DESCOLONIZAÇÃO DA ÁFRICA Flashcards

1
Q

Quais os principais movimentos que apoiaram a independência da África

A

*Congresso Pan-Africano: O Congresso Pan-Africano, realizado em 1919, foi um marco importante na luta pela independência da África. O congresso reuniu intelectuais e ativistas africanos de todo o continente para discutir a situação da África e defender a autodeterminação dos povos africanos.
1. Carta das Nações Unidas: A Carta da ONU, assinada em 1945, estabeleceu o princípio da autodeterminação dos povos como um direito fundamental.
2. Organização da Unidade Africana (OUA), fundada em 1963 por 32 países africanos independentes, com o objetivo de promover a unidade, a cooperação e o desenvolvimento do continente africano. A OUA também lutou contra o colonialismo e o apartheid na África do Sul.
3. Movimento dos Não Alinhados (MNA): Em1961 por países que se recusavam a se alinhar com os Estados Unidos ou a União Soviética durante a Guerra Fria. O MNA defendia a independência política, a autodeterminação dos povos e a resolução pacífica de conflitos.

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2
Q

Fatos da Guerra de Independência da Argélia (1954-1962):

A

A Guerra de Independência da Argélia, também conhecida como Revolução Argelina, foi um conflito sangrento e prolongado que durou de 1954 a 1962. A guerra colocou a Frente de Libertação Nacional da Argélia (FLN) contra as forças coloniais francesas, resultando em um dos conflitos de descolonização mais longos e brutais da história da África.
-A França respondeu aos ataques da FLN com força militar, iniciando uma campanha contra insurgência que duraria anos. O governo francês também implementou medidas repressivas contra a população argelina, incluindo detenções em massa, tortura e execuções extrajudiciais.
-Acordos de Evian: A guerra terminou com os Acordos de Évian em março de 1962, nos quais a França concordou em reconhecer a independência da Argélia.
Êxodo: Após a independência, houve um massivo êxodo de pieds-noirs (colonos europeus) e de judeus argelinos, muitos dos quais se mudaram para a França.

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3
Q

Fatos da Guerra de independência do Congo.

A

1-Colonização Belga: O Congo foi uma colônia pessoal do rei Leopoldo II da Bélgica antes de se tornar uma colônia belga. A administração colonial foi notória por sua brutalidade, especialmente nas primeiras décadas de exploração do território.
2-Movimento Nacionalista: Nos anos 1950, um crescente movimento nacionalista começou a formar-se no Congo, liderado por figuras como Patrice Lumumba, que fundou o Movimento Nacional Congolês (MNC).
*Logo após a independência, o Congo mergulhou em uma crise política quando a província rica em minerais de Katanga, liderada por Moise Tshombe, e mais tarde a província de Kasai, tentaram secessão com o apoio da CIA dos EUA e de mercenários Belgas.
*Assassinato de Lumumba: Patrice Lumumba foi capturado e assassinado em 1961, um evento que causou indignação internacional e destacou a instabilidade do país.
4. Ascensão de Mobutu ao Poder: Mobuto, com o apoio dos Estados Unidos e da Bélgica, liderou um golpe com mão de ferro por mais de 30 anos, reprimindo brutalmente qualquer oposição e enriquecendo-se à custa do povo congolês. Seu regime foi marcado por corrupção, violações dos direitos humanos e estagnação econômica.
*Uma coalizão de forças rebeldes lideradas por Laurent-Désiré Kabila, e apoiadas por Ruanda e Uganda, avançou através do país em uma campanha militar qiue derrubou Mobutu.
-O país voltou a se chamar República Democrática do Congo e ainda está em guerra civíl.

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4
Q

O que foi Apartheid na África do Sul e como funcionava

A

O apartheid foi um sistema político e social implementado na África do Sul em 1948, caracterizado pela segregação racial e discriminação política, econômica e social contra a maioria não branca do país. Este sistema foi instituído formalmente pelo Partido Nacional, que era dominado pela minoria branca de ascendência europeia, principalmente afrikaners (descendentes de holandeses).
1-Leis de segregação: As leis do apartheid impunham a separação racial em todas as áreas da vida, incluindo moradia, educação e emprego. Os não brancos tinham que viver em áreas separadas dos brancos e usar serviços públicos distintos e de qualidade inferior.
2-Classificação racial: As pessoas eram classificadas em categorias raciais—branca, negra, colorida (mestiça), e indiana—e recebiam direitos diferentes com base nessas classificações.
3-Pass Laws: Leis de passe obrigavam os negros a portarem documentos que restringiam seus movimentos em áreas designadas para brancos, controlando assim sua locomoção e emprego.

