Vascularização arterial do encéfalo Flashcards

1
Q

Sistemas arteriais

A

1) A irrigação arterial do encéfalo é formada por 2 sistemas paralelos -> a circulação anterior/carotídea, que irriga as estruturas dos andares anterior e médio da base do crânio, ou seja, quase todo o cérebro, com exceção dos lobos occipital e face inferior do temporal, que são supridos pela circulação posterior/basilar.
2) Estas 2 circulações unem-se ao nível do polígono de Willis, na face inferior do encéfalo.

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2
Q

Artéria carótida interna (segmentos e subdivisões)

A

1) Tem origem na bifurcação da artéria carótida comum ao nível da cartilagem tiroideia
2) Divide-se em 4 segmentos:
2. 1) Segmento cervical: onde se relaciona com a veia jugular interna lateralmente, o nervo vago póstero-lateralmente, a parótida posteriormente e a faringe medialmente
2. 2) Segmento intrapetroso: onde se relaciona com o plexo venoso carotídeo e com o plexo simpático peri-carotídeo
2. 3) Segmento cavernoso: onde a artéria apresenta uma configuração em S itálico, formando o sifão de Egas Moniz, e onde se relaciona com inferiormente com o VI, e lateralmente (de cima para baixo com) o III, IV, V1, V2
2. 4) Segmento cerebral: onde passa por dentro do processo clinoide anterior, origina a artéria oftálmica e termina perto do nervo ótico onde dá origem aos seus ramos terminais
3) As partes intracranianas da artéria carótida interna (segmentos cavernoso e cerebral) são subdivididas em 5 segmentos: C1-C2 formam a porção supraclinoideia, C3-C5 formam a porção infraclinoideia

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3
Q

Ramos colaterais da artéria carótida interna

A

1) O segmento cervical da ACI não origina ramos colaterais
2) O segmento intrapetroso dá origem à artéria carótico-timpânica
3) O segmento cerebral dá origem à artéria oftálmica, artéria hipotalâmica e artérias hipofisárias superior e inferior

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4
Q

Ramos terminais da artéria carótida interna

A

1) Artéria cerebral anterior
2) Artéria cerebral média
3) Artéria comunicante posterior
4) Artéria coroideia anterior

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5
Q

Síndrome de oclusão da artéria carótida interna

A

1) Combinação das síndromes de oclusão das ACA e ACM: afasia (caso esteja afetado o hemisfério dominante), defeitos sensori-motores contralaterais da face e membros, defeito contralateral do campo visual, défices de perceção (caso esteja afetado o hemisfério não dominante), juntamente com amaurose fugax (cegueira mono-ocular transiente recorrente por isquémia do ramo central da retina, mas transitória devido à perfusão colateral pela artéria angular da facial)

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6
Q

Polígono de Willis

A

1) Rodeia o quiasma ótico e a região interpeduncular, e funciona como um igualizador do fluxo sanguíneo nas diversas regiões do encéfalo
2) É formado pelas artérias cerebrais anteriores (da ACI), artéria comunicante anterior, artérias comunicantes posteriores (da ACI) e artéria cerebrais posteriores (da artéria basilar)

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7
Q

Esquematização da vascularização cerebral

A

1) Artérias do prosencéfalo
1. 1) Artérias corticais: artéria cerebral anterior, artéria cerebral média, artéria cerebral posterior
1. 2) Artérias dos núcleos da base:
1. 2.1) Artérias ântero-mediais
1. 2.2) Artérias ântero-laterais: artérias lenticuloestriadas e estriada interna de Heubner
1. 2.3) Artérias médias
1. 2.4) Artérias póstero-mediais: grupo anterior (do qual se destaca a artéria tálamoperfurante) e o grupo posterior
1. 2.5) Artérias póstero-laterais: artérias talamogeniculadas
1. 3) Artérias coroideias: anterior, póstero-lateral, póstero-medial
2) Artérias do romboencéfalo
2. 1) Artérias do bulbo raquidiano: artéria espinhal anterior e posterior, PICA e ramos bulbares da artéria vertebral
2. 2) Artérias da protuberância:
2. 2.1) Artérias paramedianas: proveniente da artéria basilar
2. 2.2) Artérias curtas circunferenciais
2. 2.3) Artérias longas circunferenciais
2. 3) Artérias do cerebelo: PICA, AICA, artéria cerebelosa superior
3) Artérias do mesencéfalo:
3. 1) Artérias paramedianas: provenientes da cerebral posterior e da coroideia anterior
3. 2) Artérias curtas circunferenciais: provenientes da cerebral posterior, comunicantes posterior e cerebelosa superior
3. 3) Artérias longas circunferenciais: provenientes da artéria cerebral posterior

