UNIFICAÇÃO ITALIANA E ALEMÃ Flashcards
Principais causas da Unificação da Itália.
*Fragmentação política: A Itália era composta por diversos reinos e estados independentes, o que dificultava o desenvolvimento econômico e político. Com o desenvolvimento da classe média, composta por profissionais liberais, comerciantes e industriais, que desejava maior participação política e o crescimento econômico, especialmente no norte do país, gerou a necessidade de um mercado unificado.
1-Sentimento Nacionalista: O despertar do nacionalismo italiano, inspirado pelas ideias da Revolução Francesa e pelo Romantismo, promoveu a ideia de unidade nacional e a luta contra o domínio estrangeiro e os Estados pontifícios.
2-Influência das Revoluções Liberais: As revoluções de 1820, 1830 e 1848 em várias partes da Europa encorajaram os italianos a lutar por independência, liberdade e unidade.
3-Oposição ao Domínio Austríaco: A dominação austríaca sobre os territórios do norte da Itália foi um catalisador importante, unindo muitos italianos contra um inimigo comum.
4-Papel dos Líderes e Movimentos: Figuras como Giuseppe Garibaldi, com suas expedições militares; Conde de Cavour, com sua diplomacia; e Giuseppe Mazzini, com suas ideias visionárias, foram fundamentais para articular e conduzir o processo de unificação.
5-Apoio Estrangeiro: O apoio da França e, em alguns momentos, de outras potências europeias, foi crucial em várias fases do processo, especialmente nas guerras contra a Áustria.
Quais as consequências da Unificação Italiana
1-Formação do Estado Nacional Italiano: A principal consequência foi a criação do Reino da Itália, marcando o fim da fragmentação política e territorial que caracterizava a península italiana.
2-Transformações Sociais e Econômicas: A unificação acelerou o processo de modernização da Itália, incluindo reformas no sistema jurídico, econômico e educacional, embora o Sul e o Norte tenham se desenvolvido a ritmos diferentes, acentuando as disparidades regionais.
3-Migração: As transformações econômicas e sociais, especialmente no Sul, levaram a uma onda de migração, tanto interna quanto para o exterior, especialmente para as Américas, em busca de melhores condições de vida.
4-Posicionamento Internacional: A unificação alterou o equilíbrio de poder na Europa, estabelecendo a Itália como um player no cenário internacional, embora inicialmente como uma potência secundária.
5-Disparidades regionais: A unificação da Itália não eliminou as disparidades regionais entre o norte rico e industrializado e o sul pobre e agrário. O que ocasionou a ideia de separatismo, especialmente no sul da Itália, continuou a ser um problema para o país após a unificação.
O que foi a Questão Romana
A anexação dos Estados Pontifícios, incluindo Roma, em 1870, provocou tensões prolongadas entre o governo italiano e o Papado, resultando na “Questão Romana”, que só foi resolvida com os Pactos de Latrão em 1929.
Quais as mudanças políticas causadas pela unificação da Itália
1-Equilíbrio de Poder Mediterrâneo: A unificação da Itália alterou o equilíbrio de poder no Mediterrâneo. A Itália emergiu como uma potência marítima e começou a buscar um império colonial na África, competindo com França e Grã-Bretanha.
2-Alianças: A Itália, inicialmente alinhada com a Alemanha e a Áustria-Hungria na Tríplice Aliança, buscava segurança e apoio contra a França, mas as relações dentro da aliança eram frequentemente tensas, especialmente devido a interesses conflitantes nos Bálcãs e no Mediterrâneo.
Quais as causas da Unificação alemã
*Fragmentação política: A Alemanha era composta por diversos reinos, ducados e cidades-Estados independentes, o que dificultava o desenvolvimento econômico e político.
1-Nacionalismo Alemão: Inspirado pelas ideias do Romantismo e pelo espírito do nacionalismo que varreu a Europa após as Guerras Napoleônicas e a Revolução Francesa, havia um crescente desejo entre os alemães de unificar os numerosos pequenos estados do território alemão em uma nação unificada.
2-Economia e Zollverein: O Zollverein, uma união alfandegária liderada pela Prússia que incluía a maioria dos estados alemães, facilitou o comércio e o crescimento econômico, promovendo uma maior integração econômica e incentivando a ideia de unificação política.
3-Declínio da Influência Austríaca: A exclusão da Áustria do processo de unificação, especialmente após a Guerra Austro-Prussiana, permitiu que a Prússia assumisse a liderança na Alemanha, unificando os estados alemães do norte e do sul em torno de sua hegemonia.
4-Influência de Otto von Bismarck: Como chanceler da Prússia, Bismarck desempenhou um papel crucial no processo de unificação, utilizando uma política de “ferro e sangue” que incluiu diplomacia astuta e conflitos militares direcionados contra a Dinamarca, a Áustria e a França para alcançar seus objetivos de unificação.
5-Sucessos Militares Prussianos: As vitórias militares da Prússia na Guerra dos Ducados (1864), na Guerra Austro-Prussiana (1866) e, finalmente, na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) demonstraram a superioridade militar prussiana e forçaram os estados alemães a se unirem sob a liderança prussiana.
Quais as principais consequências da Unificação Alemã
1-Estabelecimento do II Império Alemão: A proclamação do Império Alemão em 1871, com o rei prussiano Guilherme I coroado como Kaiser (Imperador) da Alemanha, marcou a criação de uma potência central europeia unificada sob a liderança prussiana.