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5
Q

Como terminou o Apartheid na África do Sul

A

1- O Movimentos como o Congresso Nacional Africano (ANC), liderado por Nelson Mandela, e outros grupos antiapartheid, como o Congresso Pan-Africano (PAC) e o Partido Comunista Sul-Africano, conduziram uma luta constante contra o sistema, tanto através de protestos pacíficos quanto de ações armadas.
2-Pressão internacional: Sanções econômicas e culturais foram impostas por países ao redor do mundo e organizações internacionais, pressionando o governo sul-africano a mudar suas políticas.
3-Negociações para a paz: No final dos anos 1980 e início dos anos 1990, sob a presidência de F.W. de Klerk, o governo sul-africano iniciou negociações formais para acabar com o apartheid, o que incluiu a liberação de Nelson Mandela em 1990, após 27 anos de prisão.
4-Transição democrática: O processo culminou nas primeiras eleições democráticas multirraciais em 1994, resultando na eleição de Nelson Mandela como o primeiro presidente negro da África do Sul.

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6
Q

O que foi a Revolução dos Cravos em Portugal

A

A Revolução dos Cravos, também conhecida como 25 de Abril, foi um golpe militar sem derramamento de sangue que ocorreu em Portugal em 25 de abril de 1974. Esse evento marcante derrubou o regime ditatorial do Estado Novo, que vigorou no país por 48 anos, e abriu caminho para a democratização e descolonização.
1- Golpe Militar Pacífico: A revolução foi liderada pelo Movimento das Forças Armadas (MFA), um grupo de oficiais militares que se opunham à prolongada guerra colonial em África e ao regime autoritário de Marcelo Caetano, sucessor de António de Oliveira Salazar.
2-Apoio Popular: O golpe foi recebido com amplo apoio popular. Civis saíram às ruas para celebrar a liberdade e apoiar os militares, decorando tanques e soldados com cravos vermelhos, o que deu nome à revolução.

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7
Q

O que a revolução dos Cravos representou para independência de suas colônias.

A

*Fim das Guerras Coloniais: Um dos principais objetivos do MFA era acabar com as guerras coloniais que Portugal mantinha contra movimentos de independência em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Estas guerras eram impopulares em Portugal devido ao seu custo humano e financeiro.
*Após a revolução, o novo governo português rapidamente iniciou negociações para encerrar os conflitos e iniciar o processo de descolonização. Em 1975, todas as colônias africanas de Portugal haviam alcançado a independência. Este processo foi marcado por negociações que, em alguns casos, levaram a transferências pacíficas de poder, enquanto em outros, como em Angola, desencadeou uma prolongada guerra civil.

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8
Q

Como ocorreu a independência de Angola

A

Vários movimentos de libertação foram formados para lutar contra o domínio colonial, destacando-se três principais: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), fundado em 1956; a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), fundada em 1961; e a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), fundada em 1966.
Em janeiro de 1975, foram assinados os Acordos de Alvor, que estabeleceram um governo de transição e delinearam um plano para a independência plena. No entanto, o acordo falhou em resolver as tensões entre os três principais movimentos de libertação.

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9
Q

Quais os grupos que lutaram na Guerra Civil me Angola

A

1-Quase imediatamente após a independência, uma violenta guerra civil irrompeu entre:
-MPLA, apoiado pela União Soviética e Cuba.
-FNLA e UNITA, apoiada pelos Estados Unidos e África do Sul.
*A guerra civil prolongou-se até 2002, após a morte do líder da UNITA, Jonas Savimbi. Desde então, Angola tem trabalhado na reconstrução do país e na estabilização política sob a liderança do MPLA.

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10
Q

Como se deu a guerra Civil em Moçambique

A

*Independência e Mudanças Políticas: Após a independência, a FRELIMO, que era o movimento de libertação transformado em partido governamental, adotou políticas socialistas e começou a estabelecer relações próximas com países comunistas. Essas políticas e a centralização do poder não foram bem recebidas por todos os setores da sociedade.
A Guerra Civil em Moçambique, que durou de 1977 a 1992, foi um conflito prolongado e devastador que se seguiu à independência do país de Portugal em 1975. O conflito envolveu principalmente o governo liderado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que tinha inclinações socialistas, e a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), apoiada por potências estrangeiras como a Rodésia (atual Zimbábue) e mais tarde pela África do Sul durante o regime do apartheid.