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8
Q

Ramos corticais da artéria cerebral anterior (ACA)

A

1) É um ramo terminal da carótida interna, cuja origem se localiza por fora do quiasma ótico e do nervo ótico; entra na comissura inter-hemisférica, contorna o joelho do corpo caloso e continua-se para trás ao longo da sua face superior
2) Divide-se em 2 segmentos: segmento A1 (pré-comunicante e proximal à artéria comunicante anterior) e o segmento A2 (pós-comunicante e distal à artéria comunicante anterior)
3) Ramos colaterais:
3. 1) Artéria orbitofrontal interna: irriga as faces interna e orbital do lobo frontal; anastomosa-se com a artéria orbitofrontal externa proveniente da ACM
3. 2) Artéria frontopolar: irriga as porções internas do lobo frontal, alcançando também a convexidade do hemisfério
4) Ramos terminais:
4. 1) Artéria calosomarginal: irriga a circunvolução do corpo caloso e o lóbulo paracentral
4. 2) Artéria pericalosa: irriga a face interna do lobo parietal e a região pré-cuneal (lóbulo quadrilátero)
5) Assim, a ACA irriga a face interna e a face inferior/orbitária do lobo frontal, o corpo caloso e a circunvolução do corpo caloso e a face interna do lobo parietal até ao lóbulo quadrilátero
6) Obstrução da ACA pode afetar:
6. 1) Área motora primária -> hemiparesia ou até hemiplegia do membro inferior contralateral
6. 2) Área motora secundária -> espasticidade marcada e dificuldade em realizar movimentos finos
6. 3) Área pré-frontal -> perda das capacidades de julgamento e iniciativa, alterações emocionais, desinibição social, impulsividade…
6. 4) Área somatoestésica primária -> perda da sensibilidade discriminativa e proprioceptiva do membro inferior contralateral
6. 5) Área somatoestésica de associação -> astereognosia e atopognosia contralaterais

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9
Q

Ramos corticais da artéria cerebral média (ACM)

A

1) É um ramo terminal da ACI; dirige-se para fora para entrar no rego de Sylvius, entre o lobo temporal e o lobo da ínsula; na região da ínsula 5 a 8 ramos desta artéria estão localizados no chamado Triângulo de Sylvian
2) Divide-se em 2 segmentos: segmento M1 (porção horizontal da ACM) e segmento M2 (porção insular dentro do rego de Sylvius)
3) Ramos colaterais:
3. 1) Artéria orbitofrontal externa: irrigada a porção externa da face inferior/orbitária do lobo frontal; anastomosa-se com a artéria homónima proveniente da ACA
3. 2) Artéria pré-frontal: irriga o córtex pré-frontal
3. 3) Artéria pré-Rolândica/pré-central
3. 4) Artéria Rolândica/central
3. 5) Artéria pós-Rolândica/parietal anterior
3. 6) Artéria parietal posterior
3. 7) Artéria temporal anterior: irriga a porção ântero-lateral das circunvoluções temporais superior, média e inferior
3. 8) Artéria temporal média: irriga a porção média do lobo temporal
3. 9) Artéria temporal posterior: irriga a porção posterior da face dorsolateral do lobo temporal
3. 10) Artéria temporal polar: irriga o polo temporal
4) Assim, a ACM irriga a parte externa da face inferior do lobo temporal, o córtex pré-frontal, as circunvoluções frontais média e inferior, as circunvoluções frontal e parietal ascendentes, a 1ª e a 2ª circunvoluções parietais, a 1ª e a 2ª circunvoluções temporais, o polo temporal e ainda o córtex da ínsula
5) Obstrução da ACM pode afetar:
5. 1) Área motora primária -> hemiparesia ou até hemiplegia do membro superior e hemiface contralateral
5. 2) Área motora secundária -> espasticidade marcada e dificuldade em realizar movimentos finos
5. 3) Área pré-frontal -> perda das capacidades de julgamento e iniciativa, alterações emocionais, desinibição social, impulsividade…
5. 4) Área somatoestésica primária -> perda da sensibilidade discriminativa e proprioceptiva do membro superior e hemiface contralateral
5. 5) Área somatoestésica de associação -> astereognosia e atopognosia contralaterais
5. 6) Área de Broca -> afasia expressiva (não fluente)
5. 7) Área de Wernicke -> alexia, agrafia e afasia de Wernicke (fluente)
5. 8) Área auditiva primária -> surdez
5. 9) Área auditiva secundária -> agnosia verbal acústica (incapacidade de reconhecer e interpretar sons)

