Vascular Flashcards

1
Q

O que se deve procurar num exame objetivo da doença vascular?

A
  • edema
  • sinais inflamatórios
  • cor da pele
  • pilosidade
  • soluções de continuidade
  • preenchimento venoso e capilar
  • temperatura
  • dor
  • pulsos
  • frémitos
  • consistência das massas musculares
  • auscultação de sopros
  • PA
  • FC
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2
Q

A úlcera arterial/isquémia é dolorosa.

Verdadeiro/falso

A

Verdadeiro

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3
Q

Úlcera venosa/estase é a menos dolorosa.

Verdadeiro/falso

A

Falso

é menos dolorosa do que a arterial, mas mais dolorosa que a neuropática.

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4
Q

A úlcera neuropática não há dor associada.

Verdadeiro/Falso

A

Verdadeiro

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5
Q

Quais os locais onde costumam aparecer as úlceras:
1. arteriais
2. venosas
3. neuropáticas

A
  1. dedos e face externa do tornozelo
  2. face interna do tornozelo e evolui para circunferencial
  3. calcanhar e base dos metatarsos
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6
Q

Nas úlceras ____ verificamos uma atrofia cutânea e das massas musculares e a ausência de
pilosidade.

A

arteriais

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7
Q

Nas úlceras ____ encontramos uma dermatite de estase, com uma epiderme fina e uma derme espessa e esclerosada, na qual há a deposição de hemossiderina, que confere à pele um tom acastanhado.

A

venosas

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8
Q

Descreva os bordos das úlceras:
1. arteriais
2. venosas
3. neuropáticas

A
  1. bordos a pique
  2. bordos circinados
  3. hiperqueratose

Ao contrário das úlceras arteriais, nas venosas vai havendo reepitelização, zonas de hipergranulação e zonas de espessamento.

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9
Q

As úlceras de isquémia são muito hemorrágicas.

Verdadeiro/falso

A

Falso.

As úlceras arteriais/isquémicas não apresentam hemorragia.

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10
Q

Qual o exame gold standart usado na avaliação vascular?

A

Eco Doppler

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11
Q

indique uma vantagem:
1. da angio-TC
2. da angio-RM
3. da arteriografia convencional

A
  1. melhor imagem pelo contraste (importante no diagnóstico)
  2. em situações em que não podemos usar contraste
  3. permite terapêutica
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12
Q

A doença arterial divide-se em:

2 grupos de patologia

A
  • doença aneurismática
  • doença oclusiva
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13
Q

Qual a definição de aneurisma?

A

Um aneurisma é uma dilatação localizada de uma artéria para >1,5x do seu diâmetro normal.

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14
Q

Descreva os vários tipos de aneurisma.

A
  • Fusiformes - estão mantidas as 3 camadas do vaso
  • Saculares - estão mantidas as 3 camadas do vaso
  • pseudoaneurismas - aparente dilatação
  • micóticos - a infeção que destrói a parede da artéria, podendo ser destruída a camada íntima e média.
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15
Q

Quais as complicações de um aneurisma?

A
  • rotura
  • tromboses
  • embolias
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16
Q

Como esperamos encontrar um aneurisma da aorta abdominal?

A

Massa pulsátil na região medial do abdómen, e se ocorrer a rutura desta massa, verifica-se uma dor intensa que irradia para o dorso, que pode por vezes levar a uma hipotensão que pode levar a sincope e morte imediata.

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17
Q

Como esperamos encontrar um aneurisma arterial periférico?

A

massa pulsátil na região inguinal ou poplítea. Estes podem complicar por rutura ou trombose e leva a uma dor súbita com isquémia do MI.

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18
Q

Qual a terapêutica de um aneurisma abdominal?

A
  • Cirurgia endovascular com colocação de uma prótese coberta por via percutânea.
  • Cirurgia convencional com colocação de uma prótese que substitui o segmento afetado, por via aberta (via abdominal)
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19
Q

Qual a terapêutica indicada de um aneurisma abdominal que sofreu rotura?

A

Cirurgia endovascular porque evita a descompressão do hematoma retroperitoneal que serve de “tampão” para uma hemorragia catastrófica.

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20
Q

Indique 3 etiologias da doença arterial oclusiva.

A
  • Arteriosclerose (causa mais comum);
  • Anomalias congénitas e anatómicas (raro):
  • Disseção (relacionada com a arteriosclerose);
  • Trombose (relacionada com a arteriosclerose);
  • Embolia;
  • Trauma.
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21
Q

Qual o critério de insuficiência arterial?

A

Estenose >75% da área de secção do vaso
**ou **
Redução >50% do fluxo sanguíneo.