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11
Q

Guerra Civil em Ruanda

A

1-Divisões Étnicas: Durante o período colonial, a Bélgica implementou um sistema que intensificou as divisões entre Hutus e Tutsis. Após a independência em 1962, essas divisões se aprofundaram com sucessivos governos dominados pelos Hutus.
2-Exílio dos Tutsis: Após a independência, muitos Tutsis foram expulsos ou fugiram do país, formando uma diáspora, principalmente em países vizinhos como Uganda.
3-Invasões do FPR: Em 1990, a Frente Patriótica Ruandesa (FPR), composta principalmente por Tutsis exilados, invadiu Ruanda de Uganda. Isso iniciou uma guerra civil que durou vários anos. Apesar de um acordo de paz (Acordos de Arusha) em 1993, as tensões permaneceram altas.
4-Assassinato do Presidente: Em abril de 1994, o avião do presidente Juvénal Habyarimana, um Hutu, foi abatido, matando-o. Isso desencadeou uma onda de violência extrema, com o governo dominado pelos Hutus liderando um genocídio contra os Tutsis.
*Massacres: Durante aproximadamente 100 dias, de abril a julho de 1994, estima-se que 800.000 a um milhão de Tutsis e Hutus moderados foram sistematicamente massacrados.

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12
Q

Como se encontra Ruanda Hoje

A

1-O genocídio terminou quando a FPR, liderada por Paul Kagame, assumiu o controle de Kigali e gradativamente de todo o país em julho de 1994.
Reconstrução e Reconciliação: Desde o genocídio, Ruanda passou por um extenso processo de reconstrução e reconciliação, liderado pelo governo de Paul Kagame. O país implementou programas inovadores de justiça comunitária, como os Gacaca, para lidar com os crimes do genocídio.
Desenvolvimento de Ruanda: Sob a liderança de Kagame, Ruanda tem experimentado um notável crescimento econômico e desenvolvimento social, embora seu governo também seja criticado por limitações à liberdade política e de imprensa.

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13
Q

O que foi a Revolta Mau Mau no Quênia

A

*A Revolta Mau Mau, ocorrida no Quênia entre 1952 e 1960, foi um conflito violento que envolveu principalmente os membros da etnia Kikuyu, embora também tenham participado outros grupos étnicos. A revolta foi dirigida contra o domínio colonial britânico e a desigualdade econômica e social que prevalecia na época.
A Revolta Mau Mau é considerada um ponto crucial na luta pela independência queniana, que foi alcançada em 1963. Apesar de sua brutalidade, o movimento despertou um sentimento nacionalista entre os quenianos e expôs as falhas e a violência do regime colonial, contribuindo significativamente para o fim do colonialismo britânico na região.
1-O movimento caracterizou-se por sua estratégia de guerrilha e ataques surpresa contra objetivos coloniais, o que incluía propriedades agrícolas de europeus e forças de segurança.
2-A resposta britânica foi marcada por uma repressão severa, que incluiu detenções em massa, tortura e execuções, além de colocar muitos suspeitos de simpatizar com os Mau Mau em campos de detenção.

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14
Q

Como se deu a primeira Guerra Civil Sudanesa (1955 a 1972)

A

A Guerra Civil Sudanesa, que ocorreu em dois conflitos principais entre 1955 e 2005, foi marcada por extrema violência e profundas divisões étnicas e religiosas. Sudanesa (1955-1972).
- As hostilidades iniciaram principalmente devido a tensões entre o norte, predominantemente muçulmano e árabe, e o sul, majoritariamente cristão e animista, onde as pessoas se sentiam marginalizadas e excluídas do poder político e econômico centralizado em Cartum, no norte.
1-Acordo de Addis Abeba (1972):
A primeira fase da guerra terminou com o Acordo de Addis Abeba em 1972, que concedeu ao sul do Sudão um grau de autonomia dentro de um Sudão unificado.

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15
Q

Como se deu a Segunda Guerra Civil Sudanesa (1983-2005).

A

A segunda fase começou em 1983, quando o governo sudanês, sob liderança do Presidente Gaafar Nimeiry, tentou impor a lei Sharia em todo o país, incluindo áreas não-muçulmanas no sul. Isso exacerbou as tensões existentes e levou à formação e ao fortalecimento da SPLA (Sudan People’s Liberation Army), liderada por John Garang, que lutava pela autonomia ou independência do sul.
2-A segunda guerra civil foi ainda mais sangrenta que a primeira, com estimativas de 2 milhões de mortos. O conflito foi marcado por massacres, fome generalizada e recrutamento de crianças como soldados.
Acordo de Paz Abrangente (2005): A guerra finalmente chegou ao fim com o Acordo de Paz Abrangente em 2005, que concedeu ao sul do Sudão o direito à autodeterminação.
Em 2011, o sul do Sudão se tornou um país independente.