2-Ascensão como Potência Europeia: A Alemanha emergiu como uma das principais potências europeias, com uma economia forte, um exército poderoso e uma influência política significativa, rivalizando com outras grandes potências como a Grã-Bretanha e a França.
3-Militarização e Nacionalismo: A unificação e o subsequente fortalecimento da Alemanha foram acompanhados por um aumento no militarismo e no nacionalismo agressivo, o que contribuiu para as tensões que eventualmente levaram à Primeira Guerra Mundial.
4-Questão Social: A unificação também acelerou a industrialização e as mudanças sociais na Alemanha, levando a desafios sociais e ao crescimento do movimento operário, que começou a exigir reformas sociais e trabalhistas.
5-Exclusão da Áustria: A formação do Império Alemão excluiu a Áustria, o que deixou a questão alemã parcialmente não resolvida e criou uma relação complicada entre a Áustria e a nova Alemanha.
Consequências para a Política internacional da unificação alemã
1-Ascensão da Alemanha: A emergência da Alemanha como uma grande potência industrial e militar desafiou a supremacia tradicional da França e da Grã-Bretanha, reconfigurando o equilíbrio de poder europeu.
2-Revanche Francesa: A derrota da França na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) e a consequente anexação pela Alemanha da Alsácia-Lorena gerou um desejo de revanche na França, inflamando tensões franco-alemãs que persistiriam até a Primeira Guerra Mundial.
3-Sistema de Bismarck de Alianças: Otto von Bismarck, chanceler alemão, estabeleceu um complexo sistema de alianças destinado a isolar a França e manter a paz na Europa sob termos favoráveis à Alemanha. Isso incluía a Liga dos Três Imperadores, a Dupla Aliança com a Áustria-Hungria, e a Tríplice Aliança, adicionando a Itália.
4-Corrida Armamentista: O crescimento do poderio militar alemão estimulou uma corrida armamentista, especialmente com a Grã-Bretanha em termos navais e com a Rússia e a França em termos de exército.
5-Disputas Coloniais: As ambições coloniais alemãs levaram a tensões com outras potências coloniais, especialmente a Grã-Bretanha e a França, complicando ainda mais o sistema de alianças.
6-Crise dos Balcãs: A expansão alemã e austríaca nos Bálcãs colidiu com os interesses russos e sérvios na região, exacerbando as tensões que eventualmente levariam à Primeira Guerra Mundial.
O que foi a Conferência de Berlim, realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885.
Foi um encontro diplomático organizado pelo chanceler alemão Otto von Bismarck.
-O objetivo principal era regulamentar a partilha e colonização da África entre as potências europeias, a fim de evitar conflitos entre elas por causa das crescentes tensões devido às rivalidades imperialistas.
-Embora a conferência não tenha dividido a África diretamente por meio de linhas no mapa, ela estabeleceu as regras para a ocupação futura e a anexação de territórios no continente, levando à chamada “Corrida pela África”.
Qual a posição da Itália na Conferência de Berlim
-A Itália, recém unificada e ansiosa por estabelecer-se como uma potência imperial, participou da conferência para afirmar seu status no palco internacional e assegurar uma parte das colônias africanas.
Interesses Coloniais.
-Embora na época a Itália tivesse interesses limitados na África comparados às potências coloniais estabelecidas, a conferência representou um passo inicial importante na busca italiana por um império. Isso culminaria em tentativas subsequentes de estabelecer colônias na África Oriental, como a Eritreia e a Somália, e mais tarde na Líbia e na Etiópia.
Qual a posição da Alemanha na Conferência de Berlim
-Organizadora e Anfitriã: Sob a liderança de Bismarck, a Alemanha organizou e sediou a conferência. Embora a Alemanha fosse uma potência europeia relativamente tardia nas ambições coloniais, Bismarck viu a conferência como uma maneira de reforçar a posição da Alemanha no mundo, sem se envolver profundamente em colônias.
-Interesses Estratégicos: A Alemanha estava interessada em adquirir colônias não apenas por razões de prestígio nacional, mas também para fins econômicos e estratégicos. A conferência ajudou a Alemanha a estabelecer suas reivindicações na África, resultando na aquisição de territórios que se tornariam as colônias alemãs da África Sudoeste Alemã (atual Namíbia), Togolândia, Camarões e África Oriental Alemã.
-Papel Diplomático: Bismarck utilizou a conferência como uma oportunidade para solidificar a posição da Alemanha como mediadora entre as potências europeias, mantendo ao mesmo tempo a paz na Europa. Ele não estava particularmente interessado no imperialismo, mas reconheceu a utilidade das colônias como ferramentas de negociação diplomática.
Quais as consequências da Conferência de Berlim
A Conferência de Berlim teve um impacto profundo na partilha da África, estabelecendo a norma de que as potências europeias poderiam reivindicar territórios africanos apenas através da notificação de outras potências e da demonstração de capacidade de controlar a área reivindicada. Embora destinada a prevenir conflitos europeus sobre territórios africanos, a conferência inaugurou uma era de imperialismo acelerado na África, resultando na exploração e na subjugação dos povos africanos. Para a Itália e a Alemanha, a conferência marcou o início de seus esforços para estabelecer e expandir impérios coloniais.