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22
Q

Como se mede o Índice de Pressão Sistólica (IPS) ou Tibiobraqueal.

Teste fisiológico que auxilia no diagnóstico da doença dos membros inferiores

A

Quociente entre a pressão arterial tibial e a pressão arterial umeral.

Doença nos membros inferiores (IPS baixo) reflete doenças noutros territórios (cerebrovascular, coronário)

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23
Q

Um IPS baixo (<0,9) é um fator de diagnóstico importante.

Verdadeiro/falso

A

Falso

Um IPS baixo (<0,9) é o fator de prognóstico mais importante relativamente à mortalidade por complicações vasculares de qualquer território.

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24
Q

A doença arterial oclusiva pode classificar-se em:

3 grupos

A
  • crónica
  • crónica agudizada
  • aguda
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25
Q

A doença arterial crónica pode classificar-se em:

Classificação de Leriche-Fontaine

A

Grau I - assintomática
Grau II- claudicação intermitente (dor gemelar ou coxal, repetível para um mesmo esforço, alivia com o repouso.
IIa - Não incapacitante (>200m)
IIb - Incapacitante (<200m)
Grau III - dor em repouso
Grau IV- lesões tróficas cutâneas

26
Q

A dor da claudicação intermitente deve-se a quê?

A

Acumulação de ácido láctico.

27
Q

A partir do grau II falamos de isquémia crítica.

Verdadeiro/falso

A

Falso

A partir do grau III

28
Q

A dor da doença arterial crónica alivia de que forma?

A

Colocando os membros pendentes potenciando a estase venosa.

29
Q

Indique o tratamento para doença arterial crónica oclusiva grau I e II.

A

Tratamento conservador: redução do risco CV, exercício físico, cuidados podológicos, antiagregantes, vasodilatadores arterias.

30
Q

Indique o tratamento para doença arterial crónica oclusiva grau III e IV.

A

Tratamento cirúrgico: avaliação do risco cardiorespiratório, cirurgia endovascular (angioplastia), cirurgia clássica (by-pass ou amputação)

31
Q

Como esperamos encontrar uma isquémia aguda de um membro?

A

6 P´s
* pallor
* pain
* pulseless
* paresthesias
* paralysis
* polar

32
Q

Porque razão a isquémia crónica agudizada não necessita de um tratamento tão urgente como a isquémia aguda?

A

Porque o quadro vai melhorando visto que o doente tem colaterais desenvolvidos que podem ser ativados.

33
Q

Qual o tratamento cirurgico urgente numa isquémia aguda?

A

Tromboembolectomia.

34
Q

O que pode acontecer após uma tromboembolectomia?

A

Lesão de reperfusão podendo ser necessário uma fasciotomia.

A lesão é causada pela acumulação de lactato e libertação de citocinas, pela libertação massiva de mioglobina e potássio que podem ser fatais.

35
Q

O que é o blue toe syndrome?

A

Na isquémia aguda podemos ter a libertação de microembolos periféricos que podem originar o blue toe syndrome (aparecimento súbito de dor e coloração azulada num dedo do pé)

36
Q

Quais são as caracteristicas da doença vascular diabética?

A
  • difusa
  • periférica (tibioperonial)
  • associada a microangiopatia
  • associada a neuropatia
  • associada a deformações como o pé de Charcot
  • agressiva
37
Q

Qual a grande diferença entre a doença oclusiva diabética e não diabética?

A

Na diabética temos usualmente infeção da úlcera, com gangrena húmida.

Sendo que o tratamento passa por antibioterapia endovenosa agressiva.

38
Q

Na doença oclusiva diabética a amputação é determinada pelas lesões estenosantes não passíveis de tratamento.

Verdadeiro/falso

A

Falso.

Isso corresponde à não diabética. A amputaçãona diabética deve ser o mais baixo possível.

39
Q

Indique as doenças do sistema venoso.

4 doenças

A
  • varizes do MI
  • trombose venosa profunda - flebotrombose
  • trombose venosa superficial - tromboflebite
  • insuficiência venosa crónica
40
Q

Qual a diferença entre varizes primárias e secundárias?

A

Primárias: causadas por válvulas incompetentes, normalmente genéticas
Secundárias: causadas por destruição do sistema valvular (por trombose, fístulas, trauma.

41
Q

Indique 2 complicações das varizes dos MI

A
  • Varicorragia;
  • Varicoflebite;
  • Úlcera venosa- aponta habitualmente para varizes secundárias a TVP;
  • Lipodermato-esclerose;
  • Edema;
  • Deposição de hemossiderina
42
Q

Qual o tratamento médico das varizes dos MI?