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10
Q

Ramos corticais da artéria cerebral posterior (ACP)

A

1) Tem origem na bifurcação da artéria basilar; desde a sua origem na fossa interpeduncular, dirige-se para fora, recebe a anastomose da artéria comunicante posterior e depois dirige-se para trás contornando os pedúnculos cerebrais; inicialmente tem um trajeto infratentorial e depois torna-se supratentorial
2) Divide-se em 4 segmentos: segmento P1 (até à anastomose com a artéria comunicante posterior), segmento P2 (até aos ramos temporais anterior), segmento P3 (até à emergência da artéria occipital externa/temporal posterior) e segmento P4 (que corresponde à artéria occipital interna)
3) Ramos:
3. 1) Artéria temporal anterior: irriga a face inferior do lobo temporal
3. 2) Artéria temporal posterior (ou occipital externa): irriga os lóbulos fusiforme e lingual (junção da 4ª e 5ª circunvoluções temporais com a 4ª e 5ª circunvoluções occipitais)
3. 3) Artéria occipital interna: divide-se numa artéria parieto-occipital e numa artéria calcarina
3. 4) Artéria dorsal do corpo caloso: anastomosa-se com a artéria pericalosa da ACA
4) Assim, a ACP irriga a face inferior do lobo temporal (exceto o polo temporal que é irrigado pela ACM), porções da circunvolução temporal inferior, a face interna e inferior do lobo occipital, e algumas partes do lobo parietal superior
5) Obstrução da ACP pode afetar:
5. 1) Área visual primária -> hemianópsia homónima contralateral
5. 2) Área visual secundária -> agnosia visual

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11
Q

Grupo das artérias ântero-internas dos núcleos da base

A

1) Origem na ACA e na artéria comunicante anterior

2) Irrigam o hipotálamo anterior e a extremidade anterior do corpo estriado

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12
Q

Grupo das artérias ântero-externas/estriadas dos núcleos da base

A

1) Origem nas porções proximais da ACM e na ACA
2) Irrigam os núcleos da base e a cápsula interna
3) Artérias lenticuloestriadas: derivada da ACM; irriga o striatum exceto porções mais posteriores do putamen e cauda do núcleo caudado; irriga também o globus pallidus externo, o braço anterior e porções dorsais do braços posterior da cápsula interna
4) Artéria estriada interna de Heubner: derivada da ACA; irriga a porção ântero-interna da cabeça do núcleo caudado e as porções adjacentes do putamen e da cápsula interna que não são irrigadas pelas lenticuloestriadas

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13
Q

Artérias médias dos núcleos da base

A

1) Origem nas artérias comunicantes posteriores
2) Irrigam o pavimento do III ventrículo, quiasma ótico, tuber cinereum, corpos mamilares, tratos óticos e parte ínfero-interna do 1/3 anterior do tálamo

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14
Q

Artérias póstero-internas dos núcleos da base

A

1) Origem na ACP e nas comunicantes posteriores
2) Dividem-se em 2 grupos:
2. 1) Grupo anterior, do qual se destacam as artérias talamoperfurantes: irriga a hipófise, o infundíbulo, a região tuberal do hipotálamo e a porção ântero-interna do tálamo
2. 2) Grupo posterior: irriga a região mamilar do hipotálamo, o subtálamo, o núcleo medial do tálamo e a região medial do mesencéfalo

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15
Q

Artérias póstero-externas dos núcleos da base

A

1) Origem na ACP
2) Destacam-se as artérias talamogeniculadas
3) Irrigam os 2/3 posteriores da face inferior do tálamo (corpos geniculados, pulvinar e núcleos ventrais)

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16
Q

Artéria coroideia anterior

A

1) Ramo terminal da ACI
2) Desde a sua origem dirige-se para trás, atravessando o trato ótico e depois dirige-se para fora e penetra na parte anterior da fenda transversa de Bichat; por fim, pentra no corno temporal do ventrículo lateral, através da fissura coroideia; no ventrículo lateral, a artéria prolonga-se até à proximidade do buraco de Monro
3) Irriga:
3. 1) Plexo coroideu e paredes do ventrículo lateral homolateral
3. 2) Porção ântero-lateral do tálamo, incluindo os corpos geniculados
3. 3) Porção posterior do putamen a partes do globus pallidus
3. 4) Porção anterior da cauda do núcleo caudado
3. 5) Porção ântero-medial do braço posterior e porção retrolenticular da cápsula interna
3. 6) Hipocampo e partes da amígdala