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16
Q

Como se originou a Guerra Civil no Sudão do Sul

A

O conflito teve início a partir de tensões internas no partido governante, o Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM), entre o presidente Salva Kiir e o vice-presidente Riek Machar. Salva Kiir, da etnia Dinka, demitiu Riek Machar, da etnia Nuer, em julho de 2013, junto com todo o seu gabinete, alegando tentativa de golpe por parte de Machar e outros altos funcionários do governo. Essas ações exacerbaram as rivalidades políticas e alimentaram acusações de autoritarismo contra Kiir.
8Acordo Revitalizado de Paz do Sudão do Sul (R-ARCSS): Em fevereiro de 2020, Kiir e Machar assinaram o R-ARCSS, que previa a formação de um governo de unidade nacional e a integração de combatentes rebeldes no exército.
5. Situação Atual: Apesar do acordo de paz, o Sudão do Sul ainda enfrenta desafios como instabilidade política, violência intercomunal, pobreza extrema e corrupção. A implementação do R-ARCSS é lenta e frágil, e o futuro do país permanece incerto.

17
Q

Como se deu a Guerra Civil em Darfur

A

Causas:
1-Tensões Étnicas e Econômicas: Darfur é uma região diversa, com várias etnias árabes e não árabes, como os Fur, Masalit e Zaghawa. Antes do conflito, havia tensões crescentes entre essas comunidades, principalmente devido à competição por recursos naturais como terra e água, que foram exacerbados por mudanças climáticas e desertificação.
2-Marginalização Política e Econômica: As populações de Darfur sentiam-se marginalizadas pelo governo central em Cartum, dominado pela elite árabe, que negligenciou o desenvolvimento da região e não atendeu às suas necessidades políticas e econômicas.
A Guerra:
1-Início das Hostilidades: O conflito armado começou em 2003, quando dois grupos rebeldes de Darfur, o Movimento de Justiça e Igualdade (JEM) e o Movimento de Libertação do Sudão (SLM), atacaram instalações do governo. Eles exigiam o fim da opressão econômica e a proteção contra ataques de milícias apoiadas pelo governo.
3-Resposta do Governo: O governo sudanês, liderado pelo Presidente Omar al-Bashir, respondeu com extrema violência. O governo mobilizou as forças armadas e apoiou milícias árabes conhecidas como Janjaweed. Essas milícias foram acusadas de cometer atrocidades em massa, incluindo assassinatos, estupros, saques e a destruição de aldeias, o que levou a acusações de genocídio.
*Apesar do fim oficial das hostilidades em 2005, a violência e a instabilidade persistem em Darfur. Milhares de pessoas ainda vivem em campos de deslocados internos e a situação humanitária continua precária.
O governo sudanês continua resistindo a uma solução política abrangente para o conflito.

18
Q

Como se deu a Guerra Civil em Serra Leoa

A

1-Início do Conflito: A guerra começou em março de 1991, quando o RUF, liderado por Foday Sankoh e apoiado por Charles Taylor, invadiu o leste de Serra Leoa a partir da Libéria. O RUF visava derrubar o governo e controlar as ricas minas de diamantes do país.
2-Táticas Brutais: O RUF ficou notório por suas táticas brutais, incluindo amputações de membros, uso de crianças soldado e ataques a civis. Essas ações buscavam semear terror e desestabilizar a região.
3-Intervenções Internacionais: Em resposta à escalada do conflito, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (ECOWAS) interveio com uma força de paz chamada ECOMOG. Posteriormente, o governo britânico também interveio para apoiar o governo de Serra Leoa, principalmente através do treinamento e reestruturação do exército nacional.
4-Acordo de Paz de Lomé: Em 2002, o Acordo de Paz de Lomé foi assinado, pondo fim oficial à guerra civil.
-Tribunal Especial para Serra Leoa: Em 2002, um tribunal especial foi criado para julgar os principais líderes do conflito por crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

*Papel dos Diamantes de Sangue: O comércio ilegal de diamantes, frequentemente chamados de “diamantes de sangue”, foi crucial para financiar o RUF. A atenção internacional a esse comércio levou a esforços globais para regulamentar o mercado de diamantes, culminando na criação do Processo de Kimberley.