A
  • Exercicio físico;
  • Meias de contenção elástica;
  • Elevação dos membros;
  • Perda de peso;
  • Venotrópico oral.
43
Q

Qual o tratamento cirúrgico das varizes dos MI?

A

Avulsão (stripping) cirúrgica da veia safena interna (VSI) (laqueação, radiofrequência ou laser)

44
Q

A trombose venosa profunda pode apresentar-se como?

A
  • assintomática (50%)
  • dor na coxa ou perna
  • com ou sem edema
  • congestão venosa
  • sinal de Hommans (dor à dosiflexão do pé)
45
Q

Indique 2 fatores de risco de TVP.

A
  • cirurgia recente
  • trauma
  • tumor maligno
  • imobilização prolongada
  • anticoncetivos orais
46
Q

Quando há suspeita de TVP deve-se fazer um Eco Doppler sempre.

Verdadeiro/falso

A

Verdadeiro

47
Q

Indique 2 diagnósticos diferenciais de TVP.

A
  • Contusão muscular;
  • Celulite;
  • Erisipela;
  • Linfedema;
  • Rutura do quisto de Baker.
48
Q

Indique 2 complicações da TVP.

A
  • TEP
  • Isquémia
  • insuficiência venosa crónica
49
Q

Qual o tratamento da TVP?

A
  • Heparina, numa 1ªfase;
  • Anticoagulação oral (ACO) mais tarde – o doente deverá manter esta terapêutica durante 3 a
    6 meses, com varfarina ou NOAC´s;
  • Agentes trombolíticos.
50
Q

Descreva um caso de trombose venosa superficial.

A

veia endurecida com sinais inflamatórios que pode surgir de forma espontânea, pós canulação, na gravidez, no pós-parto ou em casos de tumors malignos intra-abdominais.

51
Q

Qual o tratamento da trombose venosa superficial?

A
  • Anti-inflamatórios não esteroides orais;
  • Compressão;
  • Elevação;
  • Antibiótico;
  • Anticoagulação (HBPM);
  • Excisão cirúrgica do segmento venoso afetado.
52
Q

Indique 2 causas de fístulas arteriovenosas.

A
  • congénitas
  • trauma (facada, fratura)
  • iatrogénica (acesso vascular para hemodiálise)
53
Q

Qual é o objetivo do acesso vascular para hemodiálise?

A

arterialização de uma veia superficial, de forma que esta fique mais acessível a punções repetidas e que tenha um débito suficiente para a realização de diálises eficazes.

diálises eficazes:
diametro >5mm
comprimento >20cm
profundidade <1cm
membro superior

54
Q

Qual o objetivo de fluxo para uma hemodiálise eficaz?

A

300 ml no mínimo

55
Q

Indique 2 complicações dos acessos vasculares para hemodiálise.

A
  • trombose
  • infeção
  • sindrome de roubo
  • estenoses, fugas
  • agravamento da IC
56
Q

Na doença linfática consideramos 2 doenças. Quais?

A
  • linfedema
  • linfangite
57
Q

Qual a diferença entre linfedema primário e secundário?

A
  • Primário – por desvalvulação do sistema linfático ou até por malformação do sistema linfático.
  • Secundário – resulta da ausência, disfunção, oclusão ou compressão do sistema linfático a montante da área de absorção.
58
Q

Qual o aspeto do linfedema?

A
  • Pálido;
  • Elástico (sem sinal de Godet);
  • Perda da forma anatómica do membro;
  • Fibrose progressiva (estase e desenvolvimento de fibroblastos), que leva à elefantíase;
  • Complica-se de fenómenos de linfangite e erisipela com adenite satélite (“ingua”).
59
Q

Qual o tratamento do linfedema?

A
  • Não há cura definitiva;
  • Os fármacos são pouco eficazes;
  • Compressão mecânica externa;
  • Extremo cuidado com a pele (evitar complicações);
  • Cirurgia- redução do volume do membro: retalho dérmico ou enxerto epiploico, bypass linfovenoso (…)
60
Q

A linfangite é frequentemente causada por Estreptococos hemolítico ou estafilococos.

Verdadeiro/falso

A

Verdadeiro

61
Q

Qual o tratamento da linfangite?

A
  • Elevação do membro;
  • Aplicação de calor;
  • Antibióticos endovenosos;
  • Limpeza/drenagem/desbridamento da ferida primária.
62
Q

O doente com linfangite apresenta-se com febre, calafrios e quebra do estado geral. Raramente tem dor na zona da ferida primária.

Verdadeiro/falso

A

Falso

Costuma ter dor na zona da ferida primária.