17
Q

Artéria coroideia póstero-interna

A

1) Origem ACP
2) Contorna por fora os pedúnculos cerebrais e entra na fenda transversa de Bichat, dirigindo-se para cima para o plexo coroideu do III ventrículo
3) Irriga o teto e o plexo coroideu do III ventrículo e ainda as faces superior e interna do tálamo

18
Q

Artéria coroideia póstero-externa

A

1) Origem na ACP

2) Entra na fissura coroideia e irriga o plexo coroideu do ventrículo lateral homolateral

19
Q

Irrigação do striatum (núcleo caudado + putamen + globus pallidus)

A

1) Cabeça do núcleo caudado: artérias lenticuloestriadas mediais (ACA – artéria de Heubner irriga a porção ântero-medial) e laterais (ACM)
2) Corpo do núcleo caudado: artérias lenticuloestriadas laterais
3) Cauda do caudado: ramos perfurantes da artéria coroideia anterior
4) Putámen anterior: artérias lenticuloestriadas laterais
5) Putámen posterior: ramos perfurantes da artéria coroideia anterior
6) Globo pálido lateral: artérias lenticuloestriadas laterais e ramos perfurantes da artéria coroideia anterior
7) Globo pálido medial: ramos perfurantes da artéria coroideia anterior

20
Q

Irrigação da cápsula interna

A

1) Braço anterior da cápsula interna (feixes cortico-talâmicos e tálamo-corticais): ramos lentículo-estriados mediais (ACA) e laterais (ACM)
2) Joelho (feixe cortico-nuclear): ramos perfurantes da ACM e da ACI
3) Braço posterior dorsal: ramos lentículo-estriados laterais (ACM)
4) Braço posterior ventral: artéria coroideia anterior
5) Segmentos retro e sublenticular: artéria coroideia anterior

21
Q

Irrigação do hipotálamo

A

1) Regiões pré-óptica e supra-óptica, e a porção anterior do hipotálamo lateral: ramos perfurantes da ACoA e da ACA
2) Regiões tuberal e mamilar, e as porções média e posterior do hipotálamo lateral: ramos perfurantes da ACoP e da ACP

22
Q

Irrigação do tálamo

A

1) Tálamo medial: ramos paramedianos da artéria basilar
2) Tálamo lateral: artéria coroideia anterior
3) Tálamo ântero-lateral: ramos túbero-talâmicos da artéria comunicante posterior
4) Tálamo póstero-lateral: ramos tálamogeniculados da ACP

23
Q

Artéria vertebral

A

1) A artéria vertebral tem origem na face superior da 1º porção da artéria subclávia, perto da origem deste tronco, e estende-se até à cavidade craniana, percorrendo a região cervical no interior dos foramens transversos de C1-C6
2) No seu trajeto, perfura a membrana atlanto-occipital, dura-máter e aracnóide, penetrando na cavidade craniana pelo foramen magno; por fim, ao nível do sulco bulbo-protuberancial, une-se à artéria vertebral contralateral, formando a artéria basilar
3) Ramos colaterais:
3. 1) Durante o seu trajeto cervical dá origem a ramos musculares (para os músculos escalenos anteriores) e a ramos espinhais (para a medula espinhal)
3. 2) No seu trajeto intracraniano dá origem a:
3. 2.1) Artéria meníngea anterior e posterior
3. 2.2) Artéria cerebelar póstero-inferior (PICA): irriga a porção inferior do cerebelo, os núcleos intracerebelosos, o bulbo e o plexo coroideu do IV ventrículo
3. 2.3) Artérias espinhais posteriores: irrigam o 1/3 posterior da medula espinhal
3. 2.4) Artéria espinhal anterior: irriga os 2/3 anteriores da medula espinhal

24
Q

Artéria basilar

A

1) A artéria basilar resulta da união das 2 artérias vertebrais ao nível do sulco bulbo-protuberancial, ascendendo verticalmente, na linha média, entre o clivus e a ponte; termina perto do sulco ponto-peduncular ao dar as artérias cerebrais posteriores (ACP), que são os seus ramos terminais
2) Ramos colaterais:
2. 1) Artérias protuberancias
2. 2) Artéria labiríntica: irriga as estruturas do ouvido interno
2. 3) Artéria cerebelosa ântero-inferior (AICA): irriga a porção anterior e inferior do cerebelo, os pedúnculos cerebelosos inferior e médio e ainda emite alguns ramos para a protuberância e bulbo
2. 4) Artéria cerebelosa superior (SCA): nasce perto da bifurcação da artéria basilar; dirige-se póstero-lateralmente, passando por baixo do III par (limite inferior da pinça do oculomotor), contornando o pedúnculo cerebral e passando entre os pares IV e V; irriga a porção superior do cerebelo, a protuberância, a glândula pineal e o véu medular superior

