limitada aos ovários.

EXAME FÍSICO

Detecção de tumor anexial assintomático durante o exame pélvico rotineiro.

24
Q

Quais são as características ultrassonográficas das Massas Ovarianas Benignas?

A

VOLUME <8 CM

ASPECTO DA PAREDE INTERNA: Regular

ASPECTO DO CONTEÚDO: Unilocular, Cístico

SEPTAÇÕES: Se presentes, finas

25
Q

Quais são as caraterísticas ultrassonográficas das massas ovarianas Malignas?

A

VOLUME > 8 CM

ASPECTO DA PAREDE INTERNA: Iregular

ASPECTO DO CONTEÚDO: Multilocular, misto

SEPTAÇÕES: Grosseiras , espessas (>3 mm)

26
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária do Cisto Folicular?

A

Aspectos Clínicos

  • Volume < 8 cm
  • Regressão espontânea (80%)

Ultrassonográficos

  • Unilocular
  • Cístico
  • Homogêneo
  • Parede lisa
  • Único

Faixa Etária

  • Menacme
27
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária do Cisto de Corpo Lúteo?

A

Aspectos Clínicos

  • Dor pélvica
  • Rotura
  • Regressão espontânea

Ultrassonográficos

  • Unilocular
  • Heterogêneo
  • Ecos internos
  • Parede espessada
  • Único (maioria)

Faixa Etária

Menacme

28
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária do Endometrioma?

A

Aspectos Clínicos

  • Dismenorreia
  • Dispareunia
  • Dor pélvica
  • Volume variável

Ultrassonográficos

  • Parede variável
  • Conteúdo homogêneo e/ou heterogêneo

Faixa Etária

Menacme

29
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária dos Ovários Policísticos?

A

Aspectos Clínicos

  • Amenorreia
  • Hirsutismo
  • Obesidade

Ultrassonográficos

Aumento do volume ovariano

Folículos múltiplos

Faixa Etária

Menacme

30
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária do Cistoadenoma?

A

Aspectos Clínicos

Massa Pélvica

Ultrassonográficos

Uni ou bilateral

Septações

Calcificações

Faixa Etária

20 a 40 anos

31
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária do Teratoma Cístico Benigno?

A

Aspectos Clínicos

  • Massa pélvica
  • Dor aguda (torção)

Ultrassonográficos

  • Ecos brilhantes
  • Sombras acústicas
  • Parede espessa Uni ou bilateral

Faixa Etária

20 a 30 anos

32
Q

Quais são os Aspectos Clínicos,Ultrassonográfios e faixa etária do tumor sólido ou funcionante benigno?

A

Aspectos Clínicos

  • Massa pélvica
  • Produção hormonal anormal

Ultrassonográficos

  • Sólido

Faixa Etária

  • Menacme
  • Menopausa
33
Q

Qual o marcador tumoral mais sensível para tumoras epiteliais, em especial os serosos?

A

Antigeno Cancerígeno (CA) 125

34
Q

Qual o marcador sensível para tumores ovarianos mucinosos?

A

CA 19-9

35
Q

Como é o manejo de massa pélvica na criança e no adolescente?

A
36
Q

Como é o manejo de massa anexial na pré e pós menopausa?

A
37
Q
A

A questão descreve uma paciente com queixa de aumento de volume abdominal e dor lombar com uma massa anexial mista, o que poderia nos fazer pensar em um teratoma maduro. No entanto, o que define a questão é a presença de líquido livre em cavidade pélvica sugerindo pseudomixoma peritoneal. O pseudomixoma peritoneal é o termo clínico usado para descrever a presença de material mucoide ou gelatinoso circundado por tecido fibroso, encontrado nos tumores mucinosos, principalmente malignos. Acabou, respondeu a questão aí! A rotura de um tumor ovariano mucinoso pode extravasar seu conteúdo mucoide para a pelve e cavidade abdominal, formando o pseudomixoma peritoneal. Este fenômeno causa extensa adesão das alças intestinais, podendo resultar em obstrução. E vale lembrar que o pseudomixoma peritoneal também pode ser secundário a um adenocarcinoma apendicular. Nenhum outro tumor descrito nas demais alternativas da questão forma o pseudomixoma peritoneal. Resposta: letra B.

38
Q

Qual a epidemiologia do tumor maligno de ovário?

A
  1. Entre 40 e 65 anos (raro antes dos 30 anos)
  2. Ocorre em menos de 1% dos casos.
  3. Incidência aumenta com a idade
  4. É maior na raça branca do que na negra.
  5. O risco de desenvolvimento de câncer ovariano durante toda a vida é aproximadamente de 1,4%.
39
Q

No tumor de ovário, quais são os critérios de suspeição de malignidade pelo US?

A

(1) Cistos > 8 cm.
(2) Cistos que apresentam septos espessos (> 3 mm), papilas, espessamento da parede do cisto, nodularidades, multiloculações, presença de componente sólido no seu interior (muito sugestivo).
(3) Massas sólidas.

40
Q

No tumor de ovário, correlacione os marcadores com seus tumores.

A

CA 125 - Tumores epiteliais (cistoadenocarcinoma seroso)

CEA e CA19-9 - Cistoadenocarcinoma mucinoso

HCG - Coriocarcinoma e carcinoma embrionário

Alfafetoproteina - Tumor de seio endodérmico e carcinoma embrionário

41
Q
A