19
Q

Sintetize a questão do Boko Haram na Nigéria

A

O Boko Haram é um grupo terrorista islâmico radical que opera principalmente no nordeste da Nigéria, com atividades também se estendendo para os países vizinhos como Camarões, Chade e Níger. Fundado em 2002 por Mohammed Yusuf, o grupo tem como objetivo principal estabelecer um estado islâmico na Nigéria e impor uma interpretação estrita da lei Sharia.
Táticas do Boko Haram:
-Ataques a escolas, igrejas, mesquitas e comunidades.
-Assassinatos, sequestros e massacres de civis.
-Uso de bombas, armas e táticas de guerrilha.
-Recrutamento de crianças como soldados.
*Em resposta, o governo nigeriano e uma coalizão de forças dos países afetados têm combatido o Boko Haram. Apesar de sucessos militares contra o grupo, a insurgência continua a ser uma ameaça significativa devido à sua capacidade de se adaptar e a dificuldades persistentes nas abordagens de contraterrorismo na região.

20
Q

Joseph Kony em Uganda

A

Joseph Kony é um militante e senhor da guerra ugandense que fundou e liderou o Exército de Resistência do Senhor (LRA), um grupo insurgente brutal designado como organização terrorista pelas Nações Unidas.
*Inspirado por visões e profecias, Kony formou o LRA no final dos anos 1980. Alegou estar lutando por um estado teocrático baseado em uma interpretação distorcida do Cristianismo.
*O LRA tornou-se conhecido pela sua extrema violência contra civis, incluindo
rapto e recrutamento forçado de crianças como soldados e escravas sexuais.
Massacres, mutilações e terrorismo generalizado de aldeias. O conflito deslocou milhões de pessoas e causou uma grave crise humanitária.
*A campanha “Kony 2012”, lançada pela organização Invisible Children, foi um esforço viral para aumentar a conscientização sobre Kony e o LRA, resultando em um aumento significativo do interesse internacional pelo caso. No entanto, a captura de Kony continua pendente, e o LRA, embora enfraquecido, ainda representa uma ameaça em algumas áreas.

21
Q

Te liga nestas noticias

A
  1. Conflito em Cabo Delgado, Moçambique:
    -Insurgência do grupo extremista Ansar al-Sunna (Mozambique), afiliado ao Al-Shabaab, desde 2017.
    -Violência brutal contra civis, incluindo massacres, sequestros e destruição de vilas.
    -Crise humanitária severa, com milhares de mortos e deslocados.
    -Operações militares do governo em curso, com apoio internacional, para conter a insurgência.
  2. Guerra Civil na República Centro-Africana:
    -Conflito complexo com raízes históricas e múltiplas facções armadas.
    -Agrupamentos rebeldes desafiam o governo central, fragilizado pela corrupção e má gestão.
    -Violências inter-comunitárias e atrocidades contra civis.
    -Missão de paz da ONU (MINUSCA) presente no país, mas com dificuldades para conter a violência.
  3. Crise fora do Sahel:
    -Região que abrange partes do Mali, Níger e Burkina Faso.
    -Insurgências de grupos jihadistas como Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQIM) e Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS).
    -Ataques frequentes contra civis, militares e infraestrutura.
    -Instabilidade política e fraqueza dos governos locais.
    -Operações militares conjuntas em curso para combater os grupos jihadistas.
  4. Guerra Civil na Líbia:
    -Conflito entre facções rivais pelo controle do país desde a queda de Muammar Gaddafi em 2011.
    -Interferência de potências estrangeiras agravando o conflito.
    -Crise humanitária com milhões de pessoas afetadas.
    -Esforços internacionais para promover um acordo político e cessar-fogo ainda sem sucesso.
  5. Tensões na Região do Lago Chade:
    -Conflito entre grupos armados e governos na região do Lago Chade, abrangendo partes do Chade, Níger, Nigéria e Camarões.
    -Fatores como pobreza, extremismo e disputa por recursos naturais alimentam a instabilidade.
    -Ataques contra civis, sequestros e tráfico humano.
    -Ações da Força Multinacional Conjunta do Lago Chade (MNJTF) para combater os grupos armados.
  6. Outras Crises e Conflitos:
    -Camarões: Conflitos separatistas nas regiões anglofonas.
    -Etiópia: Conflito étnico no Tigray e instabilidade em outras regiões.
    -República Democrática do Congo: Conflitos armados em diversas partes do país.
    -Sudão: Golpes de Estado e instabilidade política.
    -Somália: Insurgência do Al-Shabaab e pirataria marítima.