25
Q

Vascularização do bulbo raquidiano

A

1) O bulbo é irrigado pela artéria espinhal anterior, espinhal posterior, PICA e ramos bulbares da artéria vertebral
2) O bulbo é dividido 4 territórios: paramediano, olivar, lateral, e dorsal.
3) Território paramediano (pirâmides, lemnisco medial, fascículo longitudinal medial e núcleo e nervo hipoglossos): artérias vertebrais e espinhais anteriores; a oclusão destas artérias pode levar a um síndrome bulbar medial de Dejerine (hemiparesia contralateral por afetação dos tratos piramidais, perturbação das sensibilidades proprioceptiva e discriminativa contralaterais por afetação do lemnisco medial, e paralisia homolateral dos músculos da língua com desvio desta para o lado paralisado por afetação do nervo hipoglosso)
4) Território olivar (complexo nuclear olivar): artéria vertebral e seus ramos bulbares
5) Território lateral (núcleos dorsal motor do vago, do trato solitário, vestibulares, ambíguo e espinhal do trigémeo, a via espinho-talâmica lateral, pedúnculo cerebeloso inferior e via olivo-cerebelosa): artéria vertebral e PICA; oclusão da PICA pode levar a um síndrome bulbar lateral de Wallenberg, gerando perda da sensibilidade termo-álgica do hemicorpo contralateral (lemnisco medial e trato espinho-talâmico lateral) e hemiface ipsilateral (núcleo e trato espinhal do trigémeo), disfagia e disartria (núcleo ambíguo), vertigens, náuseas, vómitos e nistagmo (núcleos vestibulares)
6) Território dorsal (núcleos vestibulares e pedúnculo cerebeloso inferior): superiormente pela PICA e inferiormente pelas artérias espinhais posteriores

26
Q

Vascularização da protuberância

A

1) A protuberância é irrigada pela artéria basilar, sendo que os vasos se agrupam em 3 grupos: paramedianos, curtos circunferenciais e longos circunferenciais
2) Ramos paramedianos irrigam porção ântero-medial da base e tegmento, núcleos pônticos, as fibras ponto-cerebelosas, cortico-espinhais e cortico-bulbares e lemnisco medial
3) Ramos curtos circunferenciais irrigam o pedúnculo cerebeloso médio e a porção ântero-lateral da base
4) Ramos longos circunferenciais irrigam os núcleos espinhal do trigémio (V), o núcleo do VI, VII do VIII, o lemnisco medial, o feixe longitudinal mediano, a formação reticular e o pedúnculo cerebeloso superior
5) Síndrome de Millard-Gubler: resulta da afeção de várias estruturas da protuberância, como o VI e VII par craniano e os feixes cortico-espinhais -> estrabismo convergente e diplopia, hemiparesia da hemiface homolateral e perda do reflexo do córnea, hemiparesia do hemicorpo contralateral

27
Q

Vascularização do mesencéfalo

A

1) O mesencéfalo é irrigado pela ACP, artéria comunicante posterior, SCA e artéria coroideia anterior, sendo que estes vasos também se agrupam em 3 grupos (paramediano, curto circunferencial e longo circunferencial)
2) As artérias paramedianas têm origem na ACP e na coroideia anterior e irrigam o complexo nuclear do III par, o núcleo rubro, o feixe longitudinal mediano e a porção medial da substância nigra e dos pedúnculos cerebrais
3) As artérias curtas circunferenciais têm origem na ACP, comunicante posterior e SCA e irrigam a substância nigra, a porção central e lateral dos pedúnculos cerebrais e o tegmentum
4) As artérias longas circunferenciais têm origem na ACP e irrigam os colículos, a substância cinzenta periaquedutal e o núcleo do V par

28
Q

Vascularização do cerebelo

A

1) O cerebelo é vasculariza pela PICA (da vertebral), AICA (da basilar) e SCA (da basilar)
2) A PICA irriga a maior parte da superfície do cerebelo, incluindo dos hemisférios, a parte ventral do vérmis, as amígdalas e os seus núcleos
3) A AICA supre uma pequena área da parte ântero-lateral da face inferior do cerebelo
4) A SCA é a mais constante em calibre e território de irrigação, suprindo a maior parte da face superior dos hemisférios e do vérmis do cerebelo